Você está na página 1de 14

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA


CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

Carlos Henrique Nascimento de Lima Souza

Eraldo Gabriel de Moura Peluso

Felipe Ale Nadaf

Lucas Benedito Zeferino Saplak

Luciano Gabriel Almeida de Souza

Memorial descritivo e de cálculo – Edifício Sexta Estrela


Esgotamento Sanitário e Sistema Predial de Águas Pluviais

Cuiabá/ MT
2023
Carlos Henrique Nascimento de Lima Souza

Eraldo Gabriel de Moura Peluso

Felipe Ale Nadaf

Lucas Benedito Zeferino Saplak

Luciano Gabriel Almeida de Souza

Memorial descritivo e de cálculo – Edifício Sexta Estrela


Esgotamento Sanitário e Sistema Predial de Águas Pluviais

Memorial descritivo apresentado


ao Curso de Engenharia Civil,
como parte do requisito para a
avaliação do projeto de instalações
prediais hidráulicas, sob a
orientação do Prof. Dr. Rafael
Pedrollo de Paes.

Cuiabá/ MT
2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………………….4

2. SISTEMA PREDIAL DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO.....…………………4

2.1. Normas técnicas de referência…..……………………………………………....4

2.2. Ramais de descarga e esgoto.……………………………………………………4

2.3. Materiais de sistema de esgotamento...…………………………………………4

2.4. Caixa de gordura………………………………………………………………...5

2.5. Dimensionamento caixa de gordura……………………………………………5

2.6. Sistema de ventilação……………………………………………………………6

2.7. Dimensionamento tubulação de esgoto e tubos de queda……………………..6

2.8. Destinação final dos efluentes…………………………………………………...8

3. SISTEMA PREDIAL DE ÁGUAS PLUVIAIS…………………………………..8

3.1 Normas técnicas de referência…………………………………………………...8

3.2. Critérios para dimensionar calhas e condutores………………………………8

3.3.Capacidade de escoamento da calha pluvial…………………………………….10


4. QUANTIFICAÇÃO………………………………………………………………..13
5. REFERÊNCIAS……………………………………………………………………14


1. INTRODUÇÃO
Este presente memorial descritivo tem por objetivo complementar o Projeto de
Instalações Hidráulicas e Sanitárias, foi realizado um estudo para a implantação do Sistema
Predial de Esgoto Sanitário e Sistema Predial de Águas Pluviais no edifício Sexta Estrela.

2. SISTEMA PREDIAL DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

2.1. Normas técnicas de referência


Os equipamentos e serviços a serem fornecidos deverão estar de acordo com as
normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas:
• NBR 7229/1993: Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos;
• NBR 8160/1999: Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução;
• NBR 13969/1997: Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição
final dos efluentes líquidos - Projeto, construção e operação.

2.2. Ramais de descarga e esgoto

Seguindo a NBR 8160 (ABNT, 1999), o método de execução é feito por meio de
ramais de descargas abaixo da laje de cada pavimento. As declividades mínimas permitidas
pelo item 4.2.3.2 da NBR 8160 também foram respeitadas, a saber:
a) 2% para tubulações com diâmetro nominal igual ou inferior a 75;
b) 1% para tubulações com diâmetro nominal igual ou superior a 100.

2.3. Materiais de sistema de esgotamento

O Projeto utilizará o PVC, série normal soldável como material das tubulações para o
ramal de descarga, ramal de esgoto, tubo de queda, subcoletor, coletor predial e ventilação.
Por sua vez, dispositivos como caixas de gordura e caixas de passagem serão de concreto,
moldados in loco, devido ao grande volume de material a qual irão suprir. Os ralos, sifões e


ralos sifonados serão instalados em modelos pré-fabricados comerciais, feitos de PVC, bem
como todas as conexões das tubulações. As considerações do projeto são:
• As saídas dos vasos sanitários serão feitas por meio de curva curta 90°, com adaptadores
previstos;
• Os pés das descidas de cada pia e tanque são de curvas de 90°;
• Os pés das descidas dos lavatórios são de curvas de 90° curtas;
• Mudanças de direção horizontal do escoamento de esgoto só serão feitas por meio
de curvas de 45°.

2.4. Caixa de gordura

O Projeto utilizará caixas de gordura feitas de concreto, que irão receber o


esgoto originado das pias das cozinhas ou máquinas de lavar louças das unidades
residenciais, uma vez que seu uso é recomendado quando há efluentes gordurosos na
tubulação. Elas serão instaladas em locais de fácil acesso e boas condições de
ventilação, além de possibilitar a retenção e posterior remoção da gordura.

2.5. Dimensionamento caixa de gordura

O edifício conta com 26 andares, sendo 4 apartamentos por andar e uma cozinha por
apartamento. Sendo assim a NBR 8160, prevê caixas de gordura especiais (CGE) para esse
caso, que serão do tipo retangular. Para o volume da câmara de retenção de gordura
utilizamos a fórmula:
V = 2 N + 20
Onde:
N: número de contribuição (adimensional);
V: volume (litros).


