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MEMORIAL DESCRITIVO E DE CÁLCULO

Descrição da Obra: EDIFÍCIO GREGORI

Informações Gerais: O projeto refere-se à construção de uma edificação de uso Residencial Multifamiliar e
Comercial em alvenaria com uma área total de 616,19 m².

Localização: A edificação será executada na quadra 1553 lote 16, Rua Nilópolis, no Bairro Universitário, no
município de Chapecó/SC.

1. – INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS

O presente memorial tem o objetivo de descrever o projeto das instalações hidro-sanitárias (Água Fria e Esgoto) da
obra inicialmente identificada.
As especificações técnicas descrevem os diversos serviços envolvidos, fornecendo instruções de execuções e normas
a serem obedecidas.
O projeto das instalações hidráulicas e sanitárias e de tratamento e disposição de efluentes procurou obedecer às
premissas das Normas Técnicas da ABNT e na falta destas às técnicas consagradas publicadas em livros
especializados do setor. As principais normas técnicas que levaram a definição do projeto foram:

● NBR 5626/98 – Instalações Prediais de Água Fria


● NBR 8160/99 – Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário – Projeto e Execução
● NBR 7229/93 – Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos
● NBR 10.844/89 – Instalações Prediais de Águas Pluviais

O projeto hidro-sanitário tem como principal objetivo fornecer um sistema técnico eficiente visando uma perfeita
execução dos serviços, através de materiais cuidadosamente selecionados, em função de se garantir um mínimo custo
com uma máxima eficiência. Pretende ainda fornecer a máxima facilidade possível de manutenção deste sistema.
A obra em questão é uma edificação comercial.

2. – INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – Água Fria

2.1 – CONSUMO

O consumo de água fria foi estimado com base nas tabelas 2.1 e 2.2 (Páginas 240 e 241) do livro “Manual de
Instalações Prediais Hidráulico-Sanitárias e de Gás” (RUTH SILVEIRA BORGES E WELLINGION LUIZ
BORGES – 4ª Ed. – São Paulo: Pini, 1992).
A partir disso, foram obtidos os seguintes dados:

POPULAÇÃO: 144 pessoas

CONSUMO DIÁRIO (Residencial):

Cd = P x q
Consumo “per capita”, em l/dia conforme tabela 1.2 (página 10) do livro Instalações Hidráulicas e Sanitárias
(CREDER, Hélio; 5ª ed. – Rio de Janeiro: LCT – Livros Técnicos e Científicos Editora, 1991)  q =200l/pessoa/dia
para apartamentos.

População = 12 pessoas
Consumo Diário

CD = p * c
Onde:
Cd = consumo diário
P = população
C = consumo per capita (l/dia)

Cd = 12 x 200 = 2.400 l/dia

R.T.I (Reserva Técnica de Incêndio) = 5.000 litros

Consumo Total: Consumo Diário + RTI


Consumo Total = 2.400 + 5.000 = Total: 7.400 l

População do Comercial= 117,38m/ 7m= 17 pessoas


Consumo Diário
Cd= 17x50= 850 L/dia

Consumo Diário Total


Cd= 7.400 l+ 850l = 8.250 l/dia

Reservatório Inferior
Cd * 60% = 3.250 x 0,6 = 1.950 L

Reservatório Superior
Cd*40% + RTI = 3.250 x 0,4 + 50000 = Total: 6.300 l

Assim adotou-se a utilização de dois reservatórios superiores, um com capacidade de 4.000 litros cada, e outro com
capacidade de 3.000 litros, e um reservatório inferior de 2.000 litros (acima do valor calculado), totalizando 9.000
litros, satisfazendo o consumo diário e a R.T.I. (Reserva Técnica de Incêndio). Os reservatórios superiores estarão
localizados no ponto mais alto da edificação, onde ficarão protegidos das ações do tempo por paredes de alvenaria.

2.2 – ALIMENTAÇÃO

A edificação (reservatório superior) será alimentada por água potável proveniente de ligação a rede da CASAN.

