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UNIVERSIDADE SAVE

ALBERTINA JOSÉ MAJONGUE


CARLOS DA SILVA RICARDO
DAVID SALOMÃO NGONHAMO
DECSON CARLITOS MUCUHO
GENITO VALENTIM
INÊS TOMAS SEGREDO
LUÍS VIRGÍNIA TAFULA
NÉRCIO ARMANDO BETANE

FISIOLOGIA DA REGENERAÇÃO E DA TRANSPLANTAÇÃO

Licenciatura em Ensino de Biologia

UNISAVE

MASSINGA

2021
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 ALBERTINA JOSÉ MAJONGUE


CARLOS DA SILVA RICARDO
DAVID SALOMÃO NGONHAMO
DECSON CARLITOS MUCUHO
GENITO VALENTIM
INÊS TOMAS SEGREDO
LUÍS VIRGÍNIA TAFULA
NÉRCIO ARMANDO BETANE

FISIOLOGIA DA REGENERAÇÃO E DAde


Trabalho TRANSPLANTAÇÃO
Pesquisa inerente a Cadeira

  de Fisiologia Vegetal a ser apresentado


ao Curso de Biologia, Departamento de
 
Ciências Naturais e Matemática,
UNISAVE-Massinga para efeitos de
avaliação.

 
 

Docente: Med. Afonso Taela

UNISAVE

MASSINGA

2021
Docente: Med. Afonso Taela
3

Indice
Introdução.....................................................................................................................4

Objectivos:....................................................................................................................4

Geral:............................................................................................................................4

Específicos:..................................................................................................................4

Método de pesquisa.....................................................................................................4

Fisiologia da regeneração e da transplantação...........................................................5

Resultados da cultura de órgãos..................................................................................5

Cultura de tecidos.........................................................................................................6

Cultura de tecidos em Phaseolus vulgaris...................................................................6

Prova da omnipotência nas células especializadas.....................................................7

Hibridização parasexual...............................................................................................8

Cura de lesões..............................................................................................................9

Cura..............................................................................................................................9

Experimentos de regeneração com formação de flores............................................10

Formação de flores.....................................................................................................10

Regeneração intracelular...........................................................................................10

Transplantação...........................................................................................................11

Chimaeras..................................................................................................................12

Variegação quimérica.................................................................................................13

Conclusão...................................................................................................................14

Bbibliografia................................................................................................................15
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1. Introdução
A cultura de tecidos é um termo genérico que inclui a cultura de órgãos, que é o
crescimento de pequenos fragmentos de tecidos ou de um completo órgão
embrionário, e cultura celular, onde as células de um tecido são dispersas por meios
mecânicos ou enzimáticos e se propagam como suspensão celular ou são
prendidas em uma superfície de vidro ou plástico. Essa cultura requer condições
estéreise um meio de cultura contendo água, sais, nutrientes e soro sanguíneo para
a sustentação celular e para seu crescimento fora do corpo. Essa cultura tem várias
aplicações práticas utilizadas amplamente na agricultura, sendo a clonagem de
vegetais, o melhoramento genético e a produção de mudas sadias; Esta técnica
basicamente, consiste,em cultivar segmentos de plantas, em tubos de ensaio
contendo meio de cultura adequado

1.1. Objectivos:

1.1.1. Geral:
Compreender a Fisiologia da regeneração e da transplantação

1.1.2. Específicos:

Definir e descrever a cultura de tecidos;

Apresentar resultados da cultura de tecidos;

Descrever a hibridizaçãoparasexual, cura de lesoes e regeneração intracelular;

Descrever a transplantação;

Apresentar importância das chimaeras.

1.2. Método de pesquisa


A realização deste trabalho contou com o método de pesquisa bibliográfica,
realizada em diferentes obras já publicadas, sendo que as mesmas encontram-se
referenciadas no local apropriado.
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2. Fisiologia da regeneração e da transplantação

2.1. Resultados da cultura de órgãos


De acordo com FERREIRA (1998), a cultura de tecidos ou órgãos tem demostrado
grande importância prática nas áreas agrícolas, florestal, horticultura, floricultura e
fruticultura, assim como na pesquisa básica, a partir dos fragmentos de folhas ou
raízes, podem ser obtidas centenas a milhares de plantas idênticas, plantas essas
que posteriormente são retiradas dos tubos de ensaio, aclimatadas e levadas ao
campoonde se desenvolvem normalmente.

