Circuitos de corrente
alternada em
série-paralelo
Objetivos
‡ Desenvolver confiança na análise dos circuitos CA em série-paralelo.
‡ Adquirir habilidade no uso de calculadoras e métodos computacionais para auxiliar a análise dos circuitos CA em série-
-paralelo.
‡ Compreender a importância do aterramento apropriado na operação de qualquer sistema elétrico.
16.1 INTRODUÇÃO
Neste capítulo, usaremos os conceitos fundamen-
tais do capítulo anterior para desenvolver uma técnica
para solucionar os FLUFXLWRV&$HPVpULHSDUDOHOR. Uma
rápida revisão do Capítulo 7 pode ser útil antes de consi-
derar esses circuitos, pois a metodologia usada aqui será
semelhante à usada naquele capítulo. Os circuitos a serem
discutidos terão apenas uma fonte de energia, seja ela uma
fonte de tensão ou de corrente. Circuitos com mais de uma
fonte de energia serão discutidos nos capítulos 17 e 18,
usando métodos discutidos anteriormente para circuitos
de corrente contínua.
De modo geral, quando trabalhar com circuitos de
corrente alternada em série-paralelo, considere a seguinte
metodologia:
1. Redesenhe o circuito utilizando impedâncias em blo-
co para combinar elementos que estejam obviamente
em série ou em paralelo, o que simplificará o circuito
revelando claramente a estrutura fundamental do
sistema.
2. Estude o problema e faça um rápido esboço mental
de todo o procedimento a ser seguido. Isso pode
resultar em uma grande economia de esforço e de
tempo. Pode acontecer, em alguns casos, que não
seja necessária uma análise mais profunda. A solu-
ção desejada pode ser conseguida com uma simples
aplicação de uma lei fundamental usada em análise
de circuitos.
3. Após o procedimento geral ter sido determinado,
normalmente é melhor considerar cada ramo separa-
damente antes de conectá-los em combinações mistas
(em série-paralelo). Na maioria dos casos, trabalha-
-se no sentido inverso — das combinações em série e
em paralelo no sentido da fonte, para determinar a
impedância total do circuito. A corrente da fonte pode
então ser determinada, e o caminho de volta para os
elementos desconhecidos pode ser definido. À medida
que se deslocar no sentido da fonte, você definirá os
elementos que não foram perdidos no processo de
redução. Isso o fará ganhar tempo quando tiver que
se deslocar através do circuito no sentido inverso
para encontrar o valor de grandezas específicas.
4. Quando chegar a uma solução, verifique se ela é
razoável, considerando os valores da fonte de energia
e dos elementos do circuito. Se não, tente resolver o
circuito usando outro método ou refaça os cálculos
cuidadosamente. Nesse momento, uma solução dada
pelo computador pode ser bastante útil no processo
de validação.
 Capítulo 16 Circuitos de corrente alternada em série-paralelo 593

16.2 EXEMPLOS ILUSTRATIVOS os valores. Esse método normalmente tornará mais

claro o caminho escolhido para a solução, enquanto
EXEMPLO 16.1 proporciona economia de tempo e diminui a proba-
Considerando o circuito visto na Figura 16.1: bilidade de erros de cálculo. Note também na Figura
a) Calcule ZT. 16.2 que todas as grandezas desconhecidas, exceto IC ,
b) Determine IS. foram preservadas para determinar essas grandezas,
c) Calcule VR e VC.. significando que se pode usar a Figura 16.2 para
d) Determine IC. determinar essas grandezas em vez de ter de retornar
e) Calcule a potência fornecida. ao circuito mais complexo visto na Figura 16.1.
f) Calcule o FP do circuito. A impedância total é dada por:
Soluções:
ZT =1=2
a) Como sugerimos na introdução, o circuito foi rede-
senhado com impedâncias em bloco, como mostra com
a Figura 16.2. A impedância Z1 é simplesmente o
resistor R de 1 ŸH Z2 é combinação de XC e XL em Z1 = R∠0∫ = 1Ω∠0∫
paralelo. O circuito agora revela claramente que é ( X C ∠ − 90∫ ) ( X L ∠90∫ )
um circuito em série, sugerindo um caminho direto Z 2 = ZC Z L =
− jX C + jX L
para o cálculo da impedância total e da corrente da
fonte. Em muitos dos problemas desse tipo, deve-se =
( 2Ω∠ − 90∫ ) (3Ω∠
∠90∫ )
trabalhar no sentido inverso até a fonte e encontrar − j 2Ω + j 3Ω
a impedância total e a corrente da fonte. Quando 6Ω∠0∫ 6Ω∠0∫
= = = 6Ω∠ − 90∫
as grandezas desconhecidas forem encontradas em j1 1∠90∫
termos dessas impedâncias equivalentes, os valores
numéricos podem então ser substituídos para que se e
encontre o módulo e a fase das incógnitas. Em outras
palavras, tente encontrar a solução desejada somente ZT = Z1 + Z2 ȍíj ȍ ȍ < íƒ
em termos de impedâncias parciais antes de substituir