2.3 – DISTRIBUIÇÃO

O ramal de distribuição que sai do reservatório possui Ø 32mm, seguindo para uma única Coluna de Água Fria (CAF
01) com Ø32mm a qual distribui em cada pavimento 1 ramais, de onde ocorre a distribuição para todos os pontos de
consumo. A tubulação que leva a água para as colunas será pelo forro.
A coluna descerá pelo ponto correspondente em projeto em shaft próprio e específico. A medição de consumo de
água em cada apartamento será individual, sendo instalado 1 hidrômetros por pavimento.

2.3.1 – MATERIAIS
Utilização de tubos de PVC com bitolas dimensionadas no projeto hidráulico. Para tubulações de água quente será de
CPVC.

3 – COMPONENTES E SERVIÇOS – Água Fria

3.1 – INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA

3.1.1 – DESCRIÇÃO

Conjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e dispositivos existentes a partir do ramal predial, destinado ao
abastecimento dos pontos de utilização de água da edificação, em quantidade suficiente, mantendo a qualidade da
água fornecida pelo sistema público de abastecimento.

3.1.2 – RECOMENDAÇÕES GERAIS

Todas as extremidades das tubulações devem ser protegidas e vedadas durante a construção, até a instalação
definitiva dos aparelhos e/ou equipamentos.
As tubulações não devem ser embutidas em lajes ou lastros de pisos; nos casos necessários, deverão ser previstas
canaletas para estas passagens.
As instalações e respectivos testes das tubulações deverão ser executados de acordo com as normas técnicas da
ABNT e das Concessionárias Locais.
As deflexões, ângulos e derivações necessárias às tubulações deverão ser feitas por meio de conexões apropriadas.
Deverão ser utilizados uniões e flanges na montagem de eletrobombas e outros equipamentos, para facilitar a
desmontagem.
Somente poderá ser permitida a instalação de tubulações que atravessem elementos estruturais quando previstas e
detalhadas em projetos executivos de estrutura e hidráulica, observando-se as normas específicas.
O alinhamento deverá ser corretamente observado para se evitar excesso de esforços laterais, diminuindo-se assim a
possibilidade de infiltração e vazamentos pelas juntas.
Para tubulações subterrâneas a altura mínima de recobrimento (livre) deverá ser de 50 cm sob leito de vias
trafegáveis e 30 cm nos demais casos; a tubulação deverá ser apoiada em toda sua extensão em fundo de vala regular.
As tubulações de água fria devem ser assentadas acima de outras redes, nos casos de sobreposição.
As tubulações enterradas, quando em PVC, deverão ser envelopadas com concreto magro.

3.2 – APARELHOS E METAIS

3.2.1. – DESCRIÇÃO
Conjunto de equipamentos, destinados ao manuseio dos pontos de utilização de água.

3.2.2. – RECOMENDAÇÕES GERAIS


Deverão ser executadas de modo a:

● Evitar entupimentos e permitir fácil desobstrução quando necessária.


● Não permitir infiltrações na estrutura e na alvenaria.
Após sua instalação deverá ser verificadas a ausência de vazamentos e a boa fixação das peças (locação, prumo,
alinhamento, nivelamento).

3.3. – TUBOS E CONEXÕES DE PVC RÍGIDO / JUNTA SOLDÁVEL

3.3.1. – DESCRIÇÃO

Constituintes:
Tubos de PVC rígido junta soldável, para instalações prediais de água fria, conforme EB-183, série A e EB-892;
diâmetros normais: DN 20, DN 25, DN 32, DN 40, DN 50, DN 60, DN 75, DN 85 e DN 110.

● Conexões de PVC rígido junta soldável seguindo especificações acima.


● Conexões de PVC rígido, com bucha e reforço de latão, juntas soldáveis e rosqueáveis para ligação com
tubos metálicos, registros e torneiras.
● Adesivo: solução plástica
● Solução limpadora

Aplicação:
● Nas redes prediais de água fria
● Nas redes de incêndio poderão ser utilizados os tubos de PVC nos trechos enterrados externos.

