Você está na página 1de 18

Sara Alberto Mabuza

Principais Ameaças a Biodiversidade no Distrito de Marrupa


(Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitação em Ensino de Química)

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2021
2
Sara Alberto Mabuza

Principais Ameaças a Biodiversidade no Distrito de Marrupa

(Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitação em Ensino de Química)

Trabalho da cadeira de Biologia de Conservação, a ser


entregue ao Departamento de Ciências, Tecnologia,
Engenharia e Matemática, para fins avaliativos sob
orientação do MSc: Virgílio Cossa

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2021
Índic
e
1. Introdução............................................................................................................................3

1.1. Objectivos do trabalho.................................................................................................3

1.1.1. Objectivo geral.........................................................................................................3

1.2. Objectivos específicos..................................................................................................3

2. Metodologia.....................................................................................................................3

3. Principais Ameaças à Biodiversidade..................................................................................4

3.1. Conceitos de Biodiversidade........................................................................................4

3.2. Desmatamento em Marrupa.........................................................................................5

3.2.1. Consequências de Desmatamento............................................................................6

3.2.2. Principais causas do desmatamento..........................................................................7

3.2.3. Soluções para o desmatamento.................................................................................8

3.3. Queimadas descontroladas...............................................................................................8

3.3.1. Causas das Queimadas em Marrupa.........................................................................9

3.4. Exploração de Recursos Naturais em Marrupa..............................................................10

3.5. Poluição da água em Marrupa........................................................................................11

3.5.1. Causas e consequências da poluição...........................................................................12

3.6. Principais tipos de poluição em Marrupa.......................................................................12

3.6.1. Poluição atmosférica...............................................................................................12

3.6.2. Poluição hídrica......................................................................................................13

3.7. Importância da biodiversidade.......................................................................................13

4. Conclusão..........................................................................................................................14

5. Referencias bibliográficas.................................................................................................16
3

1. Introdução
O ano de 2010 foi eleito pela Convenção sobre a Diversidade Biológica (órgão da
Organização das Nações Unidas – ONU) como o “Ano Internacional da biodiversidade”. Esta
escolha remete-nos a diversas facetas políticas, ideológicas, sociais, ambientais, histórico-
geográficas e econômicas com incontáveis interfaces reveladoras de cenários diversos, em
que pesam problemas socioambientais, questões transculturais e problemáticas geopolíticas.
Neste trabalho, a discussão focará, primariamente, as concepções terminológicas sobre
biodiversidade e, concentricamente, aspectos que permeiam as múltiplas interfaces
supramencionadas de forma menos aprofundada, embora igualmente importantes. A
diversidade biológica está presente em todo lugar: no meio dos desertos, nas tundras
congeladas ou nas fontes de água sulfurosas. A diversidade genética possibilitou a adaptação
da vida nos mais diversos pontos do planeta. As plantas, por exemplo, estão na base dos
ecossistemas. Como elas florescem com mais intensidade nas áreas úmidas e quentes, a maior
diversidade é detectada nos trópicos, como é o caso da Amazônia e sua excepcional
vegetação. A poluição, o uso excessivo dos recursos naturais, a expansão da fronteira agrícola
em detrimento dos habitats naturais, a expansão urbana e industrial, tudo isso está levando
muitas espécies vegetais e animais à extinção.

1.1. Objectivos do trabalho

1.1.1. Objectivo geral


Avaliar as principais ameaças da biodiversidade em marrupa.

1.2. Objectivos específicos


Conhecer as principais ameaças da biodiversidade em marrupa;
Descrever as principais ameaças da biodiversidade em marrupa.

2. Metodologia
Para Gerhardt & Silveira (2009, p. 67), “os procedimentos metodológicos incluem tanto os
tipos de pesquisa quanto as técnicas de coleta e análise de dados especificando suas etapas e
os procedimentos que serão adotados em cada uma delas”. Neste trabalho usou-se a revisão
bibliográfica.
4

3. Principais Ameaças à Biodiversidade

3.1. Conceitos de Biodiversidade


Biodiversidade é um termo utilizado desde a década de 1980 e pode ser definida, de maneira
simplificada, como a riqueza e variedade de seres vivos e de ecossistemas nos quais eles
ocorrem. Preservar a biodiversidade do planeta é também proteger a nossa vida, uma vez que
todas as espécies do planeta possuem importância e garantem o equilíbrio dos ecossistemas.
Isso sem falar na questão econômica, pois várias espécies são usadas como matéria-prima
para a fabricação de diferentes produtos. (PRIMACK et al, 2000).

