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Mário Sobrinho Assado

Licenciatura em ensino de Biologia com habilidades em Química-EaD

Cadeira: Biologia da Conservação, 5º ano

Tema:

 Avaliação do estado de conservação: Procedimentos qualitativos para avaliação


da ameaça e Regras para avaliação quantitativa da ameaça.

Universidade Púnguè

Tete

2023
Mário Sobrinho Assado

Trabalho de caracter avaliactivo a ser apresentado no Departamento de Ciências Agrárias e


Biológicas como requisito parcial de avaliação na cadeira de BC

Docente: Drª Catarina Fridomo


Universidade Púnguè

Tete

2023

Índice

1.0. INTRODUÇÃO..................................................................................................................................1

1.1. Objectivos........................................................................................................................................2

1.1.1. Geral..............................................................................................................................................2

1.1.2. Específicos...................................................................................................................................2

1.2. Metodologia....................................................................................................................................3

1.2.1. Materiais.......................................................................................................................................3

1.2.2. Métodos.......................................................................................................................................3

2.0. Avaliação do estado da conservação: Procedimentos qualitativos para avaliação da ameaça e Regras
para avaliação quantitativa da ameaça.................................................................4

2.1. Avaliação do estado da conservação...........................................................................................4

2.2. Procedimentos qualitativos para avaliação da ameaça.............................................................4

2.2.1. Etapas da avaliação....................................................................................................................6

2.3. Regras para avaliação quantitativa da ameaça...........................................................................7

3.0. CONCLUSÃO...................................................................................................................................9

4.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................10


1.0. INTRODUÇÃO

O presente trabalho da cadeira de Biologia de Conservação, faz uma abordagem minuciosa


sobre avaliação do estado de conservação, destacando os procedimentos qualitativo para
avaliação da ameaça e regras para avaliação quantitativa de ameaças.

A conservação se refere aos estudos direcionados à conservação de fauna e flora de um


ambiente, podendo ser ao respeito de diversos grupos ou direcionado à espécies individuais
envolvendo seu nicho e habitat. Ela se baseia em alguns pressupostos, incluindo que a
diversidade biológica e a evolução são positivas, e que adiversidade biológica tem valor por si
só. As populações residentes na maioria das áreas de conservação em Moçambique geralmente
enfrentam o problema sério de pobreza e baixo índice de desenvolvimento devido à falta de
oportunidades de emprego e fraco desenvolvimento económico nessas regiões. A
biodiversidade representa um pilar vital para o desenvolvimento de Moçambique e para o
sustento da maioria da população moçambicana (Ministério da Terra, Ambiente e
Desenvolvimento Rural, 2015). Esta biodiversidade é fundamental para a vida humana, que
dela retiram alimentos, remédios, cosméticos e produtos industriais para uso animal e
populacional, com riscos de esgotamento. Aconservação dessa biodiversidade é fundamental
para a manutenção ecológica da terra (Lewinsohon, prado, 2003)
1.1. Objectivos

1.1.1. Geral

Fazer a revisão bibliográfica sobre a avaliação do estado da conservação.

1.1.2. Específicos

 Avaliar o estado da conservação;


 Mencionar os procedimentos qualitativos para avaliação da ameaça e
 Identificar as regras para avaliação quantitativa da ameaça.
1.2 Metodologia

1.2.1 Materiais:

Para a realização do presente trabalho foram obtidos alguns manuais relacionados com a
disciplina de Biologia da conservação sendo os mesmos de origem electrónica assim como
bibliografias físicas.

1.2.2 Métodos

A metodologia usada para a obtenção do conteúdo que está inserido neste trabalho foi obtido
por via de uma pesquisa na internet, por meio de consultas literárias e certas bibliotecas.
2.0. Avaliação do estado da conservação: Procedimentos qualitativos para avaliação da
ameaça e Regras para avaliação quantitativa da ameaça.

2.1. Avaliação do estado da conservação

A biodiversidade é um bem comum essencial para a sobrevivência da humanidade na Terra.


