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Manual Técnico

SEÇÃO VII – DO ABRIGO DE RESÍDUOS SÓLIDOS -


ARS - NAS EDIFICAÇÕES
(Instrução de Serviço SMRU Nº 004 de 23/04/2002 publicada em 26/04/2002/ Portarias da SLU
82/2000, 83/2000 (exceto parte referente a resíduos de serviços de saúde) e 127/2008/ Norma
Técnica SLU/PBH Nº 001/2008/ Resoluções do CONAMA 275/01 e 358/05e Resolução ANVISA nº
306/04)

A s edificações e/ou estabelecimentos de serviços de saúde geradores de resíduos sólidos devem


dispor de um ou mais Abrigos externos de armazenamento de resíduo sólido – ARS, de acordo com a
quantidade e características dos resíduos gerados, abrangendo:

I. as edificações cuja geração de resíduo sólido comum exceder a 100 litros diários, exceto as
unifamiliares;

II. os estabelecimentos de serviços de saúde e congêneres cuja geração diária de resíduo sólido for
superior a 100 litros;

III. os estabelecimentos de serviços de saúde e congêneres cuja geração diária de resíduo sólido for
inferior a 100 litros, a critério da SLU.

Abrigo externo de armazenamento de resíduo sólido - ARS: local apropriado, construído de acordo com as
Normas Técnicas da SLU, para armazenar os contenedores ou os resíduos sólidos acondicionados em sacos
plásticos até a realização da coleta externa.

Acondicionamento: ato de embalar em sacos plásticos ou em outras embalagens descartáveis permitidas,


bem como de acomodar em contenedores padronizados, como estabelecido na legislação específica, em
regulamento e normas técnicas aplicáveis, os resíduos sólidos para fins de coleta e transporte.

Contenedor: equipamento fechado destinado ao armazenamento de resíduo sólido de uma edificação/


estabelecimento de saúde, conforme padronização definida pela Portaria nº 82/00 da Superintendência de
Limpeza Urbana - SLU e Resolução CONAMA nº 275/01.

Coleta externa: é a remoção e o transporte, por veículo apropriado, de resíduos sólidos devidamente
acondicionados, colocados à disposição da coleta, para fins de destinação, tratamento e/ ou disposição
final.

Coleta interna: é a remoção e o transporte de resíduos sólidos das áreas de geração para guarda temporária
dos mesmos até a coleta externa.

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1. Do Abrigo de Resíduo Sólido Comum (Norma Técnica SLU/PBH nº


002/2000)

1.1 Da Localização dos ARS

Os Abrigos externos de armazenamento de resíduo sólido – ARS - devem estar situados em locais:

I. desimpedidos e de fácil acesso para coletas internas e externa;

II. ser acessível por área de uso comum nas edificações condominiais, mas com acesso impedido a
pessoas estranhas e o mais isolado possível de áreas de circulação de população;

III. sem ligação direta com dependências de permanência prolongada ou transitória, cozinha,
despensa, hall, caixa de escada, poço de elevador, excluídas as garagens, pátios externos e
entradas de serviço;

IV. não apresentar em seu trajeto até o logradouro público degraus ou outros obstáculos e, na
existência de rampa, a declividade máxima será de 6% para circulação de contenedores.

⇨ O compartimento de ARS não pode estar situado no subsolo, quando a circulação vertical total da
edificação for superior a 11,00m e não houver elevador na edificação.

⇨ Caso não haja necessidade de contenedores, a declividade da rampa de acesso ao ARS pode ser
superior a 6%.

1.2 Da Quantificação dos ARS de Resíduos Comuns

O número de Abrigos de armazenamento de resíduos sólidos deve ser fixado em função da


classificação e quantidade de resíduos gerados:

Para as edificações cuja geração de resíduo comum for superior a 100 litros diários é exigido um abrigo
externo de armazenamento de resíduo sólido, ficando desobrigadas dessa exigência as edificações
geradoras de até 100litros diários desses resíduos e as residências unifamiliares.

⇨ As edificações constituídas de dois ou mais blocos, em condomínios, geradoras de rsíduos


comuns em quantidade superior a 100 litros diários, devem dispor de ARS para cada bloco ou
adotar abrigo central para atender a dois ou mais blocos, observando a exigência de fácil acesso
para as coletas interna e externa.

⇨ As edificações de uso misto (não residencial e residencial) devem dispor de dois ARS, com acessos
independentes e exclusivos para cada uso, ou adotar abrigo central para atender ambos os usos,
observando a exigência de fácil acesso para as coletas interna e externa.

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⇨ Para os Estabelecimentos de Serviços de Saúde e congêneres, as normas são as contidas na


Portaria da SLU 127/2008. (Ver Inciso 2 desta Seção)

1.3 Dos Aspectos Construtivos do ARS de Resíduos Comuns

O Abrigo externo de armazenamento de resíduo sólido deve apresentar os seguintes aspectos


construtivos:

I. ser construído de alvenaria, fechado, coberto, dotado de aberturas com tela, tipo mosquiteiro,
de modo permitir ventilação:

a)– natural, com área equivalente a 1/10 da área do piso do abrigo, diretamente através de
abertura para o exterior, garagem, pátio externo ou outro local ventilado permitido;

b)– artificial, com análise e aprovação de projeto específico pela SLU;

Para os Abrigos de armazenamento de resíduos sólidos comuns, as portas tipo veneziana podem ser
computadas como áreas de ventilação.

II. ter paredes e teto revestidos com material liso, resistente, lavável, impermeável e de cor branca;

III. ter piso resistente a choques e a produtos de ação agressiva, de cor clara, sem degraus,
impermeável, antiderrapante, lavável e que permita fácil limpeza e desinfecção, com caimento
máximo de 2% em direção ao ralo;

IV. ter ralo sifonado com tampa de vedação e ligado à rede coletora de esgoto;

V. ter porta com largura mínima de 0,80 m com tranca e abertura para fora ou, opcionalmente,
porta de correr, dotada de proteção inferior contra acesso de vetores, com proteção nas quinas
vivas do portal por cantoneiras.

No uso de contenedores a porta deve possibilitar a fácil e segura passagem dos mesmos, com altura de 2,10
m e largura mínima de 1,20 m.

