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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG

ESCOLA DE QUÍMICA E ALIMENTOS - EQA


CURSO DE ENGENHARIA BIOQUÍMICA
FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA BIOQUÍMICA II

Amanda Wermelinger Borges, 109571


Jaíny Pozzada, 109551
Vittoria Aparecida Mangile, 110552

Biotecnologia de microalgas

Rio Grande
2016
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Vantagens e desvantagens dos sistemas de cultivo. 8

LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Algumas aplicações das microalgas 9
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 5
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 10
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11
1 INTRODUÇÃO

Os estudos envolvendo microalgas vem aumentando gradativamente nas últimas


décadas, tendo em vista seu alto potencial biológico que faz com que elas possam ser
empregadas em diversas funções. As microalgas são seres microscópicos, autotróficos,
procarióticos ou eucarióticos e em sua maioria são seres de ambiente marinho. Suas
características, permitem a conversão de energia solar em energia química através da
fotossíntese e, vem sendo aproveitadas comercialmente com o intuito de obter biomassa a
partir de microalgas. Assim, essa biomassa pode ser utilizada na obtenção de vários tipos de
produtos no mercado mundial, como por exemplo, na indústria alimentícia e farmacêutica. A
biotecnologia das microalgas está relacionada, ainda, com o cultivo desses seres e o estudo de
novas aplicações, especialmente com relação à produção de biocombustíveis. (CARDOSO et
al, 2011).
Atualmente, o foco das pesquisas mundiais está voltado para fontes renováveis de
energia. A emissão de dióxido de carbono (𝐶𝑂2), proveniente de combustíveis fosseis, é

considerada uma das principais causas do efeito estufa. Nesse sentido, o cultivo de microalgas
tem importância fundamental no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável, tendo em
vista que possuem habilidade de capturar esse gás da atmosfera, contribuindo, assim, com o
meio ambiente. (MORAES, 2014).
O biodiesel é um biocombustível formado a partir da reação de esterificação de ácidos
graxos ou transesterificação de glicerídeos que estão presentes em óleos vegetais, gorduras
animais e residuais. Atualmente, no Brasil, a soja (Glycine sp) é a principal biomassa
utilizada para produção de biodiesel. Entretanto, ela necessita de áreas exclusivas para essa
produção, devido a sua baixa produtividade. As biomassas frequentemente utilizadas na
obtenção de etanol são o milho e a cana-de-açúcar, que possuem problemas em comum: são
muito utilizadas na alimentação e são necessárias terras agricultáveis para serem produzidas.
Em virtude disso, tem existido um interesse na utilização do cultivo de microalgas para a
produção desses e outros biocombustíveis pois elas podem ser cultivadas em áreas com solo
degradado e apresentam rendimento muito superior. (CARDOSO et al, 2011).
Dessa maneira, inúmeras pesquisas direcionadas para o cultivo de microalgas em larga
escala começaram a surgir. Entende-se por meio de cultivo o lugar onde estão localizados os
nutrientes e elementos necessários para o desenvolvimento do produto de interesse. O cultivo
de microalgas é praticado há cerca de 140 anos e, na história, são considerados dois períodos
fundamentais para o desenvolvimento desses cultivos. O primeiro, iniciou com o próprio
surgimento dessa atividade, marcado pelas descobertas fundamentais, e estendeu-se até
meados do século XX. O segundo período prolonga-se até a atualidade e é marcado pela
descoberta do aproveitamento efetivo das microalgas comercialmente e biotecnologicamente.
(LOURENÇO, 2006).
Existem diversas técnicas de cultivo de microalgas, entretanto, somente duas são mais
utilizadas. A primeira técnica, denominada como raceways, consiste em sistemas de cultivo
aberto, feito em lagoas geralmente com dois canais, onde a circulação é efetuada por turbinas.
A segunda técnica de cultivo é feita por fotobiorreatores, que são sistemas de cultivo
fechados. O uso de uma ou outra técnica de cultivo é definido de acordo com a espécie
utilizada, a quantidade de luz necessária e o processo de recuperação da biomassa
(centrifugação, floculação e filtração) que pretende-se utilizar. (AZEREDO, 2012).
As principais considerações que devem ser controladas em um meio de cultura são: a
concentração de sal, fonte de carbono, fornecimento suficiente de carbono, fonte de
nitrogênio, concentração de outros elementos como potássio, fósforo, magnésio, sódio,
sulfato, microelementos e a adição de componentes orgânicos e de substâncias que promovam
o crescimento do produto. (LOURENÇO, 2006).
De acordo com Bertoldi et al (2008) dentre cerca de dez mil microalgas existentes,
pouco mais de mil linhagens são mantidas em coleções ao redor do mundo e por serem pouco
exploradas, representam uma grande oportunidade de novas descobertas.
Logo, o objetivo desse trabalho é realizar uma breve discussão sobre o que são as
microalgas e como é feita a produção de biomassa a partir delas, bem como analisar o uso
dessa biomassa para a obtenção de diferentes produtos. Além disso, o trabalho tem como
finalidade expor o que existe no Brasil e no mundo em escala comercial das microalgas.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Espécies de microalgas
Microalgas são algas microscópicas, medindo entre 5 e 50 µm. A primeira espécie a
ser produzida comercialmente foi a Chlorella sp., no Japão, no início da década de 60, com o
objetivo de obter alimento com alto poder de nutrição. Desde então, a Chlorella vem sendo
produzida e expandiu sua produção para outros países, sendo utilizada principalmente como
fonte de proteína. Outra microalga produzida como fonte de alimento devido ao seu alto teor
proteico é a Spirulina (Arthrospira platensis), mas, além disso, a biomassa de Spirulina possui
muitas funções farmacêuticas. Um outro exemplo de espécies de microalgas é a Dunaliella
salina, que é produzida em larga escala devido a sua tolerância a altas e baixas temperaturas e
resistência a salinidade. (AZEREDO, 2012).

