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Ponto de Vista

* Especialista em Dentística, CRO-GO. Mestre em Dentística, FOB-USP. Doutor em Dentística, FOA-UNESP. Professor Associado, Faculdade de Odontologia da Universidade Fede-
ral de Goiás.
** Especialista em Dentística, FAB. Fellow em Odontologia Estética, Ohio State University. Professor, Dental Esthetic Center Tranning. Presidente da Sociedade Brasileira de
Odontologia Estética.

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Em sua rotina clínica, você prefere cimentar laminados
cerâmicos com cimento resinoso fotopolimerizável ou
com resina composta termomodificada?

Albert0. MAGNO*, Rogério MARCONDES**

Por Alberto Magno em conjunção com a aplicação do silano, permitiu a


obtenção de altíssima resistência adesiva, referen-
A evolução das técnicas adesivas e o desenvolvi- dando a indicação dos laminados cerâmicos para a
mento de novos sistemas cerâmicos sem metal pro- correção de imperfeições dentárias, fraturas e denti-
porcionaram uma grande mudança de paradigma para ções desgastadas pelas forças mastigatórias, subs-
as restaurações estéticas indiretas, permitindo a con- tituindo estruturas defeituosas por um esmalte artifi-
fecção de restaurações com diminutas espessuras, cial funcional e biologicamente integrado aos tecidos
com mínimo ou nenhum desgaste de estrutura dentá- dentários e periodontais. O estudo da resistência à
ria, sem comprometimento da resistência. As mudan- fratura e à fadiga dos laminados cerâmicos fornece
ças de paradigma apresentadas por essas evoluções dados relativos ao reforço, estabilidade e manuten-
de materiais e técnicas motivaram a ampliação do le- ção da estrutura dentária.
que de indicações das cerâmicas odontológicas. A oferta de materiais indicados para cimentação
Atualmente, a Odontologia vem proporcionando adesiva é muito grande e diversificada, partindo dos
tratamentos restauradores esteticamente eficazes e cimentos resinosos duais, passando pelos compósitos
com grande naturalidade, envolvendo procedimentos fotopolimerizáveis e resinas tipo flow, chegando aos
clínicos minimamente invasivos. Os laminados cerâ- cimentos resinosos fotopolimerizáveis.
micos integram a preservação da estrutura dentária Os cimentos resinosos duais apresentam maior
e a excelência estética, além de oferecerem a durabi- instabilidade química devido à presença de amina
lidade dos resultados, sendo uma ótima opção para terciária em sua composição, podendo sofrer altera-
remodelação estética do sorriso. ção de cor com o passar do tempo, prejudicando,
O advento da técnica de condicionamento da super- assim, a estética da restauração. Além disso, sua
fície interna dos sistemas cerâmicos acidossensíveis, capacidade de autopolimerização está inversamente

Como citar este artigo: Magno A, Marcondes R. Em sua rotina clínica, você prefere » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade
cimentar laminados cerâmicos com cimento resinoso fotopolimerizável ou com resina ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias
composta termomodificada? Rev Dental Press Estét. 2012 out-dez;9(4):46-52. descritos nesse artigo.

