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Adelaide Fernando Mungoi

Chaharizade Cimento

Elíria Salma

Eunilio Fafetine

Jelisio Jaime

Reprodução assexuada e regeneração

Relatório a ser entregue ao curso de Biologia


na Faculdade De Ciências Naturais e
Matemática na cadeira de Zoologia Geral para
efeitos de avaliação

Docente: Marina Jerónimo

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2023
Adelaide Fernando Mungoi

Chaharizade Cimento

Elíria Salma

Eunilio Fafetine

Jelisio Jaime

Linceciatura em Ensino de Biologia

2º Ano Laboral

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2023
Índice
1. Introdução....................................................................................................................................4
1.1. Objectivos.............................................................................................................................4

1.1.1. Objectivos gerais..........................................................................................................4


1.1.2. Objectivos específicos..................................................................................................4
1.2. Metedologia..........................................................................................................................4
2. Reprodução..................................................................................................................................5
2.1. Reprodução Assexuada.......................................................................................................5
2.1.1. Características Da Reprodução Assexuada...............................................................6
2.2. Tipos Ou Estratégias De Reprodução Assexuada..................................................................6
2.2.1. Bipartição ou Cissiparidade..............................................................................................6
2.2.2. Gemulação ou gemiparidade.............................................................................................6
2.2.3. Esporulação........................................................................................................................7
2.2.4. Fragmentação.....................................................................................................................7
2.2.5. Pluripartição ou Esquizogonia..........................................................................................7
2.2.6. Partenogênese.....................................................................................................................8
2.3. Reparo tecidual....................................................................................................................9
2.3.1 Regeneração........................................................................................................................9
2.3.2. Fases da regeneração.......................................................................................................10
2.3.3. Importância da Regeneração..........................................................................................12
3. Conclusão...................................................................................................................................14
4. Referências bibliográficas.........................................................................................................15
1. Introdução
Os animais podem se reproduzir de forma semelhante como se reproduzem as plantas,
mesmo que sejam eles muito diferentes das mesmas. Assim sendo define-se reprodução como
sendo a função através da qual os seres vivos ptoduzem descendentes, de modo a dar
continuidade a sua espécie. Os animais só podem reproduzir-se em dois tipos básicos que
são: reprodução assexuada e sexuada.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivos gerais
 Falar sobre a reprodução assexuada e regeneração

1.1.2. Objectivos específicos


 Definir Reprodução assexuada e Regeneração;
 Identificar as caracteísticas da reprodução assexuada;
 Descrever os tipos ou estratégias da reprodução assexuada;
 Mencionar as vantagens e desvantagens da reprodução assexuada;
 Falar das fazes da regeneração.

1.2. Metedologia
Para a elaboração do presente trabalho o grupo recorreu ao método de análise bibliográfica e
artigo científico.
2. Reprodução
Segundo PERIS (2020), reprodução é a capacidade de constituir descendência portadora dos
genes dos progenitores, assegurando a perpetuação das espécies e, consequentemente a
continuidade da vida no nosso planeta.
Perante a diversidade de ambientes existente, a natureza para ultrapassar as incertezas do
meio e assegurar a produção de novas gerações adaptou numerosas e por vezes fantásticas
estratégias (mecanismos) de reprodução. A reprodução é uma função característica dos seres
vivos, que permite o aparecimento de novos indivíduos, através da divisão celular. Esta
função tem a particularidade de ser necessária para a perpetuação da espécie, mas não para a
sobrevivência do indivíduo (PERIS; 2020).
Todos os organismos têm capacidade para se reproduzirem, mas nem todos o fazem de igual
modo. Existe uma grande diversidade de mecanismos reprodutores, que podem ser
classificados em dois grandes grupos: reprodução assexuada e a reprodução sexuada.