Cultivo de microalgas
O cultivo de microalgas pode ser realizado em laboratório e/ou em diversos terrenos.
Existem experimentos de cultivo de microalgas feitos com água do mar enriquecidas com
certos elementos químicos, tendo em vista que a água do mar é um meio de cultivo ótimo para
crescimento de algas marinhas, por exemplo. Entretanto, cada espécie requer um tipo de
cultivo específico, por isso deve-se adaptar o meio para receber cada uma delas. Dessa
maneira, dependendo do tipo de estudo pode-se até mesmo ser necessário um meio de cultivo
totalmente artificial. Em laboratórios, os cultivos podem ser feitos em salas climatizadas, que
são ambientes mais amplos e permitem o acesso de pessoas, ou em câmaras incubadoras, que
são equipamentos que possuem semelhança com refrigeradores. O cultivo de microalgas feito
em incubadoras só será feito se o objetivo for a produção em pequeno porte. Embora muitas
espécies de microalgas sejam sensíveis a inúmeros fatores, há espécies que não necessitam de
salas climatizadas nem câmaras incubadoras, podendo serem cultivadas em condições
ambientes e até mesmo improvisadas. (LOURENÇO, 2006).
As células das microalgas reagem à variações do meio, nesse sentido, manipulações
nas condições de cultivo podem significar a estimulação de funções diferentes das microalgas.
Além da temperatura, que deve ser regulada de acordo com a necessidade de cada espécie, a
iluminação é um dos fatores primordiais quando se trata de cultivo de microalgas. Ela atua
como a principal fonte de energia para o processo de obtenção de biomassa. Os melhores
resultados ocorrem em iluminação artificial. Além disso, devem ser considerados fatores
como o pH, nutrientes necessários e agitação. (MARGARITES, 2006).
A produção de microalgas começa a partir de culturas inóculo, que é uma cultura de
microrganismos em alta concentração. O objetivo dessa etapa é conservar as várias estirpes
(grupos de descendentes com um ancestral comum que compartilham semelhanças
morfológicas ou fisiológicas) de modo a garantir o abastecimento regular da produção com
culturas puras e fornecer continuamente inóculos durante toda a produção. É importante que
haja um planejamento da produção e nele deve conter as espécies que serão produzidas e o
número de replicados por espécie. As culturas inóculo são mantidas em pequenos volumes,
em tubos de ensaio, por exemplo, ou em caixas de Petri, guardadas em um local de
temperatura controlada e em condições de esterilidade. (LOURENÇO, 2006).
No Brasil, o cultivo de microalgas começou de forma tardia, tais atividades só
começaram a ser desenvolvidas no país quando, em outros países, essa técnica já estava
bastante avançada. Entretanto, hoje já existem grupos de pesquisadores trabalhando para
produção de biomassa com destaque para algumas universidades, como: UFPR, UFBA,
UFRJ, UFRN, UFSC e a FURG. A empresa Petrobras foi a pioneira no Brasil em programas
de pesquisa em rede sobre microalgas estabelecendo parceria com algumas universidades.
(LOURENÇO, 2016).
Segundo a Finep, nos últimos anos, o investimento no Brasil, a respeito de projetos de
pesquisa de biocombustível, chegou a R$126,36 milhões, entretanto, apesar desses avanços
ainda não é produzido, em larga escala, biocombustíves de microalgas. Atualmente os
maiores produtores de biocombustível de microalgas do mundo são China, Japão, EUA e
Índia.

