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Projeto de

Recuperação
Florestal
(Proposta de restauração ambiental)
Projeto de Recuperação Florestal
(Proposta de compensação ambiental)
Município: AMERICANA
Maio de 2022

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INTRODUÇÃO

O presente Projeto de Restauração Florestal tem por objetivo promover


a compensação ambiental pela intervenção em APP decorrentes da
implantação de residencial unifamiliar situado à Rua Achiles Zanaga Camargo
Neves, n°2300, no Bairro Fazenda Santa Lucia – Americana - SP.

O local onde a intervenção foi ocasionada não possui um Termo de


Compromisso de Recuperação Ambiental Municipal – termo de compromisso,
assinado entre as partes interessadas, portanto o presente projeto visa atender
a proposta de mitigação do efeito causado pelo crescimento de residências
unifamiliar sobre a área de preservação permanente.

A restauração florestal também irá englobar o conceito de eco


paisagismo, utilizando-se de espécies nativas florestais com potencial
ornamental para constituição do paisagismo local aliado às funções ambientais
inerentes à cobertura vegetal de matas ciliares.

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Sumário

1. INFORMAÇÕES GERAIS ......................................................................... 5

1.1 Responsável Legal ............................................................................... 5

1.2 Responsável técnico ............................................................................ 5

1.3 Dados da Obra/Serviço ........................................................................ 5

2. CRITÉRIOS TÉCNICOS ............................................................................ 6

2.1. Metodologia e Legislação ..................................................................... 6

2.2. Quantificação e Qualificação das mudas ............................................. 8

3. LEGISLAÇÃO ............................................................................................133

4. PROPOSTA DE COMPENSAÇÃO ............................................................177

4.1. Área .....................................................................................................177

5. IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇÃO ...........................................................199

5.1. Fatores de pertubação identificados e proposta de controle e mitigação

.................................................................................................................... 19

5.1.1. Presença de gramíneas exóticas ................................................... 20

5.1.2. Acesso à área e limpeza do local ..................................................211

5.1.3. Supressão de Espécies Exóticas e Gramíneas .............................233

5.1.4. Processos erosivos e assoreamento de corpos d’água .................266

5.1.5. Orientações para plantio e tratos culturais ....................................266

5.1.6. Orientações para manutenção do plantio ....................................... 30

5.1.7. Cronograma ................................................................................... 31

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................355

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7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS ............................................................366

8. ANEXOS (Protocolo, ART, Boleto, Comprovante de pagamento, Planta de

restauração). ..................................................................................................377

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1. INFORMAÇÕES GERAIS

1.1 Responsável Legal

Nome Adilson Pinto de Camargo

C.P.F 192.133.388-05

R.G 27183417 SSP/SP

Cadastro 30.0750.0010.0000

Endereço Rua Achiles Zanaga Camargo Neves, n°2300,


Bairro Fazenda Santa Lucia, CEP: 13.476-212
Americana – SP.

Telefone/E-mail (19) 9.9212-3622; camargo.ap@gmail.com

1.2 Responsável técnico

Nome Lucas Morais Guastali

Formação Engenheiro Ambiental

CREA n° CREA-SP 5070874161


CREA-NAC. 2620146470
Endereço Rua Avaré, n°870 CA 03, Bairro Parque Novo Mundo
CEP:13.467-560, Americana – SP.

Telefone/E-mail (19) 9.9225-5011; lucasmguastali@gmial.com

CCM n°114876

1.3 Dados da Obra/Serviço

Assunto Projeto de recuperação florestal das áreas de preservação


Permanente das nascentes do córrego Tancredi.
Protocolo n°29.406/2020

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Endereço Rua Achiles Zanaga Camargo Neves, n°2300,

Bairro Fazenda Santa Lucia, Americana – SP.

ART n° 28027230220782828

Coordenadas Latitude: 22°44'14.18"S

Longitude: 47°15'59.77”W

2. CRITÉRIOS TÉCNICOS

2.1. Metodologia e Legislação


O presente Projeto está baseado nos parâmetros estabelecidos pela
Resolução SMA nº 32/2014, para tanto, serão utilizados os seguintes métodos
de restauração florestal:

• Restauração Florestal com plantio de 2200 mudas de espécies


nativas no espaçamento de 3 x 2 m, definindo uma densidade de
1.600 pl./ha (planta por hectare). Os plantios neste espaçamento
serão denominados como método de Reflorestamento e serão
implantadas nas áreas com fitofisionomia de
gramíneas/vegetação secundária em estágio pioneiro de
regeneração/ árvores isoladas/ solo exposto, prioritariamente em
APP;

Os padrões descritos abaixo serão utilizados.

