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RESPONSABILIDADE TÉCNICA

ALGEO ENGENHARIA EIRELI


Projetos Topográficos, Ambientais e Incorporadora
CNPJ 10.856.511/0001-63

Beatriz Aparecida Martins


CREA / MG 1420987186

PASSOS-MG
SETEMBRO DE 2023
Sumário
1. INFORMAÇÕES GERAIS ....................................................................................... 5

1.1. DO PROPRIETÁRIO ............................................................................................ 5

1.2. DA PROPRIEDADE ............................................................................................. 5

2. OBJETIVO ................................................................................................................ 5

3. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO ABIÓTICO......................................................... 5

3.1. CARACTERIZAÇÃO EDÁFICA......................................................................... 5

3.2. CARACTERIZAÇÃO HÍDRICA ......................................................................... 6

3.3. CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA.................................................................... 6

4. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO BIÓTICO ........................................................... 6

4.1. FAUNA.................................................................................................................. 6

4.2. VEGETAÇÃO ....................................................................................................... 7

5. ALTERAÇÕES NO MEIO AMBIENTE ................................................................. 7

5.1. DANOS FÍSICOS.................................................................................................. 7

5.2. DANOS BIOLÓGICOS ........................................................................................ 7

6. JUSTIFICATIVA DE LOCAÇÃO DO PTRF .......................................................... 8

7. RECONSTITUIÇÃO DA FLORA............................................................................ 8

7.1. DEFINIÇÃO DA ÁREA A SER RECONSTITUIDA .......................................... 8

7.2. COORDENADAS GEOGRÁFICAS .................................................................... 8

7.3. FORMAS DE RECONSTITUIÇÃO ..................................................................... 9

8. ESPÉCIES INDICADAS ........................................................................................ 10

9. IMPLANTAÇÃO .................................................................................................... 11

9.1. COMBATE A FORMIGAS ................................................................................ 11

9.2. APLICAÇÃO DO PRODUTO ............................................................................ 11

9.3. PREPARO DO SOLO ......................................................................................... 12

9.4. ESPAÇAMENTO E ALINHAMENTO .............................................................. 12

9.5. COVEAMENTO E ADUBAÇÃO ...................................................................... 13


9.6. PLANTIO ............................................................................................................ 13

9.7. COROAMENTO ................................................................................................. 14

9.8. TRATOS CULTURAIS ...................................................................................... 14

9.9. CERCAMENTO .................................................................................................. 14

9.10. REPLANTIO ................................................................................................... 14

9.11. PROTEÇÃO FLORESTAL ............................................................................. 15

10. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PTRF ............................................ 15

11. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ................................................................... 15

12. PLANTA DA ÁREA DO PTRF.......................................................................... 17

13. FOTOGRAFIA DO LOCAL DE PERFURAÇÃO ............................................. 18

14. REFERENCIA BILBIOGRAFICA ..................................................................... 19


I. DA ÁREA DO PROJETO TÉCNICO DE RECONSTITUIÇÃO DE FLORA

1. INFORMAÇÕES GERAIS

1.1.DO PROPRIETÁRIO

Nome: Wederson José Honório


CPF: 060.838.856-47
Endereço: Rua Jaspe n°346 – Bairro: Jardim Aclimação – CEP: 37.901-714

1.2.DA PROPRIEDADE

Denominação: Condomínio Imperial dos Nobres


Localização: Passos -MG
Área Total da Propriedade: 2,1979 hectares
Área de Reabilitação: 0,218017 hectares
Coordenadas Geográficas: X= 331.048,80 m E e Y= 7.696.929,47 m S

2. OBJETIVO

Promover o enriquecimento florístico da Área Verde do empreendime nto


“Condomínio Imperial dos Nobres” visando a melhoria das condições ambientais locais
e de conforto aos futuros moradores.

3. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO ABIÓTICO

3.1.CARACTERIZAÇÃO EDÁFICA

O município se localiza a uma altitude que varia dos 680 aos 750 metros
(FAGUNDES et al., 2007), com um relevo caracterizado por colinas com baixas
declividades, planícies, depressões, serras e morros. O território municipal apresenta os
seguintes tipos de solo: Latossolos Vermelhos distróficos (LVd), Latossolos Vermelho -
Amarelos distróficos (LVAd), Cambissolos Háplicos Tb distróficos (Cxbd) e Argissolos
Vermelho-Amarelos eutróficos (PVAe).
3.2.CARACTERIZAÇÃO HÍDRICA

Localiza-se na microrregião hidrográfica do Médio Rio Grande (GD7), situado na


Bacia Hidrográfica do Rio Grande (IBGE, 2021; CBH GRANDE, 2023). Localmente, o
município está inserido na Bacia Hidrográfica do Ribeirão Bocaina. Destacam-se na
composição hidrológica do local três corpos d’água principais, a saber, o Ribeirão
Bocaina e os córregos Bom Sucesso e São Francisco (CARVALHO, 2017; COLLARES;
JACÓ; CARVALHO, 2016).