As principais ameaças ao ecossistema na bacia do rio Kunene variam entre as diferentes eco-
regiões.
Geralmente, grandes áreas da região são escassamente povoadas. A fragmentação e
modificação de habitats através de assentamentos e actividades agrícolas são relativamente
limitadas. Consequentemente, os impactos humanos para a biodiversidade são baixos no
presente momento. Isto pode mudar no futuro se o número de agricultores ou das suas
fazendas aumentar ou se empresas mineiras explorarem a área. Uma vez que a ecologia
regional não tem sido bem estudada, o impacto real não é claro neste momento. Isto deixa
espaço para a realização de estudos futuros. (BRUSECK et al, 1996).

A consequência da guerra civil angolana é uma das maiores causas da destruição da


biodiversidade em toda a região. Este conflito levou à falta de segurança, crise económica,
falta de infra-estruturas e serviços básicos, bem como a um deslocamento extremo de
populações rurais.
A biodiversidade de todo o planeta encontra-se ameaçada devido à ação do homem. Dentre as
principais ameaças à biodiversidade, podemos citar:

 Poluição;;
 Queimadas descontroladas;
 Exploração exagerada dos recursos naturais.

A poluição é uma grande ameaça à biodiversidade por provocar alterações no ambiente que
impossibilitam a sobrevivência de várias espécies. A poluição do ambiente aquático, por
exemplo, pode desencadear a morte de algas, peixes e outros organismos que ali vivem.
5

3.2. Desmatamento em Marrupa


As florestas cobrem 31% de toda a superfície terrestre, sendo 20,1% delas localizados na
Rússia, e 12,2%, no Brasil. Esses são dados apresentados na edição de 2020 do relatório “O
Estado das Florestas no Mundo”, da Organização das Nações Unidas para Agricultura e
Alimentação (FAO, sigla em inglês).

Proporcionalmente, a maior ocorrência de desmatamento no mundo está nos dois países


citados anteriormente. De modo geral, o padrão é o mesmo: as maiores taxas de retiradas da
cobertura vegetal estão nos países subdesenvolvidos, concentrando-se nos
continentes africano e sul-americano.

O mundo perdeu, no ano de 2019, 24,2 milhões de hectares de cobertura vegetal, de


acordo com o Observatório Mundial do Desmatamento. Entre 2001 e 2019, a redução foi de
386 milhões de hectares ou 9,7% da sua cobertura vegetal. Considerando-se apenas o
desmatamento em áreas florestais, a remoção da cobertura foi da ordem de 60,5 milhões de
hectares de vegetação nativa para o mesmo intervalo temporal. (PRIMACK et al, 2000).

O desmatamento, por sua vez, leva à morte imediata de várias espécies vegetais e provoca a
destruição do habitat de diversas espécies animais, as quais podem não sobreviver ao tentar
colonizar outras áreas. As mudanças climáticas também impactam negativamente os seres
vivos do planeta, uma vez que essas mudanças desencadeiam problemas como alterações no
regime de chuvas e aumento de temperatura.
6

Fonte: Autora (2021).

O desmatamento consiste na retirada de cobertura vegetal de uma determinada área. É


causado pela ação antrópica sobre o ambiente, e suas motivações encontram-se
principalmente na exploração econômica dos recursos naturais. A agricultura intensiva e a
pecuária são, atualmente, os maiores causadores da remoção da cobertura vegetal em todo o
mundo. Outras causas, como a extração mineral e a urbanização, são também apontadas.

3.2.1. Consequências de Desmatamento


Entre as consequências estão:

 Perda de biodiversidade
 Transformações no regime hídrico em escalas diversas
 Aquecimento global
 Prejuízos diretos à população
7

3.2.2. Principais causas do desmatamento


Agricultura
Crescimento populacional
Extração dos recursos naturais.