✓ Diversidade mínima de 5% espécies nativas regionais,


enquadradas em algumas das categorias de ameças (vulneravel,
em perigo, criticamente em perigo, ou presumivelmente extinta);
✓ Utilização de no mínimo de 40% de espécies zoocóricas;
✓ Quantidade mínima de 40% de indivíduos de espécies pioneiras
(para promover o recobrimento do local e dar início ao processo
de sucessão ecológica);
✓ Quantidade mínima de 40% de indivíduos de espécies não
pioneiras (para garantir a biodiversidade adequada);
✓ Para fins de classificação, entende-se como espécies pioneiras as
pertencentes aos grupos de espécies pioneiras e secundárias

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iniciais, e espécies não pioneiras as pertencentes aos grupos de
espécies secundárias tardias e climácicas.

Tabela 1: Características das espécies nativas de acordo com os respectivos


grupos sucessionais. (Fonte: Adaptado de Barbosa et al., 2000).

• Ao final do processo de restauração (findado o tempo de manutenção


proposto), poderá ocorrer a substituição de espécies pioneiras por
espécies não pioneiras, nos locais onde se detectar falhas no plantio,
por forma a promover o incremento da biodiversidade local.
• Os plantios de Reflorestamento serão efetuados em linhas de plantio
com espaçamento de 2 m entre as linhas e 3 m entre indivíduos de uma

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mesma linha para facilitar a manutenção. A figura a seguir ilustra a
disposição das linhas de plantio.

Figura 1: Desenho esquemático da distribuição das mudas no tratamento de


Reflorestamento, considerando-se um espaçamento de 3 x 2m e o plantio em
linhas alternando espécies pioneiras e não pioneiras.

2.2. Quantificação e Qualificação das mudas


Procurou-se indicar as espécies mais comumente encontradas no
mercado. Porém, caso haja a necessidade de substituição de alguma das
espécies indicadas, a mesma será feita com base em lista de espécies
apresentada pela Resolução SMA nº 08/2008, referente à listagem completa
das espécies pioneiras e não pioneiras de Floresta Estacional Semidecidual e
Mata Ciliar da Região Ecológica Central do Estado de São Paulo, onde o
município de Americana se encontra.

Deu-se preferência também as espécies zoocóricas, o que permite uma


maior atração da fauna silvestre ao local, principalmente a avifauna. Além
disso, as espécies escolhidas possuem algum tipo de atributo ornamental, o
que permite a integração do Projeto de Restauração ao paisagismo local.

Considerando a necessidade de plantio de 2200 mudas, conforme


calculado no projeto a serem plantadas na área de mata ciliar da nascente e
córrego, situado à Rua Achiles Zanaga Camargo Neves, n°2300 (Gleba), Bairro
Fazenda Santa Lúcia, na Bacia Hidrográfica da Praia Azul.

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Reflorestamento
O plantio de reflorestamento será executado no espaçamento de 3 x 2 m
(densidade de 1.600 indivíduos/ha), em área ciliar de uma Área de
Preservação Permanente – APP da Nascente/Córrego Tancredi, na Bacia
Hidrográfica da Represa Salto Grande no Bairro Fazenda Santa Lucia. As
tabelas a seguir indicam as espécies propostas para o plantio de
reflorestamento.

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Tabela 3: Lista de espécies pioneiras de Floresta Estacional Semidecidual e
Mata Ciliar da Região Ecológica Central do Estado de São Paulo, para plantio
na área ciliar de uma propriedade.

Legenda:

SD = Síndrome de Dispersão;

ANE = Anemocória;

AUT = Autocória;

ZOO = Zoocória

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Tabela 4: Lista de espécies não pioneiras de Floresta Estacional Semidecidual
e Mata Ciliar da Região Ecológica Central do Estado de São Paulo, para plantio
na área ciliar de uma propriedade.

Legenda:

SD = Síndrome de Dispersão;

ANE = Anemocória;

AUT = Autocória;

ZOO = Zoocória

= 5% espécies nativas regionais(vulneravel, em perigo, criticamente em


perigo, ou presumivelmente extinta);

Portanto, considerando a implantação dos métodos de Eco paisagismo e


Reflorestamento, será necessário o plantio total de 2200 mudas, para atender a
notificação da prefeitura, Protocolo n°29.406/2020.

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3.0 LEGISLAÇÃO
LEI FEDERAL Nº 12.651, de 25 de maio de 2012, de 27 de dezembro de 2010,
que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis n.º 6.938, de
31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de
dezembro de 2006; revoga as Leis n.º 4.771, de 15 de setembro de 1965, e
7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de
agosto de 2001; e dá outras providências.

Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por:

II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por


vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a
paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico
de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações
humanas;

CAPÍTULO II

DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

Seção I

Da Delimitação das Áreas de Preservação Permanente

Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou


urbanas, para os efeitos desta Lei:

b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;

Seção II

Do Regime de Proteção das Áreas de Preservação Permanente

Art. 7º A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser


mantida pelo proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título,
pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado.

§ 1º Tendo ocorrido supressão de vegetação situada em Área de Preservação


Permanente, o proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título é
obrigado a promover a recomposição da vegetação, ressalvados os usos
autorizados previstos nesta Lei.

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LEI MUNICIPAL Nº 5.133, de 27 de dezembro de 2021, que institui o
licenciamento ambiental para empreendimentos e atividades de impacto
ambiental local, e dá outras providências.

Art. 22. O infrator, mediante a celebração de termo de compromisso, e sem


prejuízo da aplicação das penalidades previstas na lei, ficará obrigado a
reparar o dano ambiental que causou, às suas expensas, com base em plano
de recuperação ambiental elaborado por profissional tecnicamente qualificado,
devidamente aprovado pela Secretaria de Meio Ambiente.

§ 1° No caso de reparação de dano causado por supressão ou queimada de


vegetação irregular, a título de compensação, fica o infrator obrigado a plantar
no local 25 (vinte e cinco) árvores por espécie abatida sem licença, conforme
especificação da Secretaria de Meio Ambiente.

§ 2º Na hipótese de inviabilidade de plantio no local, deverá o infrator, como


forma de reparação florestal, depositar no Fundo Municipal de Meio Ambiente,
valor correspondente a R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais) por espécie não
plantada, ou promover outra compensação equivalente, de utilidade aos meios
protetivos ambientais, desde que em consonância legal e autorizado pela
Secretaria de Meio Ambiente.

RESOLUÇÃO ESTADUAL SMA Nº 7, de 18 de janeiro de 2007, que dispõe


sobre critérios e parâmetros para compensação ambiental de áreas objeto de
pedido de autorização para supressão de vegetação nativa, corte de árvores
isoladas e para intervenção em Áreas de Preservação Permanente no Estado
de São Paulo.

Artigo 1º - Esta Resolução estabelece critérios e parâmetros para a definição


da compensação ambiental devida em razão da emissão de autorização, pela
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB, para supressão de
vegetação nativa, corte de árvores isoladas, e para intervenções em Áreas de
Preservação Permanente - APP em áreas rurais e urbanas, no Estado de São
Paulo.

Parágrafo único - O disposto nesta Resolução será aplicado, sem prejuízo e


complementarmente a outras disposições e compensações definidas na

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legislação em vigor, incluindo as compensações previstas em legislação
municipal, prevalecendo a norma mais restritiva.

Artigo 8º - Poderão ser utilizadas como áreas para compensação:

I - Áreas públicas, desde que não sejam alvo de obrigações judiciais ou


administrativas estabelecidas em licenças, Termos de Compromisso Ambiental
ou Termos de Ajustamento de Conduta firmados com órgãos do Sistema
Ambiental Paulista, bem como não sejam abrangidas por projetos de
restauração ecológica executados com recursos públicos e mediante anuência
do órgão gestor;

RESOLUÇÃO ESTADUAL SMA Nº 32, de 03 de abril de 2014, que estabelece


as orientações, diretrizes e critérios sobre restauração ecológica no Estado de
São Paulo, e dá outras providências correlatadas.

Capítulo I

Disposições gerais

Artigo 1° - Esta Resolução estabelece diretrizes e orientações para a


elaboração, execução e monitoramento de Projetos de Restauração Ecológica
no Estado de São Paulo, além de critérios e parâmetros para avaliar seus
resultados e atestar sua conclusão.

Artigo 5° - São consideradas prioritárias, levando-se em conta o objetivo e o


contexto regional do Projeto de Restauração Ecológica, e respeitada legislação
específica, as áreas:

V - Localizadas em Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos -


UGRHI com baixa cobertura vegetal nativa;

§ 2º - O órgão ou entidade responsável pela validação do Projeto de


Restauração Ecológica poderá solicitar ao interessado que justifique a proposta
de localização de áreas para restauração, apresentando o embasamento
técnico necessário para sua escolha.

Artigo 11 - São considerados métodos de restauração ecológica:

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IV - Plantio intercalado de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo
exóticas com nativas de ocorrência regional.

§ 7º - No caso de supressão de vegetação nativa autorizada em licenciamento


ambiental, o banco de sementes e de plântulas poderá ser utilizado na mesma
fitofisionomia e dentro da mesma Unidade de Gerenciamento de Recursos
Hídricos - UGRHi, como técnica complementar no âmbito dos métodos
descritos neste artigo, desde que em conformidade com os procedimentos
específicos previstos no próprio licenciamento ambiental.

