Edificações 1
28/08/21
Geografia
O documentário faz um painel das lutas para preservação do Cerrado brasileiro, em especial da
região da Chapada dos Veadeiros, em Goiás. Intercalando depoimentos de ambientalistas,
professores, cientistas e moradores da região com representantes ruralistas e da mineração, o
filme apresenta a importância da biodiversidade e a luta travada para a preservação da região
em virtude da devastação ocorrida com a chegada da monocultura da soja e a exploração
mineral naquela área.
O filme começa com uma descrição didática e minuciosa do Cerrado, considerado o segundo
mais importante bioma da América do Sul, com uma exuberante e rica quantidade de espécies
da fauna e da flora. Os depoimentos dos especialistas e dos moradores são entrecortados com
as belíssimas imagens da região e o espectador recebe as informações científicas e vai se
certificando da extrema importância da preservação do Ser Tão Velho (que é o Cerrado) em
virtude da ação do Ser Tão Novo (o homem), que vem destruindo criminalmente a vegetação e
consequentemente os seres vivos nativos — as cenas em que se veem tratores com grandes
correntes devastando toda a vegetação para o plantio de soja são revoltantes.
A vegetação do Cerrado também auxilia na captação das águas das chuvas para o
abastecimento de três importantes aquíferos, com destaque para o Aquífero Guarani, um dos
maiores do mundo em extensão e também em volume, responsável pelo abastecimento de boa
parte do Brasil e também de outros países.
“Ser Tão Velho Cerrado” mostra as grandes áreas do Cerrado que estão se transformando em
pastagens e plantações de soja e o impacto desta destruição na qualidade do ar, fertilidade do
solo, qualidade e quantidade de água disponível para abastecimento público. De modo didático,
o documentário explica que o desmatamento deste bioma, um dos mais antigos do mundo,
ocorre de forma “legal”, já que o Novo Código Florestal Brasileiro e algumas leis estaduais
deixaram o Cerrado desprotegido.
A existência do Cerrado é importante para o equilíbrio dos biomas que o circundam. Ele é
considerado o “berço das águas” do Brasil, pois é onde nasce a maior parte dos grandes
mananciais do país, sendo responsável pela vazão de 75% das principais bacias hidrográficas
brasileiras.
Oque isso tem haver com o Maranhão? ou a nossa cidade, Barra do Corda?
Ainda segundo o Inpe, 13% das áreas indígenas do Estado foram retiradas por ação do homem.
O município de Amarante do Maranhão, a 679km de São Luís, é um dos que se destacam
negativamente nos índices de desmatamento do Estado.