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Figura 1. Saltos do Rio Preto, Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Goiás, Brasil. Fonte:
https://www.socicam.com.br/news_nectar/visitante-pode-percorrer-quatro-trilhas-no-parque-nacional-
da-chapada-dos-veadeiros/
CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE
a) Clima: Segundo a Classificação de Kõppen (1948), o clima predominante na
área do PNCV é o Megatérmico ou Tropical Úmido (A), com o subtipo “clima
de savana”, de inverno seco e chuvas máximas de verão (w), formando o
clima Aw (SANO; ALMEIDA; RIBEIRO, 2008).
b) Precipitação anual: Oscila entre 1500 e 1750 mm, com os meses de junho,
julho e agosto secos, e novembro, dezembro, janeiro e fevereiro chuvosos. Já
a temperatura média anual varia de 20 a 27ºC, com médias máximas de 32ºC
e mínimas de 16ºC. No entanto, em valores absolutos, a temperatura máxima
pode chegar a 40ºC e a mínima próximo a 0ºC (ICMBIO, 2009).
c) Solos: O PNCV apresente sete tipos de solos: Latossolo, Nitossolo,
Plintossolo, Neossolo, Gleissolo, Cambissolo e Luvissolo, sendo que boa
parte da região apresenta neossolos devido a morfologia movimentada e
efeitos tectónicos, seguido de cambissolos e latossolos (ICMBIO, 2009).
d) Relevo e Altitude: A Chapada dos Veadeiros encontra-se nos limites do
Planalto Central Goiano, formado por rochas do grupo Araí, Paranoá e
Bambuí, que se manifesta em grandes blocos planálticos limitados por
escarpas e serras. O local é um centro dispersor de drenagem. A altimetria
varia de 800 a 1670 metros (ICMBIO, 2009).
e) Ecossistemas: Todo o PNCV encontra-se no bioma Cerrado, caracterizado
por um conjunto de fitofisionomias savânicas, campestres e florestais, tendo
como característica mais marcante um estrato gramíneo entremeado por
árvores (ICMBIO, 2009).
f) Espécies presentes: Embora o Plano de Manejo do PNCV (ICMBIO, 2009)
não explicite o recorte da fauna e flora do Parque, estudos gerais sobre a
biodiversidade do Cerrado apontam que ele abriga 12.636 espécies de
plantas lenhosas (SANO et al. 2008), 199 de mamíferos, 837 de aves, 1200
de peixes, 180 de répteis e 150 de anfíbios (MMA, 2021).
ECOSSISTEMA – CARACTERÍSTICAS:
De acordo como ICMBIO (2009), o Cerrado no PNCV é representado por 9
fitofisionomias (tipos de vegetação): a) savânicas: Cerrado e Veredas; b)
campestres: Campo Limpo, Campo Sujo e Campo Rupestre; c) florestais: Mata de
Galeria, Mata Ciliar, Mata Seca e Cerradão (Figura 1).
Figura 1. Fitofisionomias do Bioma Cerrado (Fonte: Sano et al. 2008)
Figura 3. (a) Mauritia flexuosa (buriti), (b) Handroanthus impetiginosus (ipê roxo) e (c) Caryocar
brasiliense (pequi). Fontes: a) https://ala-bie.sibbr.gov.br/ala-bie/species/284459; b)
https://www.arvores.brasil.nom.br/new/iperoxo/index.htm; c)
https://www.arvoresdobiomacerrado.com.br/site/2017/06/06/caryocar-brasiliense-cambess/
Figura 4. (a) Chrysocyon brachyurus (lobo-guará), Puma concolor (onça parda) e Ozotoceros
bezoarticus (veado campeiro). Fontes: a) https://ala-bie.sibbr.gov.br/ala-bie/species/126597 b)
https://conexaoplaneta.com.br/blog/esforco-recompensado-onca-parda-e-vista-em-reserva-do-
cerrado/ c) https://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/biodiversidade/fauna-brasileira/avaliacao-
do-risco/ungulados/Ozotocerus_bezoarticus_veado_campeiro.pdf
CONCLUSÃO
O PNCV é uma unidade de conservação muito importante para a preservação
do Cerrado, bioma que vem sofrendo com avançado processo de destruição e
fragmentação de habitats, a ponto de ser considerado um hot spot mundial, pela
elevada biodiversidade (sobretudo endêmica) e pela ameaça latente que sofre
(MITTERMEIER, 2004). Se nada mudar, em 2030 a vegetação natural
remanescente de Cerrado somente será vista em áreas protegidas (MACHADO et
al. 2004). Para que isso não aconteça, além de fortalecer as unidades de
conservação já existentes, Aquino e Miranda (2008), sugerem a criação de novas
áreas de conservação, formação de corredores ecológicos e a recuperação de áreas
degradadas.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n.º 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1º, incisos
I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza e dá outras providências. Brasília, Diário Oficial da
União, 19 jul. 2000.