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Chiquita Mouzinho

Eunice Fernando
Filomena Cláudio
Germias Caetano
Inácia José
Ivone Ernesto
Sozinho Adriano

Biologia de Conservação
Prioridade para escolha de uma espécie para conservação

Licenciatura em Ensino de Biologia com habilitações em Química

Universidade Púnguè
Tete, Setembro, 2022
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Chiquita Mouzinho
Eunice Fernando
Filomena Cláudio
Germias Caetano
Inácia José
Ivone Ernesto
Sozinho Adriano

Biologia de Conservação

Licenciatura em Ensino de Biologia com habilitações em Química

Trabalho a ser entregue no Departamento


de Ciências Agrarias e Biologicas, como
critério de avaliação para a cadeira de
biologia de conservação, orientado por:
Juliana Paulo

Universidade Púnguè

Tete, Agosto, 2022


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Índice

1. Introdução............................................................................................................................5

2. Objectivos............................................................................................................................5

2.2. Objectivo geral.............................................................................................................5

2.3. Objectivos específicos..................................................................................................5

3. Metodologia.........................................................................................................................5

4. PRIORIDADE PARA ESCOLHA DE UMA ESPÉCIE PARA CONSERVAÇÃO..........6

4.2. Biodiversidade..............................................................................................................6

4.3. Valor da biodiversidade...............................................................................................6

4.4. Prioridade para escolha de uma espécie.......................................................................6

4.4.1. Diversidade...........................................................................................................7

4.4.2. Relação com estabilidade......................................................................................8

4.4.3. Utilidade................................................................................................................8

4.4.4. Vulnerabilidade...................................................................................................10

4.4.5. Raridade..............................................................................................................10

4.4.6. Lista vermelha.....................................................................................................11

4.5. Outras prioridades para escolha de uma espécie param conservação........................12

5. Conclusão..........................................................................................................................14

6. Bibliografia........................................................................................................................15
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1. Introdução

A biodiversidade ou diversidade biológica é considerada pela IUCN (União Internacional para


a Conservação da Natureza) como a variedade de formas de vida, os papéis ecológicos que
desempenham e a diversidade genética que contém, importantes para a manutenção da vida na
Terra.

Durante muitos séculos, a relação do homem com o meio ambiente se deu de forma
harmónica, pois havia tempo para uma boa renovação dos recursos naturais. Com o
crescimento populacional e a industrialização iniciou-se uma maior exploração dos recursos
naturais, trazendo, posteriormente, a mecanização na agricultura e causando a destruição do
ambiente pela acção antrópica. As florestas tropicais úmidas, por exemplo, vêm sendo
destruídas pela acção humana na velocidade de 20 minuto (Schierholz, 1991). A previsão é
que desaparecerão dentro do próximo século (XXI), levando com elas milhares de espécies à
extinção (WILSON, 1997).
Face ao exposto, ressalta-se a necessidade urgente da definição dos critérios de prioridade a
serem utilizados na selecção de espécies para conservação

2. Objectivos

2.2. Objectivo geral

 Compreender as prioridades para escolha de uma espécie para conservação

2.3. Objectivos específicos

 Descrever as prioridades para escolha de uma espécie para conservação


 Apresentar as prioridades para escolha de uma espécie para conservação

3. Metodologia

Para elaboração deste trabalho de pesquisa recorreu-se as consultas bibliográficas das obras
electrónicas disponíveis na internet.
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4. PRIORIDADE PARA ESCOLHA DE UMA ESPÉCIE PARA CONSERVAÇÃO

4.2. Biodiversidade

A biodiversidade ou diversidade biológica é considerada pela IUCN (União Internacional para


a Conservação da Natureza) como a variedade de formas de vida, os papéis ecológicos que
desempenham e a diversidade genética que contém, importantes para a manutenção da vida na
Terra.

Dentro do contexto global Mittermeier & Bowles (1993) colocam a importância da


biodiversidade em duas categorias: valores ecológicos e geopolíticos. A nível ecológico esta é
fundamental para a dinâmica dos ecossistemas promovendo inovações evolutivas complexas,
processo este que permite o tamponamento do ambiente (considerando a fauna e flora
associadas) contra as mudanças climáticas e no rendimento das culturas. Este autor coloca
ainda que a “eco-seguridade” (manutenção da estabilidade geopolítica) dos países depende da
biodiversidade, sendo que os países desenvolvidos dependem muito mais do que aqueles em
desenvolvimento.