O desmatamento (ou desflorestamento) tem suas origens na ação antrópica, isto é, por meio
da atividade humana sobre determinada localidade. Por essa razão, as motivações para a sua
realização vão de encontro aos interesses daqueles que a praticam, sendo,
atualmente, orientada, na maior parte das vezes, por fatores econômicos.

A agricultura e, no geral, a atividade agropecuária são hoje as maiores responsáveis pelo


aumento das taxas de retirada da cobertura vegetal em todo o planeta. No entanto, é
necessário ressaltar que a remoção da vegetação nativa é uma das primeiras etapas do plantio,
sendo comum na prática agrícola. O que muda e tem sido motivo de preocupação nas últimas
três décadas é a sua realização em larga escala, sobretudo para viabilização do agronegócio.

Entram nesse escopo a produção de commodities agrícolas, como a soja e a pecuária


extensiva. Ambas são realizadas em grandes propriedades de milhares de hectares, e muitas
das vezes as técnicas utilizadas, tanto para o desmate e preparo da área quanto durante as
etapas produtivas, podem prejudicar a composição química e estrutura dos solos, impedindo a
retomada da vegetação nativa. Outras atividades econômicas apontadas como grandes
causadoras do desmatamento no mundo são a mineração, com o extrativismo mineral de
forma ampla, e o extrativismo vegetal, sobretudo associado à indústria madeireira e de papel e
celulose.

O processo de urbanização e o crescimento desordenado das cidades são elencados


também como causas do desflorestamento, embora aconteçam em taxas menores do que
aquelas oriundas das práticas descritas anteriormente. Diretamente ligadas ao espaço urbano
estão a industrialização e todas as modificações que ela suscita nos locais de instalação das
plantas industriais e empresas, como a construção de redes de serviço e
infraestrutura (rodovias, ferrovias etc.), que demandam a abertura de novas áreas e, portanto,
remoção de vegetação. Muitas áreas de proteção ambiental também estão sujeitas à ação
humana para construções e outras obras de engenharia. (HERREIRO & MORGAN, 1997).

O desmatamento pode ser causado ainda por incêndios e queimadas naturais ou intencionais,
tendo estas últimas as mesmas motivações que descrevemos até aqui. Ressaltamos, ainda, que
8

existem modalidades de retirada de cobertura vegetal previstas na Constituição Federal de


1988 e no Código Florestal, atualizado em 2012. Elas são feitas sob condições específicas e
mediante autorização, havendo, em alguns casos, a necessidade de compensação pela
vegetação removida. (WHITE et al, 1992).

3.2.3. Soluções para o desmatamento


As soluções para a contenção do desmatamento ilegal perpassam por diversas esferas do
poder público e da sociedade civil, sendo a sua execução mais complexa do que aparenta.

Um documento, publicado pelo Instituto de Pesquisa Ambiental (Ipam) em 2017, elenca


como primeira estratégia para a redução da prática a divulgação ampla dos dados referentes
ao desmatamento, fazendo-a de forma mais transparente possível para que a população tenha
a real perspectiva do problema e as autoridades e responsáveis orientem as ações de forma
equivalente. As outras duas medidas dizem respeito a incentivos financeiros para a
preservação da floresta e sua utilização de forma sustentável. (PRIMACK et al,2000).

Colocando em termos práticos, uma das principais saídas para o desmatamento seria a
aplicação efetiva dessas ações em conjunto com a fiscalização das normas estabelecidas pelo
Código Florestal, fazendo-se uso de créditos ou incentivos financeiros para recompensar
aqueles que seguissem de forma integral as regras previstas no documento.

Uma medida que obteve resultados satisfatórios foi a moratória da soja, estabelecida em 2006
entre diversas partes interessadas (organizações, empresas, governos) e que previa a não
aquisição de soja produzida em áreas de desmatamento da Amazônia. Embora pesquisadores
recomendem a sua extensão, empresas do agronegócio têm disputado essa alternativa.

