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Instituto Federal Sul de Minas Gerais

Graduação em Zootecnia

Dayane Gabrielly Martins da Silva

Elisângela Izabel Bueno

Thais Vitória Saldanha Taveira

Rafaela Moraes Silva

Fisiologia da Produção do Algodoeiro

Revisão Bibliográfica

Machado 2022
Dayane Gabrielly Martins da Silva

Elisângela Izabel Bueno

Thais Vitória Saldanha Taveira

Rafaela Moraes Silva

Fisiologia da Produção do Algodoeiro

Revisão Bibliográfica Apresentada


na Graduação de Zootecnia
do IFSULDEMINAS

Docente: Wellington Marota Barbosa

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Sumário

1. INTRODUÇÃO 4
2. OBJETIVO 5
3. REFERENCIAL TEÓRICO 6
3.1 Cultura do Algodoeiro 6
3.2 Fatores que afetam a eficiência fotossintética 7
3.3 Efeitos do estresse hídrico na fisiologia do algodoeiro 8
3.4 Nutrição em algodoeiros 9
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 10
5. REFERÊNCIAS 11

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1. INTRODUÇÃO

O algodão é nativo das regiões subtropicais e tropicais, produzido em grande quantidade na

região do Cerrado brasileiro, destaca-se como uma planta dicotiledônea economicamente

importante, geradora de empregos na região, é conhecida por sua produção em mais de 100

países ao redor do mundo... Além de produção da fibra têxtil , o seu teor de fibras é uma

excelente fonte de subprodutos, que são suplementos proteicos de qualidade nutricional,

utilizados na alimentação animal, e principalmente para ruminantes, tornando se um

interesse zootécnico. É uma planta com especificidade, adaptações químicas e fisiológicas,

com alta taxa de fotorrespiração e metabolismo C3, portanto com grande potencial, não

satura a intensidade luminosa, e tem notável tolerância à salinidade e à seca.

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2. OBJETIVO

Compreender na teoria a funcionalidade da cultura de algodão herbáceo, sendo ele de elevada


complexidade morfológica e fisiológica, como um fitossistema modular e autônomo, com
características organográficas e ecofisiológicas, a fim de entender seu mecanismo de
interação com agentes externos (temperatura, água, solo e luminosidade).

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3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Cultura do Algodoeiro

A cultura do algodoeiro tornou-se nos últimos anos uma das principais commodities
brasileiras, o avanço da cultura no Cerrado brasileiro resgatou o país da condição de
importador para a de exportador de pluma. Tal fenômeno é resultado do esforço dos
produtores, técnicos, pesquisadores e governos por meio de associações de produtores, das
instituições públicas e empresas privadas na geração e transferência de novas tecnologias
visando aperfeiçoar o sistema produtivo. Mas ainda existem problemas a serem solucionados,
tal como o elevado custo de produção, crescente a cada ano; e ocorrência de doenças em
localidades com chuvas intensas.

Figura 1: Algodão em fase de colheita - Fonte: Nutrição de Safras,2022

Dentre os fatores ambientais, a temperatura é um dos parâmetros que mais influenciam o


desenvolvimento do algodoeiro. A temperatura ótima para o desenvolvimento do algodão
está na faixa entre 20ºC e 30ºC; no entanto, é comum o algodoeiro ser cultivado em regiões
com temperaturas abaixo de 15ºC e acima de 40ºC. É extremamente importante compreender
os efeitos do estresse térmico sobre as culturas, devido às grandes variações de temperaturas,
que podem ocorrer de um dia para o outro ou até entre períodos de um mesmo dia. Embora o
algodoeiro seja considerado uma espécie que tem a capacidade de manter a temperatura da
planta bem abaixo da temperatura ambiente, as temperaturas foliares podem variar
substancialmente em escalas curtas de tempo. É importante ressaltar que o desenvolvimento
reprodutivo é possivelmente a fase mais sensível ao estresse térmico, podendo haver a
inibição do desenvolvimento do pólen e fertilização.

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3.2 - Fatores que afetam a eficiência fotossintética

● Idade do tecido e luminosidade


Mudanças na eficiência fotossintética resultam do desenvolvimento ou da senescência das
folhas, que ocorre a diminuição do teor de clorofila, seguida do amarelecimento dos tecidos
fotossintéticos e a degradação consecutiva e gradual dos cloroplastos, incluindo membranas,
proteínas, estroma e enzimas (Woolhouse, 1987). A eficiência de uso da luz também é afetada
pelo histórico ambiental, ou seja, folhas que foram produzidas em condições de pouca
luminosidade atingem a máxima taxa fotossintética sob menor intensidade luminosa que
folhas desenvolvidas em um ambiente de alta luminosidade (Landivar et al., 2010). O
algodoeiro herbáceo tem metabolismo fotossintético do tipo C3, com elevada taxa de
fotorrespiração, superior a 40% da fotossíntese bruta, dependendo do ambiente, em especial
luminosidade e temperatura que, quanto maiores mais a planta do algodão fotorrespira,
desassimilando o carbono e, assim, reduzindo a fotossíntese líquida;

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3.3 Efeitos do estresse hídrico na fisiologia do algodoeiro