3.3.2. – EXECUÇÃO

Os tubos deverão ser soldados com adesivo plástico especial, após lixamento com lixa d’água das superfícies a serem
soldadas.
Limpar a ponta e a bolsa dos tubos com solução limpadora.
O adesivo deverá ser aplicado na bolsa (camada fina) e na ponta do tubo (camada mais espessa); após a junção das
peças deverá ser removido o excesso de adesivo, pois este ataca o PVC; os tubos não deverão ser movimentados
antes de pelo menos 5 minutos.
Após a soldagem deverão ser aguardadas 24 horas antes de submeter à tubulação as pressões de serviços ou ensaios.
Para desvios ou pequenos ajustes deverão ser empregadas às conexões adequadas, não se aceitando flexões nos
tubos.
Não deverão ser utilizadas bolsas feitas com o próprio tubo recortado, sendo necessário o uso de luvas adequadas.
Os tubos embutidos nas alvenarias deverão receber capeamento com argamassa de cimento e areia média, traço 1:3.
Toda a tubulação enterrada deverá ser envelopada em concreto magro.
Nas instalações de chuveiro ou torneira elétrica com tubulação em PVC deverão ser previstos aterramentos com fio
terra e eletrodos (NB-22), pois o PVC é isolante.
A tubulação deverá ser chumbada em alguns pontos, nunca nas juntas.
A instalação deverá ser testada com ensaios de obstrução e estancamento; nos casos de tubulações embutidas os
testes deverão ser feitos antes da aplicação do revestimento.
Os ensaios que poderão ser realizados por trechos, deverão obedecer a NB 115, cuja transcrição parcial do teste de
estanqueidade segue abaixo:

● O ensaio da linha deverá ser realizado em trechos que não excedam a 500 m em seu comprimento.
● Deverá ser aplicada a tubulação uma pressão 50 % superior a pressão hidrostática máxima da instalação;
esta pressão não deverá ser em ponto algum menor que 1 kgf/cm2.
● A critério do projetista poderá ser aceito então com pressão d’água disponível, sem uso de bombas; a
duração mínima da prova deverá ser de 6 horas.
● Os pontos de vazamento ou exudações deverão ser sanados, corrigidos e novamente testados até a completa
estanqueidade.

3.3.3. – NORMAS

● NBR-5680 – Tubo de PVC rígido – dimensões


● NBR-5647 – Tubo de PVC rígido para adutoras e redes de água
● NBR-5648 – Tubo de PVC rígido para instalações prediais de água fria
● NBR-5626 – Instalações prediais de água fria
● NBR-7372 – Execução de tubulações de pressão em PVC rígido com junta soldada, rosqueada, ou com
anéis de borracha.

4. – INFORMAÇÕES GERAIS – Água Fria

4.1. – CAIXA D’ÁGUA

4.1.1 – As caixas d’água serão de fibra de vidro com capacidade de 2.000, 3.000 e 4.000 litros cada, sendo instaladas
sob as edificações sobre uma laje com altura ideal para a distribuição e protegidas por paredes de alvenaria.
4.1.2 – Abaixo das mesmas haverá um registro tipo gaveta, com a função de bloquear ou liberar toda a distribuição
de água das edificações, sempre que for necessário.

5. – RESERVATORIO DE ÁGUA PLUVIAL E ÁREA DE INFILTRAÇÃO

5.1. – GENERALIDADES
Foi feita a análise da direção das águas e da posição das colunas de água pluvial. A partir disso foi feito o
dimensionamento de reserva.