VI. ter pé direito mínimo de 2,20 m, livre de qualquer obstáculo (vigas, tubulação);

VII. dispor de ponto de luz interno e externo e de ponto de água, preferencialmente quente e sob
pressão;

VIII. ser equipado de extintor de incêndio;

IX. ter espaço externo para operação de manobra dos caminhões coletores, quando a coleta for
realizada diretamente do abrigo;

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X. ser dimensionado, em edificação desobrigada do uso de contenedores, de acordo com o volume


de resíduo gerado, por período de coleta, calculado com base na Tabela 112 a seguir, sendo:

a)- para geração superior a 100 litros/ dia e inferior a 300 litros por período de coleta, a
área mínima é de 2,40 m², não sendo computada como área qualquer espaço com
dimensões menores que 1,20 m;

b)- para geração de resíduo sólido superior a 300 litros por período de coleta, a cada 100
litros adicionais ou fração, a área mínima do ARS será calculada acrescentando-se 0,40
m² à área mínima estabelecida no inciso I acima.

Período de Coleta: espaço de tempo decorrido entre duas coletas externas.

Para o dimensionamento do ARS nas edificações será considerada a frequência de coleta de 3 vezes por
semana.

É obrigatória a indicação de contenedores no Abrigo de Armazenamento de Resíduos Sólidos (ARS) para


edificações de uso não residencial ou de uso misto cujo volume de resíduos sólidos exceder o limite de
500 litros diários.

⇨ Na utilização de contenedores, o dimensionamento deve ser apresentado com a projeção dos


contenedores no abrigo e devem atender ao armazenamento e à movimentação de contenedores,
prevendo-se espaço suficiente para a entrada e saída, lavação e higienização dos mesmos.

⇨ O número de contenedores por estabelecimento deve ser definido em função do volume de


resíduos gerados, considerando as dimensões dos mesmos, previstas na Tabela 115 deste Manual
técnico, constante do Inciso 3.5 desta Seção.

Tabela 112:: Parâmetros Mínimos do Depósito de AR


RS para Resíduos Sólidos Comuns

Parâmetros Condições Observações


- área calculada pela conjugação de dados fornecidos nas
Variável, mínima de
Área mínima (m²) Tabelas de coeficiente de geração de resíduo sólido e de área
2,40m²
do ARS a seguir indicada no Inciso 1.3.1 desta Seção.

Dimensão linear - não será computada na área exigida qualquer área com
1,20m
mínima dimensão inferior a 1,20 m

Vão de iluminação e 1/10 da área do - o vão de iluminação deve ser dotado de tela tipo mosquiteiro
ventilação mínimo piso do cômodo ou porta com veneziana.

Vão de acesso mínimo 0,80m * para estabelecimentos com uso de contenedores


(porta) *1,20m - porta com abertura para fora ou de correr

- livre de qualquer obstáculo, como vigas e tubulações e


Pé-direito mínimo 2,20m
escadas

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Figura 217: Armazenamento de resíduos sólidos

1.3.1 Do Dimensionamento do Abrigo de armazenamento de Resíduo Sólido Comum

O dimensionamento do ARS para armazenamento de resíduo sólido comum acondicionado em sacos


plásticos, em edificação desobrigada do uso de contenedores, deve ter área determinada de acordo com
o volume de resíduo gerado, calculado com base na Tabela 113 e Tabela 114 a seguir:

Tabela 113: Tipo de construção/ Produção diária de Lixo

Tipos de Construção Características da Construção Produção de Lixo diária


1.1 Unifamiliares 0,28 l/m² da área útil da
01 Edificações Residenciais Condomínios horizontais, verticais e edificação
1.2
Apartamentos

2.1 Salas, escritórios, consultórios, bancos 0,30 l/m² da área útil da


edificação

2.2 Lojas em pav. térreo, magazines, galerias 1,00 l/m² da área útil da
de lojas, shopping centers edificação
2.3 Lojas em outros pavimentos ou em 0,98 l/m² da área útil da
Edificações Não
02 subsolos edificação
Residenciais
2.4 Galpões 1,00 l/m² da área útil da
edificação

0.30 l /m² da área útil da


2.5 Almoxarifado e Vestiários
edificação

2.6 Depósitos Necessário Estudo

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Tabela 113:: Tipo de construção/ Produção diária de Lixo

Tipos de Construção Características da Construção Produção de Lixo diária


Restaurantes, lanchonetes, buffet, bares, 1,50 l/m² da área útil da
casas de vitaminas e de sucos, edificação
refeitórios, pizzarias, cantinas,
2.7
confeitarias , padarias, cafés, pastelarias,
sorveterias e similares

2.8 Boates e outros estabelecimentos 0,30 l/m² da área útil da


congêneres sem refeição edificação
2.9 Entrepostos hortifrutículos 4,00 l/m² da área útil da
edificação

2.10 Entrepostos de outros alimentos Necessário Estudo

2.11 Armazéns, mercearias, mercados, 2,00 l/m² da área útil da


supermercados, hipermercados edificação

2.12 Quitandas, empórios e similares 1,50 l/m² da área útil da


edificação

2.13 Matadouros de aves e pequenos animais Necessário Estudo

2.14 Açougues, peixarias e similares 1,00 l/m² da área útil da


edificação
Edificações Não 2.15 Farmácias, drogarias, perfumarias, 1,00 l/m² da área útil da
02
Residenciais fisioterapias, hidroterapias, saunas e edificação
similares

2.16 Cabelereiros, barbeiros, Salão de Beleza 1,00 l/m² da área útil da


edificação
2.17 Gráficas, encardenadoras, editoras, 1,50 l/m² da área útil da
papelarias, tipografias, copiadoras, edificação
confecção de clichês, impresssoras de
jornais

2.18 Floras e floriculturas 3,00 l/m² da área útil da


edificação
2.19 Alfaiatarias, atelier de costura 1,00 l/m² da área útil da
edificação

2.20 Tinturarias e lavanderias 0,30 l/m² da área útil da


edificação

2.21 Pequenas Oficinas 0.50 l/m² da área útil da


edificação
2.22 Oficinas de Manutenção, restauração e 1,00 l/m² da área útil da
consertos edificação

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Tabela 113:: Tipo de construção/ Produção diária de Lixo