RESOLUÇÃO MUNICIPAL SMA Nº 01, de 22 de janeiro de 2019, que dispõe


sobre critérios e parâmetros para supressão e compensação de espécies
arbóreas isoladas no Município de Americana.

Artigo 1° - Esta Resolução estabelece critérios para a supressão de espécies


arbóreas isoladas e parâmetros para definição de compensação ambiental,
previstas na Lei n° 5133/2010.

Artigo 4° - A compensação ambiental da supressão arbórea, que se refere o


artigo 1° será firmada através de Termo de Recuperação Ambiental Municipal,
com plantio na seguinte proporção:

- 01 (uma) espécie arbórea nativa para cada espécie exótica autorizada.

- 15 (quinze) espécies arbóreas nativas para cada espécie arbórea nativa


autorizada.

Parágrafo Primeiro - Na impossibilidade da compensação no imóvel objeto da


supressão, poderá a Secretaria Municipal de Meio Ambiente indicar área
pública para a referida compensação, a expensas do requerente.

Artigo 6° - A compensação ambiental da supressão arbórea, que se refere o


artigo 4° será firmada através de Termo de Recuperação Ambiental Municipal,
com plantio na seguinte proporção:

- 10 (dez) espécies arbóreas nativas para cada espécie exótica autorizada.

- 25 (vinte e cinco) espécies arbóreas nativas para cada espécie arbórea nativa
autorizada.

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RESOLUÇÃO MUNICIPAL SMA Nº 02, de 01 de fevereiro de 2019, que altera
disposição da Resolução SMA 01/2019.

Artigo 1° - O artigo 4° da Resolução SMA n° 01/2019, passa a vigorar com a


seguinte redação:

Artigo 4° - A compensação ambiental da supressão arbórea, que se refere o


artigo 3° será firmada através de Termo de Compromisso de Recuperação
Ambiental Municipal, com plantio na seguinte proporção:

- 01 (uma) espécie arbórea nativa para cada espécie exótica autorizada.

- 15 (quinze) espécies arbóreas nativas para cada espécie arbórea nativa


autorizada.

4. PROPOSTA DE COMPENSAÇÃO
Para a restauração e proposta de recomposição florestal e replantio de
2200 mudas de espécies nativas, temos a propor o que segue abaixo:

4.1. Área
O local da intervenção (Residencial Unifamiliar). A compensação
ambiental parcial com a recomposição de espécies pioneiras e não pioneiras,
ocasionadas pelas intervenções ocorrerão no próprio local, situado à Rua
Achiles Zanaga Camargo Neves, n°2300, bairro Fazenda Santa Lucia, objeto
das Matrículas nº 30.740.60 , nº 30.740.50,n°30.740.40, n°30.740.30,
n°30.740.70, n°30.740.80, n°30.740.9,0 n°30.740.100 0, ambas provenientes
do Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Americana, através do
plantio de 2200 mudas de espécies nativas, na faixa de área; e indicadas na
planta do projeto de restauração florestal.

A faixa de APP da Área onde foi sugerida para o plantio de 2200 mudas
de espécies nativas regionais; é composta por diversos indivíduos arbóreos
tipo Leucena (Leucaena lecocephala) e algumas arvores isoladas e maciço
arbóreos transitando do estagio inicial a médio, conforme fotografias abaixo:

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Foto 1: Exemplo da disposição das espécies arbóreas na área da APP (Foto:
Lucas Morais Guastali)

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Foto 2: Exemplares de Gramíneas e Leucenas (Leucaena lecocephala), na área
da APP (Foto: Lucas Morais Guastali)

5. IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇÃO
Neste item serão apresentadas as principais atividades necessárias para
a implantação e posterior manutenção do plantio de reflorestamento. Ressalta-
se que, para garantir a máxima eficiência e qualidade dos tratamentos
propostos, as atividades aqui recomendadas serão acompanhadas sempre por
um responsável técnico com pleno conhecimento do Projeto de Restauração
Florestal proposto, à ser indicado ou contratado pelo empreendedor.

5.1. Fatores de perturbação identificados e propostas de controle e


mitigação

Os procedimentos de restauração tornam-se praticamente ineficazes, se


os fatores de perturbação que inibem os processos de regeneração
permanecerem ativos. Por este motivo, a identificação destes fatores é

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essencial para o sucesso da restauração florestal, uma vez que permite propor
medidas para minimizar os impactos já existentes, objetivando restabelecer a
dinâmica florestal. Sendo assim, antes da descrição das atividades de
implantação e manutenção, segue um detalhamento dos principais fatores de
perturbação identificados na área, bem como as principais práticas e medidas
adotadas para o controle e/ou mitigação dos mesmos. Importante salientar que
estas medidas serão efetuadas de forma constante na área a ser restaurada,
até que os processos dinâmicos de regeneração natural se estabeleçam e
tornem-se autossustentáveis.