A cultura de tecidos vegetais ou órgãos é uma técnica com grande aplicação na


agricultura, FERREIRA (1998) nessa técnica, pequenos fragmentos de tecido vivo,
chamados explantes, são Isolados de um organismo vegetal, desinfectados e
cultivados por períodos indefinidos em um meio de cultura apropriado, com objetivo
de obter nova planta idêntica à original, (TORRES et al., 2000).

Segundo TORRES et al. (2000) essa capacidade que os explantes possuem é


denominada totipotência e considera que as células vegetais manifestam, em
momentos diferentes e sob estímulo apropriado, a potencialidade de iniciar novo
indivíduo multicelular, teoricamenteconsidera-se que todas as células vegetais são
capazes de expressar sua totipotência. Ainda a cultura de tecidos pode ser
empregada para a multiplicação de espécies de deficel propagação, como o caso de
certas espécies nativas do cerrado, assim como para a limpeza clonal que cujo
através da qual pode-se produzir mudas livre de vírus em certas espécies como
abacaxi, citrus, morango e batata, essa cultura também pode ser empregada de
diferentes maneiras dentro de um programa de melhoramento vegetal. (FERREIRA,
1998).

Essa técnica consiste em cultivar meristemas livres de vírus e induzir a formação de


material propagativo geneticamente idêntico aos parentais, embora não estejam
diretamente envolvidas no desenvolvimento de cultivares, muitas vezes, essas
técnicas oferecem soluções exclusivas nas diferentes fases desse processo, para o
melhoramento de espécies que apresentam problemas de dormência de sementes,
pode-se utilizar a técnica de germinação in vitro, em alguns casos, quando o
desenvolvimento do fruto é um processo prolongado, pode-se utilizar a cultura de
embriões imaturos, na germinação, para acelerá-la, (FERREIRA, 1998).
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2.2. Cultura de tecidos


De acordo com FERREIRA (1998) a cultura de tecidos é um termo genérico que
inclui a cultura de órgãos, que é o crescimento de pequenos fragmentos de tecidos
ou de um completo órgão embrionário, e cultura celular, onde as células de um
tecido são dispersas por meios mecânicos ou enzimáticos e se propagam como
suspensão celular ou são prendidas em uma superfície de vidro ou plástico.
FERREIRA (1998) A cultura de tecidos é uma ferramenta que oferece soluções
originais para o Programa de melhoramento vegetal, soluções essas que podem
resultar na otimização do tempo e na qualidade das cultivares a serem lançadas.

A cultura de tecidos requer condições estéreise um meio de cultura contendo água,


sais, nutrientes e soro sanguíneo para a sustentação celular e para seu crescimento
fora do corpo. Essa cultura tem várias aplicações práticas utilizadas amplamente na
agricultura, sendo a clonagem de vegetais, o melhoramento genético e a produção
de mudas sadias; Esta técnica basicamente, consiste,em cultivar segmentos de
plantas, em tubos de ensaio contendo meio de cultura adequado, (FERREIRA,
1998).

2.2.1. Cultura de tecidos em Phaseolus vulgaris


Essa cultura desenvolveu-se a partir da cultura de meristemasseguida pela
propagação via proliferação de brotos axilares de ápices e nós cotiledonares,
regeneração de brotos de pecíolo de folhas, explantes cotiledonares ou cultura de
eixos embrionários, organogênese direta a partir de nós de plântulas, sem a
presença de meristemas axilaresou em presença de meristemas axilarese,
recentemente, com o uso de camadas finas transversais, utilizadas na regeneração
direta de plantas de Phaseolus vulgaris variedade Carioca, (FRANKLIN et al., 1991).

Embora várias combinações de hormônios, explantes e condições de cultura


tenham sido avaliadas exaustivamente na tentativa de se obter suspensões
celulares e calos em Phaseolus vulgaris, não foi possível chegar à planta a partir
dos embrióides, (FRANKLIN et al., 1991).

Para ZAMBRE et al. (1998), a produção de brotos a partir de calos se restringe a


poucos trabalhos, esse grupo de autores regeneraram plantas a partir de calos
induzidos na região de ligação do cotilédone com o eixo embrionário ambos os
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genótipos utilizados são provenientes de cruzamentos interespecíficos com


Phaseolus acutifolius.