3.3.CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA

O município de Passos se insere na classe climática de Köppen Cwa, caracterizado


por ser um clima temperado úmido, com invernos secos e verões quentes (SÁ JÚNIOR,
2009). A temperatura média anual no local é superior aos 18ºC (PASSOS, 2023).

4. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO BIÓTICO

4.1.FAUNA

O Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Entorno do Lago


de Furnas (2013) referente à área hidrográfica vizinha GD3 mencionou a presença de 141
espécies de vertebrados terrestres para a região, a saber:
• 34 espécies de mamíferos pertencentes às famílias Canidae, Craviidae,
Cricetidae, Echimydae, Muridae, Didelphidae, Erethizontidae, Natalidae,
Phyllostomidae e Pitheciidae;
• 14 espécies de anfíbios das famílias Bufonidae, Dendrobatidae, Hylidae e
Leptodactylidae;
• 9 espécies de répteis integrantes das famílias Amphisbaenidae, Gekkonidae,
Colubridae e Viperidae;
• 84 espécies de aves distribuídas nas famílias Accipitridae, Bucconidae,
Formicariidae, Ramphastidae, Emberizidae, Tyrannidae, Falconidae,
Hirundinidae, Thamnophilidae, Anatidae, Conopophagidae, Icteridae,
Thraupidae e Trochilidae.
Em relação às aves do município de Passos, especificamente, foram registradas
até o momento no site Wikiaves um total de 117 espécies distribuídas em 40 famílias.
Ainda conforme o PDRH de Furnas (FURNAS, 2013), foram detectadas na região
63 espécies de peixes oriundas das famílias Anostomidae, Characidae, Curimacidae,
Erythrinidae, Parodontidae, Loricariidae, Pimelodidae, Ciclidae, Curimatidae,
Trichomycteridae, Auchenipteridae, Callichthyidae, Cetopsidae, Crenuchidae,
Cyprinidae, Gymnotidae, Heptapteridae, Prochilodontidae e Stemopygidae.

4.2.VEGETAÇÃO

O estado de Minas Gerais é coberto pelos biomas Cerrado, Mata Atlântica e


Caatinga. Nesse contexto, o município de Passos insere-se em uma região de transição
entre Cerrado e Mata Atlântica (IBGE, 2019).
Fagundes et al. (2007) detectaram a presença de 39 espécies e 21 famílias arbóreas
em um fragmento de floresta decídua às margens do Rio Grande no município de Passos.
Dentre as famílias encontrados na pesquisa, destacaram-se as famílias Rubiaceae,
Bignoniaceae, Anacardiaceae, Apocynaceae, Malvaceae, Meliaceae e Myrtaceae. Quanto
às espécies, são dignas de nota Anadenanthera colubrina, Myracrodruon urundeuva,
Holocalyx balansae, Casearia gossypiosperma, Aspidosperma discolor e Sweetia
fruticosa, Trichilia catigua, Piptadenia gonoacantha, Dilodendron bipinnatum e
Aspidosperma subincanum. Levantamentos florísticos realizados na área rural do
município também indicam a presença de Cecropia hololeuca, Cryptocaria
archersoniana, Cupania vernalis, Inga marginata, Lonchocarpus sericeus, Luehea
grandiflora, Machaerium villosium, Mircya selloi, Mircya selloi, Psidium rufum e
Rhamnidium elaocarpus (LIMA et al., 2005).

5. ALTERAÇÕES NO MEIO AMBIENTE

5.1.DANOS FÍSICOS

Dadas as características antrópicas da área do Projeto Técnico de Reconstituição


de Flora (PTRF), as intervenções relativas aos fatores edáficos são consideradas de
pequena significância.

5.2.DANOS BIOLÓGICOS

O Projeto Técnico de Reconstituição de Flores (PTRF) ora apresentado tem por


objetivo compensar impactos ambientais das atividades de instalação do empreendime nto
urbanísticos; não sendo observado danos relativos à vegetação em sua área de
implantação. Quanto á fauna não foi observado nenhum dano significativo.