Tipos de Construção Características da Construção Produção de Lixo diária


2.23 Postos de serviços de lubrificação, troca 1,00 l/m² da área útil da
de óleo e lavagem de veículos edificação

2.24 Edifícios - garagem, pavimentos- 0.05 l/m² da área útil da


garagem, pilotis edificação

2.25 Hotéis, pensões, pensionatos e similares 6,00 l apto ou quarto


(restaurante, bar e
comércio com acesso ao
público, ver alínea própria)

2.26 Motéis e Pousadas 6,00 l por apto ou quarto

2.27 Apart- hotel 15.00 l por apartamento

2.28 Hospitais, clínicas médicas, 10,00 l por leito


maternidades, casas de saúde, pronto –
socorro, sanatórios com internação
2.29 Hospitais, clínicas médicas, 0.50 l /m² da área útil da
maternidades, casas de saúde, pronto – edificação
socorro, sanatórios sem internação

2.30 Consultórios médicos e odontológicos, 0.50 l /m² da área útil da


Edificações Não bancos de sangue, postos de saúde, edificação
02
Residenciais ambulatórios, laboratórios

2.31 Casa de Repouso e Asilo 6,00 l por apto ou quarto

2.32 Consultórios Veterinários, Clínicas 0.30 l /m² da área útil da


Veterinárias sem internação edificação
2.33 Consultórios Veterinários, Clínicas 0.40 l /m² da área útil da
Veterinárias com internação edificação

2.34 Velórios e Necrotérios 100,00 l por sala de vigília

Creches, Maternais, Jardins de Infância, 0.50 l /m² da área útil da


2.35
Parques Infantis edificação

Escolas profissionais, Técnico-industriais 0.50 l /m² da área útil da


2.36
e Informática edificação

0.30 l /m² da área útil da


edificação (restaurante, bar
2.37 Escolas de 1º Grau e Escolas Superiores
e comércio com acesso ao
público, ver alínea própria)

2.38 Teatros, Cinemas, Auditórios, Centro de 0.10 l /m² da área útil da


Convenções, Museus e similares edificação

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Tabela 113:: Tipo de construção/ Produção diária de Lixo

Tipos de Construção Características da Construção Produção de Lixo diária


Pavilhões de exposição, Parques de
2.39 Necessário Estudo
Diversões e Circos

2.40 Ginásios e Praças de Esportes Necessário Estudo

2.41 Estádios Esportivos Necessário Estudo

2.42 Sedes de Clubes Necessário Estudo

0.10 l /m² da área útil da


2.43 Bibliotecas
edificação
Edificações Não
02 Templos Religiosos e Associações 0.10 l /m² da área útil da
Residenciais 2.44
Religiosas edificação

2.45 Terminal Rodoviário Necessário Estudo

2.46 Terminal Ferroviário Necessário Estudo

2.47 Terminal Aeroviário Necessário Estudo

2.48 Prédios de Órgãos Públicos Necessário Estudo

2.49 Unidades Fabris ou Industriais Necessário Estudo

2.50 Parques Industriais Necessário Estudo

Edificações Mistas
(Residencial com Não
Somatório das diversas unidades
3.0 Residencial ou com as 3.1 Variável
correspondentes
diversas Atividades
listadas)

Deve-se considerar a periodicidade de coleta dos resíduos comuns executada pelo órgão público ou por
particular licenciado para o dimensionamento adequado do abrigo.

A área líquida da edificação a ser utilizada para o cálculo da área interna do ARS, com base nas Tabelas
a seguir, deve se restringir à área de piso real do compartimento, desconsiderando o fator multiplicador
previsto para o cálculo do Coeficiente de aproveitamento, quando houver.

Tabela 114:: Área Líquida da Edificação Não Residencial para dimensionamento do ARS
COEFICIENTES DE GERAÇÃO ( L / M² )
ÁREA DO
ARS (m²)

0,05 0,10 0,30 0,40 0,50 0,98 1,00 1,50 2,00 3,00 4,00 6,00

0 2000,0 1000,0 333,3 250,0 200,0 102,0 100,0 66,7 50,0 33,3 25,0 16,7

2,4 6000,0 3000,0 1000,0 750,0 600,0 306,1 300,0 200,0 150,0 100,0 75,0 50,0

2,8 8000,0 4000,0 1333,3 1000,0 800,0 408,2 400,0 266,7 200,0 133,3 100,0 66,7

3,2 10000,0 5000,0 1666,7 1250,0 1000,0 510,2 500,0 333,3 250,0 166,7 125,0 83,3

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Tabela 115:: Área Líquida da Edificação Residencial para dimensionamento do ARS – (Coef. Geração 0,28l/m²)
ÁREA DO
0,00 2,40 2,80 3,20 3,60 4,00 4,40 4,80 5,20 5,60 6,00 6,40
ARS (m²)
Área
Líquida 357,14 1071,42 1428,57 1781,71 2142,85 2499,99 2857,14 3214,28 3571,42 3928,57 4285,71 4642,85
(m²)

ÁREA DO
6,8 7,2 7,6 8 8,4 8,8 9,2 9,6 10 10,4 10,8 11,2
ARS (m²)

Área
Líquida 4999,99 5357,14 5714,28 6071,42 6428,57 6785,71 7142,85 7499,99 7857,14 8214,28 8571,42 8928,57
(m²)

ÁREA DO
11,60 12,00 12,40 12,80 13,20 13,60 14,00 14,40 14,80 15,20 15,60 16,00
ARS (m²)
Área
Líquida 9285,71 9642,85 9999,99 10357,1 10714,3 11071,4 11428,6 11785,7 12142,9 12500 12857,1 13214,3
(m²)

REA DO
16,40 16,80 17,20 17,60 18,00 18,40 18,80 19,20 19,60 20,00 20,40 20,80
ARS (m²)
Área
Líquida 13571,4 13928,6 14285,7 14642,8 15000 15357,1 15714,3 16071,4 16428,6 16785,7 17142,8 17500
(m²)

ÁREA DO
21,2 21,6 22 22,4 22,8 23,2 23,6 24 24,4 24,8 25,2 25,6
ARS (m²)
Área
Líquida 17857,1 18214,3 18571,4 18928,5 19285,7 19642,8 20000 20357,1 20714,3 21071,4 21428,5 21785,7
(m²)

