Materiais Restauradores

Dra Cecília Leopoldino

Curso de Odontologia- Faculdade Anhanguera
 Tipos

1 Cimento Ionômero de Vidro

2 Resinas Compostas

3 Selantes de Fossas e
Fissuras
Cimento Ionômero de vidro

3 tipos

Restaurador Forrador Cimentação

Definitivas em áreas de baixa Forramento e base de Inlays, Onlays, coroas e
tensão restaurações definitivas. bandas ortodônticas
 Composição
Reação de presa

A reação de presa do material envolve uma reação

ácido-base entre o ácido poliacrílico e o vidro de
Pó
aluminossilicato. Durante a reação, a superfície das
Silicato e alumina: resistência
partículas de vidro é degradada pelo ácido orgânico,
Flúor: reação de presa e libera
íons liberando íons como Al3+ e Ca2+. Após a presa total,
tem-se um compósito de partículas de vidro
Líquido circundadas por um gel de sílica em uma matriz de
Solução aquosa de: poliânions (Ca2+, Al3+, F-)
ácido poliacrílico
ácido maléico
ácido tartárico
Indicações • restaurações de Classes III e V;
• restaurações provisórias;
• cimentações de peças protéticas;
• selamento de cicatrículas e fissuras;
• selamento de cavidades entre sessões do
tratamento endodôntico;
• forramento de cavidades na técnica de
“sanduíche” (associação
com resina composta);
• tratamento restaurador atraumático (ART);
• cimentação de bandas e braquetes
ortodônticos
 Vantagens Desvantagens
Excelente biocompatibilidade Sensível à umidade- sorção de água
Estética Baixa resistência ao desgaste
Liberação de flúor Baixa tração
Adesão química ao esmalte e
dentina
Manipulação fácil e rápida
 Manipulação
Aglutinar

Proporção
Pó e Líquido
1:1
Separa o pó ao meio e
aglutina com o líquido
 MECANISMO DE ADESÃO DENTAL DOS CIMENTOS
DE IONÔMERO DE VIDRo
Os mecanismos de adesão dos CIVs ainda não foram bem elucidados, porém não
restam dúvidas de que existe uma interação mediada por fatores químicos, e não
mecânicos. Portanto, o ionômero de vidro tem adesão química à estrutura dental
 Resistência de união
Cimento ionômero de vidro Resina Composta

Resistência ao esmalte e Resistência ao esmalte e

dentina: 2,8 a 5,1 MPa dentina: 15 a 30 MPa

CIV híbrido (modificado por

resina) : 10 a 14 MPa

* o pré-condicionamento da dentina e do
esmalte com ácido poliacrílico tende a melhorar
a resistência de união entre esses substratos e
os cimentos de ionômero de vidro.
Resinas compostas

 Resinas compostas

É uma resina sintética, baseada em acrílico, à qual foi

incorporada uma alta porcentagem de carga inorgânica
inerte.
 história
1850: oxicloreto de zinco- irritantes ao tecido pulpar
1878: cimento de fosfato de zinco. Não era estético
1904: cimento de silicato- mais translúcido
1934: resina acrílica autopolimerizável
1950: reforçando resinas epóxas com partículas de carga
Resinas compostas

Resinas compostas

usos
 Composição
-Matriz Resinosa: Bis-GMA, monômeros,

-Iniciadores de polimerização: peróxido de benzoíla;canforoquinona

-Partículas de carga: estabilidade dimensional

-Agente de cobertura: silano

 Composição
resistência, rigidez e
-Matriz Resinosa: Bis-GMA, monômeros,
durabilidade

-Iniciadores de polimerização: peróxido de benzoíla; canforoquinona

-Partículas de carga: estabilidade dimensional

-Agente de cobertura: silano

 Composição
-Matriz Resinosa: Bis-GMA, monômeros,

transforma resina
-Iniciadores de polimerização: peróxido de benzoíla; canforoquinona de massa maleável
para rígida