E 120 V ∠0∫
b) Is = =
+ VC – ZT 6, 08Ω∠ − 80, 54∫
XC = 19, 74 A ∠ 80, 54∫
+ VR –
c) Observando a Figura 16.2, concluímos que VR e VC
Is R IC 2 podem ser calculadas usando a lei de Ohm:
1 XL
+ ZT  9R = IS Z1 = (19,74 A ∠ƒŸ∠ 0°)
E = 120 V ∠ 0° 3 = 9 ∠ ƒ
–  9C = IS Z2 = (19,74 A ∠ƒŸ∠ – 90°)
= 9 ∠ ƒ

d) Agora que VC é conhecida, a corrente IC também

Figura 16.1 Exemplo 16.1. pode ser determinada usando a lei de Ohm:

VC 118, 44 V ∠ − 9, 46∫
IC = = = 59, 22 A ∠ 80, 54∫
Is ZC 2Ω∠ − 90∫
Z1 Z2
+
e) Pdel = I2S R = (19,74 A)2Ÿ :
E = 120 V ∠ 0° ZT f) FP = cos ș = cos 80,54° = DGLDQWDGR
– O fato de a impedância total possuir um ângulo de fase
negativo (revelando que IS está adiantada em relação a
E) é uma indicação clara de que o circuito é de natureza
Figura 16.2 Circuito visto na Figura 16.1 após a definição capacitiva, tendo portanto um fator de fase adiantado. O
das impedâncias em bloco. fato de o circuito ser capacitivo pode ser determinado a
594 Introdução à análise de circuitos

partir do circuito original, percebendo-se primeiramente c) I = I 1 + I2

que, para os elementos L-C em paralelo, a impedância 50 A ∠ 30° = 80 A ∠ – 6,87° + 50 A ∠ 136,26°
menor é dominante, o que resulta em um circuito R-C. = (79,43 – j 9,57) + (– 36,12 + j 34,57)
= 43,31 + j 25,0
50 A ∠ 30° = 50 A ∠ 30° (verificada)
EXEMPLO 16.2
Considerando o circuito visto na Figura 16.3:
a) Se I é 50 A ∠ 30°, calcule I1 usando a regra dos EXEMPLO 16.3
divisores de corrente. Considerando o circuito visto na Figura 16.5:
b) Repita o item (a) para I2. a) Calcule a tensão VC usando a regra dos divisores de
c) Verifique a lei de Kirchhoff para corrente em um dos tensão.
nós. b) Calcule a corrente Is.
Soluções: Soluções:
a) Redesenhando o circuito como mostra a Figura 16.4, a) O circuito pode ser redesenhado, como podemos ver
temos: na Figura 16.6, com:

Z1 = R + jXL Ÿj Ÿ Ÿ∠ 53,13°  =1 Ÿ Ÿ∠ 0°

Z2 = – jXC = – j Ÿ Ÿ∠ – 90°  =2 = – jŸ Ÿ∠ – 90°
 =3 = + jŸ Ÿ∠ 90°
Usando a regra dos divisores de corrente, temos:
Como queremos determinar VC, não combinaremos R

