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DECRETO Nº 79, 16 DE JUNHO DE 2015.

DISPÕE SOBRE A APRESENTAÇÃO E COLETA DO LIXO DO


MUNICÍPIO DE CAMPO LARGO - PR, CONFORME
ESPECIFICA

O PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO LARGO, ESTADO DO PARANÁ, NO USO DE SUAS ATRIBUIÇÕES QUE LHE
SÃO CONFERIDAS POR LEI E TENDO EM VISTA O CONTIDO NO CÓDIGO DE OBRAS - LEI MUNICIPAL
1815/2005 - CAPÍTULO V E SEÇÃO IV, E PROPOSIÇÃO DO CONDUMA, PARA REGULAMENTAR A FORMA DE
APRESENTAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS PARA A COLETA E TORNA OBRIGATÓRIA A CONSTRUÇÃO DE
ÁREAS RESERVADAS À COLETA DE LIXO, NOS CASOS QUE ESPECIFICA, NO MUNICÍPIO DE CAMPO LARGO,
DECRETA:

Art. 1º Para efeito do disposto neste Decreto Municipal considerar-se-á:

I - Lixo reciclável seco: os resíduos compostos de vidro, papel e papelão, metal e plástico;

II - Lixo orgânico: restos de cozinha como cascas de frutas e verduras, restos de alimentos, borra de
café, erva-mate, pó de limpeza caseira, cinza, e outros similares;

III - Rejeitos: os resíduos sanitários como papel higiênico, guardanapos de papel, lenços de papel,
absorventes, tocos de cigarros, e outros similares.

Art. 2º Fica estabelecido que as edificações das diferentes espécies de usos e atividades deverão dispor
de local específico para apresentação do lixo à coleta, devendo situar-se junto ao alinhamento do muro
frontal, em local visível, na parte interna da propriedade, de modo a não obstruir o passeio público e
facilitar o serviço de coleta de resíduos sólidos.

§ 1º Os projetos de construção que forem protocolados após a data da publicação deste Decreto Lei,
exigir-se-á o disposto no "caput" deste artigo.

§ 2º O munícipe terá prazo de 90 (noventa) dias a partir da data da publicação deste Decreto para
adaptar-se à determinação do "caput" deste artigo, devendo neste mesmo prazo retirar as atuais lixeiras
sob pena de seu recolhimento ser realizado pelo órgão municipal competente.

§ 3º A liberação do habite-se das construções que se refere o § 1º deste artigo fica condicionada ao
cumprimento do presente Decreto.

§ 4º O lixo deverá estar obrigatoriamente acondicionado em embalagem plástica, devidamente


fechada, e no caso de cacos de vidro e objetos pontiagudos e cortantes estarem bem embrulhados
visando evitar acidentes.
§ 5º É obrigatória a manutenção, pelo proprietário ou possuidor a qualquer título do imóvel, da
limpeza e conservação dos locais para apresentação do lixo.

§ 6º Não havendo a possibilidade técnica da construção da lixeira na parte interna do imóvel, a


mesma poderá ser móvel, sendo recolhida após o período de coleta, e deverá estar junto ao alinhamento
predial;

Art. 3º Os depósitos de lixo para fins residenciais deverão ter dimensão adequada à produção da
edificação, cujo cálculo, em metros cúbicos, obedecerá em média a seguinte fórmula única:
_______________
| V= PX (2,20) |
| ------------- |
| 130 |
|_______________|

Onde: V= Volume útil do depósito (m³)


P = População usuária da edificação

§ 1º Para fins residenciais, será considerada a população média adotada por unidade residencial,
definida pelo último Censo do IBGE para a região Sul do Brasil.

Art. 4º Para fins comerciais e industriais, o depósito de resíduos deverá ser dimensionado de forma a
atender o volume gerado e disposto à coleta pública municipal, considerando o volume máximo
permitido de 600L/semanal/unidade geradora.

§ 1º Estabelecimentos que gerem acima de 600L/semana são enquadrados como grandes geradores
de resíduos e deverão atender aos critérios estabelecidos pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Art. 5º Fica estabelecida a obrigatoriedade da construção de área reservada para fins de coleta seletiva
de lixo nos prédios residenciais, comerciais, condomínios fechados e residências transversais ao
alinhamentos predial.

Parágrafo Único - As áreas reservadas e destinadas à coleta seletiva do lixo, de que trata esta lei,
deverão ser protegidas da chuva e divididas, ou conter recipientes específicos com tampa, para depósito
de lixo orgânico, rejeito e lixo reciclável.

Art. 6º Qualquer edificação sejam, habitacionais ou comerciais, com mais de 03 (três) unidades, já
construídas ou com alvará de construção aprovado, deverão cumprir a exigência do art. 3º e/ou 4º desta
lei, no momento em que necessitarem de alvará para qualquer tipo de reforma ou ampliação.

§ 1º Não havendo a possibilidade técnica da construção de área reservada à coleta seletiva de lixo, a
empresa ou proprietário que solicitou o alvará, deverá justificar tecnicamente a impossibilidade, sendo a
justificativa analisada pela equipe técnica das Secretarias Municipais de Desenvolvimento Urbano e de
Meio Ambiente, que procederão a vistoria e poderão autorizar a dispensa.