2.1. Reprodução Assexuada


Na reprodução assexuada os descendentes são originados a partir de um único progenitor que
se divide por mitose, sem ocorrer fusão de gâmetas (isto é, sem fecundação), podendo em
pouco tempo originar um grande número de descendentes. A descendência é geneticamente
igual ao progenitor, designando-se de clones. (MOREIRA, 2014).
É um processo característico dos organismos unicelulares, embora muitos organismos
multicelulares também se reproduzam de forma assexuada (por exemplo, animais como a
planaria e a minhoca, os fungos e um grande número de plantas como o morangueiro) (
MOREIRA, 2014).
A reprodução assexuada é muito eficiente dado que não envolve o cruzamento entre
organismos, logo tem menores exigências. Assim, a energia pode ser canalizada diretamente
na produção de descendência, permitindo um rápido aumento da população. No entanto,
como os descendentes são clones do progenitor entre si, não há variação genética a menos
que ocorram mutações ( MOREIRA, 2014).

Segundo MOREIRA (2014) muitos dos organismos que se reproduzem assexuadamente


também o podem fazer sexuadamente, sempre que as condições do meio se tornem
desfavoráveis. Os descendentes são geneticamente idênticos entre si e ao progenitores (têm o
mesmo genoma).
A mitose é o mecanismo envolvido neste tipo de reprodução. Mecanismo de importância
biológica no crescimento e desenvolvimento de seres pluricelulares, bem como na
regeneração e renovação tecidular ( MOREIRA, 2014). Por este motivo, este tipo de
reprodução não contribui para a variabilidade genética das populações, porém, assegura o seu
rápido crescimento e a colonização de ambientes favoráveis.

Processos reprodutivos assexuados não incluem a produção e subsequente fusão de células


haplóides, mas contam somente com crescimento mitótico. A própria divisão celular é uma
forma comum de reprodução assexuada entre protistas, e muitos invertebrados empregam
vários tipos de fissão do corpo, brotamento ou fragmentação, seguidos do crescimento de
novos indivíduos ( BRUSCA, 2007).

Esses processos assexuados dependem em grande parte de, o organismo "aproveitar


reprodutivamente" a sua capacidade de regeneração (reconstituir partes perdidas). Até mesmo
a cura de feridas é uma forma de rege neração, mas muitos animais apresentam capacidades
muito mais espetaculares. A substituição de um apêndice perdido em animais tão familiares
como as estrelas-do-mar e caranguejos é um exemplo de regeneração, Contudo, essas
habilidades regenerativas não se caracterizam como "reprodução" porque não dão origem a
novos individuos, sua presença não implica que um animal capaz de substituir uma perna
perdida possa necessariamente reproduzir-se assexuadamente. Exemplos de animais que
possuem capacidades regenerativas de tal magnitude que permita reprodução assexuada
incluem os protistas, esponjas, muitos cnidários (corais, anémonas e hidróides) e certos tipos
de vermes ( BRUSCA, 2007).

2.1.1. Características Da Reprodução Assexuada


 Intervém apenas um progenitor e não existe recombinação de genes;
 Sem intervenção de células sexuais e sem fecundação;
 A variabilidade genética da população não aumenta, a menos que ocorram mutações
durante o processo de divisão celular que dá origem aos novos organismos;
 População muito homogénea, geneticamente idêntica (a diversidade de seres vivos é
praticamente nula);
 Difícil adaptação dos novos indivíduos ao meio em constante mudança;
 A reprodução assexuada não favorece a evolução das espécies.
2.2. Tipos Ou Estratégias De Reprodução Assexuada
2.2.1. Bipartição ou Cissiparidade
Segundo RIBEIRO (2006), a bipartição também denominada cissiparidade, divisão simples
ou divisão binária, é um processo de reprodução assexuada através do qual uma célula se
divide em duas semelhantes que depois vão crescer até atingirem o tamanho da progenitora.
A bipartição é o processo de reprodução mais comum entre os organismos unicelulares
procariontes, ocorrendo também em unicelulares eucariontes (protozoários). O progenitor
perde a sua individualidade, originando dois indivíduos idênticos ( RIBEIRO, 2006).

A maioria dos protozoários de vida livre, como a amiba, a paramécia e a euglena reproduz-se
assexuadamente por divisão binária. A célula cresce até determinado tamanho e divide-se ao
meio originando dois novos indivíduos ( RIBEIRO, 2006).

2.2.2. Gemulação ou gemiparidade


A gemulação ou gemiparidade ocorre quando na superfície da célula ou do indivíduo, se
forma uma dilatação denominada gomo ou gema. Ao separar-se o gomo dá origem ao novo
indivíduo geralmente de menor tamanho que o progenitor. A gemulação ocorre em seres
unicelulares, como as leveduras, e em seres pluricelulares, como a esponja ou a hidra.
( RIBEIRO,2006).

