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Instituto Federal Goiano – Campus Rio Verde

Bacharelado em Ciências Biológicas

RESPOSTAS DE PLANTAS DO CERRADO SUBMETIDAS A


DIFERNETES NÍVEIS DE LUMINOSIDADE E ÁGUA.

Igor Manoel Paulo Goulart de Abreu

05/2022

Rio Verde – GO

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Igor Manoel Paulo Goulart de Abreu

RESPOSTAS DE PLANTAS DO CERRADO SUBMETIDAS A


DIFERNETES NÍVEIS DE LUMINOSIDADE E ÁGUA.

Projeto de Trabalho de Conclusão de


Curso apresentado ao Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia Goiano -
Campus Rio Verde, como parte das
exigências da disciplina TCC-214 –
Trabalho de Curso I, do curso de
Bacharelado em Ciências Biológicas.

Orientador (a): Fernanda dos Santos Farnese


Corientador (a): Priscila Ferreira Batista

05/2022

Rio Verde – GO

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA.........................................................................04
2. OBJETIVOS ...............................................................................................................07
2.1 Geral .....................................................................................................................07
2.2 Específicos............................................................................................................08
3. MATERIAL E MÉTODOS.........................................................................................08
3.1. Relações
hídricas..................................................................................................09
3.1.1. Potencial
hídrico.......................................................................................09
3.1.2. Potencial osmótico...................................................................................09
3.1.3. Condutividade hidráulica da planta
(Kplant)............................................09
3.1.4. Condutividade hidráulica da folha
(Kleaf)................................................10
3.2. Análises biométricas............................................................................................10
3.3. Análises anatômicas.............................................................................................10
3.3.1. Caracterização estomática........................................................................10
3.4. Análises fisiológicas: fotossíntese e
respiração....................................................11
3.5. Análises bioquímicas...........................................................................................12
3.5.1. Determinação da concentração de pigmentos
fotossintéticos ...................................................................................................
..........................12
3.5.2. Extravasamento de eletrólitos..................................................................12
3.5.3. Hidroperóxido dieno conjugado (HPDC)................................................12
3.6. Análises estatísticas.............................................................................................13
4. RESULTADOS ESPERADOS...................................................................................13
5. CRONOGRAMA .......................................................................................................14
6. REFERÊNCIAS .........................................................................................................15

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1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

O Cerrado é um domínio brasileiro que abrange 204 milhões de hectares, o que


corresponde a aproximadamente 25% do território nacional, representando 30% da
biodiversidade brasileira, com área central que possui transição com quase todos os
biomas brasileiros (SCARIOTI; FELFILI, 2005). No entanto, apesar de sua
importância, a cobertura vegetal do Cerrado vem sendo reduzida em associação com a
ação antrópica, ocorrendo principalmente na forma de incêndios florestais e exploração
pecuária (SANTOS et al., 2020). De acordo com Allen et al., (2017) outro fator são as
mudanças climáticas que também representam um elevado risco para a biodiversidade
desse domínio, uma vez que alterações em características do clima como, redução da
incidência de chuvas e aumento da temperatura, podem afetar consideravelmente o
metabolismo de espécies vegetais.

Por todas essas razões, o Cerrado tem hoje sua conservação amparada pela
legislação ambiental vigente, através das Áreas de Preservação Permanente e de
Reserva Legal estabelecidas pelo Código Florestal, onde a percentagem de cada
propriedade ou posse rural que deve ser preservada com cobertura de vegetação nativa
que varia de acordo com a região e o bioma. O Código estabelece, no seu artigo 12, os
tamanhos das Reservas: 80% em áreas de florestas da Amazônia Legal, 35% no cerrado,
20% transição entre biomas (BRASIL, 2012). Dentro dessas áreas, a vegetação natural
deve ser mantida e, caso tenha sido desmatada ilegalmente, precisa ser recuperada
(DURIGAN, 2011). De acordo com Nunes et al., (2010) a recuperação de áreas
degradadas é uma prática de extrema importância para a diversidade do ecossistema
perturbado, pois é uma forma de amenizar impactos ocasionados devido ao mau uso dos
recursos naturais.