ÁREA DO
26,00 26,40 26,80 27,20 27,60 28,00 28,40 28,80 29,20 29,60 30,00 30,40
ARS (m²)
Área
Líquida 22142,8 22500 22857,1 23214,3 23571,4 23928,5 24285,7 24642,8 25000 25357,1 25714,2 26071,4
(m²)

ÁREA DO
30,80 31,20 31,60 32,00 32,40 32,80 33,20 33,60 34,00 34,40 34,80 35,20
ARS (m²)
Área
Líquida 26428,5 26785,7 27142,8 27500 27857,1 28214,2 28571,4 28928,5 29285,7 29642,8 30000 30357,1
(m²)

ÁREA DO
35,60 36,00 36,40 36,80 37,20 37,60 38,00 38,40 38,80 39,20 39,60 40,00
ARS (m²)
Área
Líquida 30714,2 31071,4 31428,5 31785,7 32142,9 32499,9 32857,1 33214,2 33571,4 33928,5 34285,7 34642,8
(m²)

ÁREA DO
40,40 40,80 41,20 41,60 42,00 42,40 42,80 43,20 43,60 44,00 44,40 44,80
ARS (m²)
Área
Líquida 34999,9 35357,1 35714,2 36071,4 36428,5 36785,6 37142,8 37499,9 37857,1 38214,2 38571,4 38928,5
(m²)

ÁREA DO
45,20 45,60 46,00 46,40 46,80 47,20 47,60 48,00 48,40 48,80 49,20 49,60
ARS (m²)
Área
Líquida 39285,6 39642,8 39999,9 40357,1 40714,2 41071,4 41428,5 41785,6 42142,8 42499,9 42857,1 43214,2
(m²)

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ÁREA DO
50,00 50,40 50,80 51,20 51,60 52,00 52,40 52,80 53,20 53,60 54,00 54,40
ARS (m²)
Área
Líquida 43571,3 43928,5 44285,6 44642,8 44999,9 45357,1 45714,2 46071,3 46428,5 46785,6 47142,8 47499,9
(m²)

ÁREA DO
54,80 55,20
ARS (m²)
Área
Líquida 47857 48214,2
(m²)

Tabela 116: Dimensionamento do ARS para edificações destinadas a Hospitais, Clínicas, Hotéis e Apart-
hotéis

ÁREA DO ABRIGO DE Nº DE UNIDADES (QUARTOS, APARTAMENTOS, LEITOS)


RESÍDOS SÓLIDOS 6 l/unidade 10 l/unidade 15 l/unidade 100 l/m2
0,00 16 10 6 1

2,40 50 30 20 3

2,80 66 40 26 4

3,20 83 50 33 5

3,60 99 60 39 6

4,00 116 70 46 7

4,40 133 80 53 8

4,80 149 90 59 9

5,20 166 100 66 10

5,60 183 110 73 11

6,00 199 120 79 12

6,40 216 130 86 13

6,80 233 140 93 14

7,20 249 150 99 15

7,60 266 160 106 16

8,00 283 170 113 17

8,40 299 180 119 18

8,80 316 190 126 19

9,20 333 200 133 20

9,60 349 210 139 21

10,00 366 220 146 22

10,40 383 230 153 23

10,80 399 240 159 24

470 Versão 01 [6 de agosto de 2012]


Manual Técnico

Tabela 116: Dimensionamento do ARS para edificações destinadas a Hospitais, Clínicas, Hotéis e Apart-
hotéis

ÁREA DO ABRIGO DE Nº DE UNIDADES (QUARTOS, APARTAMENTOS, LEITOS)


RESÍDOS SÓLIDOS 6 l/unidade 10 l/unidade 15 l/unidade 100 l/m2
11,20 416 250 166 25

11,60 433 260 173 26

12,00 449 270 179 27

12,40 466 280 186 28

12,80 483 290 193 29

13,20 499 300 199 30

13,60 516 310 206 31

14,00 533 320 213 32

14,40 549 330 219 33

14,80 566 340 226 34

15,20 583 350 233 35

15,60 599 360 239 36

16,00 616 370 246 37

16,40 633 380 253 38

16,80 649 390 259 39

17,20 666 400 266 40

17,60 683 410 273 41

18,00 699 420 279 42

2. Do Abrigo para Armazenamento de Resíduo Sólido de


Estabelecimentos geradores de Resíduos de Serviços de Saúde
(Norma Técnica SLU/PBH nº 001/2008)

A aprovação de projetos arquitetônicos e o licenciamento de localização e funcionamento de


estabelecimentos que prestam atendimento à saúde humana ou veterinária, bem como os serviços de
apoio à preservação da vida e inerentes à indústria e pesquisa na área da saúde, devem seguir as
exigências descritas no Inciso 2 desta Seção do Manual Técnico de edificações, nos termos da Portaria
127/08 e ficam condicionados a parecer favorável da SLU.

A aprovação de projetos de edificação e o licenciamento de localização e o funcionamento de


estabelecimentos geradores de rejeitos radioativos e de serviços de saúde ficam condicionados a parecer
favorável da Secretaria Municipal do Meio Ambiente - SMMA.

471 Versão 01 [6 de agosto de 2012]


Manual Técnico

Os estabelecimentos geradores de resíduos de serviços de saúde devem, além de elaborar e implantar


o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS, de acordo com a legislação
vigente, especialmente as normas de vigilância sanitária, devem dispor de sistema de armazenamento
externo de resíduos de serviços de saúde, de acordo com o tipo, características e volume dos resíduos e
capacidade de armazenamento compatível com a periodicidade de coleta, sendo que para os abrigos os
estabelecimentos devem observar a Tabela 117 a seguir.

Resíduos de serviços de saúde: aqueles resultantes de atividades exercidas nos serviços definidos na
resolução do CONAMA 358/05 que, por suas características, necessitam de processos diferenciados em
seu manejo, exigindo ou não tratamento prévio à sua disposição final.

Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS: documento baseado nos princípios de
não geração de resíduos e na minimização da geração de resíduos, que aponta e descreve as ações
relativas ao seu manejo, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento,
coleta, armazenamento, transporte, reciclagem, tratamento e disposição final, bem como a proteção à
saúde pública e ao meio ambiente.