-Partículas de carga: estabilidade dimensional

-Agente de cobertura: silano

 Composição
-Matriz Resinosa: Bis-GMA, monômeros,

-Iniciadores de polimerização: peróxido de benzoíla; canforoquinona

reforço, redução da contração de

-Partículas de Carga: polimerização e do coeficiente de
expansão térmica; controla a viscosidade,
diminui absorção de água, radiopacidade
-Agente de cobertura: silano
 Composição
-Matriz Resinosa: Bis-GMA, monômeros,

-Iniciadores de polimerização: peróxido de benzoíla, canforoquinona

-Partículas de carga: estabilidade dimensional

união das partículas de carga à matriz

-Agente de cobertura: silano resinosa; estabilidade hidrolítica
 Sistemas de ativação
Termoativação: maior taxa de conversão monômero/polímero, resultando
em uma resina mais rígida e mais resistente ao manchamento e à fratura.
Utilizada em muitas resinas compostas, assim como em restaurações
indiretas de resina (muitas vezes chamadas cerômeros) como coroas,
facetas, inlays e onlays.
 Sistemas de ativação
Fotoativação: polimerização de boa qualidade, com cura uniforme da
matriz resinosa. Nesse sistema, o ativador é uma luz azul visível, com
comprimento de onda de aproximadamente 470 nm. Essa luz excita o
iniciador da resina (geralmente canforquinona), dando início ao processo
de polimerização, conhecido como fotopolimerização. Esse sistema de
ativação é o mais utilizado na prática odontológica em razão de sua
praticidade e da relação custo/ benefício.
 Fatores envolvidos na fotoativação
Profundidade de polimerização e tempo de exposição
Reduzem a densidade de potencia e o grau de conversão conforme profundidade
Lâmpada alta intensidade
Menor tempo de exposição
Maiores profundidades de polimerização
Ponta mais próximo possível
Ângulo 90°
 Sistemas de ativação
Autopolimerização: um composto químico é utilizado para iniciar a reação.
Nesse método, os produtos estão disponíveis em duas pastas que devem
ser misturadas. A manipulação, contudo, é um método ineficiente de
mistura, pois resulta em um produto final heterogêneo em nível molecular.
Além disso, o ar incorporado durante a mistura acaba por enfraquecê-la, já
que o oxigênio é conhecido como inibidor de polimerização, levando os
sistemas autoativados a apresentarem menor taxa de conversão quando
comparados a outros sistemas.
Tamanho das partículas:
Classificação

Característica de manipulação:
 Tamanho das partículas

Microparticulada Nanoparticulada Híbrida Microhíbrida Nanohíbrida

 Microparticuladas
Particulas de sílica coloidal
Tamanho de aprox 0,4um

Incorporadas na matriz resinosa de duas formas:

Direta( compósitos homogêneos): as micropartículas são adicionadas na sua forma

original à matriz resinosa, o que seria uma forma ideal se pudesse ser incorporada em
grandes quantidades. Essa adição provocaum espessamento do produto, devido ao
fato de partículas muito pequenas possuírem uma alta área de superfície.