3.3. Queimadas descontroladas


As queimadas são uma prática de limpeza e renovação de áreas, sendo mais comuns na zona
rural. Podem ser naturais ou causadas pelo ser humano. A fumaça liberada ocasiona uma série
de malefícios à saúde humana e principalmente ao meio ambiente, afetando diretamente o seu
equilíbrio natural. (RESS et al, 1988).

As queimadas correspondem a uma prática comumente utilizada nos campos brasileiros para
a retirada da cobertura vegetal de uma determinada área. Podem ser ainda empregadas com
propósitos de fertilização do solo, de renovação e de limpeza, sendo esse último comum nas
queimadas em áreas urbanas. É um método de baixo custo e que pode ser executado em pouco
9

tempo, o que faz com que seja amplamente utilizado. A colheita da cana-de-açúcar também
pode ser feita a partir da queima da sua palha.

Fonte: Autora (2021).

3.3.1. Causas das Queimadas em Marrupa


Diversas são as causas das queimadas, variando conforme o seu local de ocorrência. Nas áreas
rurais, podem ser causadas:

 Para a limpeza ou retirada de cobertura vegetal para a formação de pastagem para o


gado ou para o cultivo agrícola;

 Realização da colheita da cana-de-açúcar,

 Ainda para a renovação da vegetação nativa, uma vez que a prática pode ser benéfica
em casos como o de algumas espécies típicas do mecussi m marrupa.

A incidência de queimadas não é exclusiva de Moçambique. Embora aconteçam por motivos


diferentes, são comuns as notícias de queimadas acontecendo em matas de Malawi e na Africa
10

do sul, por exemplo. O que se alterou drasticamente, entretanto, é a dimensão que o fogo tem
atingido nesses países.

Em escala global, o ano de 2019 representou um aumento alarmante no número de focos de


queimada. Isso se deve sobretudo em função das mudanças climáticas, que alteraram o regime
de chuvas em muitas áreas do planeta, havendo a incidência de longas estiagens, tempos
secos, ventos fortes e ressecamento da vegetação. (WHITE et al, 1992).

3.4. Exploração de Recursos Naturais em Marrupa


Os seres humanos, ao longo dos anos, desenvolveram técnicas para a exploração dos recursos
naturais. Dessa maneira, os recursos naturais associados ao trabalho humano são peças
fundamentais para compreendermos a relação humana com o espaço geográfico e o uso dos
espaços naturais.

Para Primack & Rodrigues (2000: p.12), a superexploração desses recursos pode levar a
grandes catástrofes ambientais, muitas irreversíveis. Desde a Primeira Revolução Industrial,
no século XVIII, o ser humano vem utilizando os recursos de forma acelerada e com pouca
consciência dos impactos gerados na natureza.

Moçambique é um país privilegiado em relação à disponibilidade de recursos naturais. O


tamanho continental associado a climas quentes (tropical e equatorial, por exemplo) e uma
grande variedade de biomas (Floresta do Niassa) colocam nosso país como um grande
detentor de riquezas naturais.

Temos um dos maiores litorais do mundo e, aproximadamente, 12% da água doce disponível
para consumo em estado líquido, um verdadeiro privilégio hídrico. As bacias hidrográficas do
Limpopo, cobrem cerca de 70% do território nacional. Toda essa disponibilidade hídrica nos
faz ter a maior bacia de cahora bassa e a segunda maior da África. (BRUSECK et al, 1996).

É preciso compreender, primeiramente, que os recursos renováveis não são necessariamente


duráveis por longos períodos do tempo, isto é, sua disponibilidade poderá se extinguir,
principalmente se não houver um sistema de conservação ou de preservação. Por isso, torna-
se importante a adoção de medidas para minimizar os impactos da exploração da natureza.

Além disso, é preciso considerar as questões qualitativas dos processos de renovação da


natureza. Por exemplo, uma floresta rica em nutrientes que foi desmatada para a utilização de
11

sua madeira na fabricação de móveis pode ser reflorestada, dando origem a uma nova floresta
pobre em nutrientes e com baixo índice de diversidade, causando prejuízos ao ecossistema ao
qual ela pertence.

