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Genito Valentim

 Impacto ambiental do abate indiscriminado das árvores para a produção do carvão


vegetal - Caso Mambadine, Massinga.

Licenciatura em Ensino de Biologia

UNISAVE

Massinga

2019
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Genito Valentim

 Impacto ambiental do abate indiscriminado das árvores para a produção do carvão


vegetal - Caso Mambadine, Massinga.

Projecto de Pesquisa inerente a Cadeira de

  Métodos de Estudo e Investigação Científica


ser apresentado ao Curso de Biologia,
  Departamento de Ciências Naturais e

  Matemática, UNISAVE-Massinga para efeitos


de avaliação.
 

Docente:

  

UNISAVE

Massinga

2019
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  Índice

Tema: Impacto ambiental do abate indiscriminado das árvores para a produção do carvão
vegetal - Caso Mambadine, Massinga.........................................................................................2

1.Introdução.................................................................................................................................2

1.1.Objectivos do Projecto...........................................................................................................2

1.1.1.Objectivo geral:...................................................................................................................2

1.1.2.Objectivos específicos:.......................................................................................................2

2. Problematização.......................................................................................................................3

3. Questões científicas..................................................................................................................3

4. Hipóteses..................................................................................................................................3

5. Justificativa..............................................................................................................................4

6.Fundamentação teórica.............................................................................................................4

6.1.Contributo das florestas.........................................................................................................4

6.2.Desflorestamento...................................................................................................................5

6.2.1.Causas do Desflorestamento...............................................................................................5

6.2.2.Consequências do Desflorestamento..................................................................................6

6.3.Carvão Vegetal.......................................................................................................................8

6.3.1.Principais Razões do Engajamento na Produção de Carvão em Mambadine.....................9

6.3.2.Espécies Usadas Para a Produção de Carvão Vegetal em Mambadine..............................9

6.3.3.Idade da Árvore e o seu Impacto na Qualidade do Carvão.................................................9

7. Metodologia de estudo...........................................................................................................10

8.Delimitação da área do estudo................................................................................................10

9.Natureza da pesquisa...............................................................................................................10

10.Selecção da população e amostra..........................................................................................11

11.Técnica de recolha de dados.................................................................................................11


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12.Resultados esperados............................................................................................................11

13.Bibliografia...........................................................................................................................12
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Tema: Impacto ambiental do abate indiscriminado das árvores para a produção do carvão
vegetal - Caso Mambadine, Massinga.

1.Introdução

Segundo o Instituto de Investigação Agrária de Moçambique Cerca de 80% da população


moçambicana depende do combustível lenhoso para satisfazer as necessidades energéticas. A
produção actual de carvão é um dos factores que causam o desflorestamento, e em Moçambique
não existe ainda a cultura de plantio de árvores para fins energéticos. Moçambique é um país
com grande diversidade de florestas naturais.

O carvão vegetal é uma opção que traz diversos benefícios, ao contrário do carvão mineral, que é
uma das principais fontes de energia do mundo, e ao ser produzida, emite grande quantidade de
gases poluentes. Mas infelizmente, ainda existe muita produção de carvão vegetal através da
vegetação nativa e não por reflorestamento. Dessa forma, mesmo trazendo benefícios, aumenta o
desmatamento.

Os combustíveis lenhosos são a principal fonte de energia usada pelos moçambicanos para suprir
as suas necessidades de energia doméstica, desta feita, muitos jovens e adultos da população de
Mambadine têm se engajado na produção desta fonte energética para arrecadação de receita
familiar. Esta prática está aliada a baixo nível de escolaridade que estes possuem, não dispondo
por isso de muitas oportunidades de emprego.

1.1.Objectivos do Projecto

1.1.1.Objectivo geral:

 Avaliar o impacto ambiental da produção de carvão vegetal em Mambadine.

1.1.2.Objectivos específicos:

 Caracterizar a produção de carvão vegetal em Mambadine;


 Mencionar as consequências do abate indiscriminado das árvores para a produção do
carvão vegetal;
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 Identificar os factores que determinam ou contribuem para a baixa qualidade do carvão


produzido em Mabadine;
 Identificar os perigos do abate das árvores para a produção de carvão vegetal sem
reflorestamento;
 Consciencializar os produtores de carvão vegetal a optarem pela prática de
reflorestamento nos locais em que ocorre o abate das árvores para a produção do carvão
vegetal.