5.1.1. Presença de gramíneas exóticas


A presença de uma grande massa de gramíneas exóticas, por si só, já é
um fator de degradação considerável, uma vez que dificulta os processos de
regeneração natural em função da competição por recursos com as plântulas
regenerantes. Porém, outro fator de degradação que também pode ser
associado à presença destas gramíneas é a ação do fogo, pois nos períodos
de seca, devido à proximidade com áreas antropizadas, a susceptibilidade à
ocorrência de incêndios nessas áreas aumenta consideravelmente. Segue
Tabela 7 apresentando as principais práticas e medidas de controle/ mitigação
que serão adotadas no controle de gramíneas exóticas.

Tabela 7: Listagem de práticas de controle/ mitigação das gramíneas exóticas


invasoras.

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5.1.2. Acesso à área e limpeza do local
Um dos principais problemas observados nos procedimentos de
restauração florestal é o acesso que animais domésticos e pessoas têm às
áreas a serem restauradas. No caso de áreas com processo de regeneração
natural já estabelecido, a ocorrência destes acessos acarreta a inibição do
desenvolvimento desta regeneração natural, decorrente do pisoteio de
plântulas. O que se observa no local proposto para o reflorestamento; é o fato
do local não apresentar descarte de resíduos, em vistoria ao local na data de
15, de maio de 2022; observou-se que na calha e nas margens do córrego
denominado Córrego Tancredi, não existe resíduos decorrentes do descarte
irregular, e sim uma área bem cuidada e prospera para o reflorestamento.

Foto 3: não foi identificado descarte irregular de resíduos, na área da APP


(Foto: Lucas Morais Guastali)

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Foto 4: não foi identificado descarte irregular de resíduos, na área da APP
(Foto: Lucas Morais Guastali)

Foto 5: não foi identificado descarte irregular de resíduos, na área da APP


(Foto: Lucas Morais Guastali)

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A Tabela 8 apresentando as principais práticas e medidas de controle/
mitigação destes problemas.

Tabela 8: Listagem de práticas de controle/ mitigação da área do acesso de


pessoas e animais domésticos.

5.1.3. Supressão de Espécies Exóticas e Gramíneas


Um dos principais agentes responsáveis pela degradação da
biodiversidade presente nas áreas de restauração são as gramíneas e as
espécies exóticas invasoras, as quais competem deslealmente com as
espécies nativas existentes na área e impedem ou retardam seu
desenvolvimento. A supressão destas espécies é fundamental para a
recomposição da funcionalidade do sistema ecológico sendo importante para o
estabelecimento das espécies nativas.

Visando isso o presente projeto junto a resolução SMA 01 de 22 de


janeiro de 2019 em seu artigo 9° estabelece que:

Artigo 9° - Ficam dispensadas de licenciamento:

I- Palmeiras exóticas: Arecaceae (Palmae);

II- Espécies arbóreas exóticas; leucenas Leucaena leucocephala,


eucalipto Eucalyptus ssp, pinus Pinus ssp, pinheiros Pinus ssp;

III- nos imóveis unifamiliares, as espécies exóticas frutíferas; bananeira


Musa ssp, mangueira Mangifera indica, abacateiro Persea americana,

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laranjeira Citrus ssp, jaqueira Artocarpus heterophyllus, limoeiro Citrus ssp,
ameixeira Prunus e amoreira Morus ssp;

IV- Espécies nativas frutíferas, com DAP inferior a 5 cm.

Abaixo segue fotos do dia 26/0602022 tiradas pelo autor do projeto que
demonstra as espécies invasoras da área objetivo deste projeto.

Foto 6: cana-de-açúcar – saccharum officinarum (Foto: Lucas Morais Guastali)

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Foto 7: cana-de-açúcar – saccharum officinarum (Foto: Lucas Morais Guastali)

Foto 8: Leucenas - Leucaena lecocephala (Foto: Lucas Morais Guastali).

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5.1.4. Processos erosivos e assoreamento de corpos d’água
O plantio de mudas em áreas apresentando processos erosivos é
ineficaz, pois as mudas, no início da formação da restauração, não são
suficientes para conter tais processos. Portanto, corre-se o risco de perda de
mudas e o problema de erosão não é solucionado. Nestes casos, deve ser feita
a readequação do solo, com procedimentos técnicos que permitam a
contenção do processo erosivo, como contenção de taludes, por exemplo. Nos
trechos onde se constatar a presença de solo exposto, será efetuado plantio de
grama em placa para ajudar na contenção do solo. As práticas de controle e
manutenção dos principais fatores de perturbação serão realizadas sempre
acompanhadas por um técnico especializado para a devida orientação.

