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Evolução biológica

Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Grupo I
A multicelularidade evoluiu em diversas linhagens eucarióticas, resultando no aparecimento de plantas, fungos e animais. Este
processo envolve a adesão célula a célula, o aumento da comunicação e da cooperação célula a célula e, por fim, a
especialização celular. Em alguns casos, pode ainda existir uma transição entre uma multicelularidade "simples" para uma
multicelularidade mais complexa.

Para que um agregado de células funcione como um organismo individualizado, é necessário um alinhamento genético das
células de forma a prevenir conflitos entre elas. O aumento de similaridade entre as mesmas favorecerá a sua colaboração. Os
organismos verdadeiramente multicelulares são capazes de produzir entidades semelhantes a si que herdam o seu material
genético (t ;w 2), restaurando o ciclo.

1. A multicelularidade surge como resposta à necessidade de as células


(A) crescerem, garantindo taxas metabólicas baixas.
(B) aumentarem de volume, mantendo elevada a superfície de contacto com o meio.
(C) amplificarem a produção de metabolitos essenciais.
(D) compartimentarem o espaço intracelular para tornar cada organelo especializado e mais eficiente.

2. A alga Volvox constitui ______ formado por células biflageladas _____.


(A) um ser colonial ... com elevado grau de especialização
(B) um ser pluricelular ... com elevado grau de especialização
(C) um ser colonial ... cujo grau de diferenciação é reduzido
(D) um ser pluricelular ... cujo grau de diferenciação é elevado

3. Segundo o modelo endossimbiótico, os cloroplastos e as mitocôndrias formaram-se, respetivamente, a partir de


(A) procariontes fotossintéticos e procariontes aeróbios. (C) procariontes quimiossintéticos e procariontes anaeróbios.
(B) procariontes fotossintéticos e procariontes anaeróbios. (D) procariontes quimiossintéticos e procariontes aeróbios.

4. A multicelularidade traduziu-se num aumento _____, devido à existência de _____, que conduziu a uma gestão mais
eficiente da energia metabólica.
(A) da capacidade de adaptação ao ambiente ... um elevado número de interligações celulares
(B) do volume celular ... uma maior área de contacto com o exterior
(C) da capacidade de adaptação ao ambiente ... células com o mesmo conteúdo genético
(D) do volume celular ... diferenciação celular
5. A espirogira é uma alga filamentosa e, por isso, _____, característica que é partilhada com alguns membros da família
_____.
(A) colonial ... Chlorophyceae (C) colonial ... Trebouxiophyceae
(B) multicelular Chlorodendrales (D) multicelular Ulvophyceae

6. O ciclo de vida representado pelo esquema B recorre à _____ como processo de formação de gâmetas e, no esquema D, há
formação de gâmetas por _____.
(A) mitose ... mitose (C) mitose ... meiose
(B) meiose … meiose (D) meiose ... mitose

7. Na figura 2, o ciclo de vida em que não ocorrem fenómenos de fecundação está representado pela letra
(A) A. (C) C.
(B) B. (D) D.

8. O ciclo de vida da figura 2 representado pela letra A é


(A) haplodiplonte, com meiose pós-zigótica. (C) haplodiplonte, com meiose pré-espórica.
(B) haploide, com meiose pós-zigótica. (D) haploide, com meiose pré-espórica.

9. A evolução de clorófitas e streptófitas deu-se no sentido de


(A) aumento de volume celular com redução das taxas metabólicas.
(B) aumento da complexidade dos organismos com surgimento de organismos multicelulares.
(C) diminuição do volume celular e das superfícies de trocas com o meio.
(D) diminuição da complexidade dos organismos.

10. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativas ao aparecimento de células eucarióticas, o modelo
que melhor a explica e que consta da coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) Células procarióticas fagocitaram células de menores dimensões. (1) Modelo autogénico
(b) Prolongamentos da membrana citoplasmática deslocaram-se para o interior do citoplasma, (2) Modelo endossimbiótico
originando compartimentos.
(c) Todo o DNA presente nas células tem uma origem comum.
(d) Nas células eucarióticas de um ser humano existe DNA nuclear e DNA mitocondrial.