Seu valor intrínseco e extrínseco tem sido amplamente reconhecido por governos e sociedade
civil em diversos acordos internacionais. A perda de biodiversidade é uma das piores crises
mundiais da atualidade com espécies e habitats diminuindo a uma taxa alarmante como
mostrou a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção de 2008 (Vié et al. 2009). Por isso
a Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) definiu para 2020 metas claras de redução das
taxas de extinção a nível mundial. As listas de espécies ameaçadas de extinção ou Listas
Vermelhas (“Red List”), tornaram-se mundialmente conhecidas através da União Internacional
para a Conservação da Natureza (UICN). Inicialmente elaboradas para mamíferos e aves, essas
listas foram criadas para chamar a atenção para a necessidade de agir rápida e efetivamente
em prol da conservação das espécies com maior risco de extinção em futuro próximo (Fitter &
Fitter 1987). Avaliar o estado de conservação nada mais é do que estimar a probabilidade ou
risco relativo de extinção de uma espécie ou subespécie. Além de apontar as espécies com
maior urgência de ações de conservação, as avaliações podem gerar índices do estado de
degeneração ou recuperação da biodiversidade por grupo taxonômico ou por região geográfica.
Por isso, quando o objetivo é reduzir a taxa de extinção de espécies, a avaliação do estado de
conservação é considerado o passo inicial e também o mais importante para planejar e priorizar
recursos e ações (Mace & Lande 2001, Mace et al. 2008).

2.2. Procedimentos qualitativos para avaliação da ameaça

Para Medeiros (2012), o processo de avaliação do estado de conservação das espécies adota
metodologia criada pela UICN e as espécies avaliadas deverão ser enquadradas nas seguintes
categorias de risco de extinção: Extinta (EX); Extinta na Natureza (EW); Regionalmente Extinta
(RE); Criticamente em Perigo (CR); Em Perigo (EN); Vulnerável (VU); Quase Ameaçada (NT);
Menos Preocupante (LC); Dados Insuficientes (DD); Não Aplicável (NA).

1) Por convenção, a notação das categorias traz o nome em português e a sigla original em
inglês, entre parênteses.

2) A categoria "Regionalmente Extinta (RE)" se refere às espécies extintas em Território


Brasileiro e que ainda existem em outras regiões.

3) São consideradas "não aplicável (NA)" as espécies que não possuem uma população
selvagem no país ou que não estejam dentro da sua distribuição natural, ou que ocorra em
números muito baixos no país, ou ainda que os indivíduos registrados sejam apenas errantes na
região.

4) São consideradas "Não Avaliada (NE)" as espécies que não foram avaliadas seguindo
oscritérios e categorias UICN.

5) Serão consideradas aptas a integrar a Lista Nacional Oficial das Espécies da Fauna Brasileira
Ameaçadas de Extinção as espécies categorizadas nos Incisos de I a VI deste artigo.

Para Medeiros (2012), para a determinação da categoria de risco de extinção de uma espécie
são analisadas e combinadas as seguintes informações, observando os critérios da metodologia
UICN:

1) Tamanho da população e informações sobre fragmentação, flutuações ou declínio passado


e/ou projetado;

2) Extensão da distribuição geográfica, da área de ocupação e informações sobrefragmentação,


declínio ou flutuações;

3) Ameaças que afetam a espécie; e

4) Medidas de conservação já existentes.

2.2.1. Etapas da avaliação


Para Medeiros (2012), a proposta de avaliação do grupo taxonómico apresentada pelo Centro
Nacional de Pesquisa e Conservação e aprovada pela Coordenação-Geral de Manejo para
Conservação obedecerá às seguintes etapas sequenciais, devidamente documentadas:

 Reunião inicial: reunião entre Coordenação de Avaliação do Estado de Conservação


daBiodiversidade - COABio, Coordenador de Táxon e Ponto Focal para o planejamento
dasações, estabelecimento do cronograma e divisão de tarefas referentes à avaliação do
grupotaxonómico;
 Compilação: coleta e organização de informações de todas as espécies do
grupo,individualizados em formulários específicos, e elaboração dos mapas de
distribuiçãogeográfica de cada espécie;
 Consulta: submissão aos especialistas das informações compiladas para revisão
evalidação e divulgação de texto e formulário na página do Instituto Chico Mendes
comchamada à comunidade científica para colaboração;
 Reunião preparatória: reunião entre a Coordenação de Avaliação do Estado
deConservação da Biodiversidade - COABio, Coordenador de Táxon e Ponto Focal
paradefinição de data, local, participantes, dinâmica e logística da Oficina;
 Oficina de Avaliação do Estado de Conservação do Grupo Taxonômico: reunião com a
participação da Coordenação de Avaliação do Estado de Conservação da Biodiversidade
-COABio, Coordenador de Táxon, Ponto Focal e especialistas da comunidade científica
para avaliação do risco de extinção individual de cada espécie seguindo os critérios
ecategorias UICN;
 Edição: revisão das informações e mapas de distribuição geográfica após as atualizações
pelos especialistas durante a Oficina;
 Validação: submissão das informações e categorias de cada espécie definida na Oficina
àrevisão por dois membros da comunidade científica com experiência na aplicação
decritérios e categorias UICN, para verificação da coerência entre a categoria indicada e
ainformação registrada;
 Publicação: divulgação do resultado em documento oficial editado pelo ICMBio.
2.3. Regras para avaliação quantitativa da ameaças

Para Medeiros (2012), a avaliação do estado de conservação das espécies é um diagnóstico que
identifica e localiza as principais ameaças às espécies, as áreas importantes para a sua
manutenção e a compatibilidade com actividades antrópicas, além de subsidiar a construção de
cenários de risco para as espécies, a actualização da Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna
Brasileira ameaçadas de Extinção e a elaboração de Planos de Ação Nacionais - PAN, para
aquelas espécies avaliadas como ameaçadas.