5.1.5. Orientações para plantio e tratos culturais


Os tratamentos propostos exigem algumas técnicas básicas
relacionadas ao plantio das mudas, o que permite o desenvolvimento
apropriado das mesmas sob as condições propostas de restauração florestal
da área em enfoque. Sendo assim, seguem as descrições das atividades
referentes à fase de implantação do plantio. Porém, por apresentarem aspectos
em comum, algumas destas recomendações técnicas também serão aplicadas
na fase de manutenção, que será descrita mais adiante nos itens de A à J.

A - Isolamento: O isolamento das áreas de restauração florestal pode


ser realizado através do uso de cercas, concertinas, alambrados ou por meio
da utilização de aceiros, caso as medidas não forem executadas a um prejuízo
para a restauração florestal orienta-se a implantação dos métodos de
isolamento.

B - Aquisição das mudas: As mudas terão em média 0,60m de altura,


ou de maior altura, conforme definição do empreendedor ou responsável pela
execução do plantio; devendo estar devidamente embaladas e conduzidas,
isentas de pragas e doenças. As espécies utilizadas serão coerentes com o
tipo de vegetação da região e representarão o máximo de diversidade regional
possível;

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Figura 2: Ilustração indicando o porte adequado das mudas a serem utilizadas
no plantio. Será atentado também o recipiente, que deverá ser, de preferência,
de saquinhos plásticos, o que garante o bom desenvolvimento radicular das
mudas.

C - Abertura dos berços: Serão abertos com a utilização de enxadão,


cavadeira ou equipamento acoplado ao trator. Terão dimensões mínimas de
40x40x40cm. Em caso de solo compactado estas dimensões mínimas serão
aumentadas, para 50cm por aresta, para permitir o melhor desenvolvimento
das raízes. O solo removido poderá ser posto ao lado da cova e utilizado no
preenchimento da mesma após a adubação, desde que seja terra de boa
qualidade;

Figura 3: Ilustração representando as dimensões mínimas das covas a serem


abertas.

D - Calagem: A calagem é feita para elevar os níveis de pH e bases do


solo, visando neutralizar ou reduzir os efeitos tóxicos do Al (alumínio) e/ou Mn
(manganês), mas também aumentar as disponibilidades de Ca (cálcio) e Mg
(magnésio). Portanto, as quantidades de calcário a serem aplicadas podem ser

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determinadas em função dos teores destes nutrientes no solo. De forma geral,
será aplicado calcário, de preferência, dolomítico, antes do plantio, diretamente
no fundo e ao redor do berço, sendo utilizadas de 200 a 300g por berço;

E - Adubação dos berços: Será feita com 9 litros de esterco de gado


curtido, seco e despraguejado (para melhoria das características físicas do
solo), 100g de adubo granulado NPK 10-10-10 (para fornecimento de
nutrientes e estímulo do enraizamento) e 200g de superfosfato simples ou NPK
4-14-8 (para fornecer uma fonte de fósforo residual). Ao lado de cada berço,
todos estes elementos serão muito bem misturados com o solo de boa
qualidade (textura areno-argilosa, se possível usando o solo retirado da cova),
utilizando esta mistura para preenchimento do berço. Esta atividade será feita
com antecedência de pelo menos uma semana antes do plantio, para permitir a
incorporação do adubo ao solo;

F - Plantio: As mudas serão plantadas preferencialmente no período de


outubro a março (época das chuvas). Caso ocorra fora desta época será
considerada a irrigação de manutenção (pelo menos três vezes por semana, de
forma copiosa) e, se for o caso, a utilização de hidrogel (na dosagem de 4g/l de
água, e aplicação de 500 a 1.000ml por muda, dependendo do tamanho da
muda). O berço previamente adubado deve ser reaberto, permitindo que o
torrão da muda se encaixe no espaço de tal forma que o colo da planta não
fique soterrado, permanecendo sempre no mesmo nível do solo. Preencher
com o restante da terra retirada até o completo assentamento da muda.