4.3. Valor da biodiversidade

O valor da biodiversidade também é discutido muito em termos de potencial futuro para


inovações biotecnológicas e novos fármacos. O uso da biodiversidade pode ser o mais
diverso, como na agricultura, indústria, recreação, saúde e outros.

Acredita-se que o principal problema causador da perda da biodiversidade no planeta seja a


destruição da cobertura vegetal e, consequentemente, a degradação do habitat e da fauna
associada a este (Couto, 1986). Isto ocorre devido ao fato da fauna ser produto do meio que a
suporta, visto sua dependência em relação ao habitat para satisfazer suas necessidades de
sobrevivência e reprodução (FIRKOWSKY,1991).

4.4. Prioridade para escolha de uma espécie

Nos últimos anos, a preocupação com a questão da biodiversidade tem sido cada vez maior,
face aos problemas ambientais crescentes como: poluição da água e do ar, diminuição da
camada de ozônio, erosão do solo, destruição de habitats, explosão demográfica da população
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humana (nos trópicos) e excessivo consumo dos recursos naturais (nos países desenvolvidos),
os quais estão levando à destruição da diversidade biológica.

Actualmente, não pode ser feita uma estimativa precisa do número de espécies que estão se
extinguindo nas florestas tropicais ou em outros habitats, pela simples razão de não se
conhecer a quantidade de espécies originalmente presentes e/ou pela escassez de
monitoramentos ambientais. No entanto, não há dúvida de que a extinção está seguindo um
ritmo muito mais acelerado do que antes do século XVIII, em função, basicamente, do
crescimento explosivo das populações humanas, que desestruturam o meio ambiente de forma
muito rápida, destruindo habitats naturais levando à extinção de muitas espécies.

Entretanto, os critérios mais aceitos na literatura são aqueles baseados em conceitos


biológicos, ecológicos, ou biogeográficos e que, de acordo com MARGULES & USHER
(1981) são:

4.4.1. Diversidade

Podendo ser representada de várias formas (diversidade genética, trófica, de espécies etc). No
entanto, para fins de conservação a melhor medida pode ser dada pela riqueza de espécies,
levando-se em consideração a escala e o tamanho da amostra.

Se existe importância da biodiversidade ligada às suas relações com o ser humano, imagine
então qual não seria a importância da biodiversidade na manutenção das relações entre os
organismos que a compõem.

Nenhum organismo ocorre independentemente dos demais; ele necessita de uma série de
relações com outros organismos que lhe possibilitam a vida. Imagine uma planta polinizada
por uma vespa, por exemplo. A planta fornece alimento para a vespa que, por sua vez,
promove a polinização da planta cujo fruto, depois de formado, pode servir de alimento para
outro animal, uma ave, por exemplo. Essa ave dispersará as sementes, que germinarão no solo
graças à acção de decompositores que tornaram disponíveis nutrientes antes presentes no
corpo daquela vespa, ou daquela ave, ou daquela planta. Preservar a biodiversidade significa,
também, preservar uma quantidade ilimitada de relações entre os organismos. Qualquer
elemento dessa cadeia que entre em desequilíbrio ou desapareça representará uma perda na
intrincada rede de relações e interacções biológicas daquele ambiente. Quanto maior a
diversidade tanto maior será a estabilidade de um determinado ambiente.
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Exemplo: Caso uma espécie de decompositor venha a faltar naquele ambiente, ela pode ser
substituída por outra espécie que desempenhe a mesma função. Imaginem, agora, se houver
somente uma, aquela espécie de decompositor, Sua ausência desestabilizará todo o sistema.

Pensando ainda na interdependência dos organismos que formam a diversidade de um local, é


preciso chamar a atenção para a importância desses organismos na composição dos biomas e
ecossistemas do planeta. A diversidade de um bioma é directamente relacionada aos tipos e à
quantidade de espécies que ele possui. Portanto, a importância da biodiversidade tem a ver
com a fisionomia de uma paisagem e a diversidade de um determinado bioma. Cada indivíduo
ou cada espécie que compõe essa paisagem, esse bioma, é que vai caracterizá-lo. Sabemos,
por exemplo, que um trecho de floresta pertence à mata pluvial de encosta ou à mata de
restinga ou à mata de planalto não só pela sua localização geográfica, mas, principalmente,
pelas espécies que possui. Imaginar um ecossistema ou um bioma sem sua diversidade de
organismos é como imaginar um quebra-cabeças só com moldura, sem as peças que o
preenchem.