Dentre as espécies de ocorrência nesse domínio temos a Myracrodruon


urundeuva Allemão (Anacardiaceae) e a Dipteryx alata Vogel. A espécie M. urundeuva
(Anacardiaceae), popularmente conhecida como aroeira, aroeira-do sertão ou aroeira-
preta, é uma espécie com ocorrência na Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (LORENZI,
1992). De acordo com Bertoni et al., (2007) a aroeira é uma espécie bastante complexa
e versátil, exigente a luz e é classificada ecologicamente como secundária inicial,
portanto, pode ser classificada como uma planta pioneira antrópica, que são espécies
secundárias, mas que em áreas antropizadas, por conta de suas características, fazem o

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papel de pioneiras. A aroeira possui capacidade de se regenerar naturalmente em solos
degradados por processos erosivos e de baixa qualidade, e possui características que a
qualificam para a utilização em projetos de recuperação de áreas degradadas, inclusive
em solos contaminados (VOLPATO; MARTINS, 2013; BERTONHA et al., 2016). A
aroeira também apresenta boa capacidade de atração para uma diversidade de aves
generalistas e especialistas, fornecendo habitat para essas espécies e potencializando a
prestação de serviços ambientais da fauna para recuperação de áreas (VOLPATO;
MARTINS, 2013).

A espécie Dipteryx alata Vogel, popularmente conhecida como baru, é uma


espécie nativa do cerrado, porém não é endêmica no Brasil (PINELI et al., 2015). É
recomendado para uso em recuperação de áreas degradadas, pois apresenta alta
produção de biomassa foliar, possui uma considerável plasticidade fenotípica se
adaptando facilmente aos ambientes, e favorece o enriquecimento de nutrientes no solo,
além de ser uma espécie chave na sustentação da fauna silvestre devido a seus frutos
serem um dos poucos que apresentam polpa carnosa durante a estação seca no Cerrado,
alimentando pássaros, morcegos, roedores, macacos e insetos ( SANO et al., 2004;
LIMA et al., 2022). De acordo com Mota; Scalon e Heinz (2012) e Cavalcante et al.
(2019) o baru é uma espécie que possui baixa capacidade de se desenvolver em altas
luminosidades, sendo o melhor desenvolvimento em sombreamentos em sistemas com
50% de retenção de luz, mas apesar disso, por ser uma espécie com uma considerável
plasticidade fenotípica é bastante usada em plantios de recuperação de áreas degradas.
Segundo Motta et al., (1997) o baru é uma espécie classificada ecologicamente como
secundária tardia, e heliófila que germina e se desenvolve bem na sombra, portanto,
necessita de sol para sobreviver.

Por conta de suas características, ambas as espécies M. urundeuva e D. alata


possuem potencial de uso em planos de recuperação de áreas degradadas, e se
caracterizam por serem espécies de diferentes grupos ecológicos. Para o plantio em
planos de reflorestamento, assim como na produção de mudas; o conhecimento da
ecofisiologia das espécies relacionados a fatores bióticos são requisitos para o sucesso
dessas atividades (FERRAZ et al. 2014 e MOTA; SCALON; HEINZ, 2012). De acordo
com Rosa et al. (2021) nas regiões áridas e semi-áridas, as condições climáticas, como a
baixa precipitação, agravada pela irregularidade das chuvas e pela reduzida
disponibilidade de água nos solos, exercem grande influência na sobrevivência e

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adaptação das espécies vegetais neste ambiente, uma vez que essas plantas estão
expostas a todo o momento a estresse hídrico. O déficit hídrico pode ocasionar
mudanças fisiológicas e bioquímicas nas plantas em diversos aspectos, a primeira
resposta das plantas ao estresse hídrico é a redução da transpiração, essa redução está
envolvida com o fechamento estomático, o fechamento dos estômatos resulta em uma
menor condutância estomática (gs) (SILVA et al, 2020); em um primeiro momento isso
gera benefícios para a planta, pois assim, com uma menor gs, ocorre a redução da perca
de água e consequentemente o retardo da morte da planta. Porém, segundo Sousa et al.
(2019) a redução da gs leva a uma diminuição da taxa de fotossíntese, pois os estômatos
fechados impossibilita o influxo de CO2, o que diminui a assimilação líquida de carbono
(A). Essa menor assimilação de CO2 implica na redução da disponibilidade de carbono
nos cloroplastos e consequentemente menor fixação de carbono para assimilação de
carboidratos, desse modo, as plantas em déficit hídrico tendem a ter uma menor
alocação de biomassa e o desenvolvimento limitado.