II. DO PROJETO TÉCNICO DE RECONSTITUIÇÃO DA FLORA

6. JUSTIFICATIVA DE LOCAÇÃO DO PTRF

Como citado anteriormente, este projeto visa promover a reabilitação da Área


Verde do empreendimento; visando, além das relações de conforto dos futuros
moradores, compensar prováveis impactos relativos às obras de instalação do
empreendimento. O PTRF prevê um enriquecimento florístico utilizando-se de espécies
arbustivas e arbóreas da flora nativa, comuns à região com o objetivo de melhorar o
aspecto faunístico e florístico da área, a fim de proporcionar uma melhor condição do
ambiente e entorno.

7. RECONSTITUIÇÃO DA FLORA

O Projeto requer emprego de técnicas adequadas que foram definidas em função


da avaliação detalhada das condições do local. Desta avaliação depende a seleção das
espécies, método de preparo do solo, adubação, técnicas de plantio, manutenção e manejo
da vegetação.

É importante considerar que existe interação entre o genótipo e o ambiente, o que


pode originar comportamento diferenciado de uma mesma espécie quando plantada em
locais diferentes, em função da variação de algumas características do sítio e, portanto,
deve-se evitar extrapolação de resultados de crescimento de um local para o outro.

7.1.DEFINIÇÃO DA ÁREA A SER RECONSTITUIDA

A área do Projeto perfaz um total de 0,218017 hectares, correspondente à Área


Verde do empreendimento.

7.2.COORDENADAS GEOGRÁFICAS

Citamos como referência o ponto de coordenadas UTM, X= 331.048,80 m E e Y=


7.696.929,47 m S.
7.3.FORMAS DE RECONSTITUIÇÃO

Dentre as diferentes formas de reconstituição da flora, vários são os métodos


(recomposição, reabilitação, enriquecimento) que poderão ser utilizados, neste caso,
optou-se pelo plantio de mudas, que será realizado com o objetivo principal de proteger
rapidamente o solo contra erosão e garantir o sucesso da recuperação.

Assim, foram selecionadas espécies encontradas nas condições de clima da região,


do solo e da umidade do local do plantio conforme dados de espécies florestais
encontradas na região por meio de literatura disponível. O critério proposto para
implantação desde projeto é a distribuição baseada na combinação de grupos de espécies
características de diferentes estágios da sucessão secundária, ecologicamente conhecido
como critério de sucessão, pois o mesmo permite e favorece o rápido recobrimento do
solo.

Para classificar as espécies quanto á sua estratégia da dinâmica florestal, utilizo u-


se os critérios propostos dor SWAINE e WHITEMORE (1988), para definir grupos
ecológicos para espécies arbóreas de florestas tropicais. Duas categorias maiores se
destacam: as espécies Pioneiras (P) e as Clímax (C) exigentes de Luz (CL) – secundárias
– e as Tolerantes à Sombra (CS). As pioneiras surgem após perturbações que expõe o solo
à luz. As Clímax exigentes de Luz também têm esse comportamento, mas vivem muito
mais que as P e, frequentemente tornam-se grandes árvores emergentes. As espécies
Clímax Tolerantes à Sombra sobrevivem na sombra, onde crescem lentamente até atingir
o dossel.

Com base no modelo de sucessão secundária e levando em consideração que na


área onde será implementado este Projeto o solo não está completamente descoberto de
vegetação, o processo de recomposição e enriquecimento poderá se adequar à utilização
do esquema de plantio em quincôncio, onde cada muda das espécies clímax exigente
de luz (CL) ou tolerantes à sombra (CS) ficaram posicionada no centro de um
quadrado composto de mudas pioneiras (P).

A combinação sugerida consiste em 50% de espécies Pioneiras (P), 40% de


espécies Clímax exigentes de Luz (CL) e 10% de espécies Clímax tolerantes à Sombra
(CS).
Esquema de Plantio

Figura 1 – Método do Quincôncio.

Observações:

❖ À distância entre linhas de espécies Pioneiras (P) é de 4,00 metros;


❖ À distância entre linhas de espécies Clímax (CS e CL) é de 4,00 metros;
❖ À distância entre linhas de espécies Pioneiras (P) e espécies Clímax (CS e CL) é
de 4,00 metros.