11. A difusão consiste na forma mais simples de as células realizarem trocas com o meio e de comunicarem entre si. No
entanto, com o aparecimento da multicelularidade e com o aumento progressivo da complexidade dos organismos, a difusão
simples torna-se insuficiente para assegurar o bom funcionamento do organismo.
Explique, sucintamente, as implicações que a multicelularidade teve no processo evolutivo e de que forma contribuiu para
um aumento do grau de complexidade dos organismos.

Grupo II - O Homem da Atlântida


O Homem da Atlântida foi uma série americana exibida nos anos 80 do século XX que teve grande êxito em Portugal junto do
público mais jovem. O ator principal encarnava o suposto último sobrevivente da Atlântida. Apresentava guelras para respirar
debaixo de água e membranas entre os dedos das mãos e dos pés, que lhe conferiam a capacidade para nadar em águas
profundas. Possuía também uma visão especial para as profundezas do oceano, permitindo-lhe sobreviver em ambiente
marinho.
A Atlântida é uma ilha lendária que se terá afundado no oceano num único dia de infortúnio. A possível existência da Atlântida é
ainda atualmente discutida, sendo normalmente rejeitada. A sua localização é alvo de controvérsia, tendo sido apresentadas
várias possibilidades, como, por exemplo, sobre a dorsal médio-atlântica ou sobre a superfície da Antártida. Contudo, é uma
referência para todas e quaisquer suposições sobre civilizações pré-históricas perdidas.

1. Segundo o Lamarckismo, a justificação das membranas interdigitais nos homens da Atlântida seria explicada
(A) devido à lei do uso e desuso.
(B) devido à Lei da transferência de caracteres adquiridos.
(C) devido à lei do uso e desuso e à lei da transferência de caracteres adquiridos.
(D) por alterações somáticas.

2. O Lamarckismo é uma teoria


(A) evolucionista que admite a geração espontânea.
(B) evolucionista que nega a geração espontânea.
(C) fixista que admite a geração espontânea.
(D) fixista que nega a geração espontânea.
3. Para Darwin, a presença de guelras nos homens da Atlântida seria explicada
(A) pelo facto de os seres mais aptos a viverem nesse ambiente terem sofrido alterações somáticas devido ao uso das guelras.
(B) pela existência de variabilidade intraespecífica e devido à sobrevivência dos seres que as possuíam por seleção natural.
(C) pelo facto de os seres que não possuíam guelras terem sofrido evolução ao longo dos tempos, que levou ao seu
desenvolvimento.
(D) porque as guelras eram a única forma de conseguirem respirar em ambiente marinho.

4. A visão especial para as profundezas do oceano dos supostos homens da Atlântida seria explicada por Darwin por
(A) reprodução diferencial dos mais aptos.
(B) surgimento de mutações que favorecem a visão em meio marinho.
(C) seleção artificial que favoreceu a visão especial.
(D) uso da visão em meio marinho.

5. As membranas interdigitais dos homens da Atlântida são estruturas _____ às dos anfíbios, flamingos, patos, gaivotas e
outros seres com capacidade natatória e terão resultado de uma evolução _____ de seres inseridos em _____ similares.
(A) homólogas ... convergente ... ambientes (C) homólogas ... divergente ... nichos ecológicos
(B) análogas ... convergente ... ambientes (D) análogas ... divergente ... nichos ecológicos

6. Darwinismo foi fortemente influenciado pelo contexto religioso e pelo desenvolvimento da


(A) Biologia. (C) Ecologia.
(B) Paleontologia. (D) Mineralogia.

7. O náutilo é um organismo que representa uma Linhagem única, sobrevivente de uma longa época passada, razão por que
representa um fóssil
(A) de transição. (C) de idade.
(B) vivo. (D) de fácies.

8. Se a localização da Atlântida tivesse sido sobre a dorsal médio-atlântica, então o vulcanismo-tipo desse local seria
(A) intermédio explosivo. (C) misto efusivo.
(B) ácido explosivo. (D) básico efusivo.

9. Foram já encontrados fósseis de tubarões e outros animais marinhos na cordilheira do Atlas, em Marrocos. Explique a
presença de fósseis marinhos em lugares de grande altitude segundo uma abordagem fixista e segundo a teoria evolucionista.