O período de seca no ambiente de Cerrado é geralmente acompanhado por alta


intensidade luminosa. Segundo Krause et al., (2012) árvores de biomas tropicais
geralmente são submetidas a níveis de radiação fotossinteticamente ativas (PAR) em
torno de 2000 a 2300 μmol m-2 s-1, o que é muito acima da assimilação de saturação de
CO2 para muitas espécies. O aumento excessivo da luz acima da capacidade de
utilização pela fotossíntese pode resultar em uma condição de estresse conhecido como
fotoinibição, que é resultado de um decréscimo significativo do rendimento quântico,
causando uma significativa redução na eficiência da fotossíntese (BARBER;
ANDERSSON, 1992). A planta para se adaptar à disponibilidade de luz disponível
durante seu crescimento, necessita promover ajustes no seu aparato fotossintético e nas
estruturas foliares, a fim de adquirir uma maneira eficiente de utilizar a luz disponível,
favorecer a manutenção do aparelho fotossintético e assim garantir uma maior eficiência
fotossintética do metabolismo (RUGER et al., 2011; ROSA et al., 2021).

A combinação desses dois estresses, o hídrico e o luminoso, acaba limitando o


sucesso de projetos de recuperação e áreas degradadas, uma vez que plantas jovens
tendem a ser ainda mais sensíveis a esses estresses (ARRIETA e SUÁREZ, 2009;
GIARDINA et al. 2018). Uma das maneiras de mitigar o estresse hídrico pela seca é
através do sombreamento, pois a sombra pode reduzir a temperatura nas proximidades
das plantas e, assim, proporcionar um microclima mais favorável ao seu crescimento e

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desenvolvimento (ROSA et al., 2021). O microclima favorece a diminuição da
transpiração que está intimamente ligada a maior resistência ao estresse hídrico,
consequentemente essas plantas conseguem armazenar mais água e controlar essa perca
de água por poder obter uma menor condutância estomática. Os diferentes níveis de
luminosidade causam modificações morfofisiológicas nas plantas, fator este que pode
explicar o comportamento de características genéticas em interação com padrões
específicos de condições ambientais (DIAS-FILHO, 1997). De acordo com Rosa et al.
(2021) a luminosidade do ambiente para produção e/ou transplante de mudas é
determinante para o sucesso das práticas silviculturais e, consequentemente,
recuperação de áreas degradadas. O sucesso na adaptação de uma espécie em diferentes
condições de radiação e restrição hídrica, está relacionado com a eficácia e a rapidez
com que os padrões de alocação de biomassa e comportamento fisiológico são
ajustados. A maior ou menor plasticidade adaptativa das espécies às diferentes
condições de radiação solar depende do ajuste de seu aparelho fotossintético, de modo a
garantir maior eficiência na conversão da energia radiante em carboidratos e,
consequentemente, maior crescimento (CAMPOS e UCHIDA, 2002).

Considerando a importância social, ambiental e econômica de M. urundeuva e


D. alata esse trabalho tem o objetivo de avaliar o comportamento de espécies de
diferentes grupos ecológicos em diferentes níveis de sombreamento, e avaliar a
influência do sombreamento na mitigação do estresse hídrico nessas plantas. Sendo
assim, hipotetizamos, 1: que haja diferentes estratégias, entre as espécies estudadas,
para se adaptar as diferentes condições de luminosidade e ao déficit hídrico, uma vez
que ambas são classificadas em diferentes grupos ecológicos e possuem diferentes
estratégias de desenvolvimento em relação a luz 2: que as plantas apresentem um
melhor desenvolvimento sob sombreamento quando expostas ao déficit hídrico, 3: por
serem plantas heliófilas, espera-se que as plantas controle expostas a pleno sol se
desenvolva melhor do que aquelas expostas ao sombreamento, em ambas as espécies. O
projeto irá contribuir para o conhecimento das espécies estudadas diante dos estresses,
através das características morfológicas, anatômicas, fisiológicas e bioquímicas, sendo
importantes informações para o cultivo e plantio de mudas visando a recuperação de
áreas degradadas.