8. ESPÉCIES INDICADAS

Conhecendo as espécies de ocorrência na região a indicação destas no Projeto faz


com que aumente o sucesso da recuperação da dinâmica florestal. A seguir as espécies
indicadas sendo agrupadas por seu estágio de sucessão ecológica:

Pioneiras (P): Pata-de-vaca - Bauhinia forficata, Angico branco- Anadenanthera


colubrina, cafezinho do mato- Casearia sylvestris, jacarandá branco- Jacarandá
cupisdifolia, Açoita cavalo miúdo- Luechea divaricata, Aroeira vermelha -
Schinus terebinthifolius, Mutambo -Guazuma ulmifolia, Goiabeira -Psidium
guajava, Canela fedida -Ocotea corymbosai, pau Jacaré- Piptadenia
gonoacantha, Maminha de porca-Zanthoxyllum riedelianum, Candeia-
Eremanthus erythropappus, Capixingui-Croton floribundus.
Clímax exigentes de luz (CL): angico vermelho- Anadenanthera
macrocarpa, guatambu- Aspidosperma parvifolium, cedro-Cedrella fissilis,
peroba-rosa- Aspidosperma polyneuron, pitanga -Eugenia uniflora, tamboril-
Enterolobium contortisiliquum, Jequitibá branco- Cariniana estrellensis,
canela fedida-Nectandra cissiflora, ingá- Ingá edulis, ipê tabaco- tabebuia
alba.

Clímax tolerantes a sombra (CS): peroba-rosa -Aspidosperma polyneuron,


Jequitibá branco- Cariniana estrellensi, jequitiba rosa- Cariniana legalis,
ipê amarelo- Handroanthus ochraceu, peroba do campo-Paratecoma
peroba, farinha seca- Albizia hasslerii, pindaíba- Xylopia brasiliensis,
açoita cavalo- Luehea divaricata, jenipapo -Genipa americana, jatobá-
Hymenaea courbaril, ipê-Roxo Handroanthus impetiginosus.

9. IMPLANTAÇÃO

9.1.COMBATE A FORMIGAS

Deverá ser realizado o combate para eliminação dos formigueiros nas áreas a
serem implantadas e numa faixa adjacente de 50 metros. Esse combate deverá ser
efetuado 60 dias antes do plantio, durante e após o plantio sempre que se verificar a
presença de formigas na área. Poderá ser utilizado no combate formicida tipo isca a base
de sulfluramida, obedecendo os padrões de segurança evitando-se assim a contaminação
do mesmo.

9.2.APLICAÇÃO DO PRODUTO

O combate às formigas deverá ser executado antes, durante e após o plantio para
eliminação dos formigueiros nas áreas a serem plantadas e numa faixa de adjacente de
200 (duzentos) metros. O produto deverá ser aplicado diretamente da embalagem, sem
contato manual, ao longo dos carreiros ou trilhas próximas aos olheiros ativos. Não
colocar as iscas dentro dos olheiros, pois o produto deve ser carregado pelas formigas.
Utilizar dosadores específicos, com dosagens entre 6 e 10 gramas por m² de terra solta
colocando a isca ao longo dos carreiros ou trilhas próximas aos olheiros ativos, em função
da dose calculada em relação a área de terra solta do formigueiro. Normalmente executa -
se um combate convencional inicial procurando os locais com formigueiros, um segundo
combate sistemático lançando aleatoriamente as iscas nos locais de plantio e um terceiro
combate convencional identificando novos formigueiros e repasses das áreas já
implantadas. Recomenda-se aplicá-lo nas horas mais frescas do dia, quando o trabalho de
carregamento das iscas pelas formigas poderá ser feito, inclusive durante o período
noturno, sem sofrer interrupção. OBS.: Para o cálculo da área de terra solta, localizar a
sede do formigueiro e multiplicar o maior comprimento em metros pela maior largura em
metros da sede conforme figura anterior.
Limitações de uso: não aplicar o produto em dias chuvosos ou com prenúncio de
chuvas, a fim de se evitar o umedecimento das iscas.

9.3.PREPARO DO SOLO

Incialmente, deverá ser feita a análise físico-química do solo em laboratório


credenciado para a correta recomendação quanto ao uso de herbicidas e adubação do
mesmo. Quando da época do plantio a cobertura vegetal existente na área não deverá ser
retirada pois estas plantas exercem um papel importante na proteção e conservação dos
solos deverá ser retirada a vegetação com potencial de competir diretamente com as
mudas após o plantio sendo estes controle feito através do coroamento (ao redor das
mudas) ou em linhas (nas linhas de plantio).
Não haverá alinhamento fixo e sim as covas serão distribuídas aleatoriame nte,
direcionando uma densidade de mudas em área de 9,0m² (nove metros quadrados). A
escolha deste sistema é para darmos uma característica mais próxima das condições
naturais de regeneração da vegetação nativa.