Grupo III
Os primatas são uma ordem de mamíferos que engloba o ser humano, chimpanzés, gorilas, orangotangos, gibões, macacos e
ainda outros animais menos conhecidos, como os lémures, os társios e os lóris.
Contudo, entre os primatas, há estruturas bem distintas. Por exemplo, o pé dos humanos
é muito diferente do pé dos outros primatas. Nos outros primatas, o pé está adaptado à
vida nas árvores e, por isso, o dedo grande é oponível (como o das mãos) para poder
agarrar os troncos. No caso do ser humano, o dedo grande do pé não é oponível, porque
somos bípedes e a sua função é ajudar na propulsão do pé. O facto de sermos bípedes,
aliado à posição vertical que o ser humano adquiriu ao caminhar, para além de explicar o
posicionamento do dedo do pé, também justifica que a pélvis seja diferente nos humanos
e restantes primatas.
Quase todos os primatas têm cauda. A exceção são os hominoides (ser humano,
chimpanzé), que têm apenas uma reminiscência da cauda, o cóccix, no extremo inferior da
coluna vertebral. Apesar de este não servir a sua função original, é ainda um ponto de
fixação para vários músculos pélvicos (razão pela qual não desapareceu totalmente).
Em termos evolutivos, primeiro ocorreu a perda da cauda nos hominoides (círculo
vermelho na figura 4 e só bastante mais tarde é que o dedo grande do pé deixou de ser
oponível nos hominídeos (círculo lilás na figura 4).
A ontogenia e a filogenia são utilizadas para estudar a evolução das espécies. A ontogenia
refere-se ao estudo das origens e do desenvolvimento embrionário de um organismo. A
filogenia estuda as relações evolutivas entre grupos de organismos com base em dados
morfológicos e moleculares.

1. Os pés dos seres humanos e os dos restantes primatas são estruturas


(A) homólogas. (C) vestigiais.
(B) análogas. (D) convergentes.

2. As diferenças anatómicas entre os pés dos primatas devem-se à evolução


(A) divergente. (C) análoga.
(B) convergente. (D) homóloga.

3. Serão raras as estruturas _____ entre o Homem e os outros primatas, porque a ____ entre estas espécies é muito
recente, não tendo ocorrido tempo para uma evolução _____.
(A) homólogas ... divergência ... convergente (C) análogas ... divergência ... convergente
(B) homólogas ... convergência ... divergente (D) análogas ... convergência ... divergente

4. Os nossos ancestrais conseguiam mover as orelhas para a direção da fonte do som, mas, atualmente, os músculos das
orelhas já não são controláveis, razão por que são uma estrutura
(A) homóloga. (C) vestigial.
(B) análoga. (D) divergente.

5. De acordo com a figura 4, os ancestrais dos hominoides perderam a cauda


(A) no Mesozoico. (C) no Neogénico.
(B) no Paleozoico. (D) no Quaternário.

6. De acordo com a figura 4, os ancestrais dos seres humanos deixaram de ter o dedo grande do pé oponível
(A) no Paleozoico. (C) no Terciário.
(B) no Cenozoico. (D) no Quaternário.

7. As afirmações seguintes dizem respeito ao processo evolutivo dos seres vivos. Selecione a opção que as avalia
corretamente.
I. Quanto mais afastados filogeneticamente estiverem dois organismos, menor será o número de etapas ontogénicas comuns.
II. Organismos filogeneticamente mais próximos possuem maior semelhança nas proteínas e menor no DNA, fator que os
caracteriza.
III. Por evolução convergente, espécies que vivem em ambientes semelhantes adquirem estruturas que desempenham a mesma
função.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(C) III é verdadeira; I e II são falsas.
(D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

8. Explique, à luz da perspetiva neodarwinista, por que motivo a variabilidade genética numa população é um pré-requisito
para a evolução.
Grupo IV - Coelhos da ilha de Porto Santo
Darwin, na sua obra de 1868 intitulada A variação dos animais e das plantas sob domesticação apresenta uma explicação para a
presença de coelhos na ilha de Porto Santo. Assim, em 1418 ou 1419, Bartolomeu Perestrelo levaria a bordo do barco uma
coelha domesticada prenha, que daria à luz uma ninhada durante a viagem. As suas crias foram libertadas na ilha. Estes animais
multiplicaram-se tão rapidamente que se tornaram uma praga, sendo uma das razões para o abandono da ilha pelos colonos.