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2. OBJETIVOS
2.1.1. OBJETIVO GERAL

Caracterizar os efeitos do sombreamento e sua correlação com a restrição hídrica


sobre variáveis morfológicas, anatômicas, fisiológicas e bioquímicas em mudas de
plantas do Cerrado utilizadas em recuperação de áreas degradadas.

2.1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS


 Avaliar as características fisiológicas de mudas expostas ao sombreamento e
restrição hídrica;
 Avaliar as interações entre as alterações morfoanatômicas e bioquímicas em plantas
de M. urundeuva e D. alata promovidas por diferentes níveis de luminosidade e
déficit hídrico no ambiente de crescimento;
 Caracterizar a correlação do sombreamento com déficit hídrico em mudas de M.
urundeuva e D. alata utilizadas em planos de recuperação de áreas degradadas;
 Verificar a influência do sombreamento na mitigação dos efeitos da seca em mudas
de plantas utilizadas em planos de recuperação de áreas degradadas.

3. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento será conduzido em casas de sombreamento instaladas nas


dependências do Laboratório de Ecofisiologia e Produtividade Vegetal do Instituto
Federal Goiano – Campus Rio Verde. As plantas serão obtidas em viveiro com idade
aproximadamente de 200 dias, posteriormente serão transplantadas em vasos plástico
com capacidade de 6 litros em latossolo vermelho e areia na proporção 2:1,
posteriormente serão adubadas de acordo com a recomendação do laudo de calagem e
adubação e aclimatas as condições de solo e luz.

Os vasos serão dispostos em bancadas em suas respectivas casas de


sombreamento, onde as estruturas serão cobertas com diferentes camadas de sombrite,
na parte superior e nas laterais objetivando a obtenção de diferentes níveis de
luminosidade. E para as plantas que ficarem a pleno sol, serão dispostas sem nenhuma
estrutura que amenize a irradiância natural. Sendo descrito os níveis de luminosidade da
seguinte forma: 100% de luz (plantas a pleno sol), 30% de luz (plantas sobre sombrite

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com 70% de retenção de luz) e 10% de luz (plantas sobre sombrite com 90% de
retenção de luz). As plantas serão irrigadas diariamente por 2 meses e 15 dias para
adaptação e pleno estabelecimento e aclimatação a luz. Após o período de aclimatação,
as plantas serão submetidas ao tratamento de seca por um período de 10 dias. Os níveis
de água no solo serão implementados através da aplicação de reposição hídrica no solo.
As condições de irrigado (I) e déficit hídrico (DH) serão mantidas utilizando 90% ou
30% da capacidade de campo, respectivamente. O controle hídrico do solo será mantido
e quantificado gravimetricamente. Assim, o experimento consistiu nos seguintes
tratamentos: 1. I+100% (plantas irrigadas normalmente e submetidas a sol pleno),
I+30% (plantas irrigadas normalmente e submetidas a sombreamento com 70% de
retenção da luz), I+10% (plantas irrigadas normalmente e submetidas a sombreamento
com 90% de retenção da luz), DH+100% (plantas submetidas a déficit hídrico com 30%
de água disponível no solo durante 10 dias e submetidas a sol pleno), DH+30% (plantas
submetidas a déficit hídrico com 30% de água disponível no solo durante 10 dias e
submetidas a sombreamento com 70% de retenção da luz), DH+10% (plantas
submetidas a déficit hídrico com 30% de água disponível no solo durante 10 dias e
submetidas a sombreamento com 90% de retenção da luz).

As amostras serão coletadas em plantas de M. urundeuva e D. alata. O


delineamento experimental será em blocos casualizados em esquema fatorial triplo, com
2 níveis de água no solo, 3 níveis de luminosidade e 2 espécies, com 5 repetições,
totalizando 60 unidades experimentais. As análises descritas a seguir serão realizadas
após submeter as plantas a seca.