G - Tutoramento: Após o plantio, serão colocados os tutores de bambu


ou material similar ao lado de cada muda. Estes serão firmemente fixados no
solo;

H - Amarrio: As mudas serão presas aos tutores em ao menos dois


pontos, através de amarrios de sisal ou similar, em forma de “oito deitado”,
permitindo o crescimento ereto das plantas;

I - Coroamento: Pode ser feito de forma manual ou química. Por se


tratar de área de preservação permanente associada à recurso hídrico, será
adotado apenas o coroamento manual, para evitar contaminação da água.
Será realizado com enxada, removendo a vegetação existente ao redor da

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muda, em um raio de aproximadamente 50cm. Nesta operação, será retirada
somente a camada de gramíneas e demais plantas invasoras, evitando-se a
retirada de solo.

Figura 4: Ilustração representando o aspecto de uma muda plantada no


tratamento de reflorestamento, depois de tomadas todas as medidas de
implantação necessárias.

J - Controle de formigas cortadeiras: Será constante, até ser atingida


a auto sustentação das mudas, através da utilização do formicida orgânico
Rotenat a base de extrato de timbó, ou iscas granuladas à base de
Sulfluramida ou Fipronil (que geralmente utilizam bagaço de laranja como
atrativo), inseridas em porta-iscas para que não sejam ingeridas por animais
silvestres. O controle inicial será realizado 30 dias antes do plantio e de
qualquer intervenção na área, com a aplicação de forma sistemática (10
gramas a cada 30m²) pela área e direta junto aos olheiros, quando encontrados
(20 gramas por olheiro e 10 gramas por m² de terra solta em volta dos
formigueiros). A aplicação dos formicidas deverá ocorrer novamente de 5 a 7
dias antes do plantio e com um repasse logo após o plantio das mudas, sendo
realizado da mesma forma e na mesma proporção que o combate pré-plantio.
Posteriormente, este controle será feito todos os meses em que durar a etapa
de manutenção;

29
5.1.6. Orientações para manutenção do plantio
A manutenção será efetuada pelo período mínimo de 24 meses após o
plantio, a fim de garantir que a dinâmica sucessional torne-se autossustentável.
Porém, este período pode variar em decorrência da indicação do órgão
ambiental responsável no que diz respeito à implantação definitiva do processo
de recuperação florestal.

As atividades de manutenção serão executadas de forma sistemática,


contemplando algumas atividades básicas descritas a seguir nos itens de A à
G.

A - Limpeza das coroas (coroamento): Esta prática ocorrerá sempre


que se detectar a necessidade, principalmente durante os períodos chuvosos,
utilizando-se os métodos recomendados para o controle das gramíneas
exóticas. Na época da seca será utilizada cobertura morta nos coroamentos,
que poderá ser a palha do capim roçado, sem sementes, com a finalidade de
manter a umidade do solo nestes locais;

B - Roçada/ controle de competidores: Será realizada a roçada de


capins e trepadeiras sempre que for detectada a necessidade, evitando ao
máximo danificar as árvores nativas e a regeneração natural presentes na
área, visando rebaixar o capim e eliminar as trepadeiras que rebrotem após a
primeira intervenção na área, não permitindo que volte a ocorrer competição
com a vegetação regenerante;

C - Adubação de cobertura: A adubação de cobertura é recomendada


até o terceiro ano após o plantio, de preferência nos períodos chuvosos, o que
permite a maior incorporação dos elementos no solo. A primeira será feita aos
30 dias pós-plantio e as próximas com intervalos de dois a quatro meses,
conforme as necessidades. Proceder a aplicação do adubo após a capina, ou
sob condições de baixa infestação de plantas invasoras. A adubação química
consiste na aplicação de 100 a 150g de adubo granulado NPK 10-10-10 por
planta. Já a adubação orgânica deverá ser feita com 5 a 10 litros de esterco de
curral curtido por planta. Ambos serão aplicados no coroamento;

D - Replantio: O replantio consiste em substituir as mudas que


morreram. Deve ser realizado em média aos 60 dias pós-plantio, irrigando-se

30
as mudas com 4 a 5 litros de água/cova, 3x por semana, considerando ainda a
necessidade da continuidade de todas as atividades de manutenção para estas
plantas. Ao final do processo de restauração florestal, é normalmente aceita a
mortalidade de até 5% do total de mudas plantadas. Acima desse valor, deve
ser realizado novo replantio e retomada dos processos de manutenção;

E - Tutoramento/ amarrio: A reposição ou substituição dos tutores de


bambu e dos amarrios de sisal ou similar, será realizada aproximadamente a
cada 3 meses, ou sempre que se constatar a necessidade. Trata-se da
reposição dos tutores faltantes, recolocação ou redirecionamento daqueles que
estão tortos ou tombados ou com tamanhos inferiores às mudas, além da
substituição do amarrio das mudas com corda de sisal em forma de “oito
deitado”;