I1 =
Z2 I
=
(8Ω∠ − 90∫ ) (50 A ∠30∫ ) = 400∠ − 60∫ e XC em um único bloco de impedância. Note também
Z 2 + Z1 ( − j8Ω) + (3Ω + j 4Ω) 3 − j4 que a Figura 16.6 revela claramente que E é a tensão
total na combinação de elementos em série Z1 e Z2, o
400∠ − 60∫
= = 80 A ∠ − 6, 87∫ que permite o uso da regra dos divisores de tensãopara
5∠ − 53,13∫
calcular VC. Além disso, note que todas as correntes
necessárias para determinar Is foram preservadas na

b) I2 =
Z1 I
=
(5Ω∠53,13∫ ) (50 A ∠30∫ )
Z 2 + Z1 5Ω∠ − 53,13∫ R
250∠83,13∫
= Is 5
5∠ − 53,13∫ + +
= 50 A ∠ 136, 26∫ XL 8 E 20 V ∠ 20° XC 12 VC
– –

I1 I2
R 3 Figura 16.5 Exemplo 16.3.
I XC 8
XL 4
I1 I2

Figura 16.3 Exemplo 16.2.

Is Z1
+
I1 I2 Z3 E
– +
I Z1 Z2 Z2 VC
–

Figura 16.4 Circuito da Figura 16.3 após a definição das Figura 16.6 Circuito da Figura 16.5 após a definição das
impedâncias em bloco. impedâncias em bloco.
 Capítulo 16 Circuitos de corrente alternada em série-paralelo 595

Figura 16.6, mostrando que não é necessário retornar Nesse caso, a tensão Vab é perdida no circuito redese-
ao circuito da Figura 16.5 — tudo está definido no nhado, mas as correntes I1 e I2 permanecem explicitadas
circuito da Figura 16.6. para determinar Vab. A Figura 16.8 mostra claramente
que a impedância total pode ser encontrada usando a
VC =
Z2 E
=
(12Ω∠ − 90°) ( 20 V ∠20∫ ) = 240 V ∠ − 70∫ equação para duas impedâncias em paralelo:
Z1 + Z 2 5Ω − j12Ω 13∠ − 67, 38∫
= 18, 46 V∠ − 2, 62∫ ZT =
Z1 Z 2
=
(5Ω∠53,13∫ ) (10Ω∠ − 36, 87°)
Z1 + Z 2 (3Ω + j 4Ω) + (8Ω − j 6Ω)
E 20 V ∠20∫ 50Ω∠16, 26∫ 50Ω∠16, 26∫
b) I1 = = = 2, 5 A ∠ − 70∫ = =
Z3 8Ω∠90∫ 11 − j 2 11,18∠ − 10, 30∫
E 20 V ∠20∫
I2 = = = 1, 54 A ∠87, 38∫ ȍƒ
Z1 + Z 2 13Ω∠ − 67, 38∫
e
e
E 100 V ∠0∫
 , S = I1 + I 2 Is = = = 22, 36 A∠ − 26, 56∫
= 2,5 A ∠ – 70° + 1,54 A ∠ 87,38° ZT 4, 472Ω∠26, 56∫
= (0,86 – j 2,35) + (0,07 + j 1,54)
 ,S = 0,93 – j 0,81 = $ ∠ ±ƒ b) Pela lei de Ohm,

EXEMPLO 16.4 E 100 V ∠0∫

I1 = = = 20 A∠ − 53,13∫
Dado o circuito visto na Figura 16.7: Z1 5Ω∠53,13∫
a) Calcule a corrente Is. E 100 V ∠0∫
I2 = = = 10 A ∠36, 87∫
b) Determine a tensão Vab. Z 2 10Ω∠ − 36, 87 ∫
Soluções:
a) Redesenhando o circuito como o que é mostrado na Retornando à Figura 16.7, temos:
Figura 16.8, obtemos:
VR1 = I1 ZR1 = (20 A ∠ ±ƒŸ∠ 0°)
Z1 = R1 + j XL ŸjŸ Ÿ∠ 53,13° = 9 ∠ ±ƒ
 =2 = R2 – j XC Ÿ±jŸ Ÿ∠ – 36,87° VR2 = I1 ZR2 = (10 A ∠ ƒŸ∠ 0°)
= 9 ∠ ƒ

Em vez de usar os dois passos descritos, poderíamos

I1 I2 ter determinado VR1 ou VR2 em uma única etapa,
Is
usando a regra dos divisores de tensão:
+ R1 3 R2 8

E = 100 V ∠ 0° a Vab b
VR1 =
(3Ω∠0∫ ) (100 V ∠0∫ ) = 300 V ∠0∫
–
XL 4 XC 6 3Ω∠0∫ +4Ω∠90∫ 5∠53,13∫
= 60 V ∠ − 53,13
3∫