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relacionada a seu tempo de trabalho, e seu escoa- • apresentam cimento de prova (Try-in), o que per-
mento dificulta a remoção dos excessos. mite selecionar a cor mais adequada para cada
Pela combinação dessas razões, as resinas caso clínico; entre outras vantagens.
compostas fotopolimerizáveis restauradoras foram
propostas como agentes de cimentação. Foi de- Com base na análise da literatura consultada, no
monstrado que as resinas de dupla polimerização acompanhamento clínico da casuística de nossa equipe
não apresentavam nenhuma vantagem sobre os profissional e nos argumentos aqui enunciados, minha
produtos apenas fotopolimerizáveis, com relação ao preferência para cimentação de laminados cerâmicos
índice de polimerização, desde que cada superfície recai sobre os cimentos resinosos fotopolimerizáveis.
proximal restaurada recebesse um tempo de polime-
rização adicional, associada com modos de polime-
rização de alta potência.
Em comparação aos cimentos duais, as resinas
fotopolimerizáveis oferecem vantagens considerá-
veis devido à facilidade de manipulação, tempo de
REFERêNCIAS
trabalho, propriedades físico-mecânicas favoráveis
e estabilidade de cor. Porém, um fator ainda pode 1. Barceleiro MO, Miranda, MS, Dias KRHC, Sekito Jr T. Shear bond
strength of porcelain laminate veneer bonded with flowable composite.
ser considerado limitante para seu uso rotineiro: sua Oper Dent. 2003;28(4):423-8.
2. Calamia JR. Etched porcelain facial veneers: a new treatment modalite
consistência. Com isso, sua utilização de maneira bared on scientific and clinical evidence. NY Dent J. 1983;53:255-9.
3. Conceição EN. laminado cerâmico. In: Conceição EN, et al. Dentística:
mais eficaz depende de uma alteração de seu es- saúde e estética. 2ª ed. Porto alegre: artmed; 2007. p. 478-501.
4. Fróes-Salgado NR, Silva lM, Kawano Y, Francci C, Reis a, loguercio
tado inicial pela aplicação de calor, reduzindo a es- aD. Composite pre-heating: effects on marginal adaptation, degree of
pessura da película. conversion and mechanical properties. Dent Mater. 2010;26:908-14.
5. Magne P, Belser U. Restaurações adesivas de porcelana na dentição
O uso de um aparato especial (Calset, adDent, anterior: uma abordagem biomimética. São Paulo: Quintessence; 2003.
6. Tantbirojn D, Chongvisal S, augustson DG, Versluis a. Hardness
por exemplo) promove essa modificação, porém and postgel shrinkage of preheated composites. Quintessence Int.
2011;42(3):51-9.
possui custo elevado e exige rapidez nos procedi-
mentos, pois o material tende a retornar à sua con-
sistência original em pouco tempo.
Estão disponíveis no mercado cimentos resinosos
fotopolimerizáveis (Choice 2, BisCo; RelyX Veneer,
3M ESPE), e esses materiais apresentam diversas
vantagens, como por exemplo:
• Tempo de trabalho adequado, pois são fotoativados.
• Ótimo escoamento.
• aceleram a polimerização, o que permite ao clí-
nico realizar uma pré-polimerização no centro da Enviado em: 16/10/2012
Revisado e aceito: 22/10/2012
faceta, fazendo o material ficar em um estado gel,
facilitando a remoção dos excessos antes de sua
Endereço para correspondência
polimerização completa.
Alberto Magno
• Diversas opções de cores. E-mail: dralbertomagno@yahoo.com.br

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Magno A, Marcondes R

Por Rogério Marcondes de pouca contração, a fim de fazer-se núcleo de preenchi-


mento em somente um incremento. A diferença entre ou-
Em nossa prática diária, procuramos sempre aliar da- tras resinas flow é a matriz que contém uretano de metacri-
dos científicos com relevância clínica, e entendemos que lato diferenciado, mas estudos ainda precisam corroborar
o cimento nas peças protéticas deve trazer longevidade a real vantagem e a relevância clínica desses materiais.
e qualidade à interface dente / prótese e, se possível, ser
uma continuação do restauro. Para a cimentação de la- » Diminui o tempo de polimerização da resina com-
minados cerâmicos, usamos resina termicamente modifi- posta em até 80% e necessita de menor incidência
cada (RTM), pelos diversos benefícios cientificamente en- de luz para polimerizar com o mesmo grau de con-
contrados e pelos achados clínicos relevantes, sendo eles: versão monomérica
Quando a temperatura do compósito é elevada a
» Aumento da fluidez da resina composta em até 68°C, os monômeros presentes ficam mais excitados à
70% polimerização, fazendo com que a presença de luz torne-
Dependendo do compósito utilizado para a técnica, -se menos necessária, polimerizando-se em uma veloci-
conseguimos uma modificação de fluidez bastante alta. dade mais alta. Clinicamente, isso é interessante porque
Todos os compósitos, quando submetidos ao aumento mesmo em peças não tão delgadas conseguimos uma
de calor, sofrem modificação reológica, alguns mais, ou- polimerização de qualidade, sem a necessidade de utilizar-
tros menos. Os compósitos nanoparticulados tendem a -se cimento “dual” ou ativador de polimerização químico.
ter pouco aumento de fluidez, mesmo assim os valores Trujillo et al.13 demonstraram em seus estudos o
ficam acima de 40%. A vantagem de ter-se um compó- efeito do aumento de temperatura (no estudo, a 54°C)
sito menos viscoso e mais fluido é que podemos utilizá- na profundidade de cura de um compósito, chegando
-lo como agente cimentante de artefatos protéticos. a dobrar a profundidade de polimerização, necessitan-
Em um dos primeiros estudos realizados com resi- do, em alguns casos, de 80% menos tempo para essa
na termomodificada (RTM) para verificar a mudança de polimerização ocorrer com o mesmo grau de conver-
viscosidade, James Broome , em 2006, separou seis
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são de uma resina composta a 23°C.
compósitos de diferentes marcas e, com uma prensa
hidráulica, forçou as seis compules dos diferentes ma- » Aumento significativo da conversão monomérica
teriais a 23°C e a 60°C (hoje utilizamos a RTM a 68°C) e das resinas compostas
verificou que as seis diferentes resinas se comportavam Com a temperatura elevada, a conversão mono-
de maneiras diferentes, porém todas tiveram mudanças mérica das resinas compostas é maior e ocorre mais
significativas em viscosidade e fluidez. rapidamente. Na prática clínica, isso é importante para
Quando comparamos a resina fluida (flow) com a obtermos um compósito com características físicas
RTM, as diferenças são várias, e a principal é que o com- melhoradas pós-polimerização.
pósito fluidificado de fábrica tem sua matriz orgânica al- Nos estudos da Daronch et al.11,12, os autores de-
terada, o que aumenta a contração de polimerização, a monstram que um compósito aquecido a 60°C tem em
deterioração marginal e a dureza de superfície, também sua superfície um grau de conversão monomérica per-
tornando suas qualidades mecânicas inferiores. to de 68%, enquanto o mesmo compósito a 23°C tem
Atualmente, algumas fábricas estão produzindo resi- seu grau de conversão perto de 48%, com uma irradia-
nas flow para bulk de até 4mm, prometendo um material ção de luz de 10 segundos. Para verificarmos como a