Darwin examinou sete exemplares destes coelhos-bravos de Porto Santo, que,


apesar de apanhados em diferentes períodos, eram muito parecidos entre si,
mas muito diferentes dos coelhos-bravos ingleses (a biodiversidade dos coelhos
estudados por Darwin pode ser observada na Galeria da Biodiversidade, no
Porto - figura 7). Mas seriam os coelhos de Porto Santo uma nova espécie ou
apenas uma subespécie?
Se a história dos coelhos do Porto Santo não fosse conhecida, a maioria dos
naturalistas, ao observar as suas características particulares (o seu tamanho
muito reduzido, a sua cor avermelhada na parte superior do corpo e cinzenta
por baixo, sem cauda nem orelhas e com extremidades pretas), tê-los-iam
classificado como uma espécie distinta.

Estudos genéticos (figura 8) recentes conduzidos pelo Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, com
cientistas de outros países, provam que, afinal, a coelha-mãe era uma coelha-selvagem de Portugal continental não
domesticada. A espécie domesticada só chegaria a Portugal anos depois (figura 9).
Outros registos históricos sugerem que a domesticação ocorreu ainda mais cedo (por volta do ano 600) nos mosteiros da
Provença, no Sul de França, no entanto, os estudos realizados demonstram o contrário (figura 9).
A transformação de um animal selvagem num animal doméstico resulta da modificação de uma diversidade de genes ao nível do
cérebro e do sistema nervoso que influenciam de forma incontornável o comportamento.
Baseado em C. Darwin, The variation of animais and plants under domestication, 1868. doi: 10.1126/science.1253714

1. Segundo Darwin, os coelhos de Porto Santo são descendentes de uma coelha ____ proveniente da Península Ibérica, onde
predominam coelhos _____.
(A) domesticada ... domesticados
(B) domesticada... selvagens
(C) selvagem ... domesticados
(D) selvagem ... selvagens

2. Apresenta uma possível justificação para o facto de os coelhos se terem multiplicado rapidamente na ilha de Porto Santo.
3. Sem conhecerem a história de Porto Santo, a maioria dos naturalistas consideraria os coelhos uma espécie, no entanto,
novas descobertas
(A) nova ... concordam
(B) nova ... discordam
(C) mesma ... concordam
(D) mesma ... discordam

4. Os estudos posteriores para o estabelecimento das relações filogenéticas foram realizados com recurso à _____ e ____ a
ideia de Darwin sobre a coelha-mãe domesticada.
(A) bioquímica ... refutam
(B) biogeografia ... apoiam
(C) genética ... refutam
(D) citologia ... apoiam

5. De acordo com os estudos realizados, o coelho domesticado terá surgido _____, na região _____.
(A) há 2 milhões de anos ... da Península Ibérica
(B) há 2 milhões de anos ... do Sul de França
(C) entre os séculos XIV e XV ... da Península Ibérica
(D) entre os séculos XIV e XV ... do Sul de França

6. As orelhas do coelho de Porto Santo e as orelhas dos coelhos-bravos da Península Ibérica podem ser consideradas órgãos
(A) homólogos, por apresentarem a mesma estrutura.
(B) homólogos, por exercerem a mesma função.
(C) análogos, por apresentarem a mesma estrutura.
(D) análogos, por exercerem a mesma função.

7. A evolução da população de coelhos na ilha de Porto Santo a partir de coelhos da Península Ibérica pode ser comparável
com o mecanismo de evolução por
(A) mutações.
(B) deriva genética.
(C) seleção natural.
(D) fluxo genético.

8. No Sul da Europa, os coelhos apresentam um processo evolutivo


(A) divergente, por pressões seletivas idênticas.
(B) convergente, por pressões seletivas idênticas.
(C) convergente, por pressões seletivas diferentes.
(D) divergente, por pressões seletivas diferentes.