Tabela 117:: Geração de resíduos por Grupo ( Litro/ perío


odo de coleta)

GRUPOS < ou igual a 100 litros > 100 litros

D Abrigo reduzido ou abrigo de Abrigo de armazenamento externo


armazenamento externo
E

A+E

Os resíduos de serviços de saúde, em função de suas características, são classificados de acordo com o
Anexo I da Resolução do CONAMA 358/05.

Em caráter excepcional e a critério da SLU, os estabelecimentos geradores de resíduos de serviços de


saúde poderão ser desobrigados da instalação de abrigo de armazenamento externo de resíduos de
serviços de saúde ou de abrigo reduzido, desde que:

I. todos os resíduos de serviços de saúde gerados no estabelecimento for até 100l/período de


coleta dos Grupos A, D e E, individualmente. Este critério também é válido no caso em que os
Grupos A + E forem armazenados conjuntamente e a soma da geração for menor ou igual a
100l/ período de coleta;

II. estejam devidamente acondicionados e identificados;

III. sejam armazenados em contenedores padronizados;

472 Versão 01 [6 de agosto de 2012]


Manual Técnico

IV. outros tipos e modelos de contenedores que forem necessários em função do sistema de coleta,
de transporte e de tratamento ou disposição final de resíduos de serviços de saúde, sujeitos à
inspeção e aprovação da SLU;

V. sejam guardados até o horário de coleta, em locais com características semelhantes às do


sistema de armazenamento externo de resíduo de serviço de saúde considerando os aspectos
construtivos e de localização, entre os quais: local dotado de cobertura, de fácil higienização e
de acesso impedido a pessoas estranhas ao serviço.

⇨ Os abrigos e equipamentos que compõem o sistema de armazenamento externo de resíduos de


serviços de saúde devem ser usados exclusivamente para os Grupos de resíduos ao que se
destinam.

⇨ No sistema de armazenamento de resíduos de serviços de saúde não será permitida a guarda de


resíduos que não estejam devidamente acondicionados, mesmo no caso de uso de contenedores
padronizados.

⇨ O sistema de armazenamento externo de resíduos de serviços de saúde não deve ser usado para a
guarda ou permanência de utensílios, materiais ou qualquer outro objeto.

2.1 Da Localização do Abrigo de Armazenamento Externo de Resíduos de Serviços


de Saúde

O sistema de armazenamento externo de resíduos em estabelecimentos geradores de resíduos de


serviços de saúde deve estar situado em locais:

I. desimpedidos e de fácil acesso para as coletas interna e externa;

II. de acesso impedido a pessoas estranhas ao serviço e o mais isolado possível de áreas de
circulação de população;

III. sem ligação direta com dependências de permanência prolongada, cozinha,despensa, hall,
vestíbulo, caixa de escada, poço de elevador, tomada de ar, excluídas as garagens, pátios
externos e entradas de serviço;

IV. ter localização tal que não abra diretamente para áreas de permanência prolongada de pessoas
estranha ao serviço e nem para a via pública.

473 Versão 01 [6 de agosto de 2012]


Manual Técnico

Para circulação de contenedores, desde o sistema de armazenamento externo até o veículo de coleta e
transporte externos, o acesso não deve apresentar degraus e, na existência de rampa, a declividade máxima
será de 6,25%. Para os estabelecimentos em funcionamento, quando esgotadas as possibilidades de
soluções que atendam a esta declividade, podem ser utilizadas declividades superiores, desde que não
ultrapasse a 12,5%. Neste caso, a SLU poderá solicitar Laudo de Segurança emitido por engenheiro de
segurança do trabalho.

2.2 Da Quantificação de Abrigos de Armazenamento Externo de Resíduos de


Serviços de Saúde

O número de abrigos e de contenedores que compõem o sistema de armazenamento externo por


estabelecimento deve ser definido em função dos tipos e características de resíduos gerados,
considerando a exigência de uso exclusivo e com acesso próprio e ainda a exigência de
armazenamento distinto para cada grupo de resíduos classificados como A, B, D e E e para os materiais
recicláveis.

⇨ Será exigido no mínimo 01 abrigo de armazenamento externo para cada grupo de resíduos,
classificados como A, D e E, separados, exclusivos e com acessos próprios.

⇨ Os contenedores, mesmo quando se tratar de resíduos de um mesmo grupo, devem ser definidos
considerando as características destes resíduos, local de tratamento e destinação final. Observado
este dispositivo, os resíduos do Grupo A e E podem ser armazenados no mesmo abrigo de
armazenamento externo.

⇨ Na adoção do Plano de Minimização de resíduos do Grupo D deve ser apresentado local apropriado
para o armazenamento de materiais recicláveis.

⇨ A critério da SLU, pode ser utilizada área interna ao abrigo de armazenamento dos resíduos do
Grupo D para o armazenamento de materiais recicláveis, desde que a proposta apresentada tenha
barreiras físicas para os tipos de resíduos/ materiais recicláveis e devidamente identificados.

Os resíduos químicos gerados devem ser identificados e armazenados em local apropriado e seguro,
conforme Resolução da ANVISA 306/04 e legislação específica de condições de segurança e proteção contra
incêndio.

2.3 Do Dimensionamento dos Abrigos de Armazenamento Externo de Resíduos


de Serviços de Saúde

O sistema de armazenamento externo de resíduos em estabelecimentos geradores de resíduos de


serviços de saúde deve ser dimensionado considerando o volume dos resíduos gerados, por período de

474 Versão 01 [6 de agosto de 2012]


Manual Técnico

coleta, por grupo, a classificação após tratamento prévio, quando for o caso, e ainda o número de
contenedores necessários ao acondicionamento dos resíduos gerados.

⇨ O dimensionamento do sistema de armazenamento externo deve ser apresentado com a projeção


dos contenedores necessários.

⇨ O dimensionamento deve atender ao armazenamento e à circulação dos diversos contenedores,


prevendo-se espaço suficiente para a fácil entrada e retirada completa dos mesmos.

⇨ A área mínima de cada abrigo do sistema de armazenamento externo será de 2,40 m², não sendo
computada nesta área, qualquer área do compartimento com dimensões inferiores a 1,20m.