3.1. Relações hídricas


3.1.1. Potencial hídrico
O potencial hídrico foliar será determinado em folhas individuais com o auxílio
de bomba de pressão tipo Scholander, na antemanhã (04:20h) (Ѱam) e ao meio-dia (Ѱmd).

3.1.2. Potencial osmótico


O potencial osmótico (Ѱs) será determinado a partir do suco celular que será
extraído dos discos foliares por prensa em seringas, a concentração de material
extracelular será medido no osmômetro modelo VAPRO 5600. Para a obtenção do valor
de potencial osmótico para cada tratamento será utilizado a fórmula de Vant’Hof (Ѱs =

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R.T.Cs), onde R é a constante dos gases ideais (8,32 J mol-1 K-1), T é a temperatura em
K° e Cs é a concentração de soluto em mol/l obtida pelo osmômetro (PASK et al. 2012).

3.1.3. Condutividade hidráulica da planta (Kplant)


A condutividade hidráulica da planta será avaliada em plantas mantidas em
capacidade de campo, seguindo a metodologia proposta por Stiller et al. (2003). Para
isso, a transpiração diária (Ed) será calculada nas plantas pelo método gravimétrico
(SILVA et al. 2013) e, em seguida, dividida pelo gradiente entre o potencial hídrico do
solo e o potencial hídrico da folha, de acordo com a fórmula: Kplant = Ed / (Ψsolo -
Ψfolha).

3.1.2. Condutividade hidráulica da folha (Kleaf)


A condutividade hidráulica da folha será medida utilizando o método do fluxo
evaporativo e os dados serão normalizadas pela área foliar como descrito por  Brodribb &
M. Holbrook, (2003); Simonin et al., (2015).

3.2. Análises biométricas


As medidas do crescimento e acúmulo de matéria serão avaliadas por ocasião do
encerramento do experimento. Inicialmente serão obtidos, o número de folhas, a área
foliar, área foliar específica (AFE), o diâmetro do caule, a altura da planta, o volume do
sistema radicular, a massa seca de raízes e a massa seca da parte aérea. As raízes serão
lavadas em água corrente, sob uma peneira, até a completa remoção dos resíduos de
solo. Então o volume do sistema radicular será medido pelo deslocamento da coluna d
´água em uma proveta graduada. Em seguida o material será colocado em estufa a 65ºC,
até atingir peso constante para a obtenção da massa da matéria seca. A área foliar das
plantas serão determinadas mediante a obtenção da área a partir do programa ImageJ. A
área foliar específica (AFE) será calculada por meio da relação entre a área de 15 folhas
e sua massa correspondente, onde, AFE = Área foliar / massa seca (m 2 kg-1). A massa
seca da parte aérea será obtida após a secagem em estufa à temperatura de 65°C, por
aproximadamente 72 horas ou até peso constante.

3.3. Análises anatômicas


3.3.1. Caracterização estomática

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A técnica de impressão da epiderme será empregada para determinação da
densidade estomática, do índice estomático. Para isso, uma pequena quantidade de cola
instantânea será colocada sobre lâmina histológica, sendo o material vegetal
pressionado contra a lâmina por alguns minutos. As lâminas serão, então, observadas
em uma magnificação de 20x com o auxílio de microscópio de luz equipado com
sistema para captura de fotos. Para análise da lâmina, 25 campos de 0,171 mm 2 serão
escolhidos aleatoriamente, sendo a determinação da densidade estomática (DE), do
índice estomático (IE) e do comprimento da célula-guarda (L) realizados por meio de
software de imagem ImageJ.

3.4. Análises fisiológicas: fotossíntese e respiração


A taxa de assimilação líquida do carbono (A, μmol CO2 m-2s-1), a condutância
estomática (gs, mol H2O m-2 s-1), a concentração interna de CO2 (Ci) e a taxa
transpiratória (E, mmol H2O m-2 s-1) serão determinadas em sistema aberto, sob luz
saturante (1.000 μmol m-2 s-1) e pressão parcial de CO 2 de 40 Pa. Para tanto, será
utilizado um analisador de gases a infravermelho (LI-6800, Li-Cor Inc., Nebraska,
EUA), equipado com uma fonte de luz azul/vermelho.