4.4.2. Relação com estabilidade

A estabilidade é uma medida da velocidade em que uma comunidade volta ao tamanho de


equilíbrio após uma perturbação, dada pela constância do fluxo de energia ou a produção de
biomassa.

4.4.3. Utilidade

Todos os animais são importantes. No entanto, alguns se destacam para o ser humano, por
serem capazes de melhorar a sua vida, em certos aspectos. Já outros, por provocarem
prejuízos.

4.4.3.1. Importância que o animal tem para a natureza em geral

Cavalos, por exemplo, são muito utilizados como meios de transporte. Além disso, ajudam o
homem do campo em serviços mais pesados, como para puxar carroças e arados. Já os bois e
vacas, além de alimentos, como a carne e o leite, podem também nos fornecer o couro.

As abelhas são outros animais muito significativos para nós. Elas produzem o mel e o
própolis, muito utilizados para combater e tratar de gripes, resfriados e problemas de
garganta. Além disso, ao visitarem diversas flores, as abelhas levam em seus corpos o grão-
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de-pólen, ajudando na reprodução de diversas plantas. Esse fenómeno é chamado de


polinização.

A polinização é feita por muitos outros animais. Um deles é o morcego. Ele é capaz de
polinizar um número enorme de vegetais. Além disso, como a maioria deles se alimenta de
frutos, eles espalham as sementes por vários ambientes, fazendo com que novas plantas
nasçam.

Certos morcegos, assim como alguns anfíbios e lagartixas, alimentam-se de muitos animais
invertebrados, inclusive de mosquitos que podem provocar doenças. Assim, podemos
compreender que esses seres vivos, alvos de preconceitos, também são muito importantes.

Por outro lado, existem animais que, apesar de serem necessários para o equilíbrio da
natureza, podem provocar problemas. São eles aqueles capazes de transmitir doenças, como
as baratas, ratos e mosquitos. Eles se tornam um problema quando há a sua superpopulação,
ou seja: quando existem muitos deles.

As plantas são organismos essenciais para o equilíbrio do planeta. Essas constituem a base da
cadeia alimentar (produtores) de vários ecossistemas, servindo de alimento para os
consumidores primários. Elas são, inclusive, parte da alimentação humana, sendo comum na
nossa dieta as frutas, legumes e verduras.

As plantas são também abrigo para uma série de seres vivos, como é o caso de alguns
animais. Além disso, estão relacionadas com outras funções importantes, como liberação de
oxigénio para a atmosfera, captação de gás carbónico, além de evitarem a erosão e ajudarem a
regular a umidade relativa do ar.

As plantas são usadas pelo ser humano para fins económicos, como no uso de madeira. As
plantas também apresentam importantes funções económicas. A madeira, por exemplo, é
usada na fabricação de casas e móveis, e a celulose, um produto obtido das plantas, é usada na
fabricação de papel. Não podemos esquecer-nos ainda de que as plantas oferecem produtos
importantes para a fabricação de medicamentos e cosméticos.
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4.4.4. Vulnerabilidade

Uma espécie está Vulnerável quando as melhores evidências disponíveis indicam que enfrenta
um risco elevado de extinção na natureza em um futuro bem próximo, a menos que as
circunstâncias que ameaçam a sua sobrevivência e reprodução melhorem.

A vulnerabilidade é causada principalmente por perda ou destruição de habitat. Espécies


vulneráveis são monitoradas e, frequentemente, encontradas em cativeiro, onde podem ser
abundantes. Actualmente há 4.796 animais e 5.099 plantas classificadas como vulneráveis.

4.4.5. Raridade

A UICN usa o termo "raro" como designação para espécies encontradas em locais geográficos
isolados. Elas não estão em perigo, mas classificados como "em risco".

Este conceito ainda é muito discutido, devido à sua grande variação em função da escala.
Uma espécie pode ser rara localmente, regionalmente, nacionalmente ou até mesmo
internacionalmente. Deve-se usar a escala que será considerada ao se tomar decisões em
relação ao plano de conservação. Estas espécies são mais vulneráveis às ameaças provocadas
pelo homem e às catástrofes, sendo a alteração do seu habitat o principal responsável pela sua
redução.

Uma espécie pode estar ameaçada ou vulnerável, mas não é considerada rara se tiver uma
população grande e dispersa. Espécies raras são geralmente consideradas ameaçadas porque
uma população pequena tem maior probabilidade de não se recuperar de desastres ecológicos.

