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Título: MATERIAIS RESTAURADORES ADESIVOS UTILIZADOS EM


DENTES DECÍDUOS POSTERIORES.

Mariana Passos, DDS.

Márcia Alves, DDS.

Lucianne Cople Maia, DDS, MSD, PhD.

Correspondência:

Lucianne Cople Maia

Avenida Marquês de Paraná, 189/1804 – Centro - Niterói – RJ –Brasil.

CEP:24030-210

E-mail: rorefa@microlink.com.br
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RESUMO

Materiais restauradores adesivos têm a capacidade de interagir com o

substrato dental, permitindo que procedimentos restauradores se tornem menos

invasivos, preservando assim tecido dentário sadio. Estes materiais têm

demonstrado possuir propriedades adequadas para utilização em dentes decíduos

posteriores como alternativa à restauração de amálgama. Clínicos e

odontopediatras devem estar conscientes sobre a tomada de decisão no momento

da seleção do material restaurador, considerando as alternativas restauradoras

em se tratando de dentes decíduos posteriores e a sua aplicabilidade de acordo

com a situação clínica encontrada. Neste sentido o presente trabalho se propõe a

fazer uma revisão de literatura sobre os materiais restauradores adesivos,

ressaltando suas características e indicações a fim de facilitar o clínico e o

odontopediatra, na escolha mais apropriada para que se obtenha sucesso de

restaurações em dentes decíduos posteriores.


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INTRODUÇÃO

A Odontopediatria tem como um de seus objetivos, a preservação dos

dentes decíduos em condições anatômicas e funcionais satisfatórias até a época

da esfoliação fisiológica (23).

Materiais restauradores adesivos têm a capacidade de interagir com o

substrato dental, permitindo que procedimentos restauradores se tornem menos

invasivos, preservando assim tecido dentário sadio (10).

Dentre os principais materiais restauradores adesivos podem ser citados o

compósito, o cimento de ionômero de vidro modificado por componentes resinosos

e os compômeros. Estes materiais têm demonstrado possuir propriedades

adequadas para utilização em dentes decíduos posteriores como alternativa à

restauração de amálgama (12,13,14,20,21,22,30,33,37,38,40,41,43).

É importante destacar que estes materiais apresentam diferenças

significativas em relação à: composição, propriedades físicas e mecânicas, reação

de presa, técnica restauradora, dentre outras. Além disto, a habilidade do

operador e as condições de saúde bucal do paciente podem ser determinantes

para a seleção do tipo de material adesivo e para o sucesso do tratamento,

devendo estes fatores ser considerados para sua indicação em Odontopediatria

(1,37).

Neste sentido o presente trabalho se propõe a fazer uma revisão de

literatura sobre os materiais restauradores adesivos, ressaltando suas

características e indicações a fim de facilitar o clínico e o odontopediatra, na


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escolha mais apropriada para que se obtenha sucesso de restaurações em

dentes decíduos posteriores.

REVISTA DE LITERATURA

Materiais restauradores adesivos são assim classificados por

apresentarem condições de interagir com o substrato dental, permitindo

união mecânica e /ou química. Esta união está intimamente relacionada à

composição e à natureza do material restaurador (21).

Além disto, outras características tais como: estabilidade dimensional,

rugosidade superficial, reação de presa e adesividade são fundamentais

para a longevidade das restaurações, em especial nos dentes decíduos.

Neste sentido, são de vital importância que sejam realizados estudos,

avaliando o desempenho clínico dos diferentes materiais adesivos (35).

Compósito

Este material é, dentre os materiais restauradores adesivos, aquele que

possui maior tempo no mercado. Foram introduzidos na década de 60 por Bowen,

e a primeira formulação apresentava uma série de problemas, principalmente em

relação à instabilidade de cor, à polimerização e à solubilidade (23,37). Uma vez

atenuados estes problemas, o uso de compósitos em dentes posteriores têm sido

sugerido como substituto do amálgama, após ter sido comprovado comportamento

clínico semelhante (32).


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Além disto, o compósito pôde ser considerado como um material para uso

conservador, uma vez que, diferentemente do amálgama pode ser usado em

cavidades menores (36). Desde a década de 70, mudanças significativas na

composição destes materiais têm ocorrido (33) com o objetivo de melhorar suas

propriedades.

Para isto, a quase totalidade dos compósitos possuem uma combinação

tridimensional de pelo menos dois materiais quimicamente diferentes com uma

interface distinta, separando estes componentes (24). São formadas, portanto por

três constituintes (21,43): a matriz, que consiste de material orgânico, pigmentos,

controladores de viscosidade, iniciadores de polimerização, aceleradores e

inibidores; a fase dispersa composta por partículas de carga e a interface, um

agente de ligação bipolar que une as fases orgânica e inorgânica. As propriedades

físicas e mecânicas dos compósitos são definidas pela matriz específica e pela

natureza e quantidade de carga inorgânica adicionada (19). Assim os compósitos

densamente carregados, apresentam propriedades físicas e mecânicas

melhoradas (5,23,43). Apesar disto, a contração de polimerização, mesmo em

menor intensidade ainda é um fator desfavorável (10), acrescido da sua

suscetibilidade à erosão química (35).

