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Odontologia - UEM Cariologia II - Sílvia 2022Lara Macedo Figueiredo


Restaurações de
Não tinham resistência rápida – 1 hora sem comer após o
procedimento;
 Pode ter tamanho de corte: regular (média 45μm), fino (media

Amálgama 35 μm), micro fino (média 26μm);


o As micro finas são as preferidas por apresentarem
melhores características de manipulação, produzirem
AMÁLGAMA restaurações com superfície lisa e endurecimento e
resistência em menos tempo – diminui a ocorrência de
 Liga composta de vários materiais, que quando se juntam ao fraturas e corrosão;
mercúrio é denominado amalgama;
 É o material mais utilizado no mundo inteiro na saúde bucal ESFÉRICA: melhor molhamento do mercúrio – menos mercúrio,
nos postos de saúde; mas, mais resistente à compressão e tração;
 Resistência no meio bucal e no ato mastigatório;  Ligas de fase dispersa apresenta as duas formas (72% limalha;
 Baixo custo; 28% esférica);
 Facilidade de manipulação, técnica de trabalho simples;
 Durabilidade (aproximadamente 50 anos): a troca é feita se o Reação de presa
paciente pedir ou se tiver infiltração; CONVENCIONAL
 Com o tempo perde o brilho (oxida), com o repolimento ele
fica brilhante de novo, fica melhor adaptado as margens;
 Com o tempo produz produtos de corrosão, estes vedam a
margem – infiltração em amalgama é raro de acontecer,
devido a essa vedação, e quando ocorre as cáries ficam
crônicas rapidamente;  Baixo teor de cobre;
 Paciente de alto risco é preferível o amálgama;  Na trituração, quando a liga está sendo misturada com o
 A cavidade tem que ter pelo menos 2-3mm para que não mercúrio, o composto Ag3Sn absorve o mercúrio e com ele
quebre – ele precisa de profundidade; reage, produzindo duas faces de cristalização: fase gama 1 e
gama 2;
INSUCESSOS NAS RESTAURAÇÕES DE  A fase gama 1 cristaliza primeiro;
 A fase de crescimento de gama 2 é mais rápida, devido ao
AMÁLGAMA estanho roubar mais rápido o mercúrio;
- Segundo Healey e Phillips  A quantidade formada destas fases, depende da quantidade de
 56%: deficiências no preparo cavitário – erro do dentista; mercúrio na reação;
 40%: manipulação incorreta do material – erro do dentista;  A formação de gama 1 e 2 so termina quando a quantidade de
 4%: outros fatores (indicação inadequada); mercúrio torna-se insuficiente para que a reação possa se
processar;
 Quanto menos reagido a prata e estanho com o mercúrio, mais
AMÁLGAMA DENTAL forte o material;
 Liga metálica: mercúrio, prata, cobre e estanho;
o Pode conter: zinco (principalmente), paládio, índio; DISPERSA
 Diminuição da infiltração marginal na interface dente-  Liga com alto teor de cobre;
restauração – devido aos produtos de corrosão;  Prata com mais conteúdo de cobre junto ao mercúrio formam
a fase gama 1 e a fase eta;
COMPOSIÇÃO DA LIGA
 Prata (Ag): 65-70%;
o Aumenta a resistência mecânica e retarda a perda do
brilho e oxidação do amalgama;
o Aumenta a expansão de presa e diminui o escoamento;
o Aumenta a reatividade com o mercúrio;
 Estanho (Sn): 25-30%; TÉCNICA DE RESTAURAÇÃO
o Reduz a resistência e a dureza, diminuindo a expansão; 1. TRITURAÇÃO: molhamento da limalha com o mercúrio –
o Prolonga o tempo de endurecimento e aumenta o mistura dos dois para que ocorra a cristalização;
escoamento; o Promove maior contato entre a liga e o mercúrio;
 Mercúrio (Hg): máximo 3%; o Remove a película de óxidos que reveste a limalha
o Induz a amalgamação mais rápida; permitindo que o mercúrio a “ataque”;
 Cobre (Cu): convencional até 6%, fase dispersa 10-30%;
o Substitui parcialmente a prata tornando a liga menos 2. HOMOGENEIZAÇÃO: promove as condições ideais ao
friável; material para ser inserido na cavidade;
o Aumenta a expansão e a resistência mecânica do o Massa mais uniforme e lisa – colocado na dedeira,
amalgama, diminuindo o escoamento; camurça ou pote dappen;
 Zinco (Zn): até 3% em algumas ligas;  Não tocar sem luvas – não pode contato com a pele;
o Desoxidante;
o Atua como agente de limpeza durante a fusão; 3. REMOÇÃO DO EXCESSO DE MERCÚRIO –
antigamente: fazia após a trituração e durante a condensação;
o Quando tem excesso a massa fica muito brilhante e
Forma da partícula
mole, pode ocorrer fratura (quando for de tamanho
CONVENCIONAL OU LIMALHA: pontiagudas – molhamento
passível de infiltração é necessário fazer um reparo e
do mercúrio é dificultado devido a forma;
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adicionar mais amálgama) e corrosão acentuada da  Alterações dimensionais toleradas pelo dente;
amálgama;  Condutibilidade térmica menor que a dos metais puros;
 Superfície brilhante;
4. INSERÇÃO: deposição do material no interior da cavidade,  Fácil manipulação;
levado com o porta amálgama;  Não produz alterações de importância nos tecidos dentários;
o Pega o material do pote dappen e leva até a cavidade;  Escultura fácil e imediata;
o Inserção em pequenas porções;  Polimento final perfeito;
o Preencher a cavidade com ligeiro excesso, para que seja  Tolerância pelo tecido gengival;
possível esculpir;  Eliminação fácil, se necessária;
5. CONDENSAÇÃO: compressão do material no interior da
cavidade; Desvantagens
o Preencher, adaptar, compactar, remover excesso de  Modificações volumétricas;
mercúrio;  Condutibilidade térmica;
o 3-3,5 min de condensação para cada capsula misturada;  Esfericidade;
o Quanto menor o diâmetro do condensador maior a força  Falta de resistência nas bordas;
necessária;  Cor não harmoniosa;
o Começar com o menor condensador;
 Cuidados: campo operatório livre de umidade – fazer
um bom isolamento relativo;
- Preencher retenções e caixas proximais em primeiro
lugar;
- Cobrir a cavidade com excesso;
- Remover excessos de Hg;