9. Oryctolagus cuniculus cuniculus e Oryctolagus cuniculus algirus pertencem _____ e Oryctolagus diz respeito ao _____.
(A) à mesma espécie ... nome do género
(B) à mesma espécie ... nome da família
(C) ao mesmo género ... restritivo específico
(D) à mesma família ... restritivo subespecífico

10. Numa perspetiva Darwinista, qual das seguintes afirmações pode ser rejeitada?
(A) As alterações ambientais têm um papel muito importante na evolução.
(B) A unidade evolutiva mais pequena é o organismo.
(C) Os indivíduos podem adquirir novas características à medida que respondem a novas situações ambientais.
(D) As populações naturais tendem a produzir uma descendência superior àquela que o ambiente é capaz de suportar.

11. Qual das seguintes afirmações representa a unidade mais simples que a seleção natural pode alterar?
(A) frequência genética de uma espécie.
(B) frequência genética de uma população.
(C) genoma de um indivíduo.
(D) fenótipo de um indivíduo.

12. Analise os dados da figura 8 e indique, justificando, quais são as populações de coelhos que terão maior capacidade de
sobrevivência perante um ambiente em mudança.
2. (B). No ciclo de vida de ascomicetos, os ascósporos são produzidos por meiose pós-zigótica (figura 4), ocorrendo, por isso, uma divisão reducional. Antes da
germinação dos ascósporos, ocorre ainda mitose para aumentar o número de ascósporos disponíveis. Na mitose, o número de cromossomas das células-filhas
mantém-se, sendo, por isso, uma divisão equacional.
3. (B). A reprodução sexuada aumenta a diversidade genética dos indivíduos e, quanto maior a diversidade genética de uma dada população, maior será a sua
probabilidade de sobrevivência. Assim, sob condições ambientais desfavoráveis, a maior variabilidade genética aumentará a possibilidade de sobrevivência dos
ascomicetos.
4. (C). No fenómeno Y observa-se a junção de dois núcleos (cariogamia), formando-se o zigoto. No fenómeno Z vemos o zigoto originar 4 núcleos, ou seja,
ocorreu meiose.
5. (B). Os ascósporos são originados por meiose e, por isso, são haploides. A germinação dos ascósporos originará um micélio, que é também haploide.
6. (B). Os fungos alimentam-se por absorção, sendo organismos heterotróficos. Segregam enzimas para o substrato que é digerido (fora do corpo e fora das
células), e só após a sua digestão é que são absorvidas as macromoléculas.
7. O termo simbiose pode ser definido como uma associação íntima entre dois ou mais organismos vivos, em que todos eles são beneficiados. No caso das
micorrizas, os parceiros desta associação são fungos que habitam no solo e nas raízes, ou outro órgão subterrâneo, da maioria das plantas. Neste caso particular,
as plantas melhoram a sua nutrição mineral, a absorção de água e a resistência a agentes patogénicos e os fungos, por sua vez, adquirem uma fonte de açúcares
constante.

