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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ DE CABO FRIO

Graduação em Ciências Biológicas (Bacharelado)

ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA


DEGRADADA (PRAD)

EDUARDA CRISTINA NAZARETH DE SOUZA


202104551967

Cabo Frio, RJ
2023
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ DE CABO FRIO
Graduação em Ciências Biológicas (Bacharelado)

ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA


DEGRADADA (PRAD)

Elaboração de um plano
Recuperação de área degradada
(PRAD), apresentado ao curso
de Ciências Biológicas, como
parte da exigência da disciplina
de Ecologia Aplicada, sob a
orientação do professor Doutor
Ricardo Finotti Leite.

CABO FRIO - RJ
2023
SÚMARIO

1. INFORMAÇÕES GERAIS .......................................................................4


2. DADOS GERAIS .....................................................................................5
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA GLEBA:
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA E ENTORNO......................5
2.2 DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS.......................................6
3. MODELO DE RECUPAÇÃO....................................................................6
4. DETALHAMENTO DAS TÉCNICAS E AÇÕES.......................................7
5. MONITORAMENTO.................................................................................8
1. INTRODUÇÃO

A Elaboração de um Plano de Recuperação de uma Área Degradada envolve


a restauração e recuperação da área que sofreu uma degradação ambiental ou
devido a atividade humana (Ministério do Meio Ambiente,2013).
Para a realização desse plano é importante diagnosticar, ou seja, pesquisa
detalhada da área (solo, vegetação e temperatura) para poder identificar as
principais causas da degradação e assim poder realizar a recuperação da área
adequadamente. O plantio tem o papel fundamental na área degradada, pois
tem objetivo de restaurar a flora e melhorar a qualidade do solo. Quando o plano
de recuperação na área degradada for concluído deve ter o monitoramento
regular para ter certeza que está saindo como planejado.
É importante ressaltar que o DOA (Declaração de Operação de
Recuperação) que é documento com requisitos legais e regulatórios. Alguns
deles são os códigos municipais do meio ambiente (lei 4.771\65) que insere as
regras para a proteção das florestas e vegetação nativa no Brasil. Já a Política
Nacional do Meio ambiente (Lei 6.938\81) que passa ser obrigatório a
recuperação de área degradada e nela inclui também a lei 97.632\89 para o
desenvolvimento para a elaboração de um plano de recuperação de uma área
degradada.
O termo DOA é utilizado para o proprietário de terra que pertente regularizar
uma área degradada não autorizada. Já no DA que refere a uma declaração
ambiental relacionada a um plano de recuperação de área degradada. Não se
pode esquecer que para obter o DOA deve apresentar um PRAD. E através do
DOA e DA se calcula o IVC (Indice de Valor de Importância) que serve para
identificar quais as mudas se desenvolvem ao longo do tempo.
A Elaboração de um Plano de recuperação de área degradada (PRAD) foi
proposto para o município de Macacu, na área de Guapiaçu, localizado no
Estado do Rio de Janeiro. O município de Macacu contém um rio conhecido
como Cachoeira de Macacu e a área de Guapiaçu também contém um rio e é
uma sub-bacia da bacia do rio Macacu.

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2. Dados Gerais da gleba

A elaboração de um plano de área degradada será realizada no município de


Macacu, na área de Guapiaçu, localizado no Estado do Rio de Janeiro, com as
seguintes coordenadas 22º31'24"S 42º44'16"W, perímetro 1.025,37 m, área
59.630,27 m².
Essa região tem o clima tropical úmido, a temperatura varia muito ao longo
do ano, com temperatura máxima é superior a 30ºC, podendo atingir 15º a 20ºC
no inverno. Sua altitude e de 200 metros acima do nível do mar e é caracterizada
por terreno montanhoso. Seu solo é tropical e as vezes ocorre lixiviação ácida
devido à chuva. Como resultado, seu solo foi danificado, porém, todos os
esforços serão feitos para restaurar a área.

2.1 Caracterização da gleba degrada e entorno

A área escolhida tem uma grande dimensão e está cercada por


vegetação, exceto em seu interior, sua flora tem predominância com a Mata
Atlântica. A ausência de vegetação pode ser resultado devido ao clima tropical,
atividades humanas ou espécies invasoras. Essa área sem vegetação pode
desempenhar um papel significativo na ecologia local, possivelmente servindo
como habitat para certas espécies.
A preservação e restauração nessa área requer cuidado com as
interações ecológicas envolvidas, incluindo a reintrodução de espécies nativas e
práticas de manejo sustentável. Isso contribuirá para a compreensão e
valorização desse ambiente único dentro de seu contexto mais amplo.

