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NTS 331
Especificação
São Paulo
Março/2021
NTS 331: 2021 Norma Técnica SABESP
SUMÁRIO
1 OBJETIVO................................................................................................................... 1
2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS .................................................................................. 1
3 DEFINIÇÕES ............................................................................................................... 2
4 REQUISITOS GERAIS ................................................................................................ 3
4.1 APLICABILIDADE ................................................................................................... 3
4.2 SEGURANÇA........................................................................................................... 4
5 REQUISITOS ESPECÍFICOS ..................................................................................... 5
5.1 PROJETO................................................................................................................. 5
5.1.1 TUBULAÇÕES DE RECALQUE DA MINIELEVATÓRIA ...................................... 5
5.2 CAIXA ABRIGO DA MINIELEVATÓRIA ................................................................. 5
5.3 MINIELEVATÓRIAS................................................................................................. 5
5.4 CAIXAS DO SISTEMA ............................................................................................. 8
5.5 QUADRO DE ENERGIA ELÉTRICA E COMANDO .......................................... 8
5.6 INSTALAÇÃO DO SISTEMA DE BOMBEAMENTO ............................................... 8
ANEXO A – DESENHO ILUSTRATIVO DE INSTALAÇÃO DE MINIELEVATÓRIA
PARA IMÓVEL DOMICILIAR UNI E MULTIFAMILIAR ................................................. 9
ANEXO B – DESENHO ILUSTRATIVO DE INSTALAÇÃO DE MINIELEVATÓRIA
PARA IMÓVEL COMERCIAL – RESTAURANTE ....................................................... 11
ANEXO C – DESENHO ILUSTRATIVO DO RESERVATÓRIO EXTERNO
INTERLIGADO À MINIELEVATÓRIA (OPCIONAL) ................................................... 13
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NTS 331: 2021 Norma Técnica SABESP
1 OBJETIVO
Esta Norma fixa os requisitos mínimos exigíveis para aquisição e utilização de minieleva-
tórias para recalque de esgoto de imóveis situados em soleira negativa ou em condição
geograficamente desfavorável para conexão à rede de esgoto existente.
Aplica-se a esgoto doméstico e esgoto não doméstico.
2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não
datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emen-
das):
ABNT NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão
ABNT NBR 5419-1: Proteção contra descargas atmosféricas- Parte 1: Princípios gerais
ABNT NBR 7665: Sistema de transporte de água ou esgoto sob pressão-Tubos de PVC-
M DEFOFO com junta elásticas – Requisitos.
ABNT NBR 7676: Elementos de vedação com base elastomérica termofixa para tubos,
conexões, equipamentos, componentes e acessórios para água, esgotos, drenagem e
águas pluviais e água quente – Requisitos.
ABNT NBR 8160: Sistemas prediais de esgoto sanitário-Projeto e execução.
ABNT NBR 9649: Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário.
ABNT NBR 12208: Projeto de estações elevatórias de esgoto.
ABNT NBR 15750: Tubulações de PVC-O (Cloreto de Polivinila não plastificado orien-
tado) para sistemas de transporte de água ou esgoto sob pressão — Requisitos e méto-
dos de ensaios.
NTS 157: Esquema de pintura para equipamentos e materiais em aço carbono ou ferro
fundido novos em contato direto com esgoto.
NTS 187: Tubos e conexões de PVC – Requisitos complementares de desempenho às
normas ABNT NBR 5647-1, 5647-2, 5647-3, 5647-4 e 5647-5; ABNT NBR 7362-1 e 7362-
2; ABNT NBR 7665 e ABNT NBR 15750.
NTS 194: Tubos de polietileno para redes de distribuição, adutoras, linhas de esgoto
pressurizadas e emissários.
NTS 217: Ligação predial de esgoto.
NR 10: Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade.
Deliberação ARSESP Nº 106, de 13/11/2009: Estabelece as condições gerais para a
prestação e utilização dos serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento
sanitário.
Decreto Estadual do Estado de São Paulo Nº 12.342, de 27/09/1978: Aprova o Regu-
lamento a que se refere o artigo 22 do Decreto-lei 211, de 30 de março de 1970, que
dispõe sobre normas de promoção, preservação e recuperação da saúde no campo de
competência da Secretaria de Estado da Saúde.
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3 DEFINIÇÕES
Para efeito desta norma aplicam-se as seguintes definições:
ALTURA GEOMÉTRICA DE ELEVAÇÃO:
diferença de cota topográfica entre o ponto de entrada do esgoto na minielevatória e o
seu ponto de entrada na caixa de inspeção da ligação.
ALTURA MANOMÉTRICA:
diferença de pressão do líquido entre a entrada e saída da bomba.
AUTORIZAÇÃO DE PASSAGEM:
faixa de terreno utilizada para implantação da tubulação do ramal predial, localizada em
terrenos particulares ou públicos, cuja autorização de passagem deve ser pactuada entre
os interessados.
CAIXA ABRIGO:
dispositivo fabricado em alvenaria ou concreto destinado a abrigar a minielevatória.
COEFICIENTE DE RETORNO:
relação média entre os volumes de esgoto produzido e água efetivamente consumida.
CURVA CARACTERÍSTICA:
lugar geométrico dos pontos de correspondência biunívoca entre altura manométrica e
vazão.
ESGOTO DOMÉSTICO:
provêm principalmente de residências, edifícios comerciais, instituições ou quaisquer edi-
ficações que contenham instalações de banheiros, lavanderias, cozinhas ou qualquer dis-
positivo de utilização da água para fins domésticos.