9.4.ESPAÇAMENTO E ALINHAMENTO

Como a área se encontra completamente descoberta de vegetação nativa, sendo apenas


observada a presença de gramíneas;s será utilizado o esquema de plantio em quincônc io,
definido observando os seguintes espaçamentos:

❖ À distância entre linhas de espécies Pioneiras (P) é de 4,00 metros;


❖ À distância entre linhas de espécies Clímax (CS e CL) é de 4,00 metros;
❖ À distância entre linhas de espécies Pioneiras (P) e espécies Clímax (CS e CL) é
de 4,00 metros.
Com isso, o espaçamento será de 4x4 metros, sendo assim, considerando que a
área ocupada pela muda em m² é de 8, é a área do projeto é de 2.180,17 m², chega-se a
136 mudas, considerando 10% de replantio por perdas eventuais o total de 150 mudas, ou
seja:

✓ 75 (Setenta e cinco) mudas de espécies P;


✓ 60 (Sessenta) mudas de espécies CL;
✓ 15 (Quinze) mudas de espécies CS.

9.5.COVEAMENTO E ADUBAÇÃO

O sistema de preparo de solo deverá ser manual, por meio da abertura de covas de
40x40x40cm (quarenta centímetros de comprimento, largura e profundidade),
respeitando a densidade determinada. Todo o substrato retirado na abertura das covas
deverá ser reposto nestas, mediante mistura com o adubo a ser utilizado.

Quanto à melhoria de fertilidade e condições físicas do solo quando da


implantação do projeto liras ser feita de maneira generalizada utilizando-se uma
formulação básica de N-P-K ou superfosfato simples em quantidades variando de 100 a
150 g por plantas aplicados na cova. A adubação por cova será de 70gr de calcário
dolomítico, 100 gr de adubo superfosfato simples e para o plantio, 100 gr/cova de NPK
20-0-20.

Adubação de manutenção por cova:

• Nitrogênio: Aplicar 40 gr de N / cova – 200 gr de sulfato de amônia por cova.


• Potássio: Aplicar 30 g de K2O/cova – 50 gr de Cloreto de Potássio

Esta aplicação pode ser realizada 30 dias após o plantio das mudas.

9.6.PLANTIO

Um dos principais aspectos para se obter sucesso no plantio é a seleção de mudas.


As mudas deverão apresentar boa qualidade física (diâmetro de colo, altura, relação
raiz/parte aérea, bom estado nutricional e sanitário) e necessitam estar aclimatada, para
suportar condições de estresse durante e após o plantio. Mudas defeituosas e malformadas
devem ser descartadas. Os cuidados no plantio são essenciais para garantir a
sobrevivência e crescimento de mudas.
No plantio a embalagem deve ser retirada cuidadosamente evitando o
distoramento da muda o que provoca danos a raízes. A muda deverá ser colocada na cova
que será completada com terra já misturada ao adubo evitando-se a exposição do colo ou
seu afogamento. A terra ao redor da muda deverá ser cuidadosamente compactada. Deve-
se considerar ainda a época de plantio que deverá começar após o início das chuvas
quando o solo na profundidade em que será colocada a muda já tiver uma idade suficie nte.

9.7.COROAMENTO

Sempre que se fizer necessário, deverá executar a capina manual com coroamento
num raio de 50 centímetros ao redor da muda. A vegetação cortada deverá ser posta
próxima a muda a fim de melhorar as condições físicas e estruturais do solo reduzindo - se
assim a perda de água próximo a muda.

9.8.TRATOS CULTURAIS

Fazer a adubação de cobertura no 1º e no 2º ano após o plantio das árvores com


adubo formulado N-P-K na dosagem de 150 g/cova, dividida em duas aplicações no início
e meio do período chuvoso. A adubação de cobertura para as plantas forrageiras
leguminosa e gramínea, quando necessário, será feito usando-se o mesmo adubo
formulado N-P-K, lançando-o sobre o solo, na proporção de 300 kg por hectare. Sempre
que houver competição da espécie leguminosa forrageira com as árvores plantadas na
APP deverá ser feita a sua capina, cujos resíduos de folhas e ramos devem ser mantidos
junto às árvores para uma adubação verde complementar.

