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09/04/2021 DOM - Diário Oficial do Município |

Quarta-feira, 31 de Março de 2021 Ano:???ano.2021??? - Edição N.: 6237

Poder Executivo

AA-Secretaria Municipal de Política Urbana

PORTARIA CONJUNTA SMPU/SLU N° 001/2021, DE 03 DE MARÇO DE 2021

Estabelece critérios técnicos para construção do Sistema de Armazenamento Final de


Resíduos, conforme normativas da Superintendência de Limpeza Urbana - SLU, para aprovação de
projetos arquitetônicos pela Subsecretaria de Regulação Urbana - SUREG.

O Superintendente de Limpeza Urbana e a Secretária Municipal de Política Urbana, no uso


das suas atribuições, considerando o disposto na Lei n° 9.725, de 15 de julho de 2009, e na Lei nº
10.534, de 10 de setembro de 2012.

RESOLVEM:

Art. 1º - Esta Portaria define as normas técnicas para construção do Sistema de


Armazenamento Final de Resíduos Sólidos, visando ao licenciamento de projetos iniciais, de projetos
de modificação de edificação com mudança de uso ou acréscimo de área e à regularização de
edificação.

§ 1º - Os espaços com a função de depósito e manutenção de resíduos e as exigências


quanto à utilização de Abrigos de Resíduos Sólidos - ARS e suas características físico-construtivas
estão dispostas no Anexo.

§ 2º - A exigência de ARS e suas dimensões, para todos os tipos de edificações, serão


definidas tendo como base área de referência da edificação a ser considerada como aquela
resultante da divisão da área construída por 1,7 (um vírgula sete).

Art. 2° - O cumprimento dos critérios físico-construtivos estabelecidos no Anexo será


observado pela Subsecretaria de Regulação Urbana – Sureg, em expedientes necessários à
concessão de Alvará de Construção e Certidão de Baixa de Construção.

Art. 3º - As exigências físico-construtivas do Sistema de Armazenamento Final serão


consideradas cumpridas caso sejam atendidos os critérios estabelecidos no Anexo, devendo os
empreendimentos classificados como de impacto adequar o ARS ao uso e ao tipo de resíduo gerado,
quando solicitados pela SLU, por ocasião da aprovação do Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos, através de seu licenciamento específico.

Art. 4º - Os empreendimentos não residenciais deverão atender também às orientações


específicas constantes no Alvará de Localização e Funcionamento - ALF, quando de sua instalação e
operação, dentre elas:

I. dispor de local coberto para armazenamento de resíduos sólidos comuns recicláveis;

II. adotar práticas de redução da geração, de reciclagem, ou de contratação de serviço de


coleta com maior frequência, de modo que a área disponível para armazenamento seja compatível
com o volume de resíduos a ser armazenado.

Art. 5° - Os estabelecimentos sujeitos à apresentação do Plano de Gerenciamento de


Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS deverão cumprir as determinações e os critérios definidos
na legislação específica, bem como na Portaria SLU nº 022, de 11 de fevereiro de 2020 – Norma
Técnica SLU/PBH nº 01/2020, quando de sua instalação e operação.

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Art. 6° - O cumprimento do disposto nos art. 4° e 5° será fiscalizado pela Subsecretaria


Municipal de Fiscalização – Sufis e monitorado pela Superintendência de Limpeza Urbana – SLU.

Parágrafo único - Constatada qualquer inadequação relativa aos aspectos físico-construtivos, de


localização, ou o não cumprimento do apresentado pelo estabelecimento no Plano de Gerenciamento
de Resíduos de Sólidos Especiais - PGRSE ou no PGRSS, ficam o proprietário ou responsável legal
obrigados a providenciar as devidas adequações, estando sujeitos às sanções previstas na Lei n°.
10.534, de 2012.

Art. 7º - As disposições contidas no PGRSE ou PGRSS apresentadas pelos


estabelecimentos, a serem aprovadas pela SLU, poderão ser acrescidas de exigências
complementares que modifiquem, inclusive, os aspectos físico-construtivos do Sistema de
Armazenamento Final.

Art. 8° - A disposição de resíduos no logradouro público para coleta deve obedecer aos dias
e horários estabelecidos pela SLU, independentemente da forma de armazenamento de resíduos
adotada nas edificações.