A composição e a concentração dos reguladores de crescimento no meio de cultura


são fatores determinantes para o crescimento e para o padrão de desenvolvimento
da maioria dos sistemas de cultivo in vitro. As auxinas e as citocininas são as
classes de reguladores de crescimento mais utilizadas em cultura de tecidos,
(ZAMBRE et al., 1998).

2.3. Prova da omnipotência nas células especializadas


Segundo GLÓRIA&GUERREIRO (2006), ccitado por ALQUINI et al.
(2006)Constituem células especializadas as que se diferenciam das células
epidérmicascomuns, por terem uma função adicional, além de revestimento, dentre
elas estão as seguintes:

Suberosas e Silicosas – São células pequenas, que se encontram aos pares entre
as células longas da epiderme das Poaceae. As suberosas apresentam suas
paredes suberificadas, o lume é altamente vacuolizado e preenchido com
substâncias ergásticas e as Silicosas possuem corpos silicosos de forma variada
entre circular ou elípticano lume, essas células, as vezesapresentam-se como
papilas, espinhos ou tricomas e podem ser encontradas, também, nas famílias
Cyperaceae e outras Liliopsida, (GLÓRIA & GUERREIRO, 2006).

Buliformes – São células maiores que as demais epidérmicas e possuem parede


celular fina e grande vacúolo, oucupam áreas isoladas entre as nervuras, são
encontradas nas Liliopsida, principalmente entre as Poaceae, não possuem
cloroplastos e o seu vacúolo armazena água, também são denominadas de células
motoras, por estarem envolvidas no mecanismo de enrolamento e desenrolamento
das folhas, (GLÓRIA & GUERREIRO, 2006).

Papilas – São pequenas projeções da parede periclinal externa das células


epidérmicas, encontram–se na face abaxial das folhas equando se localizam
próximas aos estômatospodem possuir ramificações, como em Spartina densiflora.
A função das papilas ainda é controversa. Para vários autores, a sua importância é
apenas taxonômica, enquanto outros acreditam que as papilas possamrefletir a luz
solar. Nas flores, as papilas são encontradas nas pétalas, conferindo– lhes aspecto
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aveludado, e no estigma, sendo importantes no processo de polinização, (GLÓRIA


& GUERREIRO, 2006).

Litocisto – Sãocélulas grandes, que contêm um cristal de carbonato de cálcio


denominado cistólito, este se forma a partir de invaginação da parede celular, onde
se verificam deposições de carbonato de cálcio, pectoses e sílica, resultando num
cristal complexo. Os litocistos tornam-se distintos das células epidérmicas comuns
pelo seu tamanho e citoplasma mais denso, geralmente ocorrem como idioblastos
isolados, como nas Acanthaceae e Moraceae, mas podem formar grupos, como na
família Boraginaceae.Várias outras células, como as mucilaginosas, as das
glândulas de sal e as dos osmóforos, especializam-se na epiderme e assumem
diferentes funções, (GLÓRIA & GUERREIRO, 2006).

2.4. Hibridização parasexual


A hibridação parasexual, via fusão de protoplastos é uma técnica promissora para
utilização em programas de melhoramento genético, que permite a modificação de
células vegetais mediante fusões nucleares ou citoplasmáticas. Protoplastos são
descritos como células desprovidas da parede celular cujo o seu tamanho médio
dos depende da espécie analisada e do explante utilizado, podendo variar de 19 a
47 mm, quando isolados de tecidos de folhas, ou de 30 a 60 mm, quando os
protoplastos derivam detecidos cotiledonares (DORNELAS; VIEIRA, 1996).

2.4.1. Fusão de Protoplastos

A fusão deprotoplastos tem possibilitado combinar características citoplasmáticas


em várias espécies de plantas, nas quais cloroplastos e mitocôndrias são
maternalmente bloqueados na hibridação sexual (CHENG et al., 2003).

A indução da fusão pode ser alcançada, utilizando-se tratamentos químicos ou


físicos comuns. Em ambos os casos, a fusão é um processo de dois estágios.
Primeiro os protoplastos têm que ser aproximados para contato próximo entre
membranas, ondeo grau de adesão da membrana plasmática depende dos
protoplastos parentais (BINSFELD, 1999).