Armazenamento
Fórmula: C= Área do Telhado/ Área Terreno
Área do Telhado (m²):
a) Edificío
Área total dos telhados (m²): 220,36
Área do Terreno (m²): 450,00
Cálculo:
C= 220,36/450,00= 0,49 0,22
Condições:
Para C < 0,50, armazenar 500 Litros
Para 0,5 < C < 0,7, armazenar 2000 Litros
Para C > 0,7, armazenar 5000 Litros
Volume do Reservatório de Água Pluvial necessário: 500 Litros
Área de Infiltração
Fórmula: A= (Área Terreno - (Área Terreno * Taxa de ocupação))*30%
Taxa de Ocupação 0,60
A = (450,00 - (450,00 * 0,6)) * 0,30 54,00
Área adotada para infiltração em projeto (m²): 54,00m²

Na sequência foi feito o dimensionamento das calhas, sendo que todas terão as dimensões de 10x20, sendo 10 cm de
altura por 20 cm de largura.
Também foi especificado o diâmetro do tubo de queda vertical de água da chuva, sendo o mesmo de 100 mm de
diâmetro e o material será em PVC.
Será feita a coleta da água da chuva somente do tubo de água pluvial de numero 09 localizado. A captação da água
será depositada em uma caixa d’água de 500 litros.
Após a coleta da água nesta caixa a mesma poderá ser utilizada para rega de jardim ou para lavar calçadas.
Esta água somente poderá ser utilizada com as finalidades citadas acima, uma vez que não é água potável para
consumo humano.

6. – MANUTENÇÃO – Água Fria

De acordo com a NBR 5626 de Instalação Predial de Água Fria, deve-se seguir as exigências a abaixo descritas:

6.1. – Os reservatórios devem ser inspecionados periodicamente, para se assegurar que as tubulações de aviso e de
extravasão estão desobstruídas, que as tampas estão posicionadas nos locais corretos e fixadas adequadamente e que
não há ocorrência de vazamentos ou sinais de deterioração provocada por vazamentos. Recomenda-se que esta
inspeção seja feita pelo menos uma vez por ano.
6.2. – Como uma medida de proteção sanitária, é fundamental que a limpeza e a desinfecção do reservatório de água
potável sejam feitas uma vez por ano. Um procedimento de eficácia reconhecida deve ser adotado. Recomenda-se
adotar o procedimento a seguir descrito:
6.2.1 – Fechar o registro que controla a entrada de água proveniente da fonte de abastecimento, de preferência em
um dia de menor consumo, aproveitando-se a água existente no reservatório.
6.2.2 – Remover a tampa do reservatório e verificar se a muito lodo no fundo. Se houver é conveniente remove-lo
antes de descarregar a água para evitar entupimento. Antes de iniciar a remoção do lodo devem ser tampadas as
saídas da tubulação de limpeza e da rede predial de distribuição.
6.2.3 – Não havendo lodo em excesso ou tendo sido o lodo removido, esvaziar o reservatório através da tubulação de
limpeza, abrindo o seu respectivo registro de fechamento.
6.2.4 – Durante o esvaziamento do reservatório, esfregar as paredes e o fundo com escova de fibra vegetal ou de fios
plásticos macios, para que toda a sujeira saia com a água. Não usar sabões, detergentes ou outros produtos. Havendo
necessidade, realizar lavagens adicionais com água potável. Na falta da saída de limpeza, retirar a água de lavagem e
a sujeira que restou no fundo da caixa utilizando baldes, pás plásticas e panos, deixando o reservatório bem limpo.
Utilizar ainda pano limpo para secar apenas o fundo do reservatório, evitando que se prendam fiapos nas paredes.
6.2.5 – Ainda com as saídas da rede predial de distribuição e de limpeza tampadas, abrir o registro de entrada até que
seja acumulado um volume equivalente a 1/5 do volume total do reservatório, após o que essa entrada deve ser
fechada novamente.
6.2.6 – Preparar uma solução desinfetante, com um mínimo de 200L de água para um reservatório de 1000L,
adicionando 2L de água sanitária de uso doméstico (com concentração mínima de 2% de cloro livre ativo), de tal
forma que seja acrescentado 1L de água acumulada. Essa solução não deve ser consumida sob qualquer hipótese.
6.2.7 – A mistura desinfetante deve ser mantida em contato por 2h. Com uma brocha, um balde ou caneca plástica ou
outro equipamento, molhar por inteiro as paredes internas com essa solução. A cada 30 minutos, verificar se as
paredes internas do reservatório secaram; caso isso tenha ocorrido, aplicar novamente essa mistura, até que o período
de 2h tenha se completado.
6.2.8 – Passado o período de contato, esvaziar o reservatório, abrindo a saída da rede predial. Abrir todos os pontos
de utilização de tal mo do que toda a tubulação seja desinfectada nessa operação, deixando-se essa mistura na rede
durante um período de 2h. O escoamento dessa água pode ser aproveitado para lavagens de pisos e aparelhos
sanitários.
6.2.9 – Os reservatórios devem ser tampados tão logo seja concluída a etapa de limpeza descrita na alínea 6.2.8. As
tampas móveis de reservatórios devem ser lavadas antes destes serem tampados. A partir deste momento, o registro
da fonte de abastecimento pode ser reaberto, o reservatório pode ser enchido e a água disponível nos pontos de
utilização já pode ser usada normalmente.
6.3. – Complementarmente à limpeza e desinfecção do reservatório, recomenda-se que também seja realizada a
desinfecção da rede predial de distribuição.
6.3.1 – Deve tomar-se o cuidado de abrir as peças de utilização, obedecendo a ordem de proximidade ao reservatório.
As peças de utilização devem ser fechadas assim que a água efluente exalar odor de cloro.
6.3.2 – A atividade de desinfecção aqui descrita exige o pleno conhecimento e participação das pessoas que ocupam
o edifício.
6.4. – No caso de ser constatada uma eventual contaminação da água, uma investigação deve ser feita para
diagnosticar a ocorrência. As causas da contaminação devem ser devidamente eliminadas e a instalação predial de
água fria deve ser submetida a um procedimento adequado, que restaure a segurança quanto ao padrão de
potabilidade da água.
6.5. – Os reservatórios com vazamentos devem ser reparados ou substituídos (no caso de reservatório de pequeno
porte). Se o vazamento for reparado com revestimento interno, este deve ser de material que comprovadamente não
contamine a água.