Para encontrar Vab temos de aplicar a lei de Kirch-

Figura 16.7 Exemplo 16.4. KRIISDUDWHQV}HVjPDOKDFRPRVUHVLVWRUHVGHŸH
ŸYHMDD)LJXUD3HODOHLGH.LUFKKRIISDUD
tensões,
I I1 I2
+ Vab + VR1 – VR2 = 0
E = 100 V ∠ 0° Z1 Z2

– ou Vab = VR2 – VR1

YT
= 80 V ∠ 36,87° – 60 V ∠ – 53,13°
= (64 + j 48) – (36 – j 48)
= 28 + j 96
Figura 16.8 Circuito da Figura 16.7 após a definição das Vab = 9 ∠ °
impedâncias em bloco.
596 Introdução à análise de circuitos

IL
+ +
+
3 VR1 VR2 8
– – I 4 mA ∠ 0° Z1 Z2 VL

a Vab b –
+ –

Figura 16.9 Determinação da tensão Vab para o circuito

visto na Figura 16.7. Figura 16.11 Circuito apresentado na Figura 16.10 após a
definição das impedâncias em bloco.
EXEMPLO 16.5
O circuito mostrado na Figura 16.10 é frequentemente Para f = 100 Hz, X C =
1
encontrado na análise de circuitos contendo transis- 2πfC
tores. O circuito equivalente ao transistor inclui uma 1
= = 159,16Ω
fonte de corrente I e uma impedância de saída Ro. O 2π (100 Hz )(10μ F)
resistor RC é um resistor de polarização com a função
de estabelecer condições CC específicas, e o resistor Ri
representa a carga do estágio seguinte. O capacitor de e Z2 NŸ±jŸ
acoplamento foi projetado para se comportar como um
Usando a regra dos divisores de corrente, temos:
circuito aberto para a corrente contínua e ter uma impe-
dância tão baixa quanto possível para as frequências de − Z1I − (3, 096 k Ω∠0∫ ) ( 4mA∠0∫ )
interesse, de modo a assegurar que VL seja máxima. A IL = =
Z1 + Z 2 3, 096 k Ω + 1 k Ω − j159,16Ω
faixa de frequência inclui, nesse exemplo, todo o espec-
−12, 384 A ∠0∫ −12, 384 A ∠0∫
tro correspondente às ondas sonoras audíveis, de 100 = =
Hz até 20 kHz. O objetivo nesse exemplo é demonstrar 4096 − j159,16 4099∠ − 2, 225∫
que, em toda essa faixa, o efeito do capacitor pode ser = −3, 02 mA ∠2, 23∫ = 3, 02 mA ∠2, 23∫ +180∫
ignorado. Ele cumpre sua função de agente bloqueador = 3, 02 mA ∠182, 23∫
de CC, mas permite a passagem de CA praticamente
sem alterações.
e VL = IL ZR
a) Determine VL para o circuito visto na Figura 16.10
= (3,02 mA ∠ ƒNŸ∠ 0°)
na frequência de 100 Hz. = 9∠ ƒ
b) Repita o item (a) para uma frequência de 20 kHz.
c) Compare os resultados dos itens (a) e (b).
1
Soluções: b) Para f = 20 kHz, X C =
a) O circuito foi redesenhado com as impedâncias 2πfC
parciais mostradas na Figura 16.11: 1
= = 0, 796Ω
2π ( 20 kHz )(10μ F)
Z1 NŸ∠ 0° __NŸ∠ 0° NŸ∠ 0°
Note a grande variação de XC com a frequência. Ob-
 =2 = Ri – jXC
viamente, quanto maior a frequência, mais próxima
de zero (curto-circuito) estará XC para condições de
Capacitor Estágio seguinte corrente alternada. Temos:
de acoplamento
Z2 Nȍ±jȍ
10 μF +
Ro Usando a regra dos divisores de corrente, temos:
I 4 mA ∠ 0° RC 3,3 k Ri 1k VL
50 k
− Z1 I − (3, 096 k Ω∠0∫ ) ( 4 mA ∠0∫ )
– IL = =
Z1 + Z 2 3, 096 k Ω + 1 k Ω − j 0, 796Ω
−12, 384 A ∠0∫ = 12, 384 A ∠0∫
= =
Circuito equivalente Circuito 4096 − j 0, 796Ω 4096∠ − 0, 011∫
do transistor de polarização
= −3, 02 mA ∠0, 01∫ = 3, 02 mA ∠0, 01∫ +180∫
Figura 16.10 Amplificador transistorizado simples. = 3, 02 mA ∠180, 01∫
 Capítulo 16 Circuitos de corrente alternada em série-paralelo 597