Grupo IV
1. (C). As vespas apresentam dimorfismo sexual, sendo, por isso, animais gonocóricos. Os ovos apresentam o mesmo número de cromossomas (cariótipo) dos
seus progenitores.
2. (B). A superfície respiratória dos insetos são as traqueias, que comunicam com o exterior através dos espiráculos (pequenas aberturas na superfície do
exosqueleto) e conduzem o ar diretamente até às células e não através de um fluido intermediário (difusão direta).
3. (D). As fêmeas que se encontram no interior das galhas resultaram da fusão do oócito II (n) com um núcleo polar (n), sendo, por isso, diploides. Resultaram de
reprodução assexuada por partenogénese, pois não existe acasalamento com um parceiro do sexo oposto.
4. (C). A recombinação genética deve-se, por exemplo, à meiose, nomeadamente devido à ocorrência de crossing-over durante a prófase I. No final da meiose
formam-se quatro células haploides. No ciclo de vida da vespa descrita (organismo diploide), a meiose é pré-gamética.
5. (A). No ciclo de vida da vespa não se verifica alternância de gerações, pois existe apenas uma geração diploide. Na acácia existe uma geração esporófita e uma
geração gametófita. Em ambos os ciclos ocorre alternância de fases nucleares. No ciclo de vida da acácia, a meiose é pré-espórica, sendo o ciclo haplodiplonte.
6. A, C, E, B, D. As afirmações dizem respeito a algumas etapas do ciclo de vida de uma planta com flor. No esporófito (planta adulta) ocorre a formação de
esporos haploides por meiose (em que ocorre recombinação genética durante o crossing-over). Os esporos originam gametófitos que dão origem aos gâmetas
(oosfera e grão de pólen). A fecundação permite a fusão de um dos núcleos espermáticos do grão de pólen com a oosfera, resultando no ovo ou zigoto (2n), e a
fusão do segundo núcleo espermático com os dois núcleos polares do gametófito feminino, resultando na formação do endosperma (3n), um tecido que contém
reservas nutritivas.
7. (D). Durante a geração gametófita, no gametófito diferenciam-se gametângios, estruturas que contêm células que, por mitose, produzirão gâmetas.
8. (a) - (1); (b) - (4); (c) - (6); (d) - (8); (e) - (9).
9. (A) - F. O conjunto de cromossomas com características próprias de uma espécie designa-se por cariótipo.
(B) - F. Um determinado gene pode desempenhar funções diferentes em diferentes células.
(C) - V.
(D) - F. Os cromossomas são mais visíveis durante a metáfase, por atingirem a máxima condensação ou o máximo encurtamento.
(E) - F. Apresenta 16 cromossomas (oito pares de cromossomas homólogos) por cada célula somática (n = 8).
(F) - F. Na reprodução assexuada não ocorre meiose.
(G) - V.
(H) - F. A divisão I da meiose é reducional.
10. A introdução de machos poderá permitir a ocorrência de reprodução sexuada, situação que assegura um aumento da variabilidade genética e, portanto,
uma maior capacidade de sobrevivência em novos ambientes.
Uma vez que a vespa apresenta uma capacidade de sobrevivência baixa caso não encontre de imediato hospedeiros, os machos poderão ser importantes para a
persistência da população durante mais tempo, garantindo uma maior capacidade de dispersão natural por outras florestas de acácias.