2. Problematização
O uso de carvão vegetal como fonte energética nas famílias moçambicanas e em particular na
Massinga tem registado índices elevados nos últimos dias, o que leva a maior procura e aumento
de taxas de produção para suprir a demanda da população consumidora.

Apesar da extrema importância que este produto tem para com a população, a produção do
mesmo tem trazido um impacto negativo para o meio ambiente devido a ignorância da prática de
reflorestamento nos locais de abate e a não observância da idade da árvore.

Desta feita, estas acções têm se reflectido na qualidade do carvão produzido, sendo esta
relativamente baixa.

3. Questões científicas
1- Que requisitos específicos uma árvore deve possuir para que produza o carvão de qualidade?

2- Que razões levam a população de Mambadine a aderir a produção de carvão vegetal?

4. Hipóteses
H1- Aumento do índice da comunidade consumidora deste produto;

H2- Ignorância da prática de reflorestamento;

H2- Maior necessidade de emprego;

H4- Falta de conhecimentos básicos sobre a ética ambiental.


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5. Justificativa
A produção do carvão tem suprido várias necessidades energéticas assim como económicas às
populações actuais em particular às do povoado de Mambadine e da vila municipal da Massinga.

Em contra partida, esta prática levanta uma preocupação, visto que as árvores usadas para a
produção de carvão mostram sinais de extinção, levando isto aos praticantes desta actividade a
recorrer a plantas não especificas para a produção do mesmo assim como a plantas com período
de vida curto, isto é, plantas jovens, na tentativa de suprir a maior procura deste produto o que
compromete a qualidade dão carvão produzido levando desta forma a gastos frequentes da
comunidade consumidora desta vila.

O desenvolvimento deste tema, trará subsídios básicos e relevantes para a comunidade produtora
no que tange a acções de sustentabilidade que visam minimizar estes problemas no futuro, visto
que em locais de produção ou abate, não se verifica o reflorestamento o que compromete a
qualidade do carvão hoje e comprometerá ainda mais no futuro recente.

6.Fundamentação teórica

6.1.Contributo das florestas


As florestas são ecossistemas de enorme importância ambiental por uma variedade de razões, e
historicamente sempre foram uma das principais bases do florescimento das civilizações. São
fontes de inúmeros produtos úteis para o ser humano, como madeira, substâncias medicinais,
frutos e fibras, entre outros serviços ambientais.

De acordo com ALBERTO (2006), cerca de 1,6 bilhões de pessoas hoje ganham a vida em
alguma actividade ligada às florestas, e cerca de 60 milhões de indígenas em todo o mundo
dependem exclusivamente delas para sua subsistência. Elas preservam e purificam as águas
doces, impedem a erosão do solo, produzem boa parte do oxigénio da atmosfera e reciclam o gás
carbónico, contribuem na regulação do clima e do regime de chuvas, entre muitos outros efeitos
benéficos para a manutenção do equilíbrio ecológico da Terra, do qual o bem-estar e mesmo a
sobrevivência do homem também dependem directamente.

As florestas tropicais em particular estão entre os ecossistemas com maiores índices de


biodiversidade do mundo (ALBERTO, 2006). Desta forma, como é lógico, o desaparecimento
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das matas desencadeia inúmeros efeitos negativos sobre o equilíbrio do ambiente global e
também sobre a vida humana, em aspectos económicos, sociais, culturais e mesmo biológicos,
afectando virtualmente todas as pessoas do mundo, directa ou indirectamente.

6.2.Desflorestamento
Desflorestação, desflorestamento ou desmatamento é o processo de desaparecimento completo e
permanente de florestas, actualmente causado em sua maior parte por actividades humanas
(PEREIRA, 2002).

A desflorestação, que é uma perda quantitativa de superfície florestada, se distingue da


degradação florestal, que é uma perda qualitativa em biodiversidade, estrutura ou função de uma
floresta.

Segundo uma estimativa da FAO (1998), entre 2000 e 2010 o mundo perdeu 130 milhões de
hectares de florestas, mas ganhou de volta 78 milhões de hectares em reflorestamentos naturais
ou induzidos, com uma média total de perdas de cerca de 5,2 milhões de hectares a cada ano.
Quase a totalidade das perdas recentes ocorre nas regiões tropicais, e entre suas causas imediatas
estão o clareamento do solo para a agricultura, a pecuária, a urbanização, a produção de carvão
vegetal e a extracção de madeira.