No progenitor destaca-se uma pequena porção que irá originar um descendente de dimensões
menores. O descendente pode separar-se e ter vida livre ou permanecer anexado ao
progenitor e originar uma colónia ( RIBEIRO, 2006).

2.2.3. Esporulação
Segundo RIBEIRO (2006) a esporulação consiste na formação de células especiais
denominadas esporos que originam novos seres vivos. Os esporos são formados em estruturas
especiais, os esporângios, e possuem uma camada protetora muito espessa, pelo que são
muito resistentes mesmo em ambientes desfavoráveis. A esporulação é um processo comum
em fungos e algas (por exemplo, Ulothrix sp.).

Na esporulação ocorre reprodução por esporos. São liberados no ambiente, germinam e


sofrem múltiplas divisões celulares ( RIBEIRO, 2006).
2.2.4. Fragmentação
Segundo RIBEIRO (2006), a fragmentação é um tipo de reprodução assexuada em que se
obtêm vários indivíduos a partir da regeneração de fragmentos de um indivíduo progenitor.
Este processo é possibilitado pela existência de células que conservam a capacidade de
diferenciação (células primordiais/totipotentes)

Ao perder um pedaço do corpo, cada pedaço pode pode originar um novo indivíduo. Este
tipo de reprodução ocorre em algas, como a espirogira (Spirogyra sp.), mas também em
alguns animais pouco diferenciados, como as planárias (Dugesia sp., Planaria sp., Schmidtea
sp.) e algumas estrelas-do-mar (Linckia sp.). Nas planárias, as células intersticiais
totipotentes migram de todo o corpo para a periferia das zonas fragmentadas ( RIBEIRO,
2006).

2.2.5. Pluripartição ou Esquizogonia


Na divisão múltipla, também denominada pluripartição ou esquizogonia, o núcleo da célula-
mãe divide-se em vários núcleos. Cada núcleo rodeia-se de uma porção de citoplasma e de
uma membrana, dando origem às células filhas que são libertadas quando a membrana da
célula-mãe se rompe. Isto é, no indivíduo “mãe” o núcleo se divide, por mitoses, várias
vezes e, de seguida ocorre a divisão do citoplasma em cada um dos núcleos o que leva a
formação de vários indivíduos menores. A divisão múltipla ocorre em protistas, como o
tripanossoma e em alguns fungos ( RIBEIRO, 2006).

2.2.6. Partenogênese
A partenogénese consiste no desenvolvimento de um indivíduo a partir de um gâmeta
feminino não fecundado. Embora haja a intervenção de um gâmeta feminino, a partenogénese
não pode ser, só por isso, considerada sexuada, pois não há a fertilização de gâmetas mas sim
a divisão por mitoses sucessivas de um só gâmeta ( RIBEIRO, 2006).
A partenogénese ocorre em algumas plantas, mas também em animais, como, por exemplo,
nas abelhas e nos afídeos, em alguns peixes, anfíbios e répteis.

Vantagens e Desvantagens Da Reprodução Assexuada


A reprodução assexuada é um processo natural de clonagem através do qual se obtém
descendentes geneticamente idênticos ao progenitor ( CUBAL, 2017).
Vantagens
 Maior número de descendentes;
 Linhagens homogéneas, com características idênticas (ex. Cereais);
 Rapidez na obtenção de descendentes (exemplo, através da divisão múltipla);
 Reprodução sem necessidade de encontrar um parceiro, sem gasto de energia na
produção de gâmetas e na fecundação (muito vantajoso para seres sésseis ou com
baixa mobilidade)

Desvantagens

 Falta de variabilidade genética – os descendentes são clones dos progenitores – se a s


condições ambientais se modificarem as populações podem ser gravemente afetadas
devido à fraca capacidade adaptativa (CUBAL, 2017).
 Dificil adaptação dos novos individuos ao meio em costante mudança;
 Não favorece a evolução das espécies.