Para geração de resíduos sólidos até 100 litros por período de coleta dos Grupos A, D e E ou A+ E, no caso
em que o estabelecimento gerador de resíduos de serviços de saúde optar pelo uso de abrigo reduzido, o
mesmo deve ter área compatível com a geração de resíduos, podendo a mesma ser inferior a 2,40 m² e, ter
dimensões inferiores a 1,20 m.

2.4 Das Especificações Construtivas dos Abrigos de Armazenamento Externo de


Resíduos de Serviços de Saúde

Os abrigos de armazenamento externo de resíduos em estabelecimentos geradores de resíduos de


serviços de saúde devem apresentar os seguintes aspectos construtivos:

I. ser construído de alvenaria, fechado e coberto;

II. ter pé direito mínimo de 2,20 m;

III. ter ventilação natural, através de aberturas diretas com o exterior, garagem, pátio ou outro local
ventilado, com tela, tipo mosquiteiro, com área mínima equivalente a 1/10 da área de piso do
abrigo;

⇨ Será permitida ventilação artificial,após análise e aprovação de projeto específico pela SLU.

⇨ Para o abrigo de resíduos do Grupo D, as portas tipo veneziana podem ser computadas como áreas
de ventilação. Neste caso, para o cálculo de ventilação deve ser considerado somente 50% da área
da porta.

IV. ter paredes e tetos com revestimento liso, resistente, lavável, impermeável e de cor clara;

V. ter piso resistente a choques e a produtos de ação agressiva, de cor clara, sem degraus,
impermeável, antiderrapante, lavável e que permita fácil limpeza e desinfecção;

VI. ter porta com altura mínima de 2,10 m e largura entre 0,80 m e 1,20 m, para a fácil passagem
dos contenedores;

475 Versão 01 [6 de agosto de 2012]


Manual Técnico

VII. ter porta com tranca e abertura para fora ou, opcionalmente, porta de correr, dotada de
proteção inferior contra acesso de vetores, ter proteção nas quinas vivas do portal com
cantoneiras, ter identificação com a simbologia em local visível, de acordo com a NBR – 7500 de
2005, da ABNT;

VIII. dispor de ponto de luz e interruptor para iluminação artificial interna e externa;

IX. ser dotado de ponto de água, preferencialmente quente sob pressão, piso com caimento em
direção ao ralo sifonado com tampa de vedação e ligado à rede coletora de esgoto;

X. ter espaço externo para operação e manobra dos caminhões coletores, quando a coleta for
realizada diretamente no abrigo;

XI. possuir área específica de higienização e limpeza dos contenedores. Esta área deve possuir
cobertura, dimensões compatíveis com o número de contenedores, piso e paredes lisas,
impermeáveis, laváveis, ser provida de iluminação e tomada elétrica, ponto de água, canaletas
de escoamento de águas servidas direcionadas para a rede de esgoto do estabelecimento e ralo
sifonado provido de tampa.

3. Dos Contenedores

É obrigatória a projeção de contenedores no Abrigo de Armazenamento de Resíduos Sólidos (ARS) para


estabelecimentos de saúde ou similar e para edificações de uso não residencial ou de uso misto cujo
volume de resíduos sólidos exceder o limite de 500 litros diários (Figura 219).

Figura 218: Armazenamento de resíduos sólidos com contenedores

Os contenedores padronizados devem ser mantidos em cada abrigo do sistema de armazenamento externo,
de forma ordenada, com tampa fechada e sem empilhamento de quaisquer objetos sobre os mesmos.

476 Versão 01 [6 de agosto de 2012]


Manual Técnico

O número de contenedores que compõem o sistema de armazenamento externo por estabelecimento


deve ser definido em função do volume de resíduos gerados, considerando a exigência de uso exclusivo
e com acesso próprio e ainda a exigência de armazenamento distinto para cada grupo de resíduos
classificados como A, B, D e E e para os materiais recicláveis.

Os contenedores devem ser dimensionados conforme Tabela a seguir:

Tabela 118:: Dimensionamento dos Contene


edores:

Volume Largura (cm) Profundidade (cm) Altura (cm)


48,96 57,15 92,09
120 litros
47,00 53,00 96,00

64,14 67,01 106,01

240 litros 58,00 71,50 112,50

57,50 71,00 107,00

360 litros 67,01 85,40 118,11

136,00 65,00 110,00


500 litros
136,00 65,00 114,00

136,00 77,00 118,00


660 litros
126,00 77,00 121,50

770 litros 136,00 77,00 133,00

136,00 108,00 132,00


1000 litros
137,00 111,80 129,50

4. Da Coleta Seletiva de Resíduos

Foi estabelecido o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação
de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva,
considerando os aspectos a seguir: (art. 1º, da Resolução CONAMA nº 275/01)

I. que a reciclagem de resíduos deve ser incentivada, facilitada e expandida em nossa cidade, para
reduzir o consumo de matérias –primas, recursos naturais não renováveis, energia e água,;

II. a necessidade de reduzir o crescente impacto ambiental associado à extração, geração,


beneficiamento, transporte, tratamento e destinação final de matérias- primas, provocando o
aumento de lixões e aterros sanitários;

III. que as campanhas de educação ambiental, providas de um sistema de identificação de fácil


visualização, sejam essenciais para efetivarem a coleta seletiva de resíduos, viabilizando a
reciclagem de materiais.

477 Versão 01 [6 de agosto de 2012]


Manual Técnico

Tabela 119:: Padrões de Corres para Coletores e Transportado


ores para Coleta Seletiva de Resíduos

Tipo de resíduos Cor de Coletores e


Transportado
ores
Papel/ Papelão AZUL
Plástico VERMELHO
Vidro VERDE
Metal AMARELO
Madeira PRETO
Resíduos Perigosos LARANJA
Resíduos Ambulatoriais BRANCO
Resíduos Radioativos ROXO
Resíduos Orgânicos MARROM
Resíduo Geral não reciclável ou misturado ou contaminado não passível de separação CINZA

Ocorrência de materiais recicláveis na massa de resíduos domiciliares de BH:

REGIÃO Componentes TOTAL

METAL PAPEL PLÁSTICO VIDRO

Barreiro 2,06 7,94 11,19 2,65 23,84

Centro 1,98 12,06 11,65 1,40 27,09

Leste 2,35 11,18 11,24 2,93 27,70

Nordeste 2,34 8,74 10,81 2,84 24,73

Noroeste 2,67 9,20 10,96 1,83 24,67

Norte 2,22 7,71 10,36 2,91 23,20

Oeste 2,19 9,35 11,08 3,10 25,73

Pampulha 2,39 10,59 10,05 2,74 25,77

Sul 1,86 12,97 11,03 5,34 31,20

Venda Nova 2,09 8,71 10,79 1,58 23,17

BH 2,29 9,52 10,88 2,63 23,32

Fonte: Caracterização dos Resíduos Sólidos de Belo Horizonte realizada em 2004 pela SLU

478 Versão 01 [6 de agosto de 2012]


Manual Técnico

Exemplos para edificações multifamiliares e estabelecimentos comerciais geradores de resíduos sólidos:

Exemplo 01: Cálculo da área interna do ARS para uma edificação de uso residencial multifamiliar
com área líquida igual a 2.589,70m², considerando coleta diária:

De acordo com a Tabela de “Coeficientes de geração de resíduo sólido”, o Coeficiente para


“Condomínio residencial, vertical ou horizontal” = 0,28 l/m²

Para determinar a área do ARS deve-se associar a área líquida da edificação com o coeficiente de
geração de resíduos sólidos na Tabela 115

Para o exemplo dado, como a área líquida da edificação é de 2.589,70m² e este valor não existe
na Tabela de “Dimensionamento do ARS para Edificações” na coluna referente ao coeficiente de
geração de resíduos sólidos igual a 0,28 l/m², adota-se a área líquida imediatamente superior
para determinar a área mínima do ARS.

Sendo assim, para uma edificação residencial multifamiliar com área líquida igual a 2.589,70m² o
ARS deverá ter uma área mínima interna igual a 4,40m².

Exemplo 02: Cálculo da área interna do ARS para uma edificação de uso misto, sendo a área
líquida residencial igual a 1.260,00m² e a área líquida não residencial (lojas) igual a 720,00m²,
com coleta alternada a cada dois dias:

No caso de edificações destinadas ao uso misto, estas devem dispor de dois abrigos externos de
armazenamento de resíduo sólido, com acessos próprios e exclusivos para cada uso, ou adotar
abrigo central para atender a ambos os usos, observando a exigência de acesso fácil para as
coletas interna e externa.

Coeficiente de geração de resíduos sólidos para “Condomínio residencial vertical” = 0,28 l/m²

Coeficiente de geração de resíduos sólidos para “Lojas” = 1,00 l/m²

Associando a área líquida de cada uso ao seu coeficiente de geração, temos:

Área Residencial: Área líquida (considerando coleta alternada)= 1.260,00m² x 2 =


2.520,00m²→ como não existe este valor na Tabela de “Dimensionamento do ARS para
Edificações”, na coluna referente ao coeficiente de geração de resíduos sólidos igual a 0,28 l/m²,
adota-se a área do ARS referente à área líquida de 2.857,14m² que é de 4,40m².

Área Não Residencial (lojas): Área líquida = 720,00m² x 2 = 1.440m²→ como se verifica não
existe este valor na Tabela de “Dimensionamento do ARS para Edificações” na coluna referente ao
coeficiente de geração de resíduos igual a 1,00 l/m². Aplicando-se o coeficiente de geração de
resíduos igual a 1,00l/m², tem-se a geração de 1.440,00l/dia de coleta. Neste caso, a geração
calculada é superior a 500 l/dia. Assim, a determinação da área do abrigo será em função da

479 Versão 01 [6 de agosto de 2012]


Manual Técnico

projeção do(s) contenedor(es) suficiente(s) ao armazenamento dos resíduos, prevendo-se espaço


suficiente para que estes possam ser movimentados livremente neste abrigo.

Exemplo 03: Cálculo da área interna de abrigo de resíduos, para uma edificação de uso não
residencial, do tipo edifício comercial, constituído de salas, com área líquida total de 3.500,00m²,
lojas com área total de 4.000,00m² e área de estacionamento com área total de 6.000,00m²,
sendo a coleta pública de resíduos realizada na modalidade alternada na região, no caso, a Leste
de Belo Horizonte:

Coeficiente de geração de resíduos sólidos para “Salas” = 0,30 l/m²

Coeficiente de geração de resíduos sólidos para “Lojas” = 1,00 l/m²

Coeficiente de geração de resíduos sólidos para “Área de estacionamento” = 0,05 l/m²

Associando a área líquida de cada uso ao seu coeficiente de geração, temos:

Geração de resíduos = (3.500,00m² x 0,30 l/m²) + (4.000,00m² x 1,00l/m²) + (6.000,00m² x


0,05l/m²) = 5.350l/dia.

Após o cálculo da geração diária total de resíduos (l/dia), aplica-se a fração devida à geração de
resíduos recicláveis, de acordo com a tabela de “Potencial de Reciclagem” da SLU. Para a região
Leste, a fração é de 27,70%.

Assim, tem-se:

5.350 l/dia x 0,2770 = 1.481,95 l/dia -> Resíduos recicláveis. Neste caso, a determinação do
sistema de armazenamento dos resíduos será em função do período de coleta que se pretende
adotar pelo empreendedor.

5.350 l/dia – 1481,95 l/dia = 3.868,05 l/dia -> Resíduos comuns do tipo domiciliar. Sendo a
coleta alternada, tem-se 3.868,05 l/dia x 2 = 7.736,10 l/dia de coleta. Neste caso, a geração
calculada é superior a 500 l/dia. Assim, a determinação da área do abrigo será em função da
projeção do(s) contenedor(es) suficiente(s) ao armazenamento dos resíduos, prevendo-se espaço
suficiente para que estes possam ser movimentados livremente neste abrigo.