ALBERTO (2006), a desflorestação não é um fenómeno recente, e há evidências de que em


tempos pré-históricos ele já estava em andamento em vários locais do mundo. O que se sabe é
que no início da Revolução Industrial, em meados do século XVIII, grande parte das florestas
temperadas do Hemisfério Norte já havia desaparecido, e no século XX o processo se
intensificou de maneira acelerada nas florestas tropicais.

6.2.1.Causas do Desflorestamento
O desflorestamento, embora seja uma acção antrópica (humana), não é feito por acaso. Existem
alguns motivos que provocam ou intensificam a ocorrência desse problema na sociedade actual,
entre os quais, podemos mencionar: Expansão agropecuária, actividade mineradora, maior
demanda por recursos naturais (madeira e carvão), crescimento da urbanização, aumento das
queimadas.
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6.2.2.Consequências do Desflorestamento
Segundo ALBERTO (2006), são várias as consequências e impactos gerados pelo
desflorestamento, haja vista que a intervenção do homem sobre o meio natural fatalmente
acarreta desequilíbrios. Dentre tais problemas, podemos nos referir:

a) Perda da biodiversidade: com a destruição das florestas, o habitat natural de muitas espécies
torna-se escasso ou inexistente, contribuindo para a morte de muitos animais e até mesmo a
extinção dos tipos endémicos, aqueles que só se encontram em localidades restritas. Tal
configuração traz problemas para a cadeia alimentar e pode impactar até actividades económicas,
como a caça.

b) Erosão dos solos: sem as árvores, o solo fica desprotegido, sendo facilmente impactado pela
acção dos agentes erosivos, tais como a água das chuvas e dos rios, além de outros elementos.
Com a consequente erosão, ocorre a perda de muitas áreas.

c) Efeitos climáticos: o clima e as temperaturas dependem das condições naturais. Muitas


florestas contribuem fornecendo humidade para o ambiente, de forma que a retirada dessas
implica a alteração do equilíbrio climático de muitas regiões, isso sem falar na intensificação do
efeito estufa.

d) Desertificação: além das erosões, os solos podem sofrer com a ausência da vegetação. Em
áreas áridas e semiáridas, pode ocorrer a desertificação, com a perda de nutrientes do solo.

e) Perda de recursos naturais: os recursos naturais, mesmo aqueles renováveis, podem entrar em
escassez com o desflorestamento. É o caso da água, madeira, além de inúmeras matérias-primas
medicinais retiradas a partir do extrativismo vegetal (ALBERTO, 2006).

“De acordo com FAO (1998), a protecção e a boa manutenção das florestas são fundamentais
para reduzir a fome e a extrema pobreza no mundo. Destaca a contribuição das florestas para
alcançar as metas de desenvolvimento, que abrangem a redução pela metade, até 2015, da fome e
da pobreza do mundo.
Cerca de 240 milhões de pessoas pobres que vivem em áreas florestais dependem da protecção
das florestas e da indústria que geram, que se consolidou como “uma das áreas fundamentais
para a economia mundial”, pois representa cerca de 3% do comércio do planeta”.
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As florestas são de vital importância para a sustentabilidade do meio ambiente e a conservação


dos recursos naturais, pois diminuem as mudanças climáticas, melhoram os ambientes urbanos,
promovem a produtividade do terreno e protegem recursos marítimos e litorâneos.
É incontestável que sem as florestas a manutenção do meio ambiente, em especial os recursos
hídricos para abastecimento das cidades, onde vive a maioria da população, é impossível. O
desmatamento incontrolado e insano levará fatalmente ao desabastecimento de água e a
formação de solo improdutivo para a produção.

“Segundo o Instituto de Investigação Agrária de Moçambique, cerca de 80% da população


moçambicana depende do combustível lenhoso para satisfazer as necessidades energéticas. A
produção actual de carvão é um dos factores que causam o desmatamento, e em Moçambique
não existe ainda a cultura de plantio de árvores para fins energéticos”.

Devido a falta de políticas regulamentadas a cadeia de suprimento do carvão vegetal torna-se


ineficiente e de risco necessitando urgentemente de intervenções que possam garantir a
sustentabilidade da cadeia de valor de carvão vegetal.