Uma espécie rara é um grupo de organismos que são muito incomuns, escassos ou raramente
encontrados. Esta designação pode ser aplicada a um táxon vegetal ou animal e é distinta do
termo em perigo ou ameaçado. A designação de uma espécie rara pode ser feita por um órgão
oficial, como um governo nacional, estado ou província. O termo aparece mais comumente
sem referência a critérios específicos. A União Internacional para a Conservação da Natureza
(UICN) normalmente não faz tais designações, mas pode usar o termo em discussões
científicas.

Espécies raras são espécies com populações pequenas. Muitas passam para a categoria
ameaçada ou vulnerável se os factores negativos que as afectam continuarem operando.
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Exemplos de espécies raras incluem o urso-pardo-do-himalaia, o feneco, o búfalo-asiático-


selvagem e o calau.

4.4.6. Lista vermelha

A Lista Vermelha de espécies da União Internacional para a Conservação da Natureza


(UICN) é uma iniciativa por meio da qual se pode avaliar a probabilidade de uma espécie ser
extinta. É considerada a metodologia mais útil para avaliar o estatuto de conservação de
espécies em todo o mundo, constituindo assim um indicador crítico do estado da
biodiversidade. As espécies podem ser avaliadas a nível global, regional e nacional.
Constituem espécies ameaçadas as que se encontram nas categorias: Criticamente em Perigo
(CR), em Perigo (EN) e Vulnerável (VU).

Criada em 1964, a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional Para


Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) tem como objetivo informar a
sociedade e pesquisadores do planeta a respeito da conservação dos seres vivos. Ela apresenta
informações relevantes a respeito da fauna e flora do planeta, mas não apresenta dados a
respeito de micro-organismos.

A Lista Vermelha da UICN é amplamente reconhecida como a abordagem mais abrangente e


objectiva para avaliação do estado de conservação de espécies vegetais e animais à escala
global. A utilização de uma abordagem cientificamente rigorosa, apoiada na aplicação de um
sistema de critérios e categorias para determinar o risco de extinção das espécies, que pode ser
aplicável a todos os taxa, tornou-se uma referência mundial e desempenha um papel cada vez
mais proeminente na orientação das acções de conservação de governos, organizações não
governamentais e instituições científicas. Este sistema de critérios e categorias tem sido
afinado através de revisões efectuadas ao longo das últimas décadas. A padronização deste
sistema permite que, para qualquer táxon, possam ser compiladas informações sobre o seu
estado de conservação e a sua distribuição que sirvam de base à tomada de decisões
conscientes sobre a necessidade da sua conservação, quer a nível global, quer a nível local.

A Lista Vermelha, ao informar os dados de conservação, serve como um alerta sobre a


constante perda de biodiversidade verificada na Terra. Com esses dados, é possível embasar a
luta por políticas de conservação e tentar impedir a extinção de várias espécies.
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4.4.6.1. Categoria para classificar um organismo vivo

A lista vermelha apresenta nove diferentes categorias para classificar um organismo vivo.

 Extinto: Nenhum exemplar da espécie analisada está vivo na natureza ou em


cativeiros.
 Extinto na natureza: A espécie analisada não é mais encontrada em seu habitat natural,
existindo apenas representantes em cativeiros.
 Criticamente em perigo: A espécie classificada como criticamente ameaçada corre um
risco extremamente alto de ser extinta da natureza.
 Em perigo: A espécie estudada apresenta um risco elevado de entrar em extinção em
seu habitat.
 Vulnerável: A espécie vulnerável é aquela que apresenta riscos de entrar em extinção
na natureza.
 Quase ameaçado: Uma espécie quase ameaçada é aquela que necessita de medidas de
conservação para que não se torne vulnerável à extinção.
 Pouco preocupante: Quando comparadas às outras categorias, as espécies classificadas
como pouco preocupantes não apresentam muitos riscos de extinção.
 Dados deficientes: A espécie estudada não possui dados suficientes para avaliar o
nível de conservação.
 Não avaliado: As espécies classificadas nessa categoria não foram avaliadas pelos
critérios da IUCN.