2.3. Reparo tecidual


O reparo tecidual consiste na capacidade que o organismo possui de reparar danos
decorrentes de agentes tóxicos ou processos inflamatórios. Um organismo que tenha um certo
tipo de lesão, onde ocorra uma descontinuidade tecidual, primeiramente passa por um
processo inflamatório, que segue com a regeneração ou reparação dos tecidos lesados
(NOLTELIUS, H, 1977 citado por SILVA, 2011).

Segundo SILVA (2011) este processo, que visa restaurar a arquitetura tecidual e a função
após uma lesão, engloba a proliferação de diferentes células e interações estreitas entre as
células e a matriz extracelular. Pode ser de dois tipos:

Cicatrização: quando os tecidos lesados não são capazes de se reconstruírem por completo,
na qual há deposição de tecido fibroso. Ocorre quando as estruturas de suporte encontram-se
gravemente lesadas ou em tecidos que não apresentam capacidade regenerativa (SILVA,
2011).

Regeneração: quando os tecidos são capazes de restituir os componentes lesados e retornar


ao seu estado normal, isto é, a substituição por células do mesmo tipo (Exemplo, Fígado,
ossos)
2.3.1 Regeneração
Segundo LOPES (2021), regeneração consiste na capacidade dos tecidos, orgãos ou mesmo
organismos se renovarem ou ainda de se recomporem após danos físicos consideráveis.
Deve-se á capacidade das células não afectadas se multiplicarem e em acordo com a
necessidade, de se diferenciarem a fim de recompor a parte lesionada.

A regeneração se caracteriza pela restuição dos componenetes teciduais idênticos áqueles


removidos. Esse tipo de reparo só é possível em tecidos que ainda possuem células com
capacidade de se proliferar ou tenham ainda células-tronco.

A regeneração acontece o tempo todo em 100% da superfície do corpo. Dessa forma , ela é
capaz de reparar lesões superficiais que atigem apenas a epiderme, ou seja não provocam
sangramento como aranhões e queimaduras solares. Na regeneração, alguns tecidos são
capazes de subistituir células lesadas e retornar ao estado normal. Este processo ocorre por
proliferação de células residuais não lesadas que retém a capacidade de divisão e por
subistituição de células-tronco teciduais (LOPES, 2021).

A regeneração é seguida por processos de mitose (divisão celular conservativa), a partir de


dois mecanismos fundamentais ꓽ duplicação mitótica de células diferenciadas, que originam
duas células finais iguais a si processo que permite, por exemplo, a manutenção e
regeneração dos hepatócitos do fígado e das células do endotélio dos vasos sanguíneos ou por
divisão de células basais, (células diferenciadas), com capacidade de divisão que se dividem
originando células indiferenciadas, que posteriorimente se especializam e diferenciam a
regeneração das células sanguíneas, da pele e do epitélio que recobre as vilosidades
intestinais (LOPES, 2021).

A regeneração das células acontece por meio da mitose, processo em que uma célula-mãe se
divide e da origem a células-filhas com mesmo material genético. Isso acontece de maneira
constante no nosso corpo. Através da renovação celular, as células da pele são continuamente
subistituidas por outras células mais jovens (LOPES, 2021).

2.3.2. Fases da regeneração


a) Fase inflamatória

Uma fase que tem por objetivo cessar o extravasamento sanguíneo, remover células mortas,
microorganismos e outros conteúdos estranhos do local. Tem uma duração média entre 24 e
48 horas e é completada em até 2 semanas. A ausência de integridade epitelial estimula duas
reações imediatas, que são: hemostasia e inflamação (SANAR, 2020).

A primeira ocorre após liberação de substâncias vasoconstritoras (em especial, tromboxano


A2 e prostaglandinas) o que leva a agregação plaquetária nas paredes dos vasos sanguíneos e,
por consequência, há o estímulo da cascata de coagulação e de citocinas (SANAR, 2020).

Por sua vez, a cascata de coagulação, objetiva estimular a chegada de alguns fatores de
crescimento, como: fator de crescimento de transformação beta (TGF-β), fator de
crescimento derivado das plaquetas (PDGF), fator de crescimento derivado dos fibroblastos
(FGF a e b) e fator de crescimento epidérmico (EGF) que, por sua vez, atraem neutrófilos
(importantes para a fagocitose de bactérias) para o local (SANAR, 2020).