7. – INSTALAÇÕES SANITÁRIAS – Esgoto Primário e Secundário

7.1. – GENERALIDADES

Estas instalações destinam-se a dar escoamento às águas servidas da edificação.


As tubulações coletarão os efluentes dos diversos pontos de utilização e os conduzirão a caixas de inspeção de esgoto
sanitário e estas farão o posterior lançamento ao sistema de tratamento, que terá seu efluente líquido direcionado a
rede pública de coleta de esgoto.

No projeto propriamente dito, levou-se em consideração no traçado de seus elementos o rápido escoamento dos
despejos, a fácil desobstrução e a perfeita vedação dos gases na tubulação.

Para uma melhor possibilidade de tratamento, foi tomada como três os tipos de efluentes:

❖ Efluentes de vasos sanitários, pias, lavatórios (banheiros): Descerão até o pavimento térreo por tubos de
queda, devidamente ventilados passarão pela “Caixa de inspeção” e finalmente para a Rede de Pública de Coleta de
Esgoto.

❖ Efluentes de cozinhas: Descerão até o pavimento térreo por tubos de gordura, devidamente ventilados,
passarão por caixa de gordura, e finalmente para a Rede Pública de Coleta de Esgoto.

❖ Efluentes de águas pluviais: serão coletados por Tubos de Queda Pluviais (recebendo somente águas
providas da chuva e coletadas no telhado por calhas), descerão até o pavimento térreo e será lançada na rede pluvial
de coleta pública.
OBS: Todos os ralos a serem instalados na obra serão sifonados, ou seja, terão fecho hídrico.

