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Capítulo
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Capítulo
HENRIQUE DE CASTRO E SOUZA PIRES
ROGÉRIO LUIZ MARCONDES
JHONATAN HENRIQUE BOCUTTI
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Beleza do Sorriso
Resumo
Restaurar - o significado desta palavra nunca mudou, mas a maneira como este
ato é realizado já passou por inúmeras transformações. Na Odontologia, restau-
rar significa devolver saúde, forma e função a um elemento dental, de maneira
que não altere e/ou recupere suas características estéticas.
Com certeza, toda essa evolução não irá parar por aqui; há muito a ser desenvol-
vido, aprimorado e descoberto. Talvez um dia existam materiais ou técnicas rege-
nerativas com capacidade de reproduzir os tecidos dentais, assim seria possível
restaurar de maneira ”perfeita” o elemento dental comprometido.
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Capítulo
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Introdução
A seleção do material que irá unir o trabalho protético ao dente deve ser bas-
tante criteriosa, levando em consideração os seguintes aspectos: material em
que a restauração foi confecionada, capacidade de condicionamento, potencial
adesivo, espessura, assim como sua capacidade de transmissão de luz. Deve-
mos nos preocupar também com o tipo de substrato no qual a restauração será
aderida, com a capacidade do fotopolimerizador que será utilizado e, sempre
muito importante, com a experiência do operador.
Tudo isso visando ter sucesso durante a etapa mais criteriosa de uma restaura-
ção indireta, a cimentação. Se este procedimento for realizado de maneira erra-
da, toda a restauração estará comprometida e a longevidade do tratamento será
bastante duvidosa3.
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Por esses motivos, procuramos pelo material que possui as melhores proprieda-
des e com o potencial de aumentar a longevidade dos trabalhos protéticos.
Sendo assim, a RTM tornou-se uma opção frente aos cimentos resinosos. Quando
comparamos as resina compostas com os cimentos adesivos, apesar de os dois
materiais possuírem características químicas semelhantes, observamos uma me-
lhor organização estrutural, melhores propriedades mecânicas e ópticas nas resi-
nas compostas, em razão da maior quantidade de porção inorgânica presente, com
partículas de carga presentes em maior número, sendo essas mais uniformes e re-
gulares. Isso proporciona melhores propriedades mecânicas, ainda mais quando a
resina é aquecida e sua conversão monomérica aumenta. Desta maneira, a dureza
superficial, o módulo de resistência flexural, a resistência à fratura, a resistência á
tração e a resistência ao desgaste superficial aumentam, elevando suas proprie-
dades a um nível incapaz de ser atingido por qualquer tipo de cimento resinoso20-28.
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Esta técnica possui também uma grande aplicabilidade para confecção de res-
taurações diretas e núcleos de preenchimento. Seu aumento de fluidez permite
uma adaptação excelente com o substrato e o aumento de suas propriedades
mecânicas e de polimerização permitem a confecção de uma restauração com
ótimas características e com um tempo menor de polimerização. Sua utilização
deve ser sempre incremental, com incrementos de no máximo 2 mm, evitando a
união de 2 paredes opostas e respeitando o Fator C de cada cavidade.
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Cuidados e desvantagens
Esta técnica não pode ser utilizada para cimentação de próteses com infraes-
trutura em metal pois a RTM necessita de luz para polimerizar. É necessário
o investimento no aparelho termomodificador. A polimerização do material é
extremamente fácil de acontecer com a luz do refletor, portanto, não deve ser
usada iluminação direta sobre a área de trabalho. Sempre que uma nova técnica
é aplicada no dia a dia de qualquer ser humano é necessário passar por uma
curva de aprendizado até dominá-la.
Aplicação clínica
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Para a resina ser aquecida, ela deve ser introduzida em cômpules para que
através de um aplicador, do tipo Centrix (Centrix, EUA) ou Comax (AdDent,
EUA), sua aplicação seja facilitada (Figuras 02A-E3). O aparelho termo-mo-
dificador CalSet possui três temperaturas: 37, 54 e 68 graus Celsius. A tem-
peratura de 68 graus Celsius é a mais indicada pois garante uma mudança
suficiente na viscosidade e fluidez da resina composta, proporcionando um
bom tempo de trabalho intra-oral. O tempo necessário para resina ficar ter-
mo-modificada é de 10 a 15 minutos.
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Casos clínicos
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C D
F G
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A B
C D
E F
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pulpar na borda incisal foi realizada com ionômero de vidro (Maxxion R, FGM,
Brasil). O preparo foi polido e as margens em esmalte delimitadas para realizar
a moldagem (Figura 04G,H).
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Após a remoção do provisório, a peça foi provada. Neste caso, foi realizado
um teste de cor com o try-in (Vitique, DMG, EUA) (Figuras 06A-C) para, então,
realizar a cimentação.
A B
C D
05. A-E Confecção da restauração cerâmica, seguindo a técnica de duas queimas. Primeira queima (A). Segunda queima (B). Texturização (C). Aplicação do glaze (D).
Laminado cerâmico finalizado e adaptado sobre o modelo sólido (E).
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A B
C D
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ISBN 978-85-60842-61-2