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Dentística 1

RESINAS COMPOSTAS
INTRODUÇÃO COMPONENTES DA RESINA
• Material mais utilizado na Odontologia: solicitação maior por 1. MATRIZ ORGÂNICA: Monômeros. Irão fazer com
restaurações estéticas e constantes busca por procedimentos que a resina seja densa.
restauradores menos invasivos.
• Conceito: material resultante da combinação tridimensional de
• Bis- GMA e UDMA: alto peso molecular
pelo menos dois materiais quimicamente diferentes com uma • TEGDMA e EDMA: diluentes
interface distinta separando esses componentes. • Bis-EMA: baixa concentração
• O uso de compósitos como material restaurador é crescente
por causa dos benefícios advindos da adesão à estrutura
dental, qualidades estéticas, indicação clínica quase universal.
2. MATRIZ INORGÂNICA: Partículas de carga,
• Quando realizada adequadamente, uma restauração de formada pela matriz de quartzo, vidro e sílica.
compósito pode durar vários anos em excelente estado. • As partículas inorgânicas melhora significativamente
• Em dentes posteriores, as restaurações com compósito são as propriedades físicas dos compósitos, aumentando
tecnicamente mais sensíveis e difíceis para o operador do que a resistência e reduzindo a expansão térmica.
as restaurações de amálgama.
• Para conseguir uma união que proporcione os benefícios • São dimensionalmente estáveis e melhora as
desejados, o campo operatório deve estar livre de propriedades dos materiais.
contaminação e o material restaurador e sistema adesivo • Vidro e quartzos são duros e difíceis de polis. Silica é
devem ser utilizados apropriadamente mais fácil de polir
• Surgiram para sanar o:
Prejuízo estético
• 70 a 80% de carga em peso na resina.
Alterações funcionais • O excesso de carga também pode enfraquecer as
• Espera-se da resina... propriedades da resina, pois assim irá diminuir
Adesão a estrutura dental também as cargas orgânicas, logo, a resina irá se
Biocompatibilidade
quebrar com facilidade.
Insolubilidade (a resina não pode se dissolver aos fluidos orais)
VANTAGENS
• É necessário uma resina com muita carga inorgânica,
§ Restauração estética porém o exagero é prejudicial.
§ Técnica direta: permite preparo bastante conservador
§ Facilidade de manuseio e reparo 3. AGENTE DE UNIÃO: interface distinta.
§ Reforça a estrutura dental remanescente • Silano (faz as duas matrizes se juntarem)
§ Apresenta custo inferior em comparação com as • Une as partículas de carga à matriz orgânica
técnicas indiretas • Absorve stress da interface carga/resina
§ Feita em uma única sessão clínica
• Promove estabilidade hidrofóbica
§ Boa relação custo/benefício
DESVANTAGENS
§ Contração de polimerização 4. FOTOINICIADORES
§ Quanto maior extensão da área a ser restaurada, menor Canforoquinoma. Responsável pela
será a expectativa em relação a longevidade fotopolimerização. Função de dar início a
§ Possibilidade polimerização
• Por reação química
• Por luz: canforoquinomas ou diquetonas
Polimerização: Processo de secagem e
endurecimento das resinas, onde ocorre a ativação
do sistema peróxido/amina

5. PIGMENTOS
• Opacificadores e radiopacificadores
• alteram as cores da resina

Obs: Bis- GMA: molécula principal das resinas


compostas. Monômero base; Presente na composição
da maioria das resinas compostas.
Obs: não se pode pegar na resina, mesmo com luva,
para não incorporar novos componentes.