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temperatura influencia na conversão monomérica, nos a resina composta fotopolimerizável apresenta dureza
mesmos estudos os autores testaram o mesmo com- superficial superior à daquela polimerizada em tempe-
pósito a 3°C e a taxa de conversão monomérica foi de ratura ambiente, aumentando as propriedades físicas
apenas 35%, quase a metade de quando a resina está da superfície do compósito.
aquecida a 60°C, demonstrando que a conversão mono- No estudo de Nada et al.1, resinas compostas fo-
mérica está diretamente relacionada à temperatura que ram submetidas ao aumento de temperatura (54°C) e,
a resina composta apresenta na hora da polimerização. então, testadas. A dureza superficial dos espécimes
polimerizados era superior quando comparados aos
» Reduz significativamente a espessura do filme da espécimes polimerizados a 23°C. Os mesmos acha-
resina composta em cimentações dos científicos foram encontrados nos estudos de
Com o aumento de fluidez, o compósito consegue Lucey et al.7 e de Muñoz et al.8, porém com valores
escoar com facilidade, diminuindo o filme formado entre de dureza superficial da RTM superiores aos de outro
a peça cerâmica e o elemento dentário, ficando perto dos estudo mais recente.
filmes formados com compósitos flow. Clinicamente, po-
demos perceber duas vantagens: uma adaptação muito » Diminui a deterioração marginal que cimentos resi-
boa da peça protética, tendo como agente cimentante nosos comuns sofrem, reduz a possibilidade de in-
um material restaurador na interface dente / prótese; a filtração marginal do artefato cerâmico com o dente
outra vantagem é que a resina aquecida, após a inserção e cimenta um restauro com um material restaurador
da peça no preparo, volta lentamente à temperatura, per- Independentemente da adaptação marginal da peça
dendo calor e readquirindo a consistência normal, deixan- protética, sempre teremos uma interface entre dente e fa-
do a peça extremamente bem aderida, com um material ceta, por menor que seja, e fatores externos como saliva,
bastante viscoso, de baixa tensão superficial, dando alto alimentos, escovação dentária, diferenças de pH e tem-
contato de superfície, mesmo antes da polimerização. peratura, etc., sempre estarão presentes nessa interface,
Duarte Jr. et al. mostraram que o filme formado entre
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agindo para a deterioração da integridade da margem.
o elemento dentário e a peça cerâmica pode ficar espesso O cimento resinoso exposto sofre absorção de água,
se o clínico não atentar ao fato de cuidadosamente dimi- degradação superficial e processos abrasivos que levam
nuir ao máximo esse filme na hora da inserção do artefato a desgastes marginais. A perda de matriz orgânica, devi-
protético, e/ou se o clínico escolher um compósito que te- da a diversos fatores, leva à exposição das partículas de
nha pouca modificação de fluidez pelo calor. Para melhorar carga, que normalmente são mais irregulares e amorfas
ainda mais a adaptação da prótese ao dente, o autor reco- em cimentos resinosos, gerando a formação de um “vale”
menda — e nós sempre utilizamos — pontas ultrassônicas na linha de cimentação, com um relevo de superfície sem
sobre o artefato cerâmico logo após a inserção, auxiliando regularidade e pouco coeso. A resina composta fotopo-
no assentamento da faceta, o que melhora o escoamento limerizável é fabricada com o intuito de estar em contato
da resina e diminui a espessura do filme formado. direto com esses agentes externos e possui uma melhor
adaptação a essas intempéries, mostrando melhora adap-
» Aumento da dureza superficial da resina compos- tativa com o passar do tempo de cimentação, reduzindo
ta polimerizada a possibilidade de infiltrações marginais e, mesmo que a
Ao ser polimerizada com temperatura acima de 50°C, peça cerâmica não esteja totalmente adaptada — seja por