4.5. Outras prioridades para escolha de uma espécie param conservação

 Heterogeneidade de espécies: deve-se considerar espécies típicas e raras de um


ambiente.
 Valor educacional: nesse caso é considerado que todas as reservas tenham valor
educacional. O que definiria seu valor seria a proximidade e acesso das instituições
educacionais. O impacto dessas actividades na reserva, entretanto, é um factor que
merece ser melhor investigado.
 Espécies conspícuas: apesar de não ser um critério efectivo por não, necessariamente,
conservar um grande número de espécies, é importante conservar as espécies
conspícuas (raras e grandes) como forma a se obter apoio público.
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 Comunidades frágeis: proteger aquelas comunidades mais sensíveis a mudanças. No


entanto, a crítica a este critério é que além de ser fortemente relacionado com outro
critério mais comumente usado, a ameaça humana, este não conservaria comunidades
em estágios sucessionais iniciais, por exemplo.
 Comunidades com forte equilíbrio: deve-se preservar aquelas comunidades que
voltam mais facilmente à condição inicial após sofrerem uma perturbação (maior
resiliência).
 Valor científico: preservar áreas que estejam sendo estudadas e produzindo resultados
úteis (principalmente para a conservação).
 Disponibilidade: preservar áreas que não estejam sendo utilizadas para nenhum fi m.
Apesar do ítem não ser considerado como um critério, na prática é um dos mais
utilizados.
 Espécies “Guarda-chuva”: refere-se ao uso de espécies, geralmente de vertebrados,
para proteger outras espécies na sua comunidade. Acredita-se que uma reserva deva
ser grande o sufi ciente para sustentar estas populações, bem como manter outras
espécies. Tais espécies devem ter longo tempo de geração e relativamente baixa taxa
de crescimento intrínseco (WILCOVE, 1994).
 Grau de conservação do ambiente: este conceito refere-se à conservação de acordo
com a condição natural do local, de preferência com o mínimo de interferência
humana.
 Antropização do entorno: a ameaça de interferência humana é um critério variável
ao longo do tempo e que deve ser acessado independentemente para todos os locais.
Apesar de não se basear em nenhum princípio ecológico, este critério tem grande
importância para as espécies raras ou de baixa resiliência.
 Área: a relação espécie-área se analisada por si só não tem significado ecológico. Sua
importância surge quando é comparada com outras áreas. As Unidades de
Conservação são frequentemente considera das como ilhas cercadas de diferentes
ambientes. Mas, segundo FONSECA (1991) estes fragmentos florestais costumam
caracterizar sistemas complexos, apenas de tamanhos reduzidos.
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5. Conclusão

A biodiversidade ou diversidade biológica é considerada pela IUCN (União Internacional para


a Conservação da Natureza) como a variedade de formas de vida, os papéis ecológicos que
desempenham e a diversidade genética que contém, importantes para a manutenção da vida na
Terra.

O valor da biodiversidade também é discutido muito em termos de potencial futuro para


inovações biotecnológicas e novos fármacos. O uso da biodiversidade pode ser o mais
diverso, como na agricultura, indústria, recreação, saúde e outros.

Acredita-se que o principal problema causador da perda da biodiversidade no planeta seja a


destruição da cobertura vegetal e, consequentemente, a degradação do habitat e da fauna
associada a este (Couto, 1986). Isto ocorre devido ao fato da fauna ser produto do meio que a
suporta, visto sua dependência em relação ao habitat para satisfazer suas necessidades de
sobrevivência e reprodução (FIRKOWSKY,1991).
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6. Bibliografia

 FIRKOWSKI,C. O Habitat para Fauna: Manipulação em Microescala. Floresta.


1991.
 FIRKOWSKI,C. O Habitat para Fauna: Manipulação em Microescala. Floresta.
1991.
 FONSECA, G. A. B. Biologia de Conservação no Brasil: teoria, prática e
aplicabilidade. In: Workshop Estratégia para Conservação da Biodiversidade. Brasília,
1991.
 MARGULES, G.; USHER, M. B. Criteria in Assessing Wildlife Conservation
Potential: a review. Biological Conservation.1981.
 MITTERMEIER, R. A.; BOWLES, I. A. The Global Environment Facility and
Biodiversity Conservation: Lessons to Date and Suggestions for Future Action.
Biodiversity and Conservation. 1993.
 SCHIERHOLZ, T. Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais. Ciência Hoje, 12
(71): 22-29, 1991.
 WILCOVE, D.. Ecological Applications. Letters to the Editor 1994.
 WILSON, E. O. A Situação Atual da Diversidade Biológica. Biodiversidade. Rio de
Janeiro : Nova Fronteira, 1997.

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