Exemplos para estabelecimentos geradores de resíduos de serviços de saúde :

Exemplo 01: Cálculo da área interna do ARS para edificação prestadora de serviço de saúde -
hospital com internação (100 leitos), com restaurante com área útil de 120 m² e estacionamento
com área útil de 300m²:

De acordo com a Tabela de “Coeficientes de geração de resíduo sólido”, temos os seguintes


coeficientes de geração de resíduos sólidos:

480 Versão 01 [6 de agosto de 2012]


Manual Técnico

Hospitais com internação → 10,0 litros por leito

Restaurantes → 1,5 litros/m² da área útil

Estacionamento → 0,05 litros/m² da área útil

Teremos portanto:

Hospital: 100 leitos x 10 litros/leito = 1000 litros

Restaurante: 120m² x 1,5 litros/m² = 180 litros

Estacionamento: 300m² x 0,05 litros/m² = 15 litros

Para a área do hospital podemos considerar 40% da geração estimada como sendo de resíduos
infectantes e o restante (60%) como sendo de resíduos comuns. Ou seja:

1000 litros x 40% = 400 litros dos grupos A e E

1000 litros x 60% = 600 litros do grupo D

Teremos então a seguinte estimativa de geração:

Grupos A e E → 400 litros/dia

Grupo D = 600 + 180 (restaurante) + 15 (estacionamento) → 795 litros/dia

Para tal geração seriam indicados os seguintes equipamentos:

Grupos A e E: 2 contenedores de 240 litros cada( se a coleta for diária) ou

2 contenedores de 360 litros cada ( se a coleta for alternada) ou

3 contenedores de 1000 litros cada ( se a coleta for semanal)

Grupo D: 2 contenedores de 360 litros cada e 1 contenedor de 120 litros ( se a coleta for diária)
ou 1 contenedor de 1000 litros e 1 contenedor de 660 litros ( se a coleta for alternada)

Para estabelecimentos cuja geração de qualquer grupo de resíduos for superior a 100 litros/dia é
obrigatório o uso de abrigo de resíduos.

Para o dimensionamento desses abrigos deve-se projetar os contenedores dentro dos abrigos e o
acesso a estes deve ser livre de obstáculos bem como a movimentação dentro do abrigo.

Para o abrigo de resíduos dos grupos A e E na pior hipótese considerada acima deveriam ser
projetados no abrigo 3 contenedores de 1000 litros. Tais contenedores possuem dimensões de
1,36 x 1,08 m. Então teremos:

481 Versão 01 [6 de agosto de 2012]


Manual Técnico

3 x 1,36 = 4,08 m + 0,20 m (espaço entre contenedores) = 4,28 m

1,08 + 0,80 m (espaço para circulação) = 1,88

O abrigo deverá ter dimensões de 4,28 x 1,88 m

Para o abrigo de resíduos do grupo D na pior hipótese considerada acima deveriam ser
projetados no abrigo 1 contenedor de 1000 litros e 1 contenedor de 660 litros. Tais contenedores
possuem dimensões de 1,36 x 1,08 m e 1,36 x 0,77 m, respectivamente. Então teremos:

2 x 1,36 = 2,72 m + 0,20 m (espaço entre contenedores) = 2,92 m

1,08 + 0,77 + 0,80 m (espaço para circulação) = 2,65 m

O abrigo deverá ter dimensões de 2,92 x 2,65 m

Exemplo 02: Cálculo da área interna do ARS para edificação prestadora de serviço de saúde –
clínica médica sem internação com área líquida de 400 m²:

De acordo com a Tabela de “Coeficientes de geração de resíduo sólido”, temos o seguinte


coeficiente de geração de resíduos sólidos:

clínica médica sem internação → 0,5 litros/m² da área útil

Teremos portanto 400m² x 0,5 litros/m² = 200 litros

Podemos considerar 40% da geração estimada como sendo de resíduos infectantes e o restante
(60%) como sendo de resíduos comuns. Ou seja:

200 litros x 40% = 80 litros dos grupos A e E

200 litros x 60% = 120 litros do grupo D

Para tal geração seriam indicados os seguintes equipamentos:

Grupos A e E: -1 contenedor de 120 litros (se a coleta for diária) ou

- 1 contenedor de 240 litros (se a coleta for alternada) ou

- 1 contenedor de 500 litros (se a coleta for semanal)

Grupo D: 1 contenedor de 120 litros (se a coleta for diária) ou

1 contenedor de 240 litros (se a coleta for alternada)

Para estabelecimentos cuja geração de qualquer grupo de resíduos for superior a 100 litros/dia é
obrigatório o uso de abrigo de resíduos.

482 Versão 01 [6 de agosto de 2012]


Manual Técnico

Para este caso, como a geração de resíduos dos grupos A e E é inferior a 100 litros/dia, pode ser
utilizado para este grupo (em específico na hipótese de coleta diária), o abrigo reduzido. Este tipo
de abrigo deve ter área compatível com a geração de resíduos podendo a mesma ser inferior a
2,40m² e ter dimensões inferiores a 1,20m. No exemplo dado, como o contenedor de 120 litros
possui dimensões de 48,96 x 57,15cm, o abrigo pode ter dimensões de 80 x 80cm.

Para o abrigo de resíduos do grupo D na pior hipótese considerada acima deveria ser projetado
no abrigo 1 contenedor de 240 litros. Tal contenedor possui dimensões de 64,14 x 67,01cm.

Neste caso, como a geração do grupo em questão é superior a 100 litros/dia, não pode ser
construído abrigo reduzido. A única opção é o abrigo de área mínima de 2,40m² cujas dimensões
não podem ser inferiores a 1,20m.

Exemplo 03: Cálculo da área interna do ARS para edificação prestadora de serviço de saúde –
clínica veterinária com internação com área líquida de 125 m²:

De acordo com a Tabela de “Coeficientes de geração de resíduo sólido”, temos o seguinte


coeficiente de geração de resíduos sólidos:

clínica veterinária com internação → 0,4 litros/m² da área útil

Teremos portanto 125m² x 0,4 litros/m² = 50 litros

Podemos considerar 40% da geração estimada como sendo de resíduos infectantes e o restante
(60%) como sendo de resíduos comuns. Ou seja:50 litros x 40% = 20 litros dos grupos A e E

50 litros x 60% = 30 litros do grupo D

Para tal geração não é obrigatório o uso do abrigo externo. Há obrigatoriedade de uso de
contenedores tanto para os resíduos dos grupos A e E como para os resíduos do grupo D. Estes
devem ser projetados em locais de acordo com o estabelecido no item 4.2.1 da Norma Técnica
SLU/PBH nº 001/2008.

483 Versão 01 [6 de agosto de 2012]

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