Isolamento de microalgas
O isolamento de microalgas é a etapa mais elementar no que se diz respeito ao cultivo
desses microrganismos. Ele baseia-se na separação de uma determinada espécie de microalga
das demais. Essas técnicas são, relativamente, simples e permanecem praticamente iguais
desde o advento da atividade. Os cuidados necessários consistem em simular ao máximo as
condições que o organismo se encontra, reduzir contaminantes, além de esterilidade dos
equipamentos. A escolha da técnica se dá de acordo com os recursos disponíveis, e avaliação
das características de cada espécie. (LOURENÇO, 2006)
De acordo com Lourenço (2006) podem ser citados como alguns exemplos de
isolamento de microalgas:
Isolamento por pipetagem e diluições sucessivas: é considerada a técnica mais
utilizada, ideal para microalgas com células de tamanho superior a 10µm. Consiste na coleta
da microalga numa solução aquosa com uma pipeta Pasteur e transferência para porções de
água do mar.
Isolamento em meio sólido: Também é muito utilizada, quando se trata de espécies
muito pequenas, o que tornaria muito difícil a separação no meio liquido.
Isolamento por diluição em série: É utilizada quando se possui uma quantidade alta da
espécie de interesse.

Alguns métodos e sistemas de produção de microalgas


Há vários tipos e sistemas para a produção de biomassa de microalgas, tudo depende
do ramo em que elas vão atuar. Dentre os fatores que devem ser avaliados para a escolha do
método estão: as características biológicas da espécie, os custos da terra, do trabalho e da
energia, a disponibilidade de nutrientes, bem como o tipo de produto final. (AZEREDO,
2012).
Produção Autotrófica: a luz solar é a principal fonte de energia e o 𝐶𝑂2 fonte de

carbono para o crescimento das microalgas nesses sistemas. Eles podem ser classificados, de
acordo com Azeredo (2012), como:
Abertos: são sistemas denominados intensivos (há modificações para melhorar as
condições do meio) ou extensivos (não há modificações para a cultura).
Fechados: desenvolvidos mais recentemente e não estão muito utilizados devido ao
alto custo.
Híbridos: empregam tanto os sistemas fechados quanto os abertos.
Os sistemas de produção em lagoas abertas são utilizados para produção em larga
escala, são mais fáceis e mais econômicos de serem construídos e operados, em comparação
com os sistemas fechados.
Os fotobiorreatores são conhecidos pelo controle de quase todas características
importantes para o cultivo de microalgas e, além disso, apresentam um menor risco de
contaminação, não há perdas de 𝐶𝑂2 e por evaporação. A maior parte das pesquisas e

experimentos recentes estão relacionadas ao cultivo de microalgas em fotobiorreatores. No


entanto, a principal dificuldade para expansão plena do emprego de fotobiorreatores são os
elevados custos de construção e operação. (AZEREDO, 2012).
Grande parte dos fotobiorreatores utilizados no mundo são construídos em formato
cilíndrico ou tubular, podendo ser instalados em ambientes fechados ou abertos. Os primeiros
desenvolvidos compreendiam pequenos volumes, no entanto, o avanço tecnológico permitiu o
desenvolvimento de fotobiorreatores cada vez maiores. (LOURENÇO, 2006).
Os sistemas híbridos são uma associação de sistema fechados (fotobiorreatores) e
sistemas abertos. Desenvolvidos com o objetivo de maximizar as vantagens e minimizar as
desvantagens inerentes a ambos os sistemas, sem aumentar muito o custo de produção. A
Tabela 1 apresenta as vantagens e desvantagens entre os sistemas abertos e fechados.

Tabela 1 - Vantagens e desvantagens dos sistemas de cultivo.


Parâmetros Sistema Aberto Sistema Fechado
Risco de contaminação Muito alto Baixo
Necessidade de área Alta Baixa
Perda de água Muito alta Baixa
Perda de 𝐶𝑂2 Alta Muito baixa
Variedade de espécies Alta, quase todoas as
Poucas espécies
cultiváveis espécies
Flexibilidade de produção Nenhuma Alta
Dependência do clima Absoluta Insignificante
Fonte: Adaptado de PULZ (2001)

Tecnologias de extração e conservação de biomassa


Em cultivo, a biomassa microalgácea pode ser extraída através de várias formas, como
por exemplo: filtração, centrifugação, floculação. Não há um método de recuperação de
biomassa que seja adequado para todos os sistemas de produção e, ainda assim, essa escolha é
muito importante tanto do ponto de vista econômico quanto do técnico-operacional.
(AZEREDO, 2012).
Além disso, a biomassa pode ou não ser conservada por algum tempo através de
alguns procedimentos, como:
Refrigeração: Utilizada para conservação de um curto período de tempo.
Processos de desidratação e secagem: A remoção da água é um processo de
conservação da microalga, incluem secagem ao sol, secagem em baixa pressão, secagem por
pulverização, tambor de secagem, liofilização, e secagem em leito fluidizado. (AZEREDO,
2012).