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CLASSIFICAÇÃO PROPRIEDADES DA RC
1. Lisura superficial
TAMANHO DAS PARTÍCULAS 2. Resistência ao desgaste, compressão e fratura
1. Macropartículas: 3. Quanto maior fator C, maior contração
Precursoras. Eram Quimicamente ativadas, logo não 4. Contração de polimerização
tinha tempo de trabalho. Alta rugosidade superficial e 5. Consistência adequada (fácil escultura)
alto grau de manchamento. Radiopacidade menor que 6. Estabilidade de cor
o da dentina. 7. Radiopacidade igual ou superior que o esmalte
2. Micropartículas
Grande quantidade de matriz orgânica. Alta sorção de Obs: resina com carga de sílica não são radiopacas
água e pigmentos, alto coeficiente de expansão Obs: a vida útil de uma restauração em resina composta
térmica, alta deformação, alta contração de é, em média a metade da vida de uma restauração de
polimerização. Manchamento principalmente em amálgama
margens delgadas. Obs: a inserção incremental serve para compensar o fator
3. Hibridas ou microhíbridas C. Quanto maior o fator C, maior a tensão de contração.
Mistura de micropartículas e partículas maiores. Tipos
de partículas de sílica e vidro. Característica clínica com Fator C = face aderida
lisura superficial adequada e elevada. Reprodução do face livre
esmalte palatal. Mascarar fundo de dentes com
alteração de cor. Reproduz mecânica e opticamente a FOTOPOLIMERIZAÇÃO INADEQUADA leva a: Baixa força
dentina. de união. Maior agressão biológica. Deficiência nas
4. Nanoparticulas propriedades mecânicas. Pigmentação do material. Bolhas
Combinação de partículas de carga de tamanho e amarelamento
nanométrico e nanoagrupamentos. Reduz espaço INFILTRAÇÃO MARGINAL: passagem de bactérias, fluidos,
moléculas ou íons na interface dente/restauração,
entre as cargas. Maior número de carga. Melhores
causando descoloração marginal, sensibilidade e formação
propriedades físicas e melhor retenção de polimento.
de cárie secundária.
Causas: contração de polimerização, capacidade adesiva
QUANTIDADE DE PARTÍCULAS DE CARGA dos agentes de união, coeficiente de expansão térmica.
INORGÂNICA Maior em cavidades ocluso proximais.
1. CONVENCIONAIS: São regulares. Usado para SENSIBILIDADE PÓS-OPERATÓRIA: movimento dos fluidos
dentes anteriores e posteriores. Melhor adaptação nos túbulos dentinários leva a dor. Contração de
marginal polimerização, desunião da interface/restauração,
2. COMPACTÁVEIS: Não serve para dentes anteriores. preenchimento de líquidos dentinários, função
Alta viscosidade. Menor concentração de mastigatória, estimulação dos odontoblastos.
polimerização. Facilidade de escultura Alto conteúdo
de carga. Alta rigidez. Alta radiopacidade. Alta LIMITAÇÕES DA RC
resistência. Baixo desgaste 1. Pacientes fumantes
• A alta viscosidade pode dificultar a adaptação nas 2. Ingestão de bebidas e alimentos com corantes
paredes cavitárias, podendo levar a formação de fenda 3. Hábitos parafuncionais (ranger os dentes, roer unhas
causando microinfiltração/sensibilidade pós- etc)
operatória
3. FLUIDAS: Evolução dos selantes. Baixa viscosidade. INDICAÇÕES DA RC
Módulo de elasticidade menor que as hibridas. • Lesões cariosas
Semelhantes aos cimentos resinosos. Alta fluidez . • Lesões cervicais
• Não se pode restaurar. Pode ser usada como • Restaurações de defeitos no esmalte
intermediária entre adesivo e outra resina. • Substituição de restaurações deficientes
• Dentes anteriores faturados
• Mau posicionamento
• Recuperação/transformação anatômica
• Facetas diretas
• Fechamento de diastema
• Alongamento dental
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Obs: Remover carie chegando na polpa: broca carbide Técnica para fechamento de diastemas
em baixa rotação e cureta Técnica da guia enceramento
Remover Restauração insatisfatória: broca
diamantada em alta rotação com refrigeração Restaurações classe III e IV
Antes de realizar o preparo cavitário, a face lingual e
TÉCNICAS DE RESTAURAÇÃO DIRETA proximal deve ser confeccionada utilizando um
1. Antissepsia da cavidade oral (Clorexidina) material de impressão (material de silicone, por ex).
2. Profilaxia (pasta profilática sem óleo) Primeiro se registra, com a moldagem, os contornos
3. Anestesia linguais e, se possível, os contornos incisais do dente
4. Seleção de cor: em luz natural e a estrutura dental usando pequena quantidade do material de silicone,
deve esta umedecida e antes do isolamento criando, assim, uma guia com a qual a face lingual da
5. Isolamento nova restauração será formada.
6. Proteção dos dentes adjacentes ao preparo:
muito importante para classe II, III,IV Restaurações classe V
7. Assepsia do preparo cavitário Isolamento relativo
8. Condicionamento acido fosfórico 37%: Anestésico
30 segundos em esmalte e 15 segundos em dentina Fio retrato
Remoção do agente condicionador com jatos de ar e Ácido fosfórico
água Começa os incrementos da cervical para a apical
9. Aplicação do adesivo: aplicar com microbrush
(um para cada dente) PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINO PULPAR
1˚ camada = jato de ar
2˚ camada = fotopolimerização por 20 segundos
10. Inserção da resina composta: técnica incremental
para dentes anteriores e técnica incremental oblíqua
em dentes posteriores.
2mm para cada incremento e fotopolimerizar cada um
por 40 segundos
11. Definir características anatômicas
12. Retirar isolamento
13. Checar a oclusão e remover contato prematuro
14. Polimento e acabamento: após 48 horas.
Pontas diamantadas de granulação fina e ultrafina,
pontas elhance, discos de lixa, taça de borracha e pasta
para polimento.

Obs: se houver dúvida na cor, pode-se colocar


incrementos no dentes e fotopolimerizar por 10
segundos
Obs: o acesso cavitário começa onde tiver mais tecido
cariado
Obs: primeiro se faz uma face e sempre trazer os
incrementos de dentro para fora.
Obs: Adaptação da matriz após aplicação do adesivo
no dente que será realizado a restauração
Referência
Mondelli, José. -Fundamentos de dentística operatória/
José Mondelli e colaboradores. - [1.ed, 6.reimpr.]. São
Paulo: Santos

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