Unidade 7: Evolução biológica


Grupo I
1. (B). Quando uma célula aumenta de tamanho, verifica-se que a razão entre a superfície e o volume diminui. Por isso, sempre que haja um aumento de volume
e um consequente aumento de metabolismo, a célula não terá um aumento equivalente na eficácia das trocas com o meio, uma vez que a área de superfície não
aumenta na mesma proporção do volume. Assim, a multicelularidade veio garantir um aumento de volume sem perda de área de superfície para trocas gasosas
com o exterior.
2. (C). Volvox é um organismo colonial com células flageladas. Apesar de estas células serem interdependentes e de estarem ligadas entre si, do ponto de vista
funcional não ocorreu diferenciação.
3. (A). O modelo endossimbiótico admite que a célula eucariótica resultou da incorporação de organismos procarióticos. Os cloroplastos ter-se-ão originado a
partir da captura de cianobactérias, enquanto as mitocôndrias terão resultado da incorporação de procariontes com eficiente capacidade respiratória.
4. (A). A multicelularidade traduz-se num aumento da capacidade de adaptação ao ambiente, uma vez que há maior colaboração entre células. Essa interligação
conduz a uma gestão mais eficiente da energia.
5. (D). As algas filamentosas são algas multicelulares cuja divisão celular ocorre sempre no mesmo sentido (crescendo, por isso, segundo uma mesma direção). A
família Ulvophyceae apresenta algas filamentosas, tal como a espirogira, e outras com ainda maior complexidade de tecidos (figura 1).
6. (D). O ciclo de vida representado por B (figura 2) é diplonte (com meiose pré-gamética). O ciclo de vida D da figura 2 é assexuado, em que a formação de
gâmetas ocorre por mitose.
7. (D). O ciclo de vida D da figura 2 é assexuado (não ocorre meiose nem fecundação).
8. (B). O ciclo de vida A representa um organismo haploide (a entidade multicelular tem n cromossomas) cuja meiose é pós-zigótica, tal como se observa na
figura 2.
9. (B). A evolução das divisões Chlorophyta e Streptophyta deu origem ao aparecimento de organismos multicelulares (o que implica um aumento da
complexidade e da eficiência das trocas com o meio).
10. (a) - (2); (b) - (1); (c) - (1); (d) - (2).
11. A difusão é a forma mais simples de comunicação entre células. A multicelularidade trouxe um aumento do volume dos organismos, garantindo uma elevada
área para a realização de trocas com o exterior.
A difusão célula a célula em organismos multicelulares de elevadas dimensões implicaria uma baixa velocidade de difusão e muitas perdas de energia
associadas, o que torna o processo lento e pouco eficiente.
Assim, os organismos começaram a desenvolver sistemas de transporte de forma a garantirem taxas de difusão altas e com a mesma eficiência, o que contribui
para o aumento do grau de complexidade dos organismos.
Grupo II
1. (C). O Lamarckismo baseia-se em duas leis: a) lei do uso e desuso - o uso de um órgão leva ao seu desenvolvimento e o desuso, ao seu atrofiamento ou
desaparecimento; b) lei da herança dos carateres adquiridos - todas as alterações resultantes da lei anterior são transmitidas à descendência.
2. (A). O Lamarckismo admite a geração espontânea para a origem das formas de vida mais simples que evoluíam para seres mais complexos, sendo o ambiente
a causa da variabilidade.
3. (B). Segundo Darwin, dentro de uma população existe variabilidade intraespecífica e, por seleção natural, os indivíduos que apresentam características
vantajosas em relação ao meio vão sobreviver.
4. (A). Os indivíduos mais aptos, ou seja, os que possuem características vantajosas em relação ao meio (neste caso uma visão especial), vão sobreviver,
reproduzir-se e transmitir as características aos descendentes (reprodução diferencial). Os indivíduos sem a visão especial seriam eliminados.
5. (B). Estruturas análogas são estruturas semelhantes em espécies diferentes e que possuem a mesma função. Resultaram de uma convergência evolutiva, mas
não possuem a mesma origem embriológica. O facto de terem evoluído para formas semelhantes e função idêntica resulta de se terem adaptado a ambientes
semelhantes.
6. (B). O desenvolvimento da Paleontologia permitiu descobrir uma elevada diversidade de espécies no registo fóssil, que auxiliou a encontrar a evidência de
uma seleção natural por sobrevivência dos mais aptos ao ambiente.
7. (B). Um fóssil vivo é o nome designado para classificar espécies não extintas que são extremamente parecidas com espécies identificadas em fósseis.
8. (D). Nas dorsais atlânticas, o vulcanismo é básico. São zonas de vulcanismo ativo, correspondente a um limite tectónico divergente, construtivo, onde ocorrem
forças tectónicas distensivas. Neste contexto, ascendem magmas ricos em minerais ferromagnesianos e pobres em sílica, responsáveis pelo carácter efusivo das
erupções vulcânicas.
9. O facto de terem sido encontrados fósseis marinhos muito acima do nível do mar é uma evidência de que esse local já foi coberto por água. Os evolucionistas
explicariam a sua existência recorrendo à teoria do uniformitarismo, que refere que os fenómenos da Terra ocorrem de forma lenta e gradual. Os fósseis
marinhos seriam vestígios de um ambiente diferente do atual. Já para um fixista, recorreria ao dilúvio e à arca de Noé para explicar que os fósseis marinhos se
encontravam num local, hoje, imerso. Assim, os fósseis seriam vestígios de seres que não sobreviveram ao dilúvio.

Grupo III
1. (A). O pé dos seres humanos e o dos restantes primatas são estruturas homólogas, porque são diferentes mas têm a mesma origem ontogenética e
filogenética.
2. (A). As diferenças anatómicas entre os pés dos primatas devem-se à evolução divergente, da qual resultam estruturas homólogas.
3. (C). Não existem estruturas análogas entre o ser humano e os outros primatas, porque a divergência entre estas espécies é muito recente, não tendo
decorrido tempo para uma evolução convergente.
4. (C). Os nossos ancestrais conseguiam mover as orelhas para a direção da fonte do som, mas, atualmente, os músculos das orelhas já não são controláveis,
razão pela qual são uma estrutura vestigial, isto é, apresentam um desenvolvimento muito reduzido, apesar de terem sido funcionais em espécies ancestrais.
5. (C). De acordo com a figura 4.
6. (B). De acordo com a figura 4.
7. (B). A opção II é falsa, porque organismos filogeneticamente mais próximos possuem maior semelhança nas proteínas e, consequentemente, também no
DNA.
8. De acordo com a perspetiva neodarwinista, a variabilidade genética é o resultado da ocorrência de mutações (fonte primária de variabilidade genética;
responsável pela novidade genética) e recombinações génicas que ocorrem durante a reprodução sexuada, ao nível da meiose (crossing-over) e da fecundação
(junção aleatória de gâmetas). No seio de uma população, as diferenças genéticas entre os indivíduos são fundamentais para a atuação da seleção natural. Sem
estas diferenças, as frequências dos genes seriam constantes ao longo do tempo, não permitindo, portanto, a evolução da população.