e VL=ILZR I
= (3,02 mA ∠ ƒNŸ∠ 0°) +
9 ∠ ƒ
Z1 Z2 V
IT 2,626 mA ∠ 51,402°
c) Os resultados indicam claramente que o capacitor –
interfere muito pouco na faixa de frequência de
interesse. Além disso, observe que a maior parte da
corrente da fonte chega até a carga em função dos
parâmetros típicos empregados. Figura 16.13 Circuito visto na Figura 16.12 após a
definição das impedâncias parciais.
EXEMPLO 16.6
Dado o circuito visto na Figura 16.12: EXEMPLO 16.7
a) Determine a corrente I. Considerando o circuito visto na Figura 16.14:
b) Determine a tensão V. a) Calcule I.
Soluções: b) Determine I1, I2 e I3.
a) As regras para fontes de corrente em paralelo são as c) Verifique a lei de Kirchhoff para corrente, demons-
mesmas para circuitos CA e CC. Ou seja, a fonte de trando que:
corrente equivalente é a sua soma ou a sua diferença
(fasorial). Portanto, , ,1 + I2 + I3

IT = 6 mA ∠ 20° – 4 mA ∠ 0° d) Calcule a impedância total do circuito.

= 5,638 mA + j2,052 mA – 4 mA Soluções:
= 1,638 mA + j2,052 mA a) Redesenhando o circuito como mostra a Figura
= 2,626 mA ∠ 51,402° 16.15, obtemos um circuito estritamente paralelo,
em que:
Redesenhando o circuito usando impedâncias em bloco,
obtemos o circuito mostrado na Figura 16.13, onde:  =1 = R1 Ÿ∠ 0°
Z1 NŸ∠ ƒNŸ∠ 0° NŸ∠ 0°  =2 = R2 + jXL1 ŸjŸ
e Z2 NŸ±jNŸ NŸ∠ – 63,435°  =3 = R3 + jXL2 – jXC ŸjŸ±jŸ Ÿ±jŸ

Note que I e V ainda aparecem explicitamente na A admitância total é:

Figura 16.13.
Usando a regra dos divisores de corrente, temos: YT = Y1 + Y2 + Y3
1 1 1 1 1 1
Z1 IT (1, 545 k Ω∠0∫ ) ( 2, 626 mA ∠51, 402∫ ) = + + = + +
I= = Z1 Z 2 Z3 10Ω 3Ω + j 4Ω 8Ω − j 6Ω
Z1 + Z 2 1, 545 k Ω + 10 k Ω − j 20 k Ω 1 1
4, 057 A ∠51, 402∫ 4, 057 A ∠51, 402∫ = 0,1S + +
= = 5Ω∠53,13∫ 10Ω∠ − 36, 87 ∫
11, 545 × 10 − j 20 × 10
3 3
23, 093 × 103 ∠ − 60, 004∫ = 0,1S + 0, 2 S ∠ − 53,13∫ +0,1S ∠36, 87 ∫
= 0,18mA ∠111, 41∫ = 0,1S + 0,12 S − j 0,16 S+ 0, 08 S+ j 0, 06 S
= 0, 3 S − j 0,1S = 0, 316 S ∠ − 18, 435∫
b) V = IZ2
= (0,176 mA ∠ ƒNŸ∠ – 63,435°) Calculadora. O exercício matemático anteriormente
= 9 ∠ ƒ citado representa uma excelente oportunidade para de-

I
+
6 mA ∠ 20° R2 10 k 4 mA ∠ 0°
I1 R1 2k I2 R3 6,8 k V

XC 20 k –

Figura 16.12 Exemplo 16.6.

598 Introdução à análise de circuitos

I R3 = 8 XL2 = 3

I1 I2
ZT I3
+ R2 3

E = 200 V ∠ 0° R1 10 XC 9
–
XL1 4
YT

Figura 16.14 Exemplo 16.7.