É preciso lembrar também da importância do tempo nos processos de renovação dos recursos
naturais. Algumas espécies de vegetais, considerando o exemplo acima citado, demoram
vários anos para se tornarem adultas e oferecerem nutrientes, frutos e alimentos para a
natureza. Nesse meio tempo, muitos prejuízos podem ser causados à natureza. Por esse
motivo, pensar em sustentabilidade é ir além do famoso discurso do “plantar duas árvores a
cada uma que for derrubada”. (PRIMACK & RODRIGUES, 2000).

Dessa forma, pensar em desenvolvimento sustentável é pensar em mais do que simplesmente


não utilizar os recursos não renováveis em detrimento dos renováveis. Uma economia
sustentável, para ser operada, requer o conservasionismo dos elementos da natureza,
minimizando os seus impactos sem, no entanto, deixar de atender às necessidades básicas da
população.

Outro ponto importante é a redução do consumo. Estudos apontam que se toda a população do
planeta seguisse os padrões norte-americanos de consumo, a humanidade precisaria de mais
dois planetas e meio! Por isso, não é possível pensar em desenvolvimento sustentável sem
considerar a redução dos excessos consumistas, bem como a realização de uma distribuição
de riquezas, que minimizem casos de desigualdade no acesso às riquezas produzidas pela
natureza.

3.5. Poluição da água em Marrupa


Poluição é um termo que apresenta diferentes definições, sendo definida, por exemplo, como
uma modificação prejudicial do meio ambiente, que pode ter sido ocasionada naturalmente ou
por ação do ser humano. Essa alteração no meio ambiente é prejudicial para a saúde dos seres
humanos bem como dos outros seres vivos, sendo responsável, por exemplo, pela extinção de
várias espécies. Existem diferentes tipos de poluição, dentre os quais podemos citar:
atmosférico, hídrico, do solo, sonoro, visual, entre outros.

De acordo com a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional
do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providências, entende-se por:
12

III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou


indiretamente:

a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;

c) afetem desfavoravelmente a biota;

d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;

e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.

3.5.1. Causas e consequências da poluição


A poluição pode ser desencadeada por diferentes fatores. Alguns autores acreditam que ela é
consequência apenas da ação humana, outros, no entanto, afirmam que também pode ter como
causa processos naturais.

Dentre os processos naturais que podem levar à poluição ambiental, podemos citar as
erupções vulcânicas, as queimadas naturais e a poeira levantada pelo vento. Já no que diz
respeito às causas humanas, podemos destacar o descarte inadequado do lixo, o uso de
defensivos agrícolas e fertilizantes, a queima de combustíveis fósseis, as queimadas
provocadas, o derramamento de petróleo, entre outras. (WHITE et al, 1992).

As consequências da poluição são variadas e dependem do tipo de poluição a que nos


referimos. De maneira geral, a poluição pode provocar doenças nos seres humanos e outros
seres vivos que vivem no ambiente; redução da população e até mesmo extinção de algumas
espécies; mudanças climáticas; e impactos econômicos negativos devido à redução da
exploração de determinados recursos, como retirada de peixes em ambientes aquáticos
poluídos. (RESS & MORGAN, 1988).

3.6. Principais tipos de poluição em Marrupa

3.6.1. Poluição atmosférica


A poluição atmosférica ou poluição do ar caracteriza-se pela presença no ar atmosférico de
substâncias poluidoras, como material particulado, gases e compostos orgânicos. A poluição
pode ser desencadeada por ações humanas ou por causas naturais, como erupções
13

vulcânicas e queimadas naturais. No que diz respeito às ações humanas, é possível destacar a
grande poluição gerada pelos veículos e atividades industriais.

A poluição do ar representa um problema grave para a saúde da população, uma vez que
desencadeia uma série de problemas cardiovasculares e respiratórios. De acordo com a OMS,
ocorrem sete milhões de mortes associadas à poluição do ar por ano. Esse dado destaca a
importância de reduzirmos a emissão de poluentes. (HOGAN et al, 1993).

3.6.2. Poluição hídrica


Poluição hídrica ou poluição da água ocorre quando são alteradas as propriedades físico-
químicas dos recursos hídricos. Dentre suas causas, podemos destacar o lançamento
inadequado de esgoto e resíduos industriais e agrícolas no ambiente aquático. Em marrupa
verifaca-se bastante, onde a comunidade tem habito de lavar as roupas assim como as louças
no rio onde transbordam espécies marinhas e a mesma água serve para consumo humano pela
comunidade.