ESTUDO DE PROFUNDIDADE:
indicação de viabilidade de conexão do imóvel, no caso de possuir soleira negativa ou
parcial, ou ainda em função da sua distância em relação à rede.
IMÓVEL UNIFAMILIAR:
imóvel constituído de uma unidade residencial autônoma.
IMÓVEL MULTIFAMILIAR:
imóvel constituído de mais que uma unidade residencial autônoma.
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K1:
coeficiente de máxima vazão diária.
K2:
coeficiente de máxima vazão horária.
MINIELEVATÓRIA:
equipamento composto por tanque, conjunto motor-bomba, conexões e acessórios para
esgotar efluentes domésticos e não domésticos de clientes em soleira negativa.
RESERVATÓRIO EXTERNO:
reservatório externo ao local de instalação da minielevatória, destinado a acumular esgoto
gerado no período de falta de energia ou falha do equipamento.
SOLEIRA NEGATIVA:
quando a cota do imóvel é inferior à cota do greide da via.
4 REQUISITOS GERAIS
4.1 Aplicabilidade
Em consonância com os Artigos 10 e 42 da Deliberação ARSESP Nº 106/2009 e com o
Decreto Estadual Nº 12.342/1978, a minielevatória deve ser instalada exclusivamente nas
seguintes situações:
a) Imóvel de soleira negativa que não viabiliza autorização de passagem;
b) Imóvel de soleira negativa, onde a divisa do terreno é limítrofe de córregos, ria-
chos, barrancos, etc., e;
c) Imóvel que apresenta soleira parcialmente negativa, que requerem esgotamento
por recalque da cota mais desfavorável.
Obs 1. A utilização da minielevatória aplica-se a esgoto doméstico (uni e multifamiliar) e
não doméstico.
No caso de esgoto não doméstico deve-se atentar as características especiais do efluente
para preservar o funcionamento e vida útil da minielevatória.
Obs 2. A minielevatória só pode ser instalada quando houver rede coletora que viabilize
tecnicamente/economicamente o recebimento do esgoto recalcado.
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4.2 Segurança
O sistema de esgotamento da minielevatória deve propiciar o afastamento do efluente
sem prejuízo da estabilidade e segurança das instalações existentes, e preservar a saúde
da população e o meio ambiente.
Durante a execução da obra, recomenda-se proteção de dutos e caixas, impedindo o
acesso de detritos e materiais de construção no interior dos mesmos.
A minielevatória deve possuir triturador ou dispositivo externo de gradeamento ou outro
que impeça que detritos como restos de comida, cabelos, fio dental, hastes flexíveis, ab-
sorvente higiênico, preservativos, fraldas descartáveis, materiais fibrosos, pontas de ci-
garro etc. prejudiquem o funcionamento e a vida útil do equipamento.
As instalações de gradeamento devem ser limpas ou revisadas em períodos de no má-
ximo trinta dias e sempre que apresentar indícios de obstrução.
São obrigatórios os seguintes alarmes: falha de bomba, falta de energia e nível alto.
O sistema de bombeamento (minielevatória) deve possuir capacidade para acumular es-
goto por no mínimo 24 horas, para situações de falta de energia ou falha do equipamento.
A capacidade para acumular o esgoto não recalcado deve considerar o volume do tanque
da minielevatória, além de dispositivos auxiliares como, por exemplo, o reservatório ex-
terno (Anexo C), extensores do tanque etc. Independentemente da solução adotada deve
ser preservada a assepsia do sistema por meio do adequado tempo de retenção e quan-
tidade de partidas da bomba, conforme especificado na norma ABNT NBR 12208.
O reservatório externo deve ser fabricado em concreto ou material plástico, sendo imper-
meável, resistente ao contato com esgoto e dotado de tampa.
O esgoto armazenado no reservatório externo deve ser removido assim que o conjunto
motor-bomba retomar ao funcionamento normal.
O equipamento deve ser entregue obrigatoriamente com o manual de operação e insta-
lação redigido em português
Deve-se instalar um duto de ventilação ou respiro no tanque da minielevatória e no reser-
vatório externo a fim de evitar o acumulo de gases e geração de odor, conforme ABNT
NBR 8160.
Recomenda-se a instalação de equipamento moto gerador em loteamentos ou em imó-
veis de uso intenso (hotéis, shoppings, grandes consumidores).
Para imóveis de uso intermitente, recomenda-se que, antes do período de ausência de
ocupação, seja feito o recalque do esgoto residual do tanque, por meio do acionamento
manual do conjunto.
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5 REQUISITOS ESPECÍFICOS
5.1 Projeto
Deve ser feito um estudo de profundidade.
O projeto do sistema deve utilizar como referência os critérios das normas ABNT NBR
8160 e ABNT NBR 12208 de acordo com a complexidade da instalação.
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*Dispensa o uso de gradeamento. ** Valor que considera: Volume de consumo de água per capita
diária de 150 l, Coeficientes K1=1,2 e K2 = 1,5 e taxa de retorno 0,8, conforme ABNT NBR 9649.
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Obs. Para esgoto não doméstico deve haver um estudo sobre as características do esgoto para
definição de dispositivos especiais como por exemplo caixa de óleo, areia e felpas, além de sua
adequação à legislação vigente.
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CORTE A-A
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VISTA EM PLANTA
*A utilização do reservatório externo é opcional, conforme descrito no item 4.2 desta
Norma.
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CORTE A-A
Março/2021 11
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VISTA EM PLANTA
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NTS 331: 2021 Norma Técnica SABESP
Corte B-B
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NTS 331: 2020 Norma Técnica SABESP
Considerações finais:
- 13 páginas.
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