7.2. – COLETORES E SUB-COLETORES

Os sub-coletores receberão os efluentes provenientes das instalações sanitárias. Serão em PVC, com declividades
mínimas conforme recomendações da norma NBR 8160/99 (Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário – Projeto e
Execução).
Os coletores receberão os efluentes provenientes dos sub-coletores, conduzindo-os até as caixas de inspeção e
Sistema de Tratamento. Estão localizados no térreo, fora ou dentro da área edificada e serão em PVC, com diâmetros
e declividades indicados em projeto conforme recomendações da norma NBR 8160/99 (Sistemas Prediais de Esgoto
Sanitário – Projeto e Execução). Toda a rede de coletores e sub-coletores será dotada de caixas de inspeção com a
finalidade de possibilitar os serviços de manutenção. As dimensões e características construtivas estão detalhadas em
projeto.

7.3. – TUBOS DE QUEDA (TQ) E TUBOS DE GORDURA (TG)

TQ: Serão em PVC e coletarão os efluentes dos ramais de esgoto dos vasos sanitários, das pias dos lavatórios e dos
ralos ou de Tanques de lavar roupas e máquinas de lavar roupas. Todos os tubos descem verticalmente, atravessando
o pavimento, estarão embutidos em shafts indicados no projeto.

TG: Serão em PVC e coletarão os efluentes dos ramais de esgoto das pias das cozinhas. Todos os tubos descem
verticalmente, atravessando o pavimento, estarão embutidos em shafts indicados em projeto.

No pavimento térreo os tubos de queda unir-se-ão dando origem à sub-coletores que unir-se-ão aos coletores
primário e secundário através de caixas de inspeção.

7.4. – VENTILAÇÃO

A ventilação obedeceu ao que prescreve as normas técnicas da ABNT (NBR 8160/99 - Sistemas Prediais de Esgoto
Sanitário – Projeto e Execução), sendo que todos os desconectores estarão ventilados através de suas colunas de
ventilação. As colunas de ventilação deverão ser prolongadas por 30 cm acima da cobertura (conforme detalhado em
projeto), colocando o chapéu apropriado no seu final.
Os ambientes que possuem Tubo de Ventilação são banheiros com DN 50mm.

7.5. – TRATAMENTOS

Foi adotada uma Caixa de Gordura que recebera o fluído das Cozinhas, despejando em uma Caixa de Inspeção, que
receberá, também, o esgoto proveniente dos banheiros e áreas de serviço, que por sua vez desembocará no Sistema
de Tratamentos de Efluentes, recebendo enfim, o tratamento adequado.
O sistema de tratamento estará distante das divisas e edificações, de acordo com a norma.

7.6. – ESGOTO

7.6.1 – CAIXA DE GORDURA

item 5.1.5.1.1 – “letra d” da NBR 8160/99 descreve:

“Para coleta de mais de 12 cozinhas (...) deve ser


previstas caixas de gordura especiais (5.1.5.3-d)

O item 5.1.5.3 – D da NBR 8160/99 determina:

“ c) Especial (CGE), prismática de base retangular, com as seguintes


características:

1) Distancia mínima entre septo e a saída 0,20m;


2) Volume da câmara de retenção obtida pela fórmula:
V=2N + 20 onde:
N= é o número de pessoas servidas pelas cozinhas que contribuem para a
caixa de gordura no turno em que existe mais fluxo – V = é o volume, em litros;

3) Altura molhada: 0,60m;

4) Parte submersa do septo: 0,40m;

5) Diâmetro nominal mínimo da tubulação da saída: DN 100

Logo:
Para cada um dos blocos temos uma população de 144 pessoas residenciais, portanto:

V = 2N + 20
V = (2 x 144) + 20
V = 308 litros

Optou-se por utilizar uma caixa de gordura especial.