● O efeito da água no crescimento do algodoeiro


Pelo menos 95% da água absorvida pela planta de algodão é usada para resfriar a planta, para
que a temperatura da folha possa ser mantida no limite ideal e favorável para a atividade
enzimática. A fotossíntese é reduzida quando a transpiração de água pelo dossel
(principalmente as folhas) não consegue manter a temperatura no limite ideal (23,5°C a
30°C). Isso porque, a energia que não é dissipada pela evaporação aquece o tecido da planta.
A água fornece a força para expandir as células e a rigidez para as estruturas da planta,
dissolvendo os nutrientes do solo e metabólitos translocados via xilema e floema.
● Respostas da planta ao déficit hídrico
Regulação osmótica para manter a turgescência (raízes, folhas): A turgescência é
mantida pelo acúmulo de componentes altamente solúveis de baixo peso molecular,
que mantém os gradientes de potenciais hídricos e previnem a perda de água
Redução da expansão celular: A expansão das células exige água e é reduzida em
resposta ao déficit de água antes da divisão celular, da diferenciação celular ou
fechamento do estômato.
Aumento do crescimento da raiz: aumenta a partição de carboidratos para as raízes e
isso é normalmente à custa do crescimento vegetativo ou dos frutos jovens
Aumento da densidade específica da folha e produção de cera cuticular: proteger as
folhas da perda de água e altas temperaturas
Produção de proteínas de estresse: são produzidas proteínas de choque de calor e as de
embriogênese tardia
Abortamento de frutos: O fruto mais jovem será abortado para manter o fornecimento
de carboidrato para maçãs mais velhas.

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3.4 Nutrição em algodoeiros

Nutrientes são absorvidos pelo algodoeiro praticamente durante todo o ciclo, e a quantidade
depende do desenvolvimento da cultura e da carga pendente. Quanto maior a produtividade,
menor a eficiência da planta em utilizar o nutriente, por esta razão, a economicidade da
adubação deve sempre ser levada em conta, uma vez que, a cada incremento na dose de
fertilizante, o resultado da produtividade será um pouco menor.

A resistência ou susceptibilidade da planta do algodoeiro às doenças, em especial àquelas


causadas por agentes bióticos, como bactérias, fungos e vírus, depende da constituição
genética da espécie, raça e cultivo do algodoeiro, além dos aspectos externos do meio
ambiente, em especial da temperatura, umidade relativa do ar, presença de orvalho e de
outros fatores, inclusive do ambiente edáfico, como grau textural, conteúdo de matéria
orgânica, tipo de argila etc; o manejo da cultura e domínio da manipulação cultural, também
como nutrição mineral equilibrada, método de preparo do solo e plantio direto pode ter
interferência na resistência da cultura a determinados patógenos causadores de doenças ou
desequilíbrios no metabolismo do algodoeiro.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O algodoeiro é uma planta superior, de elevada complexidade morfológica e fisiológica,


apresenta ajustamento osmótico, além de mecanismos fisiológicos e bioquímicos, para
resistência à seca e é, sabidamente, uma planta cultivada resistente aos sais do solo, sendo
assim suas reações ao ambiente e suas variações é diferente das demais.
Tendo em vista um ambiente otimizado em termos de luminosidade, temperatura, umidade
relativa do ar, nível do dióxido de carbono na atmosfera, entre outros fatores externos, pode
se ter o atingimento do seu potencial fotossintético e de produtividade, mas ainda há muito no
que trabalhar para que isto seja possível.
Um ponto que merece atenção e estudos, seria o processo de fotorrespiração que se reduz nas
condições tropicais, com elevada intensidade de luz, alta densidade do fluxo radiante e
elevada temperatura média, em torno de 40% da fotossíntese bruta. Com isso, e com o
melhoramento para desenvolvimento de cultivares com maior índice de colheita, haverá
incremento na produtividade econômica (drenos úteis, que são fibra + sementes) do algodão;
Em um planejamento agrícola, que visa maiores rendimentos e melhor qualidade do seu
principal produto, a fibra, e uma economia de produtos como reguladores de crescimento,
maturadores, fertilizantes etc; e maior resposta das plantas. é importante levar em conta de
que o algodoeiro herbáceo sua fisiologia e ecofisiologia.
O algodoeiro herbáceo uma planta com capacidade de produzir bem, mesmo em condições de
estresses do ambiente, desde que se maneje o seu sistema de produção com racionalidade
técnica e científica;

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, O.A. de; BELTRÃO, N.E. de M.; GUERRA, H.O.C. Crescimento,


desenvolvimento e produção do algodoeiro herbáceo em condições de anoxia do meio
edáfico. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.27, p.1259 -1272, set. 1992.

BELTRÃO, N.E. de M.; AZEVEDO, D.M.P. de. Defasagem entre as produtividades rela e
potencial do algodoeiro herbáceo : limitações morfológicas fisiológicas e ambientais.
Campina Grande, PB: EMBRAPA – CNPA, 1993. 108 p. ( EMBRAPA – CNPA.
Documentos, 39 )

FONSECA, R.G.; SANTANA, J.C. de F.; BELTRÃO, N. E. de M.; FREIRE, E .C.;


SANTOS, J.W. dos; VALENÇA, A. R . Potencialidades tecnológicas de fibra disponíveis nos
programas de melhoramento genético da Embrapa Algodão nos Estados do Ceará e do Mato
Grosso. Revista Brasileira de Oleaginosas e Fibrosas, v.8,n.1,p.763-769, jan-abr .2004.

HEARN, A.B.; CONSTABLE, G.A. Cotton. In: GOLDSWORTHY, P.R.; FISHER, N.M.
(Eds.) The Physiology of tropical field crops. New York: John Wiley, 1984 . p.495-527

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