Todavia, as características positivas reforçam sua indicação para dentes

decíduos posteriores, já que estes elementos possuem um período limitado de

tempo na cavidade bucal, a redução da espessura de esmalte e da dentina, bem

padrão de desgaste semelhante ao dente decíduo (11, 28).

Embora disponível no mercado há dez anos, existem poucos estudos que

caracterizem em longo prazo, o comportamento clínico deste material em relação


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a restaurações posteriores em dentes decíduos, em especial quando comparados

com outros materiais adesivos, mesmo que sejam indicados para tal condição

(39,42).

Cimento de Ionômero de Vidro modificado por componentes resinosos.

O termo cimento de ionômero de vidro é utilizado genericamente para todos

os cimentos poliácidos de vidro, policarboxilato e polifosfato. Pode-se definir este

material como um cimento constituído por uma base vítrea e um polímero ácido

que sofrem uma reação ácido-básica (26).

O pó do cimento de ionômero de vidro é constituído de substâncias que se

decompõe com ação de ácido. Dependendo da composição, este pó pode liberar

íons cálcio, alumínio, estrôncio, lantânio, zinco e flúor. O polímero ácido pode ser

composto por ácidos acrílico, itacônico, maleico e fosfato vinílico (26).

O primeiro cimento de ionômero de vidro surgiu como uma alteração na

proporção de alumina e sílica em pó do cimento de silicato, e da adição de ácido

poliacrílico. A adição posterior de ácido tartárico, deu ao cimento de ionômero de

vidro, alterações favoráveis em suas propriedades como aumento do tempo de

trabalho e resistência ao ataque de ácidos, além de boa aderência à dentina e ao

esmalte, liberação de fluoreto, boa estabilidade de cor e biocompatibilidade .

A adesividade ao esmalte e à dentina, criou expectativa em relação à

infiltração marginal, uma vez que por possuírem compatibilidade biológica ao

tecido dentário, este materiais parecem demonstrar adesão mais estável a longo
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prazo que os outros materiais restauradores, o que significaria menores índices de

falha na interface dente- restauração (44)

Desta forma este material apresenta excelente desempenho para

restauração de dentes decíduos, restauração de cavidades causadas por erosão e

para reparo de defeitos marginais, por ser um material que necessita de mínimo

preparo cavitário (44). Entretanto, possui baixa resistência ao desgaste, além de

precisarem ser misturados, o que pode favorecer o aparecimento de bolhas e

conseqüentemente enfraquecimento do material (27).

No final da década de 80, foi introduzido no mercado o cimento de

ionômero de vidro modificado por resina, tendo 20% de componentes resinosos

adicionados ao seu componente original. Tal fato possibilitou a este novo material,

reações de presa dual ou tripla (foto, autopolimerizável e química) (26), tornando-o

mais resistente que o cimento de ionômero de vidro convencional e melhorando

suas condições de trabalho, já que o tempo necessário para sua polimerização

está diminuído, graças à ação dos iniciadores de polimerização. Estes materiais

também têm capacidade de geleificar (7). Estas características representam

vantagens para o uso em Odontopediatria, uma vez que diminui o tempo de

trabalho (4).

Uma outra característica marcante é a liberação do fluoreto existente em

sua composição, proporcionando efeito anticariogênico e cariostático à estrutura

dentária adjacente à restauração (17,31), uma condição desejável em todo

material restaurador, especialmente para aqueles utilizados em crianças.


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Outro dado a ser destacado é que após a inserção do ionômero de vidro

modificado por resina é recomendável a aplicação de protetor de superfície, para

prevenir a desidratação deste material (13).

Compômero

O termo compômero deriva da união dos termos compósito e ionômero de

vidro, e objetiva associar as propriedades positivas destes dois materiais(25). Os

compômeros são considerados materiais restauradores resinosos que fazem

liberação de fluoreto(14,19,21).

A composição dos compômeros conta com uma modificação do

componente líquido, pela adição de monômeros solúveis em água e de um

iniciador fotossensível, que permite que o início da polimerização do material

aconteça com aplicação de luz (16).

A polimerização ocorre após a completa inserção do material, porém, sua

reação ácido- base acontece, posteriormente, na presença de água absorvida da

saliva pela superfície do material (22).

Compômeros proporcionam segurança na aplicação, estética satisfatória,

adesão à estrutura dental, liberação de fluoretos, boas propriedades físicas e

mecânicas, radiopacidade, biocompatibilidade e facilidade de polimento

(19,20,30). São considerados materiais de grande interesse para o atendimento

de crianças, uma vez que são de fácil manipulação, não havendo necessidade de

mistura, já que o material vem pronto para ser levado à cavidade. É acondicionado

em porções e em cápsulas que se acoplam a seringas aplicadoras e de inserção

única, o que diminui consideravelmente o tempo de trabalho (7).


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De acordo com a maioria dos fabricantes, os compômeros não requerem

condicionamento ácido do esmalte (1,30). Entretanto estudos laboratoriais têm

demostrado valores maiores de resistência adesiva e valores menores para

infiltração marginal quando o condicionamento ácido do esmalte e dentina é

precedido da aplicação deste material restaurador (18).