A partir daqui a vasoconstrição dá lugar à vasodilatação (marcada pela presença de cininas,


histamina, prostaglandinas e leucotrienos), com início da inflamação e levando à migração de
mais neutrófilos (quimiotaxia) para o local (SANAR, 2020).

b) Fase proliferativa

Segundo SANAR (2020), o grande objetivo da fase proliferativa é formar o tecido de


granulação (composto por tecido conjuntivo, capilares sanguíneos, leucócitos, colágeno tipo
III e proteoglicanos), tendo seu início 48 horas após a lesão e permanecendo até duas
semanas. É dividida em 4 subfases: epitelização, angiogênese, fibroplasia e formação do
tecido de granulação.

Epitelização- o processo de reepitelização da ferida depende se a membrana basal foi lesada:


se ela estiver intacta, ocorre a migração de queratinócitos, células epiteliais e células tronco
epiteliais da borda da ferida e dos anexos epiteliais; caso a membrana basal esteja lesada, a
migração desses componentes ocorre apenas da borda da ferida. A reepitelização busca
estabelecer novamente uma nova barreira protetora ao epitélio ( SANAR, 2020).

Angiogênese- representa a formação de novos vasos sanguíneos a partir dos já existentes.


Seu estímulo é oriundo do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), proteínas (como a
angiogenina) e sinalizadores celulares como a família VEGF (responsável pelo aumento da
permeabilidade através da vasodilatação por liberação de óxido nítrico e da estimulação de
células endoteliais) ( SANAR, 2020).
É importante ressaltar que algumas moléculas, como as proteínas, são responsáveis por
estimular macrófagos e células endoteliais a liberarem os demais sinalizadores (VEGF e
FGF). A partir desse momento, as células endoteliais iniciam a migração para a área
lesionada e começam a se proliferar, remodelando os capilares preexistentes e, através do
recrutamento de outras células componentes dos vasos, iniciam a formação de novos vasos
sanguíneos (vasos maduros) ( SANAR, 2020).

Fibroplasia- é uma subfase marcada pela migração e ativação de fibroblastos para o local da
ferida e são uma das principais células envolvidas na cicatrização, já que, através da sua
capacidade em produzir matriz extracelular, auxiliam na manutenção da integridade do tecido
conjuntivo ( SANAR, 2020).

Os fibroblastos são as principais células do tecido conjuntivo (considerados células jovens), e


a sua produção é estimulada pelos fatores de crescimento liberados por macrófagos. São os
fibroblastos os responsáveis por produzir colágeno, fibronectina, elastina,
glicosaminoglicanas e proteases. Com a migração e ativação de fibroblastos e sua intensa
produção dos componentes citados, a matriz extracelular sofre, aos poucos, uma substituição
por tecido conjuntivo, o que caracteriza a fibroplasia ( SANAR, 2020).

Tecido de granulação- por volta do 4º dia o tecido de granulação começa a ser formado, e é
composto pelos novos capilares sanguíneos, tecido conjuntivo frouxo, leucócitos, colágeno
tipo III e proteoglicanos. Os fibroblastos são as células essenciais para a formação do tecido
de granulação (SANAR, 2020).

c) Fase de reparo, maturação ou remodelamento

Inicialmente, a cicatriz é marcada pela presença de um tecido conjuntivo do tipo frouxo. Sua
constituição é de colágeno do tipo III, ou seja, um constituinte mais fino, considerado
“imaturo”.

A fase da maturação é, em particular, marcada pela modificação desse colágeno que passa a
apresentar fibras mais grossas, o que faz com que a superfície da ferida fique mais forte
(aumento da tensão) e sua espessura vai diminuindo. Aos poucos, a matriz antiga vai sendo
desfeita e dando lugar a nova organização tecidual. É uma fase em que o colágeno é
produzido, digerido e suas fibras passam por uma reorientação e reorganização ( SANAR,
2020).
2.3.3. Importância da Regeneração
A regeneração celular é um processo extremamente importante para a manuteção da
integridade física e funcional dos seres vivos, já que lhes permite subistiuirem partes que se
gastam, que são danificadas ou que simplismente se perdem. A regeneração assegura a
renovação de partes do corpo que se gastam continuamente, como por exemplo, as camadas
mais externas da pele sujeitas a constante atrito, ou ainda de outras que regularmente são
substituidas, como o pelo, nos mamíferos (LOPES, 2021).