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2.2 DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS

Ao adotar uma área como referência ou controle, os parâmetros a serem


recuperados podem incluir medidas de diversos aspectos. A seleção desses
parâmetros depende dos objetivos da análise e do contexto. O controle envolve
a criação de condições ou praticas que permite o monitoramento, e manter o
equilíbrio e planejar a recuperação adequada. Para que isso ocorra corretamente
se faz um relatório sempre dos progressos que a ela submeteu. A área utilizada
para o controle sofreu bastante em seu solo, devido ao clima da região.
É muito importante a investigação do local para não haver complicações
durante o plantio. Antes de iniciar o plantio deve-se calcular o índice de valor de
importância, pois ele ajuda a saber qual a espécie que desenvolve ao longo do
tempo, avalia o tempo das mudas e se a espécie escolhida pode criar novas
mudas, nisso ajudaria com a recuperação mais rápida da área. As espécies que
serão utilizadas são o capim-andropogon, aveia-preta, arbusto, aroeira, ipê,
castanha do Pará, árvores frutíferas, peroba-rosa e também o pau brasil. Elas
irão ajuda a fortalecer o solo e também no equilibro ambiental.

3. Adoção de um modelo de recuperação

Pode se observar que a área sofreu erosão intensa devido a eventos


climáticos extremos e à ação humana, resultando em grande perda de solo e
vegetação. O solo está exposto, compactado e com pouca matéria orgânica, o
que dificulta a regeneração natural da vegetação. Além disso, a área é
relativamente acessível, permitindo o transporte de materiais e equipamentos
necessários para o plantio direto.
O plantio direto é uma escolha adequada nesse contexto porque permitiria o
rápido estabelecimento de cobertura vegetal, o que é fundamental para controlar
a erosão. As plantas introduzidas pelo plantio direto ajudariam a estabilizar o
solo, melhorar a estrutura e aumentar a infiltração de água, reduzindo o
escoamento superficial. Além disso, as raízes das plantas contribuiriam para
aumentar a matéria orgânica do solo ao longo do tempo.
Dada a urgência de conter a erosão e restaurar a funcionalidade do solo, o
plantio direto é uma abordagem eficaz. Ele proporciona uma rápida resposta ao
problema imediato da erosão, enquanto também criaria as bases para uma
recuperação ecológica mais ampla ao longo do tempo. O uso de plantas
adaptadas às condições locais e a aplicação de práticas de manejo adequadas
seriam essenciais para o sucesso do projeto de recuperação utilizando o modelo
de plantio direto. Esse modelo envolve o cultivo de culturas e sem necessidade
de preparação intensiva do solo, já que o solo da região tem comprometimento
devido às chuvas e temperaturas elevadas. Para ajudar a fortalecer o solo é
importante a adubação utilizando, palhas, arroz ou resíduos da colheita feita na
superfície. Assim iria evitar alguns problemas futuros. Já que a cobertura no solo
ajuda reduzir a erosão e a penetração de resíduos químicos.

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4. Detalhamentos das técnicas e ações

Para a recuperação da área degradada através do plantio direto, é importante


escolher cuidadosamente as espécies a serem usadas com base na sucessão
ecológica. A sucessão ecológica é o processo natural de mudança na
composição de espécies ao longo do tempo, desde as primeiras colonizadoras
até as espécies mais maduras.

Aqui estão algumas técnicas e ações detalhadas para a recuperação,


considerando a sucessão ecológica:

Seleção de Espécies:
Primeiras Colonizadoras
Inicia o plantio com espécies pioneiras, que são adaptadas para crescer
em solos degradados e expostos. Exemplos incluem gramíneas como o capim-
andropogon e a aveia-preta. Essas espécies ajudarão a estabilizar o solo,
prevenir a erosão e criar condições favoráveis para as próximas etapas da
sucessão.