O item 4.2.6.1 da NBR 8160/99 determina as caixas de gordura:


É recomendado o uso de caixas de gordura quando os efluentes contiverem resíduos gordurosos.
Quando o uso de caixa de gordura não for exigido pela autoridade pública competente, a sua adoção fica a critério do
projetista.
As caixas de gordura devem ser instaladas em locais de fácil acesso e com boas condições de ventilação.
As caixas de gordura devem possibilitar a retenção e posterior remoção da gordura, através das seguintes
características:
a) capacidade de acumulação da gordura entre cada operação de limpeza;
b) dispositivos de entrada e de saída convenientemente projetados para possibilitar que o afluente e o efluente
escoem normalmente;
c) altura entre a entrada e a saída suficiente referente a gordura, evitando-se o arraste do material juntamente com o
efluente.
d) vedação adequada para evitar a penetração de insetos, pequenos animais, águas de lavagem de pisos ou de águas
pluviais, etc.
As pias de cozinha ou máquinas de lavar louças instaladas em vários pavimentos sobrepostos devem descarregar em
tubos de queda exclusivos que conduzam o esgoto para caixas de gordura coletivas, sendo vedado o uso de caixas de
gordura individuais nos andares.

7.6.2 – CAIXA DE INSPEÇÃO

O item 5.1.5.3 da NBR 8160/99 descreve:

As caixas de inspeção devem:

a) Profundidade máxima de 1,00m;


b) Forma prismática, de base quadrada ou retangular, de lado interno mínimo de 0,60m, ou cilíndrica com
diâmetro mínimo igual a 0,60m;
c) Tampa facilmente removível, permitindo perfeita vedação;
d) Fundo construído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar formação de depósito;

***Conforme detalhamento em projeto.

8. – COMPONENTES E SERVIÇOS – Esgoto Sanitário

8.1. – INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTOS SANITÁRIOS

8.1.1. – DESCRIÇÃO
Conjunto de tubulações, equipamentos e dispositivos, destinado ao rápido escoamento dos despejos à rede pública e
ao seu tratamento quando lançado em outro local.

8.1.2. – RECOMENDAÇÕES GERAIS

As instalações e respectivos testes das tubulações deverão ser executados de acordo com as normas técnicas da
ABNT e das Concessionárias Locais.

Deverão ser executadas de modo a:


● Permitir fáceis desobstruções
● Vedar a passagem de gases e animais das canalizações para o interior da edificação
● Não permitir vazamentos, escapamentos de gases ou formação de depósitos no interior das canalizações
● Impedir a contaminação de água de consumo e de gêneros alimentícios.
● O coletor de esgoto deverá seguir em linha reta, e para eventuais desvios deverão ser empregadas saídas de
inspeção.

Deverão ser tomadas precauções para dificultar a ocorrência de futuros entupimentos em razão de má utilização do
sistema, especialmente quando a previsão de dispositivos que permitam o acesso e inspeção à instalação.
Todos os pés de colunas de esgoto de desvio de 90 em lajes deverão ser providos de dispositivos de inspeção.
Para tubulações subterrâneas a altura mínima de recobrimento (livre) deverá ser de 50 cm sob leito de vias
trafegáveis e 30 cm nos demais casos; a tubulação deverá ser apoiada em toda sua extensão em fundo de vala regular
e nivelada de acordo com a declividade indicada.

As declividades mínimas dos ramais de esgotos, sub-coletores e coletores prediais deverão ser:

a) 2% para tubulações com diâmetro nominal igual ou inferior a 75;

b) 1% para tubulações com diâmetro nominal igual ou superior a 100.

Somente poderá ser permitida a instalação de tubulações que atravessem elementos estruturais quando previstas e
detalhadas em projetos executivos de estrutura.
Todas as extremidades das tubulações devem ser protegidas e vedadas durante a construção, até a instalação
definitiva dos aparelhos e/ou equipamentos.