As técnicas utilizadas procuram favorecer a agregação dos protoplastos e induzir a


desestabilidade das membranas. A utilização de altas concentrações de Ca+2 no
meio de fusão possibilitou os primeiros sucessos em fusão de protoplastos
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(KELLER; MELCHERS, 1973). Com a descoberta das propriedades fusogênicas do


polietileno-glicol (PEG), tornou-se habitual o uso desta técnica (KAO; MICHAYLUK,
1974). As soluções salinas neutralizam as cargas negativas das membranas e o
PEG pode formar pontes moleculares entre certas proteínas da membrana, o que
facilita as agregações dos protoplastos (VOS et al, 1976; ALDWINCKLE et al, 1982).
Segundo Grosser e Gmitter Junior (1990), esta técnica é eficiente, barata e não
influência na viabilidade dos protoplastos.

Em outro método, o da eletrofusão, os protoplastos são submetidos a um campo de


corrente alternada (AC), da alta freqüência, tornam-se dipolos transitórios,
cbibliograficas superfície celular mais negativo que outro.

Plantas Híbridas Regeneradas

A habilidade para regenerar plantas a partir de células e tecidos em cultivo é um


componente essencial na biotecnologia para a manipulação genética e o
melhoramento vegetal (POLCI; FRIEDRICH, 2004).

2.5. Cura de lesões


Doenças de plantas são anormalidades provocadas geralmente por
microrganismos, como bactérias, fungos, nematóides e vírus, mas podem ainda ser
causadas por falta ou excesso de fatores essenciais para o crescimento das
plantas, tais como nutrientes, água e luz. Neste caso, são também conhecidas como
distúrbios fisiológicos.

Os oídios constituem um dos grupos de doenças de plantas, são facilmente


reconhecidos por formarem colônias esbranquiçadas de aspecto pulverulento sobre
a superfície das partes aéreas das plantas. Em relação as alterações fisiológicas no
hospedeiro, constataram maior inibição da fotossíntese e transpiração com o
aumento da infecção. (MIGNUCCI & BOYER, 1979).

2.5.1. Cura
As principais medidas utilizadas no controle do oídio envolve pulverizações, existem
também medidas alternativas para o controle da doença como a erradicação parcial
do patógeno, como a eliminação de plantas voluntárias, ou hospedeiros alternativos
como ervas daninhas ou plantas silvestres queabrigam o patógeno no período da
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entressafra. A adubação equilibrada também contribui no impacto da doença


(BIANCHINI, 2005).

2.6. Experimentos de regeneração com formação de flores

2.6.1. Formação de flores


A flor é formada de cálice, corola, androceu e gineceu.

O cálice – é formado por um conjunto de folhas modificadas chamadas sépalas.

A corola–é a parte colorida da flor. É formada por folhas modificadas pétalas.

O androceu – é o órgão masculino de reprodução da flor e é formado de estames,


constituído de antera, filete e conectivo. A antera é a região dilatada da ponta do
estame onde se formam os grãos de pólen, o filete é a haste que sustenta a antera,
e o conectivo é a região onde se ligam o filete e a antera.

O gineceu– é o órgão feminino de reprodução da flor e formado de carpelos,


constituído de estigma a parte achatada do carpelo, o estilete um tubo estreito e oco
que liga o estigma ao ovário é o ovário que é a parte dilatada do carpelo,
geralmente oval, onde se formam os óvulos.

A formação de flores ocorre por reprodução assexuada, através daFecundação,que


é a união de grãos de pólen com o óvulo, dando origem ao ovo ou zigoto, é a
Polinização, que é o transporte de grãos de pólen da antera para o estigma da flor.

Fonte: www.labin.unilasalle.edu.br/www.consulteme.com.br/
campus.fortunecity.com/www.joinville.udesc.br/www.curso-objetivo.br/
www.educacao.te.pt/curlygirl.naturlink.pt/www.amora.cap.ufrgs.br .

2.7. Regeneração intracelular


Regeneração é a capacidade dos tecidos, órgãos assim como organismos se
recomporem após danos físicos, deve-se à capacidade das células não afetadas de
se multiplicarem eem acordo com a necessidade, de se diferenciarem, a fim de
recompor a parte lesionada(MOHAMED et al., 1993).

A capacidade de células de plantas formarem órgãos e até plantas inteiras é uma


importante ferramenta no melhoramento de qualquer espécie, para regeneração de
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plantas inteiras é fundamental encontrar tecidos na planta que ainda retenham a


totipotencialidade celular.