A regeneração permite aos organismos recuperarem partes do corpo que se perderam em


consequência de lesões ou acidentes (como por exemplo, a cauda das lagartixas), permite a
reconstrução de extremidades e partes dos organismos, e no caso de algumas plantas, existe a
possibilidade de a partir de uma parte pequena do corpo vegetal se regenerar todo o
organismo (processo de propagação vegetativa). A regeneração tem um papel extremamente
importante na manutenção do organismo, já que, exceção feita as células nervosas e ao
músculo cardíaco, todas as outras células que formam o corpo são substituidas ao longo da
vida (LOPES, 2021).

Como células que se regereram temos as células do músculo liso, são capazes de regenerar
em resposta a fatores quimiotáticos que atraem outras células e mitogênicos que promovem
mitose. Já o músculo é frenquentemente classificado, como permanente, sendo incapaz de
regenerar, os ossos e o epitélio de revestimento do intestino, por exemplo possuem uma alta
capacidade regenerativa, e dependendo da lesão conseguem restaurar sua forma e função
originais (LOPES, 2021).

Para a renovação celular é preciso ingerir alimentos que possuem cezima(q10), um


importante nutriente, produzido naturalmente pelo organismo, alimentos ricos em vitaminas,
proteínas, ferro e zinco, consumidos adequadamente, trabalham em conjunto para uma
cicatrização rápida e saudável (LOPES, 2021).
3. Conclusão
Todos os organismos têm capacidade para se reproduzirem, mas nem todos o fazem de igual
modo. A forma de reprodução que se densevolveu cedo foi a assexuada, processo em que um
único indiviuduo é capaz de dar origem a outros seres, com o mesmo genotipo. Nesse tipo de
reprodução, a geração seguinte adquire as mesmas características que seus parentais
possuem, uma vez que recebem cópias do DNA. Na reprodução assexuada não há encontro
de gâmetas e nem ocorre a fecundação. A regeneração se caracteriza pela restituição dos
componentes teciduais idênticos àqueles removidos, e esse tipo de reparo só é possível em
tecidos que ainda possuem células com a capacidade de se proliferar ou tenham ainda células
tronco.
4. Referências bibliográficas

1. BRUSCA, Richard e BRUSCA, Gary. Invertebrados, 2° ed. Guanabara koogan S.A, Rio
de janeiro, 2017

2. CUBAL, Francisco, 2017. Reprodução sexuada e assexuada. Disponível em <


https://armazemresumostk.webcindario.com/11ano/reproducaofranciscocubal.pdf >.
Acessado em: 17/08/2023

3. MOREIRA, Catarina, 2014. Reprodução assexuada. Disponível em: <


https://rce.casadasciencias.org/rceapp/pdf/2014/199/> Acessado em: 17/08/2023

4. RIBEIRO, Aline, 2006. Tipos de reprodução assexuada. Disponível


em:<https://www.ced.seduc.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/82/2021/02/Post-Aline-dia-
04-09-2020-BIOLOGIA.pptx.pdf> Acessado em: 17/08/2023

5. PERIS, Silvestre, 2020. Aulas de ciências 7° ano. Disponível em: <


https://www.novosaojoaquim.mt.gov.br/fotos_educacao/1362.pdf >. Acessado em:
17/08/2023

6. LOPES, Victor, 2021. Regeneração (Biologia). Disponível em:<


https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Regenera%C3%A7%C3%A3o_(biologia)> Acessado em:
25/08/2023

7. SANAR, 2020. As três fases da cicatrização. Disponível em:


<https://www.sanarmed.com/as-tres-fases-da-cicatrizacao-colunistas> Acessado em:
25/08/2023

8. SILVA, Patrícia, 2011. Mecanismos celulares e teciduais da regeneração em holutúrias


(Echinodermata: Holothuroidea), Dissertação. Disponível em:
<https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18133/tde-26042001-125441/publico/
Capitulo_2.pdf >. Acessado em: 25/08/2023

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