Grupo IV
1. (B). Darwin considera que os coelhos de Porto Santo são descendentes de uma coelha domesticada transportada por Bartolomeu Perestrelo, que terá tido
uma ninhada que depois foi libertada na ilha. Na Península Ibérica, os coelhos eram predominantemente selvagens.
2. Os coelhos multiplicaram-se rapidamente na ilha de Porto Santo, visto que a ilha não seria habitada por predadores de coelhos, o que levou a que estes se
tornassem rapidamente uma praga.
3. (B). A maioria dos naturalistas da época tenderia apenas a observar as características exteriores dos coelhos de Porto Santo, que, por apresentarem
características muito diferentes, poderiam ser confundidos com uma nova espécie. As novas descobertas refutam esta ideia, pois conhecem o contexto histórico
do surgimento destes animais na ilha.
4. (C). Os estudos mencionados incidiram no estudo de aspetos genéticos, por comparação do DNA das várias populações de coelhos, permitindo estabelecer
relações filogenéticas entre as diferentes populações. Estes estudos contrariaram as ideias de Darwin relativas ao facto de a coelha-mãe ser domesticada.
5. (D). Os estudos realizados, como se pode observar na figura 2, indicam que o coelho domesticado terá surgido por volta do século XI, no Sul de França.
6. (A). Tratam-se de estruturas homólogas, uma vez que apresentarão a mesma estrutura, tendo sido herdadas de um ancestral comum.
7. (B). A população de coelhos na ilha de Porto Santo resulta de apenas alguns indivíduos que lá foram deixados por Bartolomeu Perestrelo. Na ilha ainda não
existiam coelhos, pelo que o fundo genético que a nova população irá apresentar será mais reduzido, pois resulta apenas dos indivíduos lá libertados (efeito
fundador). O fundo genético ficará reduzido aos indivíduos sobreviventes, podendo ocorrer alteração do fenótipo dominante da população.
8. (D). No Sul da Europa, o processo de evolução é divergente, dada a existência de subespécies que resultaram de pressões seletivas distintas.
9. (A). A espécie é Oryctolagus cuniculus e o género é Oryctolagus.
10. (B). Segundo Darwin, a unidade evolutiva é a população.
11. (B). A seleção natural pode alterar a frequência genética de uma população de indivíduos, conjunto de indivíduos da mesma espécie que habitam num
determinado local.
12. As populações de coelhos com maior diversidade genética são as existentes na Península Ibérica. Estes indivíduos apresentarão, em determinados genes, um
maior número de variações de alelos para determinadas condições ambientais. Assim, será mais provável que sobrevivam para originarem descendentes
portadores desses alelos.
A capacidade de uma população sobreviver num ambiente em mudança depende da diversidade genética. Indivíduos com determinados alelos ou combinações
de alelos podem ter precisamente as características necessárias para sobreviverem e se reproduzirem sob novas condições.

Unidade 8: Sistemática dos seres vivos


Grupo I
1. (C). Estruturas homólogas são estruturas com origem semelhante, constituídas por ossos ou órgãos idênticos e posição relativa semelhante. Têm, no entanto,
diferenças ao nível do grau de desenvolvimento e ao número de ossos, desempenhando assim funções diferentes. Os ossos também apresentam rigidez
diferente.
2. (A). Consultar figura 1.
3. (D). Sistemas racionais utilizam características estruturais dos seres considerados. Sistemas verticais têm em conta a história evolutiva das espécies.
4. (A). Consultar figura 1.
5. (C). Os seres vivos são classificados em sete grupos hierárquicos — categorias taxonómicas ou taxa. Os seres representados na figura 1 fazem parte da classe
das Aves, mas pertencem a famílias e géneros distintos. Como fazem parte da mesma classe, os taxa superiores são também comuns (filo e reino).

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