Com o mesmo analisador a respiração noturna (R N, µmol CO2 m-2 s-1), ou taxa de
assimilação líquida de CO2 noturna, será avaliada antes do amanhecer. A respiração
mitocondrial durante o dia (RD, µmol CO2 m-2 s-1), por sua vez, será estimada a partir de
RN. Na antemanhã, será obtida a fluorescência mínima (F0) via excitação dos tecidos
foliares por luz vermelha modulada de baixa intensidade (0,03 μmol fótons m-2 s-1). A
fluorescência máxima (Fm) será obtida pela aplicação de um pulso de 0,8 s de luz
actínica saturante (8000 μmol fótons m-2 s-1). A fluorescência variável (Fv) será
determinada pela diferença F0 e Fm e a partir desses valores, será calculado o
rendimento quântico potencial do fotossistema II (Fv/Fm).

As folhas serão aclimatadas à luz actínica (1000 μmol fótons m -2 s-1) durante 60s,
a fim de se obter a fluorescência transiente (Fs), seguido por um pulso de luz saturante
para estimar-se a fluorescência máxima à luz (Fm’) e, por último, será aplicado um pulso
de luz vermelho-distante, para obter-se a fluorescência mínima após aclimatação à luz
actínica (F0’). Com esses parâmetros, serão calculados a eficiência fotoquímica do
transporte de elétrons associado ao fotossistema II (φFSII). O φPSII será usado para
calcular a taxa de transporte de elétrons, ETR = φPSII.PAR.LeafABS.0.5 (BILGER et

11
al. 1995), onde PAR é o fluxo de fótons (μmol m -2 s-1) nas folhas, LeafABS é o fração
da luz incidente que é absorvida pelas folhas, e 0,5 é a fração da energia de excitação
direcionada ao PSII. A taxa de fotorrespiração da Rubisco (P R) será obtida usando-se a
fórmula propostas por Epron e Dreyer (1993).

3.5. Análises bioquímicas


3.5.1. Determinação da concentração de pigmentos fotossintéticos

A concentração de pigmentos cloroplastídicos será determinado por meio da


extração com dimetilsulfóxido (DMSO), saturado com carbonato de cálcio (CaCO3) de
acordo com Castro et al., (2019). Três discos foliares com diâmetro de 5 mm serão
incubados em frascos, envolvidos com papel alumínio e vedados, contendo 5 mL da
solução de DMSO, por um período de 24 horas a 65 ºC em banho-maria. Posteriormente
a absorbância da solução de extração será determinada nos comprimentos de onda de
480, 649 e 665 nm por meio de um espectrofotômetro UV-VIS (Modelo Evolution 60S,
Thermo Scientific, Madison - USA). As concentrações de clorofila a (665 nm), b (649
nm) e carotenoides totais (480 nm) serão calculadas de acordo com Wellburn (1994) e
expressos por área. A clorofila total será calculada pelo somatório das concentrações
das clorofilas a e b.

3.5.2. Extravasamento de eletrólitos


Para avaliar a estabilidade das membranas celulares, 10 discos foliares serão
retirados de cada planta, os quais serão lavados previamente (2 vezes) em água
desionizada. A seguir, os discos serão colocados para flutuar em frascos contendo 30 ml
de água desionizada. As amostras serão incubadas por 6 h, à temperatura ambiente, e a
condutividade será avaliada utilizando o Conductivity Meter (Modelo Instrutherm CD-
850). A seguir esses frascos vão ser colocados na estufa a 90ºC, onde irão permanecer
por 1 h, período após o qual a leitura será feita novamente. A condutividade será
expressa em porcentagem da condutividade total (frascos a 90ºC), seguindo a seguinte
fórmula: (C1/C2) ×100 (LUTTS et al. 1669).

3.5.3. Hidroperóxido dieno conjugado (HPDC)

12
Uma alíquota de 0,100g de amostra vegetal será triturada com 12mL de etanol
96%. O extrato resultante será filtrado e o sobrenadante será armazenado. A análise de
HPDC será feita em espectrofotômetro sob comprimento de onda de 234 nm, onde a
partir dos extratos etanólicos serão diluídos com água deionizada na proporção de 1:15
(WANNAZ & Pignata 2006). O conteúdo de HPDC será calculado a partir da constante
ε= 2,65 x 104 M-1 cm-1 (LEVIN & PIGNATA 1995). Os resultados serão expressos em
μmol.g-1 de massa fresca.

