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º 4
Grupo I
Nas células, a digestão intracelular pode envolver a formação de vacúolos digestivos que contêm
constituintes da própria célula. Esses vacúolos, designados como autofágicos, possibilitam a
reconversão dos materiais da célula e o seu reaproveitamento (fig.1).
As células de levedura são relativamente fáceis de estudar e, consequentemente, são usadas,
com frequência, como modelo para células humanas. Yoshinori Ohsumi, prémio Nobel da
Medicina em 2016, procurou observar processos de autofagia em células de levedura, até então
desconhecidos nestas células, devido à sua pequena dimensão. Cultivou leveduras modificadas
geneticamente, sem lisossomas, e estimulou a autofagia não alimentando as células. Em poucas
horas, formaram-se pequenas vesículas – autofagossomas –, cujo conteúdo não era degradado
(fig. 1).
Graças a Ohsumi, e a outros investigadores que seguiram os seus passos, sabemos agora que a
autofagia controla funções fisiológicas importantes quando os componentes celulares precisam de
ser degradados e reciclados. A autofagia pode fornecer rapidamente nutrientes para a produção
de energia e monómeros para a renovação dos componentes celulares, sendo, portanto,
essencial para a resposta celular à falta de nutrientes e outros tipos de stresse. As células
também usam a autofagia para eliminar proteínas e organelos danificados, um mecanismo de
controle de qualidade que é fundamental para neutralizar as consequências negativas do
envelhecimento.
Vacúolo digestivo
7. Segundo o modelo do mosaico fluido, proposto por Singer e Nicholson, em 1972, a membrana
plasmática apresenta
(A) uma distribuição homogénea de proteínas.
(B) glícidos associados a lípidos na superfície interna.
(C) lípidos que ocupam posições fixas.
(D) moléculas lipídicas de grande mobilidade lateral.
8. Estabeleça a correspondência entre as descrições relativas a funções nas células das
leveduras, na coluna I, e o respetivo termo, na coluna II. Utilize cada letra e cada número
apenas uma vez.
Coluna I Coluna II
Estas características permitem que possa haver fusão entre diferentes membranas da célula.
Grupo II
A predação pode levar à evolução das estratégias de fuga das presas. Estudos recentes têm-se
focado na forma como algumas presas escapam dos predadores após o contacto com estes.
Algumas espécies de presas conseguem sobreviver à passagem pelo tubo digestivo e são
eliminadas vivas com as fezes. Sobreviver aos valores de pH extremos do sistema digestivo
depende, entre outras coisas, da velocidade do trânsito intestinal e dos movimentos da presa. É o
caso do escaravelho aquático Regimbartia attenuata, que conseguiu, em laboratório, sobreviver à
passagem pelo sistema digestivo de cinco espécies de rãs. Os insetos adultos são facilmente
engolidos pelas rãs, mas uma grande percentagem dos indivíduos ingeridos são eliminados vivos,
no máximo ao fim de 6 h (0,1 a 6 h), dependendo da espécie do predador (fig. 2A).
Provavelmente, os escaravelhos usam as patas para se mover pelo tubo digestivo em direção à
abertura anal da rã, acelerando a sua fuga, podendo estimular os movimentos peristálticos e
acelerar o trânsito intestinal.
Para testar se as patas do escaravelho desempenham um papel importante na sua sobrevivência
no tubo digestivo da rã, foi feito um trabalho experimental, no qual 30 escaravelhos da
Regimbartia attenuata foram divididos em dois grupos de 15 indivíduos: no grupo I, as patas foram
deixadas livres; no grupo II, as patas foram fixadas ao corpo com cera. Os insetos foram
fornecidos, vivos, como alimento a rãs da espécie Pelophylax nigromaculatus. Os resultados
relativos à sobrevivência dos escaravelhos, após terem atravessado o tubo digestivo das rãs,
estão expressos no gráfico B da figura 2.
Figura 2. A – Percentagem de sobrevivência de R. attenuata a rãs de cinco espécies diferentes. B – Tempo necessário
para a excreção dos indivíduos dos grupos I e II.
Baseado em Sugiura, S. (2020). Ative escape of prey from predator vent via the digestive tract. Current Biology, 30 (15),
R867-R868. DOI:10.1016/j.cub.2020.06.026
Grupo I
5. Explique a diferença de tempo de eliminação dos indivíduos do grupo I relativamente aos do
grupo II.
Os insetos do grupo I são excretados ao fim de poucas horas, uma vez que o movimento das
suas patas favorece o trânsito ao longo do trato intestinal e a consequente estimulação dos
movimentos peristálticos.