F - Irrigação: Sempre que necessário, será realizada a irrigação das


mudas, especialmente em épocas de estiagens. Logo após o plantio, será
utilizado de 5 a 10 litros de água por berço, caso o solo não esteja úmido. Se
necessário, devem ser previstas também mais três irrigações copiosas, até o
“pegamento” das mudas e sempre que se detectar o ponto de murcha em
espécies mais sensíveis (geralmente acontece de 4 a 6 dias sem chuvas após
o plantio). Nos períodos de estiagem, a irrigação copiosa ocorrerá a cada 3x
por semana;

G - Controle de formigas: Atividade primordial para o sucesso do


plantio. O combate será executado ao longo de todo o processo de
manutenção, de forma periódica, para evitar novas infestações. O controle
químico é realizado utilizando iscas granuladas à base de Sulfluramida ou
Fipronil, ou através da utilização do formicida orgânico Rotenat a base de
extrato de timbó. Será realizado de 2 em 2 meses (10 gramas/ 10 m²) somente
nas vizinhanças das mudas cortadas e próximo aos olheiros (10
gramas/olheiro).

5.1.7. Cronograma
O cronograma de implantação das atividades de restauração florestal foi
elaborado com a intenção de iniciar o trabalho de recomposição florestal no

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período de chuvas (Outubro e Março), essencial para o pleno desenvolvimento
das mudas e o baixo custo de manutenção.

Desta forma, as atividades de preparo da área devem ser iniciadas o


mais breve possível, ainda no período de seca, facilitando o processo de
limpeza da área e roçada do capim.

Importante atentar que as atividades de replantio e irrigação são


estacionais, ou seja, concomitantes com a época do ano em que são mais
efetivas. Desta forma, os replantios ficam restritos aos períodos chuvosos e a
irrigação faz-se necessária nos períodos de seca.

A proposta deste cronograma é baseada nas condições ideais de plantio


ao longo do tempo de recomposição. Portanto, poderá ser adaptada a outras
épocas do ano, desde que haja irrigação disponível na área durante os
períodos de seca, e em quantidade suficiente que garantir a sobrevivência das
mudas plantadas. Da mesma forma, se for julgado necessário um tempo maior
ou menor de manutenção, basta uma readequação das etapas de manutenção
dentro do cronograma proposto.

As atividades de manutenção serão efetuadas imediatamente após a


efetivação dos plantios, mesmo que de forma concomitante com o término do
período de implantação da restauração florestal, e preferencialmente com o
devido acompanhamento de um responsável técnico.

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Cronograma de Implantação e Manutenção (1° semestre).

Cronograma de manutenção (2° semestre).

33
Cronograma de manutenção (3° semestre).

Cronograma de manutenção (4° semestre).

34
6.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente Projeto de Restauração Florestal tem por objetivo promover


a compensação ambiental pelas intervenções em APP decorrentes da
implantação de Residência Unifamiliar, no Bairro Fazenda Santa Lucia.

O presente projeto indica o plantio e de 2200 mudas de espécies nativas


totalizando 1600 mudas por hectare.

Sendo assim, o Projeto de Restauração Florestal apresenta alternativa


de área para compensação das intervenções. Neste aspecto, propõe-se como
área para plantio a área ciliar da nascente do córrego Tancredi.

Considerando a área total de intervenção a ser regularizada, tem-se a


necessidade de plantio de 2200 mudas para compensação ambiental.

Ressaltamos que, a área sugerida para a recomposição florestal e


plantio de espécies nativas, encontram-se dentro da mesma Unidade de
Gerenciamento de Recursos Hídricos – UGRHI nº 05.

O presente projeto será executado pelo proprietário da área em que se


encontra a APP – Adilson Pinto de Camargo e outros.

Americana, 19 de maio de 2022.

_________________________
Lucas Morais Guastali
Engenheiro Ambiental
CREA-SP 5070874161
CREA NACIONAL 2620146470

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7.0 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

LEI FEDERAL Nº 12.651, de 25 de maio de 2012.

LEI MUNICIPAL Nº 5.133, de 27 de dezembro de 2010.

RESOLUÇÃO ESTADUAL SMA Nº 7, de 18 de janeiro de 2007.

RESOLUÇÃO ESTADUAL SMA Nº 32, de 03 de abril de 2014.

RESOLUÇÃO MUNICIPAL SMA Nº 01, de 22 de janeiro de 2019.

RESOLUÇÃO MUNICIPAL SMA Nº 02, de 01 de fevereiro de 2019.

Relatório fotográfico e vistoria de campo para coleta de informações


pertinentes ao Projeto de Restauração Florestal.

36
8.0 ANEXOS (Protocolo, ART, Boleto, Comprovante de pagamento, Planta
de restauração).

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