6. BRUNIDURA: alisamento da superfície de uma restauração,


com instrumento rombo;
o Pressão exercida sobre o material restaurador e
restauração – pré (alisa, remove o excesso, deixa pronto
para esculpir) e pós escultura;
o Objetivos distintamente diferentes;
Brunidura pré-escultura
 Otimiza a condensação;
 Reduzir a porosidade interna;
 Diminuir o conteúdo de Hg residual;
Brunidura pós-escultura
 Diminui a porosidade;
 Promove superfície mais lisa;
 Melhora a adaptação marginal;
 Reduz o conteúdo de Hg nas margens e na superfície da
restauração;
 Não compensa condensação inadequada;
 Não substitui o acabamento e polimento;
 Tem que ter aspecto acetinado ou aveludado, não deve
ser brilhante – utilizar bolinha de algodão;

7. ESCULTURA: reprodução da anatomia correta do dente;


o Tempo limite: 4-13 min;
o Maioria dos materiais: 7-8 min;
o Tem que ser realizada com instrumentos afiados – não
utilizar instrumentos sem corte;
 No sentido das margens cavitarias;
 Apoio no dente remanescente;
 Uso de discoide-cleóide, esculpidor hollenback;
o Não deixar excesso;
o Se tiver falta, parte da parede cavitaria fica exposta;
o Fazer o ajuste de oclusão;
Simples
 Sulcos pouco profundos;
 Inclinações corretas das vertentes de cúspides;
 Simplicidade: tudo aquilo que possa ter corrigido e melhorado
com o acabamento e polimento;

Vantagens do amalgama
 Adaptabilidade às paredes cavitarias;
 Resistência aos esforços mastigatórios;
 Insolubilidade no meio bucal;

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