Para Medeiros (2012), o processo de avaliação do estado de conservação das espécies deve
considerar as seguintes diretrizes:

1) Avaliação de grupos taxonómicos como um processo regular e contínuo;

2) Aplicação de critérios e categorias da União Internacional para a Conservação da Natureza -


UICN para avaliação do risco de extinção das espécies;

3) Para os animais vertebrados, avaliação de todo o grupo taxonómico, identificando, além das
espécies com risco de extinção, também as espécies não ameaçadas e aquelas sem informações
atuais suficientes que permitam a avaliação;

4) Os animais invertebrados serão seletivamente escolhidos, considerando sua


importânciaecológica, econômica e social;

5) Formação de uma rede permanente de especialistas por meio de parcerias com a UICN,
instituições de pesquisa, sociedades científicas e organizações não governamentais de
reconhecida actuação em conservação da biodiversidade, garantindo que as avaliações e
recomendações de conservação sejam baseadas nos melhores dados e informações
disponíveis;

6) Qualificação e capacitação contínuas da equipe envolvida;

7) Documentação de todas as etapas do processo.


3.0. CONCLUSÃO

Biodiversidade é a variedade de formas de vidas no planeta, compreendendo os ecossistemas


terrestres, marinhos e os complexos ecológicos do qual fazem parte. A biodiversidade varia
conforme as diferentes regiões do mundo. As áreas de conservação de Moçambique são
espaços naturais delimitados e geridos com objectivos de observar seu património natural.
Trata se dos representantes, no contexto moçambicano, no instituto das áreas protegidas. As
áreas de conservação são chamadas pela legislação Moçambicana de áreas de protecção
ambiental, estando definidas pelo artigo 13 da Lei20/97 de 1 de Outubro. A conservação se
refere aos estudos direcionados à conservação de fauna e flora de um ambiente, podendo ser
ao respeito de diversos grupos ou direcionado à espécies individuais envolvendo seu nicho e
habitat. Ela se baseia em alguns pressupostos, incluindo que a diversidade biológica e a
evolução são positivas, e que a diversidade biológica tem valor por si só.

A avaliação do estado de conservação das espécies é um diagnóstico que identifica e localiza as


principais ameaças às espécies, as áreas importantes para a sua manutenção e a
compatibilidade com actividades antrópicas, além de subsidiar a construção de cenários de
risco para as espécies, a actualização da Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Brasileira
Ameaçadas de Extinção e a elaboração de Planos de Ação Nacionais - PAN, para aquelas
espécies avaliadas como ameaçadas.

4.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Mace, G.M., and Lande, R. 1991. Assessing extinction threats: toward a reevaluation of IUCN
threatened species categories. Conservation Biology 5:148–157.

2. Alho, C. J. L. (2012).Importância da biodiversidade para a saúde humana: uma perspectiva


ecológica.Dossiê Sustentabilidade. Scielo. Estud. av. vol.26 no.74. SãoPaulo.
3. Carvalho, J. C. de M. (1969).A Conservação da Natureza e Recursos Naturais no Mundo e no
Brasil, In: Simpósio sobre Conservação da Natureza e Restauração do Ambiente Natural,
publicado no Suplemento dos Anais da Academia Brasileira de Ciências, vol. 41, Rio de Janeiro,
30/09/1969, p. 7.

4. Franco, J. L. A. (2013).The concept of biodiversity and the history of conservation biology:


from wilderness preservation to biodiversity conservation. Universidade de Brasília, Brasília,
Distrito Federal, Brasil. 2013.

5. Lei no. 10/99, De 07 de Julho, Aprovada pela Assembleia da República, aos 14 de Maio de
1999. Maputo.

6. Medeiros, S. C. (2012).Avaliação do Estado de Conservação das Espécies da Fauna Brasileira.


Brasil.

7. Mwitu, J. (S/d).Manual de Educação Ambiental para as áreas de conservação Aplicado ao


Parque Nacional do Limpopo.

Site:

1.https://www.anac.gov.mz/parques-e-reservas/, acesso em 10 de Novembro de 2022.

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