I I1 I2 I3
+
E = 200 V ∠ 0° Z1 Z2 Z3

Figura 16.15 Circuito da Figura 16.14 após a definição das impedâncias parciais.

monstrar a capacidade das calculadoras atuais. Usando E 200 V ∠0∫

uma TI-89, a operação anterior estaria representada I1 = = = 20 A ∠0∫
Z1 10Ω∠0∫
como mostra a Figura 16.16.
E 200 V ∠0∫
Lembre-se de usar o sinal negativo para o número I2 = = = 40 A ∠ − 53, 13∫
Z 2 5Ω∠53,13∫
complexo pela opção de subtração, e não pela seleção
de sinal (–). A seleção de sinal é usada para ângulos E 200 V ∠0∫
I3 = = = 20 A ∠ + 36, 87∫
negativos na forma polar. Z3 10Ω∠ − 36, 87 ∫
Para fazer a conversão na forma polar, é preciso usar a
sequência mostrada na Figura 16.17. c) I = I1 + I2 + I3
Conversão na forma polar: 60 – j20 = 20 ∠ 0° + 40 ∠ – 53,13° + 20 ∠ + 36,87°
A corrente I é dada por = (20 + j 0) + (24 – j32) + (16 + j12)
60 – j20 = 60 – j20 (verificada)
I = EYT = (200 V ∠0°) (0,326 S ∠ – 18,435°)

= $∠ ±ƒ d) 1 1
ZT = =
b) Como a tensão é a mesma em ramos paralelos, YT 0, 316 S ∠ − 18, 435∫
= ȍ<

1 ÷ 1 0 + 1 ÷ ( 3 + 4 i ) + 1
÷ ( 8 – 6 i ) ENTER 300,0E–3–100,0E–3i

Figura 16.16 Determinação da admitância total para o circuito da Figura 16.14 por meio da calculadora TI-89.

( 3 – 1 i ) Polar ENTER ENTER 316,2E–3 ∠ –18,43E0

Figura 16.17 Conversão da forma retangular da Figura 16.16 na forma polar.

 Capítulo 16 Circuitos de corrente alternada em série-paralelo 599

EXEMPLO 16.8 Z 2 Z3
Considerando o circuito visto na Figura 16.18: = Z1 +
Z 2 + Z3
a) Calcule a impedância total ZT.
b) Calcule I. = 4Ω +
(11, 4Ω∠ − 37, 87∫ ) (10Ω∠36, 87∫ )
c) Determine o fator da potência total. (9Ω − j 7Ω) + (8Ω + j 6Ω)
d) Calcule I1 e I2. 114Ω∠ − 1, 00∫
e) Determine a potência média fornecida ao circuito. = 4Ω + = 4Ω + 6, 69Ω∠2, 37°
17, 03∠ − 3, 37
Soluções:
= 4Ω + 6, 68Ω + j 0, 28Ω = 10, 68Ω + j 0, 28Ω
a) Redesenhando o circuito da forma que é mostrado
na Figura 16.19, temos: ZT = ȍ < ƒ
 =1 = R1 Ÿ∠ 0°
Calculadora. Outra oportunidade para demonstrar a
 =2 = R2 – jXC Ÿ±jŸ Ÿ∠ – 37,87°
versatilidade da calculadora! Entretanto, para realizar
 =3 = R3 + jXL ŸjŸ Ÿ∠ + 36,87°
a operação anterior temos de conhecer as prioridades
Observe que todas as grandezas desejadas foram das operações matemáticas, como demonstra a Figura
mantidas no circuito redesenhado. A impedância 16.20. Na maioria dos casos, as operações são realiza-
total é: das na mesma ordem em que são feitas manualmente.