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Magno A, Marcondes R

problema de fabricação do artefato ou por outro motivo —, sejamos, podemos remover todos os excessos, fazer
o material cimentante (no caso, a resina composta) garan- todos os acertos e acabamentos previamente à polime-
te que a integridade da margem não fique comprometida, rização final. A resina composta é superior ao cimen-
evitando a solução de continuidade na linha de conexão. to resinoso nesse aspecto porque, depois que volta à
Quatro tipos de diferentes cimentos resinosos e sua viscosidade normal (quando perde calor e retorna
uma resina composta foram comparados quanto à à temperatura mais baixa), os detritos resinosos são fa-
perda sequencial da integridade da linha de cimenta- cilmente removidos com pontas de silicone, pincéis e
ção , e todos os cimentos estudados apresentaram
6
fio dental, evitando que esses detritos fiquem em sulco
alta perda quando comparados à resina composta fo- gengival e espaços interdentários.
topolimerizável, que mesmo após 100.000 ciclos de Os polimentos em cimentos resinosos geralmente
escovações demonstrou integridade de partículas e de são ineficientes e de pobre qualidade de lisura super-
matriz orgânica, mantendo o relevo superficial e inte- ficial. Já nas resinas compostas, o polimento e acaba-
gridade marginal. mento são muito superiores e o brilho de superfície é
Wagner et al.3 demonstraram que a RTM reduz sig- facilmente obtido com discos e borrachas específicas.
nificativamente a microinfiltração na margem cervical
em comparação às resinas flow e resinas compostas » Reduz custos com investimentos em cimentos
fotopolimerizáveis em temperatura ambiente. Chou- resinosos específicos
dhary et al. demonstraram que a RTM possui uma
2
A resina composta é um material que está presente
melhor adaptação de margem, diminuindo significati- em praticamente todos os consultórios odontológicos
vamente a formação de gaps em interfaces marginais. contemporâneos; por isso, quando escolhemos a resi-
na composta como material para cimentação de lami-
» As resinas compostas fotopolimerizáveis pos- nados cerâmicos, evitamos gastos em cimentos espe-
suem compatibilidade com sistemas adesivos cíficos para essa função. As resinas apresentam uma
fotopolimerizáveis gama maior de cores e de marcas do que os cimentos
Apesar das diversas qualidades já descritas aqui, resinosos e podem abranger, quando modificadas ter-
que são redundantes a essa característica, é importante micamente, todas as necessidades para cimentar ar-
ressaltar que a resina composta é um material fabrica- tefatos cerâmicos.
do para ficar em contato com sistemas adesivos. Isso é Embora a técnica de cimentação de laminados ce-
clinicamente importante porque evitamos a necessida- râmicos com resina termicamente modificada não tenha
de de adesivos específicos para o agente cimentante (a uma difusão grande nos programas de graduação, e até
resina composta) e evitamos, também, a confusão do em pós-graduações, a técnica é perfeitamente aplicável
operador sobre que tipo de adesivo específico utilizar. e tem um suporte científico muito grande. No entanto,
devemos utilizá-la com prudência e entender que, como
» Aumenta o tempo de trabalho e facilita o acaba- todo procedimento na Odontologia, a técnica exige uma
mento prévio à polimerização, assim como facilita curva de aprendizado para evitar-se efeitos deletérios
o polimento e acabamento da interface de cimen- em casos de lâminas cerâmicas, como fraturas de la-
tação pós-polimerização minados, erros de inserções dos artefatos protéticos e
Com um material que só se polimeriza quando de- polimerização precoce do agente cimentante.

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REFERêNCIAS
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Enviado em: 22/10/2012


Revisado e aceito: 22/10/2012

Endereço para correspondência


Rogério Luiz Marcondes
E-mail: rogerio@rogeriomarcondes.com.br

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