9.9.CERCAMENTO

Caso seja evidenciada o risco permanente de Pisoteio e Pastoreio de animais de


grande porte (bovinos, equinos e outros) providenciar o cercamento da área com estacas
de 2x2 m e 4 fios de arame farpado.

9.10. REPLANTIO

O replantio deverá ser realizado num período de 30 (trinta) dias, com intuito de
substituírem mudas mortas ou danificadas após o plantio. No replantio deverão ser
realizadas novamente as adubações anteriormente recomendadas.
9.11. PROTEÇÃO FLORESTAL

Deverão ser realizados aceiros no entorno da propriedade, principalme nte


contornando o perímetro dos remanescentes florestais existentes, com objetivo da
proteção contra incêndios, pois além de destruir a matéria orgânica e as sementes
presentes no substrato, destrói/dificulta o desenvolvimento das plantas, causando danos
graves a regeneração do local. Os aceiros devem ter largura mínima de 03 (três) metros e
devem ser mantidos sempre limpos, principalmente durante os períodos dos meses de
abril a setembro, onde apresentam maior incidência de incêndios.

10. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PTRF

O monitoramento consiste na produção de dados e informações para avaliação dos


resultados e eventuais correções, visando assegurar a obtenção dos objetivos
estabelecidos. Para tanto, são definidos os indicadores de monitoria e os procedimentos a
serem utilizados para levantamento, registro, análise dos dados e elaboração de relatórios.

Os indicadores a serem medidos são os seguintes:

❖ Evolução da Composição florística e diversidade: número espécies plantadas e


existentes;
❖ Desenvolvimento da floresta através do incremento periódico do DAP, altura e
copa;
❖ Índice de falhas e mortandade por grupo ecológico
❖ Evolução de espécies invasoras;
❖ Floração e frutificação das espécies.
❖ Presença de chuva de sementes
❖ Formação de serapilheira

Os dados obtidos nos levantamentos de campo serão processados, analisados


estatisticamente, elaborando-se relatórios periódicos a serem disponibilizados primeiro
ano após o plantio e realizando assim sucessivamente de 6 em 6 meses.

11. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

O cronograma de execução física estabelece a ordem de dois anos de


acompanhamento sistemático de plantio. Foi elaborado considerando a estação seca e
chuvosa e seu cumprimento independe das datas pré-estabelecidas, seguindo as etapas de
forma sequencial e respeitando as espocas sugeridas para o plantio. As atividades para
execução do projeto técnico de reconstituição de flora para compensação, seguirá o
cronograma de execução abaixo:

Ano de implantação:2024

Atividades Jan. Fev. Mar. Ab. Ma. Ju. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

Cercamento da área X

Combate a formigas X X X X X X X X X X X
Preparo do
X X
solo/Coveamento
Plantio e adubação X X
Replantio X X X X X X
Manutenções (capinas
X X X X
manual)
Adubações X X X X
Relatórios semestral X X
Ano de implantação: 2025

Atividades Jan. Fev. Mar. Ab. Ma. Ju. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Combate a formigas X X X X X X X X X X X X
Preparo do
solo/Coveamento
Plantio e adubação
Replantio X X X X X
Manutenções (capinas
X X X X X
manual)
Adubações X X X X X
Relatórios semestral/final X X
Cronograma final de execução do PTRF: 2026
12. PLANTA DA ÁREA DO PTRF

Figura 2 – Localização via Google Earth do local do Projeto.


13. FOTOGRAFIA DO LOCAL DE PERFURAÇÃO
14. REFERENCIA BILBIOGRAFICA

CARVALHO, A. C. P. Integração de atributos morfométricos e geotécnicos para


definição de zonas sujeitas à inundação na Bacia do Ribeirão Bocaina (MG). 2017.
228 p. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Universidade de São Paulo - Departamento
de Geotecnia, 2017.

CBH GRANDE. A Bacia do Rio Grande. Disponível em: https://cbhgrande.org.br /a-


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CÓDEX. Legislação Ambiental. Vol 1, 2 e 3. Âmbito Assessoria e Consultoria


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FAGUNDES, L. M. et al. Florística e estrutura do estrato arbóreo de dois fragmentos de


florestas decíduas as margens do Rio Grande, em Alpinópolis e Passos, MG, Brasil. Act.
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MARTINS, S.V. Recuperação de Áreas Degradadas. Ações em áreas de preservação


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