A poluição das águas promove a morte de várias espécies que vivem nesse local, como
peixes, bem como pode ser responsável por desencadear doenças nos seres humanos. Não
podemos esquecer-nos também das consequências econômicas, uma vez que muitas pessoas
vivem, por exemplo, da pesca e do turismo, atividades que dependem de um ambiente
aquático saudável. (HERREIRO & HOTGAN, 1997).

3.7. Importância da biodiversidade


A biodiversidade apresenta importância ambiental, econômica, social e até mesmo cultural.
No que diz respeito às funções ambientais, não podemos nos esquecer de que ela é essencial
para o funcionamento e equilíbrio de todos os ecossistemas do planeta. Como sabemos, todos
os seres vivos participam de alguma forma da cadeia alimentar, e a retirada de um organismo
14

pode desencadear desequilíbrio ecológico. Além disso, outras relações entre os seres vivos
são importantes. Sem polinizadores, por exemplo, muitas espécies deixariam de existir.

A biodiversidade apresenta também um papel importante para o homem, uma vez que
a utilizamos como fonte de alimento, de energia e como matéria-prima para a construção de
vários objetos, como a fabricação de roupas, medicamentos, cosméticos e vários outros
produtos. Não podemos nos esquecer ainda de que a biodiversidade é frequentemente
explorada para lazer e turismo.

4. Conclusão
Desta feira conclui-se que, a biodiversidade apresenta importância ambiental, econômica,
social e até mesmo cultural. No que diz respeito às funções ambientais, não podemos nos
esquecer de que ela é essencial para o funcionamento e equilíbrio de todos os ecossistemas do
15

planeta. Como sabemos, todos os seres vivos participam de alguma forma da cadeia
alimentar, e a retirada de um organismo pode desencadear desequilíbrio ecológico. É preciso
lembrar também da importância do tempo nos processos de renovação dos recursos naturais.
Algumas espécies de vegetais, considerando o exemplo acima citado, demoram vários anos
para se tornarem adultas e oferecerem nutrientes, frutos e alimentos para a natureza. Nesse
meio tempo, muitos prejuízos podem ser causados à natureza. Por esse motivo, pensar em
sustentabilidade é ir além do famoso discurso do “plantar duas árvores a cada uma que for
derrubada”. Dessa forma, pensar em desenvolvimento sustentável é pensar em mais do que
simplesmente não utilizar os recursos não renováveis em detrimento dos renováveis. Uma
economia sustentável, para ser operada, requer o conservasionismo dos elementos da
natureza, minimizando os seus impactos sem, no entanto, deixar de atender às necessidades
básicas da população.
16

5. Referencias bibliográficas
1. BRUSECKE, Franz. Desestruturação e desenvolvimento. FERREIRA, Leila, VIOLA,
Eduardo (orgs.) Incertezas de sustentabilidade na globalização.Campinas: Unicamp,
1996.
2. HERRERO, Luis. Desarrollo sostenible e economia ecológica. Madrid: Sintesis,
1997.
3. HOGAN, Daniel.Crescimento populacional e desenvolvimento sustentável. Lua Nova,
São Paulo: Cedec, n. 31, 1993.
4. JACOBI, Pedro (coord.). Pesquisa sobre problemas ambientais e qualidade de vida
na cidade de São Paulo. São Paulo: Cedec/SEI, 1994.
5. REES, William. Defining sustainable development. Vancouver: University of British
Columbia, 1988 (Background paper).
6. SACHS, Ignacy. Estratégias de transição para o século XXI – desenvolvimento e meio
ambiente. São Paulo: Studio Nobel/Fundap, 1993.
7. WHITE, Rodney, WHITNEY, Joseph. Cities and the environment: an overview.
Sustainable cities. Boulder: Westview Press, 1992 (ed. By White, Whitney and Stren).
8. PRIMACK. R.M,. Biologia da conservação. Editora saraiva. 2000.

Você também pode gostar