3.6. Análises estatísticas


Os parâmetros obtidos serão submetidos à análise de resíduos pelo teste de
Shapiro-Wilk (normalidade, α = 0,05) e Bartlett (homogeneidade). Em seguida, os
dados serão submetidos à análise de variância (ANOVA) e as médias comparadas
utilizando o teste SNK (Student Newman Keuls) a 5% de probabilidade. As análises
estatísticas serão realizadas utilizando-se o programa estatístico SISVAR 5.6
(DEX/UFLA). A análise de correlação será realizada por meio do software RStudio.

4. RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se que ambas as espécies no tratamento controle, irão apresentar alto
desempenho fisiológico em pleno sol por serem heliófilas, porém as mudas de M.
urundeuva podem se sobressair melhor por ter características de espécie pioneira, já
com os níveis de sombreamento acreditamos que as mudas de D. alata se sobressaia
melhor em relação a M. urundeuva por ser uma espécie secundária tardia e ter
dificuldade de se desenvolver em altas luminosidades. Em relação ao tratamento por
déficit hídrico, espera-se que ambas espécies sejam afetadas em pleno sol, levando em
consideração que a exposição ao sol pleno limita o fechamento estomático, espera-se
que as plantas em pleno sol transpirem mais e não consigam estabelecer uma reserva de
água, portanto espera-se que a M.urundeuva por ser considerada uma planta mais
resistente a altas irradiâncias em relação a D. alata. Já diante dos níveis de
sombreamento, espera-se que as duas espécies tenham respostas satisfatórias em relação
a mitigação do estresse hídrico.
Espera-se com esse projeto criar subsídios para o melhor planejamento no
plantio de Planos de Recuperação de Áreas Degradadas, além de demonstrar a

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viabilidade da utilização de M. urundeuva e D. alata nesses plantios, que são
consideradas espécies tão importantes para o domínio Cerrado. Assim sendo, espera-se
caracterizar os efeitos do sombreamento na mitigação do déficit hídrico e definir a
tolerância de ambas as espécies a seca, além de caracterizar a influência da
luminosidade sob essa variável. Diante disso, outras pesquisas para melhoramento
genético e políticas públicas para conservação das espécies podem ser subsidiadas.

5. CRONOGRAMA

Mês
Atividade
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Pesquisa x x x x x x x x x x x x
bibliográfica
Obtenção das mudas x
e transplantio
Aclimatação das x x x
mudas aos níveis de
luminosos
Defesa do pré- x
projeto
Aplicação dos x
diferentes níveis de
água no solo
Análise estatística 1 x
Coleta de dados 1 x
Coleta de dados 2 x
Análise estatística 2 x
Desmonte do x
experimento e
análises biométricas
Análise estatística x
geral
Escrita do TC2 x x

14
Defesa do TC2 x

15
6. REFERÊNCIAS
1. ARRIETA S, SUÁREZ F. Spatial patterns of seedling emergence and survival
as a critical phase in holly (Ilex aquifolium L.) woodland recruitment in Central
Spain. Forest Ecology Management, v. 205, p. 267–282, 2005.
2. ALLEN, K. et al. Will seasonally dry tropical forests be sensitive or resistant to
future changes in rainfall regimes?. Environmental Research Letters, v. 12, n.
2, p. 023001, 2017.
3. ANDRADE, A. P. et al. Estabelecimento inicial de plântulas de Myracrodruon
urundeuva Allemão em diferentes substratos. Revista Árvore, v. 37, n. 4, p.
737-745, 2013.
4. BARBER, J.; ANDERSSON, B. Too much of a good thing: light can be bad for
photosynthesis. Trends in Biochemical Sciences, v. 17, n. 2, p. 61–66, fev.
1992.
5. BERTONHA, L. J. et al. Seleção de progênies de Myracrodruon urundeuva
baseada em caracteres fenológicos e de crescimento para reconstituição de áreas
de Reserva Legal. Scientia Forestalis, v. 44, n. 109, p. 95-104, 2016.
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