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Universidade Save
Faculdade de Ciências Naturais e Exactas
Curso de Matemática, 20 ano- EAD 2021
Disciplina de Bioestatística
O Docente: Prof. Dr. Alberto Marcos Halar
1. Introdução
Nas nossas aulas introdutórias tivemos muitas noções básicas sobre a bioestatística. De forma muito
genérica vimos, entre outros, o método estatístico e suas fases principais. Facto importante é que este
conhecimento permitiu nos avançar com pequenas pesquisas.
Agora vamos, de forma detalhada olhar para os elementos básicos da estatística, a começar por
variáveis e gráficos.
1
Dado estatístico é o resultado da observação de um carácter qualitativo ou quantitativo.
Ex. O Alfredo tem olhos castanhos; o Alfredo mede 1,86cm de altura.
.
Caracteres qualitativos são aqueles que não são susceptíveis de serem medidas, devendo se
relacionar apenas com uma qualidade. Os caracteres qualitativos apresentam-se em modalidades (cf.
Tabela 1).
2
Podemos dizer variáveis assim como caracteres. Por uma questão de lógica poderemos, nesta sessão usar o termo
caracter, sem o prejuízo do termo variável.
Caracteres quantitativos – são aqueles que se podem medir. Os caracteres quantitativos apresentam-
se com diferentes intensidades ou valores.(cf. Tabela 2)
As variáveis estatísticas quantitativas subdividem-se em duas categorias básicas: Discretas e
contínuas.
a) caracteres Discretos – são os que só podem tomar um número finito ou uma infinidade
numerável de valores.
Pode- se tomar como exemplo de caracteres descretos o número de irmãos de um aluno da
turma.
Em análise a esta questão, nota-se que os respectivos dados em termos geométricos,
correspondem a pontos isolados.
___. ________. ________. ________. _.....
0 1 2 3
A organização resumo dos caracteres estatísticos vem exibida pela figura 1, abaixo.
Variáveis
Quantitativas
Qualitativas
ou
Categóricas
Ex. estado civil Ex. nível de instrução Ex. alturas Ex. n° de irmaos
2. DISTRIBUICÃO DE FREQUÊNCIAS
Segundo as fases do método estatístico, uma das fases ocupa-se pela organização e apresentação de
dados através de tabelas e/ou gráficos. É nesta sequência que veremos a tabela de distribuição de
frequências para todo o tipo de dados.
3
A idade representa a variável estatística em estudo, cujos valores são dados.
4
A frequência absoluta simples representa o número de vezes em que cada valor se repete.
Como se pode ver na tabela 3, 7 alunos da turma têm 14 anos. Equivale a afirmar que a frequência
absoluta simples do valor 14 é 7. 3 alunos têm 16 anos, ou seja, a frequência absoluta simples
correspondente ao valor 16 anos é 3. Por outras, a idade 16 anos regista-se 3 vezes.
A frequência absoluta pode-se representar por (fi). A partir desta frequência absoluta (fi), pode-se
calcular outras frequências:
fi fi
fri k
fi
n
i 1
A frequência relativa pode-ser expressa também sob forma de percentagem, bastando multiplicar a
fi
fri * 100 %
expressão acima por 100%, ou seja, n (i=1,2,3,…..,k). Neste caso a frequência
relativa em causa chama-se percentual.
O número total de observações (n) pode ser dado pelo somatório de todas as frequências absolutas
k
fi f 1 f 2 ... fk
simples correspondentes aos valores em análise, ou seja, n= i 1
Outro tipo de frequência corresponde a frequência acumulada (faci) ou (Fi) do valor X, que é o
somatório das frequências absolutas simples de todos valores anteriores a X com frequência absoluta
de X.
Pela via do somatório pode-se obter a frequência relativa acumulada (facri) ou (Fri ) do valor X,
através do somatório das frequências relativas de todos os valores anteriores a X com frequência
relactiva de X. A tabela 4 ilustra a construção de todos os casos apresentados acima.
Ls Li 0,25
0,042
2º Amplitude de classe= k 6
Fazendo uma observação sobre este valor pode se notar que ele oferece alguma dificuldade para o
cálculo. Neste caso pode se considerar 0,05 como amplitude de cada classe e 1,45 como limite
inferior da primeira classe.
Obs; Se considerássemos a amplitude de 0,04 e 1,48 (menor valor observado) como limite inferior
da primeira classe verificava-se que o valor 1,73 não se incluía em qualquer classe.
Deste modo, a definição da amplitude das classes e do limite inferior da primeira classe devem ser
estabelecidos para que cada valor da variável estatística pertença exactamente a uma classe.
Uma outra maneira de determinar o número de classes é a regra sugerida por Sturgos.
K=1+3,3logn.
A tabela 6 abaixo mostra, de forma clara, a distribuição de frequências para dados distribuídos em
classes.
1
1,45
1,50
1,55
1,60
1,65
1,70
1,75
Altura
3
2
1
1,45
1,50
1,55
1,60
1,65
1,70
1,75
Altura
25
20
15
10
5
1,45
1,50
1,55
1,60
1,65
1,70
1,75
Altura
3.5.Gráficos Circulares
(sectograma)
Um gráfico circular é representado por um círculo que está dividido em sectores cujas
amplitudes são proporcionais `a frequência correspondente.
O gráfico circular costuma-se utilizar quando o número de categorias para a variável é pequeno
(normalmente menor ou igual a seis (6)) e, é especialmente adequado para estabelecer
comparações entre diferentes valores do atributo em estudo.
A amplitude de cada sector é determinada pela frequência relativa.
Vamos fazer uma tabela que nos permite calcular a percentagem e o ângulo correspondente a cada
classificação.
Cor dos olhos Efectivos (fi) Percentagem Ângulos (amplitude em graus)
Azul 10 10/54=0,185… ou 18,5% 0,185 x 360o=66,66…= 67º
Verde 5 5/54=0,093 …ou 9,30% 0,093 x 360o = 33,33= 33º
Cinzenta 19 19/54=0,352… ou 35,2% 0,352 x 360o=126,66..= 127º
Castanha 20 20/54=0,370 …ou 37,0% 0,370x =1360o 33,33= 133º
N = 54 Total=360º
Azul
19%
castanha
Azul
37% Verde
Verde
9%
Cinzenta
castanha
Cinzenta
35%
Bibliografia:
FONSECA, Jairo S e MARTINS, Gilberto A. Curso de estatística. 5. ed. São Paulo, Atlas, 1994.
HEALEY,Joseph. Statistics,a tool for social research, Califórnia, Wadswort, Plablishing Company Belmont,
1990.
MARIA AUGUSTO FERREIRA NEVES & JOSÉ ANTÓNIO FERNANDES, Métodos Quantitativos, Porto
Editora Lda.