Aplicações das microalgas


As aplicações mais elementares das microalgas envolvem a produção de biomassa
para uso na alimentação de animais e do homem. Entretanto, a extração de substâncias para a
área farmacêutica, a produção de cosméticos, o uso de microalgas como tratamento de
efluentes e, como já dito anteriormente, a produção de biocombustíveis também são utilidades
desses micro-organismos. Além disso, estima-se que para cada 1kg de microalgas vivas
cultivadas, é absorvido aproximadamente 0,8 Kg de CO2, liberando 0,6 Kg de O2 para a
atmosfera. (LOURENÇO, 2006).
Essas aplicações estão cada vez mais comuns atualmente, fazendo com que as
microalgas assumam um lugar essencial na sociedade. A Figura 1 representa algumas
aplicações das microalgas.

Figura 1 – Algumas aplicações das microalgas


(DESCONHECIDO, 2015)

O tratamento de efluentes tem como objetivo permitir que tanto os efluentes


domésticos quanto os industriais possam estar no meio ambiente sem provocar danos à saúde
da população. A função das microalgas nesse tratamento está no fornecimento de oxigênio
dissolvido para que outros microrganismos realizem a degradação aeróbica da matéria
orgânica presente no efluente. Com essa degradação, os microrganismos fornecem compostos
inorgânicos, como o nitrogênio, fósforo e dióxido de carbono, para o crescimento das
microalgas, nesse sentido, elas são muito eficientes na retirada de nutrientes responsáveis pela
eutrofização de corpos hídricos onde são despejados os efluentes sem tratamento.
(AZEREDO, 2012)

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Engenheiro Bioquímico poderá trabalhar diretamente na produção das microalgas,
como por exemplo: controlando as etapas de produção, verificando se o meio de cultivo
utilizado é o apropriado e se ele garante o melhor desempenho da microalga. Ele também é
responsável pelo processo de transformação da matéria-prima (microalga) em algum produto
que possa ser comercializado, como por exemplo produtos de beleza, remédio, combustíveis...
Dessa maneira, o Engenheiro Bioquímico está amplamente ligado aos estudos
relacionados às microalgas, levando em consideração tamanha variedade de ramos que ela
pode atuar.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEREDO, V. B. S. Produção de biodiesel a partir do cultivo de microalgas: estimativa
de custos e perspectivas para o brasil. 2012. Mestrado em ciências em planejamento
energético, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
BERTOLDI, F. C.; SANT’ANNA, E.; OLIVEIRA, J.L.B. Teor de clorofila e perfil de sais
minerais de Chlorella vulgaris cultivada em solução hidropônica residual, 2008.
CARDOSO, A. S.; VIEIRA, G. E. G.; MARQUES, A. K. O uso de microalgas para a
obtenção de biocombustíveis, 2011, 542-546
DEPARTAMENTO DE PESCA. La produccion de alimento vivo y su importancia en
acuicultura. Disponível em:
< http://www.fao.org/docrep/field/003/ab473s/ab473s02.htm>. Acesso em 23 de setembro de
2016.
LOURENÇO, S. O. Cultivo de microalgas marinhas – princípios e aplicações. São Carlos:
Editora RiMa, 2006.
MARGARITES, A. C. F. Seleção e cultivo de microalgas para a produção de bioetanol.
2010. Mestrado em Engenharia e Ciência de Alimentos, Universidade Federal do Rio Grande,
Rio Grande.
MORAES, L. Aumento da eficiência de biofixação de 𝐶𝑂2 por microalgas. 2014. Mestrado

em Engenharia e Ciência de Alimentos, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande.


RIBEIRO, L. A. Combustíveis de algas? Disponível em:
<http://www.norters.com.br/site/?page=post&id=26457-Combust%C3%ADveis-feitos-de-alg
as>. Acesso em 26 de setembro de 2016.
Cultivo de microalgas. Disponível em:
<http://claeff.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=16&Itemid=21>.
Acesso em: 22 de setembro de 2016.
Pesquisas com microalgas para produção de biocombustível. Disponível em:
<http://www.ubrabio.com.br/1891/noticias/pesquisascommicroalgasparaproducaodebiocombu
stivel_254701/>. Acesso em: 07 de outubro de 2016.

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