6. As rãs têm dificuldade em digerir os escaravelhos pelo facto de estes insetos possuírem um
exosqueleto espesso e impregnado de quitina. Esta substância pertence ao grupo dos
(A) prótidos e a sua principal função é estrutural.
(B) glícidos e é um polímero de glicose.
(C) glícidos e tem função energética.
(D) prótidos e é um polímero de aminoácidos.
8. As rãs são seres com nutrição por , e ao nível do seu intestino ocorre a absorção de
moléculas resultantes de reações de .
(A) absorção … condensação
(B) absorção … hidrólise
(C) ingestão … hidrólise
(D) ingestão … condensação
Coluna I Coluna II
11. Os organismos que obtêm a matéria por absorção distinguem-se dos que realizam a ingestão,
(A) por, nos primeiros, ocorrer a simplificação molecular de compostos orgânicos.
(B) por, nos segundos, ocorrer o transporte transmembranar de compostos já digeridos do
meio ambiente.
(C) pelo facto de, nos primeiros, a digestão ser apenas extracorporal.
(D) pelo facto de, nos primeiros, ocorrer o transporte de substâncias através da membrana
plasmática.
13. Os monómeros resultantes da digestão dos alimentos difundem-se para o sangue da rã por
difusão facilitada, intervenção de proteínas e gasto de energia.
(A) sem … com
(B) com … sem
(C) sem … sem
(D) com … com
15. O tipo de sistema digestivo dos seres vivos condiciona a disponibilidade de nutrientes para as
células. Relacione as características do sistema digestivo da rã com a sua eficiência em
disponibilizar nutrientes às células deste animal.
Este tubo digestivo permite uma trajetória da massa alimentar num sentido único através de
estruturas especializadas, o que torna mais eficaz a digestão e a absorção, disponibilizando
maior quantidade de nutrientes para as células.
Grupo III
Muitas mudanças ocorrem nas folhas das árvores caducas antes de, finalmente, caírem do ramo.
As folhas preparam-se para o outono desde que começaram a crescer, na primavera. Na base de
cada folha está uma camada especial de células, chamada de "abscisão" ou camada de
separação. No outono, as células da camada de abscisão começam a inchar e a formar um
material semelhante à cortiça, reduzindo e, finalmente, interrompendo o fluxo no sistema vascular
entre a folha e o ramo. Nessa altura, a clorofila começa a desaparecer e as folhas adquirem uma
variedade de tonalidades que vão do laranja ao roxo.
A cor laranja resulta da presença do caroteno, e o amarelo, da xantofila. São pigmentos
envolvidos na fotossíntese, pouco visíveis na primavera devido à elevada presença de clorofila. As
cores vermelha e roxa da folhagem de outono são resultantes da presença de antocianinas,
antioxidantes comuns em muitas plantas. Estes pigmentos são formados no outono, a partir da
glicose retida na folha, quando a camada de abscisão se desenvolve.
Baseado em Milius, S. (22 de outubro de 2002). Why Turn Red?. Science News. Disponível em
https://www.sciencenews.org/article/why-turn-red [consult. jan 2020]
3. Das sequências seguintes, aquela que melhor representa o fluxo de eletrões durante a
fotossíntese é
(A) O2, NADPH, ciclo de Calvin.
(B) H2O, NADPH, ciclo de Calvin.
(C) H2O, NADPH, ATP.
(D) Clorofila, O2, NADPH, CO2.
Coluna I Coluna II
(a) Etapa da fotossíntese que ocorre na membrana dos (1) Fase fotoquímica
tilacoides, nas células fotossintéticas.
(2) Fase química
(b) Processo de conversão de moléculas de ADP em moléculas
de ATP. (3) Fotossíntese
(c) Etapa onde ocorre a formação de compostos orgânicos. (4) Ciclo de Krebs
(d) Moléculas que absorvem energia luminosa. (5) Fosforilação
(e) Transformação de carbono inorgânico em matéria orgânica, (6) Reações de oxidação-redução
utilizando energia luminosa.
(7) Pigmentos fotossintéticos
(a) – (1); (b) – (5); (c) – (2); (d) – (7); (e) – (3)
COTAÇÕES
Item
Grupo
Cotação
1 2 3 4 5 6 7 8 9
I
5 5 5 5 5 5 5 5 15 55
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
II
5 5 5 5 10 5 10 5 5 5 5 5 5 5 10 90
1 2 3 4 5 6 7 8
III
5 5 5 5 10 5 5 15 55
TOTAL 200