DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA GBI181 – Fisiologia do Metabolismo e do Desenvolvimento Vegetal
Nome: Luís Otávio Peloso Turma: 20 A
ESTUDO DE CASO 01 A partir de estudos realizados pelo portal EcoDebate, juntamente com o Laboratório de Ecologia Evolutiva e Biodiversidade do Departamento de Ciências Biológias da UFMG, foi possível visualizar alguns dos impactos das mudanças climáticas (oriundas do aquecimento global) para algumas espécies vegetais. Nesse sentido, para que se possa compreender quais serão as respostas das plantas, mediante esses eventos, é necessário, antes de tudo, entender como se dão os processos fisiológicos desses organismos. Primeiramente, um composto essencial para o funcionamento de uma planta é a água, pois, ela desempenha inúmeros papéis fisiológicos e ecológicos, que são fundamentais para a manutenção de qualquer organismo vegetal. Sendo assim, a escassez de água irá impactar diretamente no metabolismo e na produtividade da planta, o que torna necessário o uso de certas adaptações, desenvolvidas especialmente para permitir a sobrevivência do indivíduo em situações onde há pouca água disponível no ambiente. Dentre essas respostas, têm-se: o fechamento dos estômatos (já que reduz a taxa de transpiração); alterações no crescimento da planta (causado pela perda de turgidez celular); a diminuição da fertilidade do pólen; a redução da área foliar (devido a redução da área de transpiração) e da disponibilidade de cera dessa região; limitações na fotossíntese e alterações na distribuição energética; a expansão das raízes e o desencadeamento da síntese de ABA (na raiz); e alterações na cutícula (havendo a produção de uma cutícula espessa que reduz a perda de água pela epiderme). Portanto, é notório que as plantas possuem muitas estratégias para lidar com a escassez de água. No entanto, situações em que a seca se estende ou até se agrava, requerem a ação de outros mecanismos para combater essa indisponibilidade hídrica, principalmente se, a planta em questão não for de uma espécie naturalmente adaptada à ambientes secos, que nesse caso, já possuem adaptações próprias para esse tipo de clima (como raízes longas e folhas reduzidas a espinhos). Assim sendo, quanto menos tolerante a planta for diante do estresse hídrico, maior será a quantidade de sintomas físicos observáveis. De todo modo, 2 fatores devem ser avaliados para avaliar se uma planta consegue sobreviver a um período de seca extremo, sendo eles, a capacidade do organismo em evitar à dessecação e a própria tolerância desse organismo à dessecação. Dentre os mecanismos que permitem a a retardação da dessecação, pode-se citar: a redução da taxa de transpiração e o aperfeiçoamento da absorção e da condução de água. Já as adaptações que visam tolerar os efeitos da dessecação, podem ser a transição para um estado anabiótico temporário (em que o metabolismo é praticamente nulo) e a capacidade de reidratar o protoplasma de maneira coordenada. Uma vez que se tenha conhecimento das adapatações dos seres vegetais mediante os períodos prolongados de seca, é preciso que os profissionais da ciência da conservação realizem ações efetivas, visando promover a manutenção do equilíbrio ecossitêmico, a partir da preservação da flora. Uma dessas estratégias é o reflorestamento. Mas é preciso que os profissionais envolvidos tenham um olhar atento às demandas de todos os seres vivos, com os quais eles irão trabalhar, assim como de todos ecossistema, ao qual eles pertencem. Como exemplo, tem-se a seguinte situação: um biólogo é contratado para reflorestar uma área que fora atingida por uma seca sazonal. Para que ele tenha sucesso nessa tarefa, seria necessário a utilização de plantas que fossem generalistas ou R-estrategistas, visto que seria um ambiente mais instável para plantas que possuem requerimentos hidrícos mais específicos. Inclusive, é esperado que, diante das mudanças climáticas que estão por vir, as espécies vegetais mais generalistas tenham mais sucesso reprodutivo, tendo em vista sua enorme capacidade adpatativa. Independentemente, é evidente que as plantas, de um modo geral, possuem uma vasta gama de mecanismos e adaptações que permitem a elas resistir às mais diversas situações desfavoráveis a elas. Resta a nós, compreender e auxiliar as plantas que conhecemos hoje, a sobreviver a todas as mudanças que nós mesmos estamos causando na Terra.