2.6. Sistema de ventilação
O sistema de ventilação será composto por ventilação primária e secundária. A
extremidade aberta do tubo ventilador primário ou coluna de ventilação estará situada acima
da cobertura do edifício a uma distância mínima que impossibilite o encaminhamento à
mesma das águas pluviais provenientes do telhado ou laje impermeabilizada. A ventilação
secundária consistirá em ramais e colunas de ventilação que interligam os ramais de descarga,
ou de esgoto à ventilação primária, ou que são prolongados acima da cobertura.

2.7. Dimensionamento tubulação de esgoto e tubos de queda


Para o dimensionamento de tubulações e conexões, como é recomendado pela
NBR 8160, será considerado as Unidades Hunter de Contribuição (UHC).

Tabela - Unidades de Hunter de contribuição dos aparelhos sanitários e diâmetro nominal mínimo dos ramais
de descarga - NBR 8160 (ABNT-1999)


•O diâmetro nominal (DN), deve respeitar o número máximo UHC;
•Os tubos de queda (TQ), serão dimensionados pela soma de UHC;
•O dimensionamento do coletor predial e dos subcoletores em prédios residenciais, será
considerado apenas o aparelho de maior descarga de cada banheiro para a somatória do
número de UHC.
Tabela de dimensionamento de diâmetro das colunas de esgoto e de ventilação


Tabela de dimensionamento da tubulação de subcoletores e coletor predial

2.8. Destinação final dos efluentes

Os efluentes, ao saírem das unidades residenciais, irão diretamente para a rede


coletora pública, para a estação de tratamento de esgoto.

3. SISTEMA PREDIAL DE ÁGUAS PLUVIAIS

3.1 Normas técnicas de referência

Os equipamentos e serviços a serem fornecidos deverão estar de acordo com as


normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas:
• NBR 10844/1989: Instalações prediais de águas pluviais.

3.2. Critérios para dimensionar calhas e condutores


3.2.1. Intensidade pluviométrica
A intensidade pluviométrica foi calculada através da Equação de Chuvas Intensas:

Onde:
i: intensidade pluviométrica (mm/h);
T: tempo de retorno (anos);
t: duração da precipitação (min);
a,b,c e d: são parâmetros empíricos que variam em função da estação pluviométrica.
Para o caso em estudo, temos:

Para a duração de precipitação fixada em t = 10 minutos;


E o período de retorno de área residencial T = 2 anos;
Logo: i = 134,44 mm/h.

3.2.2. Área de captação

Onde:
A: área de captação (m²);
a: largura (m);
h: altura (m);
b: comprimento (m).

3.3.Capacidade de escoamento da calha pluvial

Seguindo a recomendação da NBR 10844, para dimensionar calhas pluviais utiliza-se


a equação de Manning-Strickler:

Onde:
Q: vazão de projeto (l/min);
A: área da seção molhada (m2);
n: coeficiente de rugosidade (adimensional);
Rh: raio hidráulico (m);
P: perímetro molhado (m);
i: declividade da calha (m/m);
k: 60000 (adimensional).
Neste projeto serão utilizadas calhas de PVC de seção semicircular, com inclinação de
1%, sendo o coeficiente de rugosidade, n = 0,011, o coeficiente de Runoff adotado de 0,95.


3.3.1 Dimensionamento dos condutores verticais
Para os condutores verticais, serão adotadas calhas com funil de saída. Assim, será
realizado o dimensionamento a partir dos dados de vazão por condutor, altura da lâmina na
calha e comprimento do conduto vertical.

Tendo em vista que, com a utilização do ábaco para a determinação dos diâmetros de
condutores verticais, será adotado o valor mínimo de 75 mm.

3.3.2 Dimensionamento dos condutores horizontal


Para a determinação do diâmetro do tubo de queda horizontal é necessário levar em
conta o seu coeficiente de rugosidade que é de 0,011, devido a calha ser de PVC.


Obs: As células em vermelho, é onde há saída com dois tubos, satisfazendo a vazão.


4. QUANTIFICAÇÃO

Portanto, é feito a quantificação dos serviços a executar este projeto de Esgotamento


Sanitário e Sistema Predial de Águas Pluviais:


5. Referências bibliográficas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8160: Sistemas prediais de


esgoto sanitário – Projeto e execução. Rio de Janeiro, p. 74. 1999.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10844: Instalações prediais


de águas pluviais. Rio de Janeiro, p. 74. 1989.

CASTRO, A. L. P. De; SILVA, C. N. P.; SILVEIRA, A. Curvas Intensidade-Duração-


Frequência das precipitações extremas para o município de Cuiabá (MT). Disponível em:
https://revistas.unicentro.br/index.php/ambiencia/article/view/0857/1267

VICTOR, J. Coeficiente de Runoff ou deflúvio: conceito e cálculo. Disponivel em:


https://www.guiadaengenharia.com/conceito-coeficiente-runoff/

PAES, R. P. De. Aula 8 – Concepção de esgotamento sanitário e ventilação.

PAES, R. P. De. Aula 9 – Projeto esgotamento sanitário e ventilação.

PAES, R. P. De. Aula 10 – Destinação final de efluentes residenciais.

PAES, R. P. De. Aula 11 – Elementos de drenagem predial.

PAES, R. P. De. Aula 12 – Dimensionamento de instalações de drenagem predial.

Você também pode gostar