8.2. – TUBOS E CONEXÕES DE PVC RÍGIDO / JUNTA ELÁSTICA

8.2.1. – DESCRIÇÃO

Constituintes:
● Tubos de PVC rígido para instalações de esgoto, com junta elástica; especificação conforme NBR-5788
classe A; diâmetros normais: DN 40, DN 50, DN 75, DN 100, DN 150, DN 200 e DN 300.
● Conexões de PVC rígido, junta elástica seguindo especificações acima.
● Complementos sanitários em PVC rígido: ralos e caixas sifonadas com tampas metálicas
● Anéis de borracha
● Pasta lubrificante

Aplicação
● Em ramais de esgotos sanitários e águas pluviais, especialmente em tubulações embutidas.

8.2.2. – EXECUÇÃO

Para o escoamento de tubos e conexões com junta tipo ponta e bolsa com anel de borracha, deverão ser observadas
os seguintes itens:

● Limpeza de ponta e bolsa do tubo previamente chanfrada com lima, especialmente da virola onde se alojará
o anel;
● Marcação no tubo da profundidade da bolsa
● Aplicação da pasta lubrificante especial; não deverão ser usados óleos ou graxas que poderão atacar o anel
de borracha.
● Após a introdução da ponta chanfrada do tubo até o fundo da bolsa, este deverá ser recuado 5 mm (em
tubulações expostas) ou 2 mm (em tubulações embutidas), usando-se como referência a marcação previamente feita,
criando-se uma folga para a dilatação e movimentação da junta
● Nas conexões, as pontas deverão ser introduzidas até o fundo da bolsa e, em instalações externas, fixadas
com braçadeiras para evitar o deslizamento;

Para desvios ou pequenos ajustes deverão ser empregadas às conexões adequadas, não se aceitando flexões nos
tubos.
Em tubulações aparentes, a fixação deverá ser feita com braçadeiras; o distanciamento das mesmas deverá ser, no
máximo, 10 vezes o diâmetro da tubulação em tubos horizontais e 2 m em tubos de queda.

Efetuar o teste de estanqueidade como se segue:


● Toda a tubulação deverá ser testada após a sua instalação, antes, porém do revestimento final de pisos e
paredes;
● A tubulação deve ser chumbada em alguns pontos, nunca nas juntas;
● As extremidades abertas deverão ser vedadas com tampões ou bujões; a vedação dos ralos poderá ser feita
com alvenaria de tijolo ou tampão de madeira e borracha, que garanta a estanqueidade;
● A tubulação deverá ser cheia de água, por qualquer ponto, abrindo-se as extremidades para retirar o ar e
fechando-as novamente, até atingir a altura de água prevista;
● A duração mínima deverá ser de 15 minutos à pressão de 3,0 m de coluna de água
● A altura da coluna de água não deverá variar;
● Os trechos que apresentarem vazamentos ou exudações deverão ser refeitos e novamente testados até a
sua total estanqueidade.

Efetuar a verificação da sinfonagem, com o teste de fumaça, como se segue:


● Deverá ser testada, com máquina de produção de fumaça, toda a tubulação de esgoto, com todas as peças e
aparelhos instalados;
● Todos os fechos hídricos dos sifões e caixas sifonadas deverão ser cheios de água;
● Deverão ser deixadas abertas as aberturas externas dos tubos ventiladores e da introdução de fumaça,
tamponando-se os ventiladores conforme for saindo à fumaça;
● A duração mínima deverá ser de 15 minutos, devendo-se manter uma pressão de 25 mm de coluna de água;
● Nenhum ponto deverá apresentar escape, sendo que a sua ocorrência significa ausência indevida de
desconector (caixa sifonada ou sifão), o que deverá ser corrigido e novamente testado.

8.2.3. – NORMAS
● NB-19/50 – Instalações prediais de esgoto sanitário
● NBR-5688 – Tubos e conexões de PVC rígido para esgoto predial e ventilação.

Chapecó-SC, 21 de Agosto de 2023.

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ALS Construtora
Proprietário – CNPJ.: 14.016.948/0001-40
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Diego José Da Silva Batista
Arquiteto e Urbanista – CAU-SC A73.317-2

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