DISCUSSÃO

Considerando restaurações diretas posteriores, tradicionalmente, as lesões

cariosas têm no amálgama de prata, o material restaurador consagrado pelo uso

em Odontopediatria (9). De técnica simplificada, baixo custo e durabilidade, este

material restaurador ainda se apresenta como opção restauradora (2,4,23).

Todavia, em decorrência da necessidade de preparos retentivos, desgaste da

estrutura dental sadia, limitação estética e do potencial efeito tóxico do amálgama,

ainda não comprovado (29), alternativas restauradoras vêm sendo propostas

(8,19,20). A crescente exigência dos pais em ter restaurações estéticas em seus

filhos é um outro fator que deve ser considerado (37).

Conforme mencionado anteriormente, os materiais adesivos são aqueles

que têm a capacidade de se unir ao tecido dentário a partir da remoção exclusiva

de tecido dental cariado (10). Nos últimos anos, muitas pesquisas têm direcionado

seus esforços para avaliar a real efetividade destes materiais restauradores.

Entretanto, o grande número de produtos disponíveis e a sua curta permanência

no mercado dificultam a realização de avaliações confiáveis, em especial, quando

estes são realizados longitudinalmente.


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Os materiais restauradores adesivos têm tido uma grande aceitabilidade por

parte dos profissionais, principalmente, dos odontopediatras, mesmo em caso de

grande destruição coronária (2), no entanto há que se levar em consideração às

características pertinentes a cada um destes materiais para que se possa fazer

uma indicação adequada quanto ao seu uso.

Um dos fatores de relevância para esta escolha é a estabilidade

dimensional, que pode levar à alteração na forma da restauração (10). Os

compósitos parecem apresentar melhor desempenho neste critério, quando

comparados ao compômero e ao cimento de ionômero de vidro modificado por

resina, respectivamente (4,5).

Outro fator refere-se à rugosidade superficial destes materiais, que sob o

ponto de vista clínico acarretaria acúmulo de placa e manchamento superficial. O

compósito apresenta maior lisura superficial, todavia é mais suscetível à erosão

química que o compômero e o cimento de ionômero de vidro modificado por resina

(35). Para a Odontopediatria este comportamento deve ser observado com

cautela, uma vez que crianças estão constantemente expostas a exposição à

agentes ácidos provenientes de sua alimentação.

Uma outra condição que deve ser observada diz respeito à reação de presa

, pois interfere na qualidade da adaptação marginal e, conseqüentemente

microinfiltração e cárie secundária (10). O compósito, apesar de ter sofrido

inúmeros aprimoramentos em sua composição, ainda sofre considerável

contração de polimerização (19,21,23,31). Todavia tanto o cimento de ionômero

de vidro modificado por resina, quanto o compômero apresentam comportamentos

diferenciados, pois além da fotoativação, podem sofrer reação ácido- básica e


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ainda autopolimerização como acontece com o cimento de ionômero de vidro

modificado por resina. Esta reação ácido- básica é mínima nos compômeros e só

ocorre quando o material entra em contato com a água no momento em que é

exposto à cavidade oral. Este material então sofre expansão (22,26).

Porém, é importante considerar que o cimento de ionômero de vidro

modificado por resina demanda espatulação, o que pode produzir bolhas durante

a inserção deste material, comprometendo assim sua resistência interna e sua

adaptação. Além disto esta característica demanda um maior tempo de trabalho

(6,13,20,27), o que representa um inconveniente para seu uso em

Odontopediatria. Neste aspecto, o compômero se sobressai, pois apresenta

inserção única em cômpulas adaptadas a uma seringa(16).

A liberação de fluoreto representa uma outra vantagem na inibição da

formação de cárie secundária, e é, indubitavelmente uma característica relevante

para a escolha e utilização de materiais restauradores em crianças. No tangente a

este aspecto, é sabido que o cimento de ionômero de vidro modificado por

componente resinoso e o compômero em menor proporção(3), fazem liberação

deste componente, enquanto o compósito não possui esta característica

(20,25,26,30,44) .

CONCLUSÃO

Clínicos e odontopediatras devem estar conscientes sobre a tomada de

decisão no momento da seleção do material restaurador, considerando as


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alternativas restauradoras em se tratando de dentes decíduos posteriores e a sua

aplicabilidade de acordo com a situação clínica encontrada.

É de suma importância que se façam estudos, principalmente de caráter

clínico, de comparação entre os materiais restauradores adesivos, uma vez que

estes são escassos e possibilitariam uma visualização mais abrangente da

efetividade destes materiais.

Ainda não existe um material restaurador ideal, entretanto é determinante

para o sucesso de um tratamento restaurador, principalmente em Odontopediatria,

não só o conhecimento sobre as características dos materiais restauradores, mas

principalmente sobre seu comportamento clínico. Portanto, estudos que avaliam

estes materiais com o passar do tempo são fundamentais para sedimentar

técnicas e dar respaldo a novos estudos laboratoriais que visem otimizar estes

materiais restauradores adesivos.


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