Espécies de Médio Porte


Conforme o solo se torna mais estável e nutrientes são acumulados,
introduzir espécies de médio porte como arbustos e pequenas árvores.
Exemplos incluem a aroeira e o ipês. Essas plantas contribuirão para melhorar
a qualidade do solo e fornecerão abrigo para outras espécies. Ambas as
espécies podem germinar no solo.

Árvores Nativas
À medida que o solo se enriquece e as condições melhoram, introduzir
árvores nativas como a peroba-rosa, pau-brasil e castanha do para. Essas
espécies desempenham um papel importante na recuperação, proporcionando
sombra, habitat para a fauna e contribuindo para a diversidade. Essas árvores
podem ser reproduzir sozinhas, a partir de semente que caem no solo.

Árvores frutíferas
São adaptadas em condições quentes e úmidas. Ela tem vários benefícios
ecológicos, sociais e econômicos, contribuindo para sustentabilidade ambiental.
Podemos citar a bananeira e pitangueira.

Plantio e Manejo
Plantar espécies em padrões que imitam o desenvolvimento natural da
vegetação. Monitorar e controlar ervas daninha que possam competir com as
plantas desejadas. Realiza irrigação inicial até que as plantas estejam
estabelecidas. Acompanha-se o desenvolvimento das espécies e ajustar as
práticas de manejo conforme necessário. A escolha das espécies baseia na
sucessão ecológica, onde as primeiras colonizadoras preparam o solo para
espécies subsequentes. À medida que o solo melhora, espécies de médio porte,
árvores nativas e árvores frutíferas são introduzidas, seguindo o padrão natural
de sucessão. Essa abordagem promove a diversidade, ajuda a reconstruir os
processos ecológicos e cria um ambiente mais resiliente ao longo do tempo.

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5. Inclusão de proposta de monitoramento e avaliação da efetividade
da recuperação

Para monitorar e avaliar a efetividade da recuperação da área degradada, é


essencial estabelecer um sistema de acompanhamento detalhado, com o tempo
de monitoramento de 15 a 15 dias, durante seis meses. Para conferir a evolução
e analisar se tudo ocorreu como previsto e identificar e controlar invasores e
pragas no plantio.

Aqui estão algumas medidas de monitoramento e os métodos que podem ser


usados, com base no que foi estabelecido anteriormente:

Crescimento Vegetal
Esse parâmetro de monitoramento pode ser feito com clinômetro ou um
equipamento a laser, para perdi a altura, já o diâmetro se medir com padrão de
1,30 metros do solo, pode ser utilizado a fita métrica. Isso fornecerá uma
indicação do crescimento e desenvolvimento saudável das espécies introduzidas
ao logo do tempo.

Cobertura Vegetal
Método de utilizar imagens aéreas ou fotografias de campo para estimar a
cobertura vegetal da área ao longo das estações. Parâmetros de comparar a
proporção da área coberta por vegetação em diferentes momentos. Uma maior
cobertura indicará progresso na recuperação.

Diversidade de Espécies
Método de realizar inventários de espécies, identificando todas as plantas
presentes na área. Parâmetros Acompanhar o número e a diversidade de
espécies ao longo do tempo. Um aumento na variedade de espécies indica um
progresso positivo na recuperação.

Erosão do Solo Método


Estabelecer trincheiras de erosão ou placas de medição para avaliar a
quantidade de solo perdido. Parâmetros Medir a quantidade de solo erodido em
determinados intervalos de tempo. Uma redução na erosão indicará melhorias
na estabilidade do solo.

Fauna Local
Método observação direta e uso de armadilhas e também imagem fotográfica
para identificar espécies animais presentes. Parâmetros de registrar a presença
e a diversidade de animais ao longo do tempo. A recuperação bem-sucedida
atrairá uma variedade de fauna.

Qualidade do Solo
Método realizar análises de solo para medir parâmetros como pH, teor de
nutrientes e matéria orgânica.

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Parâmetros
É importante comparar os resultados das análises de solo em diferentes
momentos para avaliar melhorias na qualidade do solo. Estabelecer um
planejamento de monitoramento consistente e coletar dados ao longo do tempo
permitirá avaliar a efetividade das ações de recuperação. Ao analisar esses
dados, será possível tomar decisões informadas para ajustar os métodos de
manejo, garantindo que a área degradada esteja progredindo em direção à sua
recuperação ecológica desejada.

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