Indireta (compostos heterogêneos): s, as micropartículas são comprimidas em

aglomerados. Os aglomerados são adicionados a uma matriz resinosa aquecida,
propiciando uma incorporação de 70% ou mais de carga em peso. Alto conteúdo de
carga
 Microparticuladas
Excelente polimento
Fácil manuseio
 Nanoparticuladas
Possuem todas as partículas abaixo de 100nm (20 e 75nm)
Nanopartículas em nível molecular
Nanopartículas de dois tipos:
- Tipo I: subdividido em partículas nanométricas dispersas como unidades
simples dentro da matriz resinosa e como aglomerados (clusters) de
nanopartículas.
Tipo II: nanopartículas de estrutura na forma de uma gaiola composta de
oito átomos de silicone e 12 átomos de oxigênio. Em vez de existir como
uma partícula individual ou aglomerado, a nanopartícula torna-se parte da
matriz resinosa.
Tem comportamento de líquido, não de sólido
Partículas maiores atuam como suporte aumentando a
viscosidade
Nanoparticuladas
 Híbridas
75% de peso de partículas de tamanhos converncionais
8% de micropartículas
Boas propriedades mecânicas
Polimento limitado
Primeiras a serem usadas para dentes posteriores
Híbridas
 microHíbridas
Resinas híbridas, porém com tamanhos menores de suas
grandes partículas
Tamanhos variados de partículas para contornar os
problemas da híbrida- estética e polimento
Partículas menores que 1um
Vidros moídos e sílica coloidal
75% de carga
Em constante desuso
microHíbridas
 NanoHíbridas
Resinas micro-híbridas com mistura de nanopartículas
Possuem três tipos de partículas:
Partículas pré-polimerizadas de aglomerados de
nanopartículas
Partículas de vidro ou sílica de aprox. 0,4um
Nanopartículas individuais de 0,05um
Excelentes propriedades mecânicas, estéticas e de
manuseio
NanoHíbridas
TABELA
 lEMBRE-SE
uma resina composta bem inserida, fotoativada e
polida, possui sempre um bom grau de aceitação
 Propriedades
Tensão e contração de polimerização
Propriedades Tensão e contração de polimerização

Duas formas de resolver:

Propriedades
Redução da tensão de polimerização
 característica de manipulação

Resinas fluidas Compósitos

condensáveis
resinas fluidas
Uma modificação de compósitos de partículas
pequenas e compósitos híbridos resulta nos
chamados compósitos fluidos.
Menor viscosidade devido à menor porcentagem
de partículas de carga o que permite que a resina
flua prontamente e se espalhe uniformemente,
adaptando-se intimamente ao formato da
cavidade.
Suas desvantagem em relação aos
microparticulados ou híbridos, está em suas
propriedades mecânicas
 compósitos condensáveis
Desenvolvidos através de um ajuste na
distribuição dos tamanhos de carga

•Inclusão de partículas de carga fibrosa, alongadas de

superfície rugosa ou com geometrias ramificadas que
tendem ao embricamento.
•Oposição ao escoamento.
•Obtendo assim uma resina não polimerizada rígida e
resistente à deformação sob o próprio peso.

acabamento e polimento
acabamento e polimento
 SELANTES DE SULCOS E FISSURAS
O objetivo do uso de selantes é que a resina penetre nos sulcos e
fissuras e proteja essas áreas da invasão bacteriana e do acúmulo
de restos de alimentos
 SELANTES DE SULCOS E FISSURAS
Indicação:
-Paciente infantil com dentes em erupção
-PNE (dificuldade de higienização)

Tem que haver um contato íntimo do selante com a estrutura

dental
-Viscosidade alta

Condicionamento ácido da superfície

 SELANTES DE SULCOS E FISSURAS
Tipos
 referências bibliográficas
Craig, R. G., & Powers, J. M. (2012). Materiaisdentáriosrestauradores. Santos
Anusavice, K. Phillips Materiais Dentários. Elsevier, 12a ed, 2013.
Baratieri, L.N. et al. Odontologia Restauradora - Fundamentos e Técnicas. Sao Paulo:
Livraria e Editora Santos, 2010. Vol. 1 e 2. 804p.
Peutzfeldt A, Mühlebach S, Lussi A, Flury S. Marginal Gap Formation in Approximal "Bulk Fill"
Resin Composite Restorations After Artificial Ageing. OperDent. 2018 Mar/Apr;43(2):180-189.
doi: 10.2341/17-068-L. Epub 2017 Nov 17.
CHAIN, Marcelo C. Materiais Dentários. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2013. E-book.
ISBN 9788536702063. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536702063/.