ZT = Z1 + ZT1 E 100 V ∠0∫

b) I= = = 9, 36 A ∠ − 1, 5∫
ZT 10, 684Ω∠1, 5∫

R1 XL = 6 R 10, 68Ω
c) Fp = cos θT = = ≅1
I1 ZT 10, 684Ω
I 4 I2
(essencialmente resistivo, o que é interessante, con-
+ R2 9
siderando a complexidade do circuito)
E = 100 V ∠ 0° ZT R3 8 d) Usando a regra dos divisores de corrente, temos:
– XC 7

I2 =
Z2 I
=
(11, 40Ω∠ − 37, 87∫ ) (9, 36 A ∠ − 1, 5∫ )
Z 2 + Z3 (9Ω − j 7Ω) + (8Ω + j 6Ω)
106, 7 A ∠ − 39, 37 ∫ 106, 7 A ∠ − 39, 37°
= =
Figura 16.18 Exemplo 16.8. 17 − j1 17, 03∠ − 3, 37 ∫
I 2 = 6, 27 A ∠ − 36∫

Z1 Aplicando a lei de Kirchhoff para correntes (em vez

I I1 I2
de aplicar de novo a regra dos divisores de corrente),
+ obtemos:
E = 100 V ∠ 0° ZT1 Z2 Z3
I1 = I – I2
–
ZT
ou

 , = I1 – I2
= (9,36 A ∠ – 1,5°) – (6,27 A ∠ – 36°)
Figura 16.19 Circuito visto na Figura 16.18 após a = (9,36 A – j0,25 A) – (5,07 A – j3,69 A)
definição das impedâncias parciais. I1 = 4,29 A + j3,44 A = $ ∠ ƒ

4 + ( 1 1 4 ∠ (–) 3 7 8 7 ° ) ×

( 1 0 ∠ 3 6 8 7 ° ) ÷ ( ( 9 – 7
i ) + ( 8 + 6 i ) ) Polar ENTER ENTER 10,69E0 ∠ 1,48E0

Figura 16.20 Cálculo da impedância total para o circuito da Figura 16.18 usando a calculadora TI-89.
600 Introdução à análise de circuitos

e) PT = EIFRVșT 16.4 ATERRAMENTO

= (100 V) (9,36 A) cos 1,5°
= (936) (0,99966) Embora normalmente tratado com pouca frequência
PT = : na maioria dos cursos introdutórios de eletricidade ou
eletrônica, o impacto da conexão de aterramento (GND)
e como isso fornece uma medida de segurança para um
16.3 CIRCUITOS EM CASCATA projeto são tópicos muito importantes. O potencial de
aterramento é de zero volt em cada ponto de um circuito
Os FLUFXLWRVHPFDVFDWD foram discutidos em alguns
que tenha um símbolo de aterramento. Como todos os
detalhes no Capítulo 7. Essa seção simplesmente aplicará
pontos estão no mesmo potencial, todos eles podem ser
o primeiro método descrito na Seção 7.6 ao circuito em
conectados, mas, para que não haja confusão, a maioria
cascata CA senoidal geral visto na Figura 16.21. Deseja-se
fica isolada em um esquema grande. Em um esquema, os
calcular a corrente I6.
níveis de tensão são sempre fornecidos em relação ao nível
As impedâncias ZT, ZƍT e ZƎT e as correntes I1 e I3 são
de aterramento. Portanto, um sistema pode ser verificado
definidas na Figura 16.22. Temos:
rapidamente com a simples conexão do terminal preto do
ZƍƍT = Z5 + Z6 voltímetro à conexão de aterramento e com a colocação
do terminal vermelho nos diversos pontos em que a tensão
e ZƍT = Z3 + Z4 || ZƍƍT
operacional típica é fornecida. Implicitamente, isso signi-
com ZT = Z1 + Z2 || ZƍT fica que essa parte do sistema está operando corretamente.
E Existem vários tipos de aterramentos, com a apli-
Então I=
ZT cação determinando o uso de cada um. Um fio terra é
Z2 I aquele que está conectado diretamente ao solo por uma
e I3 = conexão de baixa impedância. Sob condições ambientais
Z 2 + ZT′
típicas, os potenciais de aterramento local são bastante
Z4 I3
com I6 = uniformes, e podem ser definidos como iguais a zero volt.
Z 4 + ZT′′ Essa uniformidade local deve-se a agentes condutivos su-
ficientes no solo, como água e eletrólitos, para garantir que
qualquer diferença de tensão na superfície seja igualada

Z1 Z3 Z5
I6
+
E = 120 V ∠ 0° Z2 Z4 Z6

Figura 16.21 Circuito em cascata.

I I3
Z1 Z3 Z5 I6

+
ZT Z T Z T
E = 120 V ∠ 0° Z2 Z4 Z6

Figura 16.22 Definição do método de análise de circuitos em cascata.