Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TERMO DE REFERÊNCIA
1. INTRODUÇÃO
As cortinas arbóreas são estruturas de controle ambiental compostas por barreira vegetal
consolidada, com o objetivo de minimizar o impacto paisagístico e conter a dispersão de
particulados para fora da Área Diretamente Afetada – ADA – pelas Unidades Produtivas de Carvão
– UPCs.
Devem ser dispostas em direção perpendicular aos ventos dominantes, modificando o seu fluxo,
curso e velocidade, de forma a proteger determinadas áreas dos efeitos dos ventos. São formadas
por indivíduos de duas ou mais espécies arbóreas e arbustivas, distribuídos em linhas paralelas,
de forma que as plantas de uma linha não fiquem alinhadas com as plantas da linha adjacente,
formando barreiras de isolamento (Carneiro, et. al., 2009).
Sendo, muitas vezes, utilizadas com o propósito de promover o isolamento de áreas específicas e
amenizar impactos visuais através da beleza paisagística, as cortinas arbóreas também reduzem a
erosão eólica, têm reflexos positivos na produtividade agrícola, principalmente, pela redução dos
prejuízos causados pelos ventos e menor incidência de doenças (Leal, 1986; Resende & Resende
Júnior, 2011), protegem construções e instalações rurais, e podem funcionar, também, como
elemento de conectividade na paisagem e em fonte de renda adicional pelos seus usos
madeireiros e não madeireiros. As cortinas arbóreas também desempenham funções vitais para a
saúde humana: redução de poluentes dispersos no ar, de poluição sonora e de percepção de
ruídos e odores característicos do processo de carbonização no entorno, bem como redução da
amplitude térmica (Carvalho, 2013).
A cortina arbórea deverá ser implantada nos casos de UPCs fixas e que não estejam situadas no
interior de áreas florestais. Para aquelas UPCs fixas, cujos limites confrontem com plantios
florestais, a linha de plantio mais próxima à unidade (limítrofe) deverá ser adensada com espécies
arbustivas de forma a promover maior fechamento da área em todo o perímetro da UPC,
cumprindo, consequentemente, seu papel como cortina arbórea.
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Instituto Estadual de Florestas
Este Termo de Referência tem por objetivo orientar a elaboração de Projeto Técnico de cortina
arbórea nas UPCs, de forma compatível com as obras de infraestruturas presentes e sem
comprometer os usos futuros planejados, considerando os aspectos técnicos de quebra-ventos,
minimização da percepção de odores característicos dos processos de carbonização, retenção de
particulados em suspensão e caráter estético, em conformidade com a legislação vigente.
Conforme a Lei Federal nº 10.650, de 16 de abril de 2003, o órgão ambiental permitirá acesso
público aos documentos, expedientes e processos administrativos que tratem do licenciamento
ambiental e fornecerá as informações que estejam sob sua guarda, em meio escrito, visual,
sonoro ou eletrônico, assegurado o sigilo comercial, industrial, financeiro ou qualquer outro sigilo
protegido por lei. Portanto, caso seja necessário resguardar o sigilo de alguma informação do
Projeto Técnico apresentado, o empreendedor deve se manifestar de forma expressa e
fundamentada, apresentando as informações sigilosas em separado, para especial arquivamento
2. INFORMAÇÕES GERAIS
2.2.2 Cargo/Função;
2.2.3 Telefone de contato e e-mail.
2.5 UPC:
2.5.1 Descrição sucinta do processo de produção de carvão utilizado na UPC, considerando,
também, qual a área (em ha ou m²) abrangida pela referida Unidade na qual será
implantada a cortina arbórea;
2.5.2 Planta topográfica georreferenciada, preferencialmente planialtimétrica,
considerando a especificação técnica estabelecida na Resolução Conjunta
SEMAD/FEAM/IEF/IGAM nº 2.684, 03 de setembro de 2018. Também deverão ser
entregues em um CD, à exceção de UPC´s itinerantes, o polígono da UPC e delimitação da
cortina arbórea, nos formatos e especificações definidas na resolução supracitada.
3.4. Implantação
Para a implantação da cortina arbórea, deverão ser realizadas as ações elencadas a seguir,
devendo ser descritas, para cada uma, a metodologia utilizada, equipamentos, periodicidade,
material e/ou insumos necessários, com respectivo quantitativo e demais informações
pertinentes:
3.6 Replantio
Descrever as ações de replantio planejadas para a obtenção de barreiras de permeabilidade
homogêneas e sem falhas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARNEIRO, C., SCHEER M. B., CUNHA F., ANDREOLI C. V. Manual técnico para implantação de
cortinas verdes e outros padrões vegetais em Estações de Tratamento de Esgoto. Curitiba:
Sanepar, 2009. Disponível em http://site.sanepar.com.br/sites/site.sanepar.com.br/files
/informacoes-tecnicas/mps-versao-2017/modulo_12.10_cortina_verde.pdf. Acessado em: 18 de
dezembro de 2018.
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Instituto Estadual de Florestas
RESENDE, S. A. A. & RESENDE JÚNIOR, J. C. DE. Interferência dos ventos no cultivo de plantas:
efeitos prejudiciais e práticas preventivas. Goiânia: Enciclopédia Biosfera, 2011. vol. 7. n. 12.