Art. 9º – As edificações licenciadas para as quais haja necessidade de submissão à


aprovação de as built para a obtenção de Certidão de Baixa de Construção deverão observar as
regras relativas à sua aprovação, no caso das condições desta Portaria imporem situações mais
restritivas.

Art. 10 - As situações não previstas nesta Portaria deverão ser submetidas à análise da SLU
por meio de convocação via interface feita pela Sureg.

Art. 11 - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação e revoga a Portaria Conjunta
SMPU/SLU N° 003/2018.

Belo Horizonte, 03 de março de 2021

Genedempsey Bicalho Cruz

Superintendente da SLU

Maria Fernandes Caldas

Secretária Municipal de Política Urbana

ANEXO

NORMA TÉCNICA CONJUNTA SLU/SMPU Nº 01/2021

DAS CONDIÇÕES PARA ARMAZENAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

1. O Sistema de Armazenamento Final é o conjunto de abrigos, locais e/ou equipamentos utilizados


para o armazenamento final dos resíduos gerados no imóvel, antes da etapa da coleta externa,
considerando o tipo, as características, o volume dos resíduos e a exigência de armazenamento
distinto para cada tipo de resíduo.

2. O Abrigo de Resíduos Sólidos - ARS é o cômodo utilizado para guarda de resíduos sólidos, em
sacos plásticos e em contenedores, previamente à realização da coleta externa;

3. Os aspectos físico-construtivos do Sistema de Armazenamento Final de resíduos devem atender o


disposto nesta norma, com vistas ao licenciamento de projetos iniciais, de projetos de modificação de
edificação com mudança de uso ou acréscimo de área e à regularização de edificação.

3.1 No caso de licenciamento de projetos de modificação com acréscimo de área, caberá à Sureg a
exigência da obrigatoriedade da alteração do ARS a partir da avaliação das interferências da
modificação em licenciamento na geração de resíduos.

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4. O ARS deve possuir os seguintes aspectos físico-construtivos:

I. área mínima internamente às paredes, para cada categoria de uso, de acordo com o estabelecido
no QUADRO Dimensionamento dos Abrigos de Resíduos Sólidos - ARS, contido no item 10;

II. dimensões lineares com no mínimo 1,20m (um metro e vinte centímetros);

III. abertura para iluminação e ventilação com área correspondente a no mínimo 10% (dez por cento)
da área do piso do abrigo, e guarnecida de tela tipo mosquiteiro;

IV. vão de acesso de largura mínima de 0,80m (oitenta centímetros), com porta de abertura para fora
ou de correr, a qual não pode ter raio de giro ou equipamento sobre o logradouro público ou sobre o
afastamento frontal de vias arteriais considerado prolongamento de passeio. Adotar vãos de 1,20m
quando houver opção do usuário da edificação pelo uso de contenedores de capacidades
volumétricas maiores de 500 (quinhentos) litros;

V. indicação de piso e paredes em alvenaria, e revestimento em cerâmica na cor branca;

VI. teto rebocado, emassado e pintado com tinta lavável e de cor branca, ou rebaixado com material
resistente à lavagem e higienização;

VII. ralo sifonado com tampa de vedação e ligado à rede coletora de esgoto;

VIII. ponto de luz e de água internos;

IX. pé direito mínimo de 2,20m (dois metros e vinte centímetros), livre de qualquer obstáculo, exceto
elementos estruturais.

5. Os ARS devem possuir os seguintes aspectos de localização:

I. ser desimpedido e de fácil acesso para as coletas interna e externa, dando-se preferência para
local próximo à área de guarda de material de limpeza ou expurgo;

II. estar localizado de forma a proporcionar a deposição, o manuseio e o translado do resíduo sem
dependência do logradouro público ou do afastamento frontal de vias arteriais considerado
prolongamento de passeio;

III. não possuir ligação direta com compartimentos de permanência prolongada, nos termos da Lei
9.725, de 2009;

IV. não possuir ligação direta com cozinha, despensa, hall, vestíbulo, caixa de escada e fosso de
iluminação e ventilação;

V. Ter acesso por circulação de largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) e inclinação
de rampa máxima de 8,33% (oito e trinta e três por cento) com patamar intermediário a cada 0,80m
(oitenta centímetros) de desnível.