De acordo com MOHAMED et al. (1993) A indução de embriogênese somática e a


diferenciação de pró-embriões tem sido obtida em cultura de tecidos e de calos
derivados de cotilédones de feijão,porém a dificuldade em se obter plantas de feijão
não tem permitido o sucesso destas metodologias, pois o feijão tem sido pouco
responsivo à regeneração de plantas a partir da organogênese indireta e, como
consequência, a transformação genética fica limitada.

A regeneração de plantas a partir de calos pode levar ao surgimento de variação


somaclonal propiciando o surgimento de variantes úteis, este método pode
aumentar a variabilidade genética disponível para o melhorista, além de permitir a
seleção in vitro, estudos fisiológicos, obtenção de produtos secundários e a
transformação genética via Agrobacterium (GAMBORG & PHILLIPS, 1995).

2.8. Transplantação
A transpiração é o processo pelo qual as plantas perdem água para a atmosfera, na
forma de vapor, através dos estômatos, porém, quando a transpiração diminui,
algumas plantas também perdem seiva xilemática no estado líquido através dos
hidatódios, em processo denominado gutação.

Os hidatódios são poros de abertura fixa encontrados nos bordos e pontas das
folhas, esses poros estão associados a um tecido parenquimatoso modificado,
denominado epitema, no qual os terminais do xilema extravasam a seiva, em
plantasapresentando gutação, os tecidos do xilema encontram-se sob pressão
positiva.

A gutação somente ocorre quando a temperatura da atmosfera encontra-se suave, a


umidade relativa do ar (URar) é elevada e o solo encontra-se úmido, nessas
condiçõesa transpiração diminui, possibilitando que as raízes absorvam água
suficiente para preencher todo o volume dos vasos do xilema, das raízes até os
terminais nas folhas, resultandono fenômeno da gutação.

As plantas absorvem os elementos minerais na forma ionizada (cátions e ânions)


armazenando-os nas células de parênquima do estelono interior das raízes,
aendoderme, camada de células que limita essa região, não permite o retorno dos
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íons para o córtex da raiz e para o solo, como a concentração iônica nas células do
estelo torna-se elevada, a pressão osmótica aumenta, criando condições para a
absorção de água; todavia como os volumes do estelo e do xilema são finitos, o
conteúdo de água absorvido não pode ser totalmente armazenado.

Em função disso, a solução contendo água e sais minerais extravasa


abundantemente para os vasos do xilema, preenchendo todo o seu volume e
ascendendo em direção à copa, exercendo pressão positiva sobre as paredes
(pressão radicular), culminado com seu perda, no estado líquido (gutação), através
dos hidatódios. Porém, o fenômeno da gutação desaparece quando a temperatura
da atmosfera se eleva, a luminosidade aumenta e a umidade relativa do ar diminui,
uma vez que, nessas condições, o fenômeno da transpiração volta a atuar,
resultando, novamente, no desenvolvimento de pressões negativas nos vasos do
xilema.

2.9. Chimaeras
Chimaeras, também conhecida como quimeira vegetal, é uma planta ou parte de
uma planta que resultado da mistura de dois ou mais tipos de células geneticamente
diferentes.Uma quimera é um botão que na planta enxertada aparece na junção do
rebento e estoque e contém tecidos de ambas as plantas, (WINKLER, 1907).

Embora essas quimeras tenham surgido de maneira inesperada no passado, foram


primeiro estudadas seriamente pelo botânico alemão Hans Winkler em 1907, em
seus primeiros experimentos, a beladona (Solanum nigrum) foi enxertada em tomate
(Solanum lycopersicum), e no nexo todos os brotos eram de beladona ou de tomate,
excepto um; este, surgindo na junção dos dois tecidos, tinha os caracteres de
beladona de um lado e tomate do outro, (WINKLER, 1907).As quimeras também
podem surgir por uma mutação nas células de uma região em crescimento.

Para WINKLER (1907), Quimera é um único organismo composto por uma célula
com genótipos distintos, esse fenómeno pode acontecer tanto no reino animal
quanto no vegetal.