§ 2º Poderá ser autorizado pelo Executivo Municipal a colocação dos contentores na calçada pública,
no caso das edificações tombadas pelo patrimônio histórico e daquelas cuja construção deu-se antes da
aprovação deste Decreto referenciados no "caput" deste artigo, desde que não haja possibilidade técnica
de atendimento do disposto nesta Lei, e desde que não obstrua a passagem, deixando livre, no mínimo,
2/3 ou 1,20 metros (o que for maior) da calçada para circulação de pedestres, conforme NBR 9050/04.

§ 3º Quanto da apresentação do projeto das edificações junto ao órgão público municipal, para fins
de análise e emissão do Alvará de Construção, o responsável técnico pela construção de qualquer tipo de
edificação deverá necessariamente apresentar o projeto da lixeira e/ou da área de depósito de resíduos.
Art. 7ºNos logradouros de difícil acesso, a coleta regular domiciliar será tratada em conjunto com a
comunidade para definir o local de apresentação do lixo à coleta, contendo orientação sobre os dias,
frequência e horários das mesmas.

Art. 8º No calçadão da Rua XV de Novembro, a coleta regular deverá seguir as normas e horários
estabelecidos pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Art. 9º As pessoas físicas e jurídicas, de direito público ou privado, que infringirem qualquer dispositivo
deste Decreto, seus regulamentos e demais normas dela decorrentes, ficam sujeitas às seguintes sanções,
independente da obrigação de cessar a transgressão, sendo:

I - notificação por escrito;

II - multa simples;

Art. 10Para imposição da sanção da multa a autoridade ambiental observará a existência das seguintes
infrações:

I - Falta de lixeira;

II - Localização inadequada da lixeira;

III - Lixeira com defeitos;

IV - Mau dimensionamento da lixeira;

Art. 11 Para efeito de aplicação das sanções, as infrações são classificadas como leves, graves ou
gravíssimas, de acordo com a quantidade de unidades residenciais e/ou comerciais existentes na
edificação.

I - LEVES - unidades individuais

II - GRAVES - até 10 unidades

III - GRAVÍSSIMAS - acima de 10 unidades

Art. 12Os valores das multas serão expressos em moeda corrente nacional, e para cada tipo de infração,
corresponderá:

I - até R$ 500,00 (quinhentos reais), para as leves;

II - de R$ 501,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00 (três mil reais), para as graves;

III - R$ 3.001,00 (três mil e um reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), para as gravíssimas.

§ 1º A atualização monetária das multas dar-se-á com base na variação do Índice de Preços ao
Consumidor Amplo - IPCA, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, ou outro que
venha ser instituído pelo Governo Federal.

§ 2º Em casos de reincidência, a multa terá seu valor duplicado.

§ 3º Será considerado como reincidência a prática da infração cometida pelo mesmo agente infrator,
no mesmo endereço, quando houver decisão administrativa irrecorrível em processo administrativo
anterior, e a nova infração tenha sido cometida no período de três anos.

Art. 13 O autuado terá direito a ampla defesa, em processo administrativo, conforme regulamentações
específicas, num prazo máximo de 30 (trinta) dias a partir do recebimento do auto de infração,
endereçado ao Secretário Municipal do Meio Ambiente.

Art. 14No caso de decisão condenatória, o autuado terá direito a recorrer da decisão, em forma de
processo administrativo, num prazo máximo de 30 (trinta) dias, contado a partir da ciência da
condenação, encaminhado ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente -
CONDUMA.

Art. 15 Exauridos os recursos administrativos, o infrator terá prazo de 10 (dez) dias para efetuar o
recolhimento do valor da multa, sob pena da inscrição em dívida ativa.

Art. 16 As multas serão recolhidas, ao Fundo Municipal de Meio Ambiente.

Art. 17 As sanções previstas nesta lei podem ter sua exigibilidade suspensa quando o infrator, por termo
de compromisso aprovado pela autoridade ambiental competente, obrigar-se a adoção imediata de
medidas específicas para alteração da situação da lixeira, com prazo pré estabelecido para a adequação
ao disposto neste Decreto.

Parágrafo Único - Cumpridas integralmente as obrigações assumidas pelo infrator, a multa pode ter
uma redução de até 60% (sessenta por cento) do valor original.

Art. 18 Na aplicação das normas estabelecidas por esta lei, compete à Secretaria Municipal do Meio
Ambiente:

I - Estabelecer o plano municipal de gerenciamento integrado de resíduos, e exercer o poder de


controle e fiscalização dos geradores de resíduos;

II - Aplicar as sanções previstas na legislação vigente;

III - Organizar programas de educação e sensibilização.

IV - Estabelecer o princípio do poluidor-pagador, indicando taxa diferenciada de coleta de lixo, quando


houver comprovação pela empresa de coleta, que se trata de grande gerador de resíduo.

Edifício da Prefeitura de Campo Largo, em 16 de junho de 2015.

AFFONSO PORTUGUAL GUIMARÃES


Prefeito Municipal
Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial do Município.

Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 17/06/2015

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