6. As categorias de uso constantes no QUADRO Dimensionamento dos Abrigos de Resíduos Sólidos


- ARS, contido no item 10, para as quais o ARS seja obrigatório, devem utilizar contenedores para
armazenamento dos resíduos, de acordo com sua geração.

7. Os ARS e contenedores são dispensados em residências unifamiliares e em conjuntos


residenciais multifamiliares horizontais, sem área de uso comum, cujas unidades tenham acesso
direto ao logradouro público.

7.1. Nas situações descritas neste item, cada unidade geradora deve dispor seus resíduos para
coleta em área externa, no passeio em frente ao endereço, ou em local predeterminado pela SLU.

8. Nas edificações residenciais com área de referência igual ou inferior a 2.000,00m² (dois mil metros
quadrados) e nos empreendimentos habitacionais de interesse social - HIS que se enquadrem na
Política Municipal de Habitação, é facultada a substituição do ARS por previsão de espaço reservado
para a colocação de contenedor ou de contenedores em área coberta e de fácil higienização,
próximo a ponto de água e ralo sifonado provido de tampa que permita a sua vedação.

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8.1 O espaço reservado para colocação de contenedor ou de contenedores na situação disposta


deve ser sinalizado no projeto arquitetônico, devendo observar as seguintes características:

I. dimensão linear mínima de 0,90m (noventa centímetros);

II. área mínima de 1,80m² (um metro e oitenta centímetros quadrados);

III. pé direito mínimo de 1,80m (um metro e oitenta centímetros).

IV. a retirada dos resíduos para coleta deve ser feita preferencialmente por saídas diferentes de
modo a evitar acúmulo de mais de 0,5t (zero vírgula cinco tonelada) de resíduos no logradouro.

9. Quadro de Dimensionamento dos Abrigos de Resíduos Sólidos

QUADRO

Dimensionamento dos Abrigos de Resíduos Sólidos - ARS

Área de
referência da Área mínima do ARS
Categoria de Uso edificação
(área interna)
(m²)

Uso Residencial
Multifamiliar
≤2.000,00 2,40m² *(1)

3,60m² para os primeiros 2.000,00m² de área de


referência, com acréscimo de 3,60m² para cada
>2.000,00
1.000,00m² de área de referência adicional da
edificação

Uso não residencial,


exceto

atividade de saúde ≤50,00 isento

com internação

>50,00 e ≤ 2,40m²
400,00

> 400,00 e ≤ 3,60m²


1.000,00

4,50m² para os primeiros 1.000,00m² de área de


> 1.000,00 referência, com acréscimo de 2,40m² para cada
1.000,00m² de área de referência adicional da
edificação

Uso não residencial, com


exercício de atividade de ≤ 1.000,00 5,00m², sendo divididos em dois compartimentos
saúde com internação.

5,00m² para os primeiros 1.000,00m² de área de


referência, com acréscimo de 6,00m² para cada
> 1.000,00
1.000,00m² de área de referência adicional da
edificação *(2)

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*(1) Facultada a substituição do ARS por previsão de espaço com a função de depósito e
manutenção de resíduos reservado para a colocação de contenedor ou contenedores em área
coberta e de fácil higienização, conforme item 8 do Anexo.

*(2) ARS sujeitos à análise da SLU, mediante interface Sureg com o objetivo de avaliar a
conformidade com o PGRSS aprovado previamente pela SLU e apresentado junto ao protocolo de
licenciamento de projeto arquitetônico. Caso sejam identificadas situações diferentes do PGRSS
aprovado, a SLU poderá deliberar por valores e aspectos físico-construtivos diferentes.

OBSERVAÇÕES:

a) Regra para valores numéricos fracionários, a ser aplicado ao cálculo da área de referência
adicional da edificação:

1- Para valores numéricos fracionários no intervalo de 1.000,00m² a 1.500,00m², inclusive, aplica-se


o arredondamento para 1.000,00m².

2- Para o intervalo de 1.500,00m² a 2.000,00 m², inclusive, aplica-se o arredondamento para


2.000,00m².

b) As edificações de uso misto, devem dispor de sistemas de armazenamento final distintos, com
acessos próprios e exclusivos para cada uso, ou adotar abrigo de armazenamento central para
atender a ambos os usos, observando a exigência de acesso fácil para as coletas interna e externa.

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