Em animais, um indivíduo é derivado de dois ou mais zigotos, como resultado, ele


pode ter algumas anomalias bem específicas. Exemplos são indivíduos com mais
de um tipo sanguíneo e manifestações de fenótipos distintos.
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Em plantas, por exemplo, a mistura de diferentes genótipos e fenótipos pode ser


favorável. Em alguns casos, ocorre a produção de frutos e flores diferentes. Esse é
um resultado esperado por alguns agricultores que forçam o quimerismo.Contudo,
plantas quimeras podem não produzir tipos de células essenciais para seu
desenvolvimento. Isso acaba acarretando a morte prematura do organismo,
(WINKLER, 1907).

2.9.1. Variegação quimérica


De acordo com ALVES (2014) a variegação é um termo que designa a coloração
diferente em plantas.Esse fenómeno geralmente acontece nas folhas, mas também
pode ocorrer nas folhas e no caule.

A variegação pode acontecer por uma condição quimérica, ou seja, pela


manifestação genética de diferentes genótipos, geralmente isso acontece de forma
espontânea e pode ou não trazer prejuízo para a planta, (ALVES, 2014).

A ocorrência mais comum é a falta de clorofila em alguns tecidos do organismo. Isso


acaba provocando a variegação. O resultado é a criação de zonas esbranquiçadas
ou amareladas nas folhas, em contraste com o tecido verde, ALVES (2014). É a
clorofila a responsável por produzir a coloração verde. Portanto, sua ausência
produz um fenótipo diferente.Em algumas plantas, esse fenómeno acaba criando
uma variação bonita e diferente da planta.
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3. Conclusão
Regeneração é a capacidade dos tecidos, órgãos ou mesmo organismos se
renovarem ou ainda de se recomporem após danos físicos consideráveis. Deve-se à
capacidade das células não afetadas de se multiplicarem e, em acordo com a
necessidade, de se diferenciarem, a fim de recompor a parte lesionada.

A habilidade de fazer com que células de plantas formem órgãos e até plantas
inteiras é uma importante ferramenta no melhoramento de qualquer espécie, para
regeneração de plantas inteiras é fundamental encontrar tecidos na planta que
ainda retenham a totipotencialidade celular. Durante muitos anos os meristemas
apicais e axilares e as sementes imaturas ou em germinação foram os tecidos que
mais contribuíram para a cultura de tecidos. Na regeneração de muitas espécies os
avanços se deram na otimização dos meios de cultura e escolha de genótipos.
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4. Bbibliografia
 ALQUINI, Yedo. et al. “Epiderme”. In. GLÓRIA. B. Appezzato; GUERREIRO.
S. M. Carmelo.Anatomia Vegetal.2ª ed.. Ed. UFV. Brasil. 2006. Pp 95 – 96;
 ALVES, Mayk.Portal Vida no campo e Agro 2.0.2014;
 CARVALHO,plantas regenerafivas. Ciência da planta, v.159, n.2, p.223-232,
2000;
 DILLEN, W.; DE CLERCQ, J.; GOOSSEN, vegetais regenerativos e
transformação genetica.v.94. s/d. 1997;
 FERREIRA, M. E.; Meios nutritivos. In: TORRES, A . C.; CALDAS, L. S.;
BUSO, J. A.. Cultura de tecidos é Transformação genética de plantas.
Brasília: Embrapa. 1998;
 FRANKLIN, C. I.; et al.. Cultura de células vegetais, tecidos e órgãos.v.24.
s/d. 1991;
 GAMBORG, O.L.; PHILLIPS, G.C. Métodos fundamentals da regeneração
vegetal. 1995;
 GRANT, J.E.; et al..Transformation dos vegetais. v.15. s/d. 1995;
 MIGNUCCI, J.. BUYER, G.. Resistência a fungicidas na proteção de
culturas. 1979;
 MOHAMED, M.F.; READ, P.E.; COYNE, D.P. Regeneração vegetal
organica. Ciência da cultura. v.117. 1992;
 TORRES, A. C. et al.. Glossário de biotecnologia vegetal. Brasília:
Embrapa Hortaliças. 2000;
 WINKLER, Hans. Botanica.1* ed. Alemanha. 1907;
 ZAMBRE, M. A.; et al.. Regeneração de plantas a partir de calos
derivados de embriões em Phaseolus vulgaris L. (feijão comum) e P.
acutifolius A. Gray (feijão tepário). Relatórios de células vegetais, v.17.
s/d. 1998;
 ZAMBRE, M.; et al.. Regeneração dos vegetais ferteis. v.88. 2001.

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