“Moçambique é um país com grande diversidade de florestas naturais. Segundo


AGRICULTURA (2014), os combustíveis lenhosos são a principal fonte de energia usada pelos
moçambicanos para suprir as suas necessidades de energia doméstica”.
O produto em causa é importante para a geração de renda nas áreas rurais e a sua produção pode
ser mais importante do que outras actividades como a agricultura. O carvão vegetal também
contribui para uma energia confiável, conveniente e acessível para cozinhar em todos os
momentos e com um custo baixo relativamente as outras alternativas. Além disso, o comércio de
carvão oferece oportunidades de geração de renda para muitas pessoas nas áreas urbanas e vilas
por meio de comércio retalhista de pequena escala principalmente dirigidos por homens e
mulheres que vendem o produto ao longo das estradas urbanas.

O processo de produção de carvão é caracterizado pela ausência de técnicas de maneio


sustentável de florestas, ameaçando a perpetuação destes recursos a médio e longo prazo, deste
modo, para que o uso sustentável dos recursos florestais seja realizado, e a produção de carvão
vegetal contribua para o desenvolvimento sustentável e de igual modo para redução da pobreza,
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é necessário que se desenvolva acções que visam garantir a continuidade destes recursos no
futuro, e uma delas é o reflorestamento nas zonas de produção.
A partir dos dados obtidos do primeiro contacto de observação na área de produção junto aos
produtores foi possível notar que a produção do carvão é uma actividade praticada por indivíduos
de baixo nível de escolaridade do nível primário.

6.3.Carvão Vegetal

O carvão vegetal é proveniente da queima parcial da madeira. Na era primitiva, o homem


utilizava pedaços de madeira em chamas para iluminar as cavernas ou aquecer-se. Possivelmente
não tardou a perceber que, ao utilizar a madeira queimada, de aspecto preto e friável, esta não
produzia chama e nem tanta fumaça, gerando calor de forma mais controlável que aquele
produzido pela queima directa da madeira (JUVILLAR, 1980), marcando a descoberta do carvão
vegetal e seu uso como combustível.

O carvão vegetal, na forma mais simples de explicar, é o carvão usado para fazer churrasco.
Além disso, ele possui diversos fins, e o principal, é o abastecimento das siderúrgicas. É uma
opção que traz diversos benefícios, ao contrário do carvão mineral, que é uma das principais
fontes de energia do mundo, e ao ser produzida, emite grande quantidade de gases poluentes.
Mas infelizmente, ainda existe muita produção de carvão vegetal através da vegetação nativa e
não por reflorestamento. Dessa forma, mesmo trazendo benefícios, aumenta o desmatamento.

O uso do carvão vegetal não é actual, vem desde o Egito antigo, onde era usado na purificação de
óleos, e em aplicações medicinais, assim como nas tribos indígenas, anos depois. Ele também foi
usado na segunda guerra mundial, onde foi utilizado para a remoção de gases tóxicos. Apesar de
tanto tempo, ainda é muito usado como fonte de energia, mas pode ser uma ótima alternativa
para o futuro, pois além de ser renovável, a substituição de outras fontes de energia pelo seu uso
pode ajudar na redução do aquecimento global no mundo, efeito estufa, das chuvas ácidas, etc
(PEREIRA, 2002).
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6.3.1.Principais Razões do Engajamento na Produção de Carvão em Mambadine

A produção de carvão é uma actividade que não é muito exigente em termos de recursos
financeiros assim como humanos. Nessa ordem, a produção de carvão é tida como meio de
subsistência principalmente para os pobres rurais, contribuindo para renda familiar para os que
não tem emprego, servindo também como alternativa de arrecadação de receitas para
complementar as outras actividades.

De acordo com a FAO (1998), as comunidades identificam de forma contínua soluções


alternativas com objectivo de arrecadar receitas sem que estejam virados exclusivamente à
agricultura, criação de animais e exploração intensiva de madeira.

Para o caso de Mabadine também não se foge a regra, certas famílias são obrigadas a optar pela
produção de carvão dada a aparente disponibilidade do recurso florestal, relactivamente a outras
formas de obtenção de divisas como a agricultura, e a criação de animais.

6.3.2.Espécies Usadas Para a Produção de Carvão Vegetal em Mambadine

Observações feitas nos locais de produção de carvão vegetal em Mambadine indicam que a
maioria dos produtores geralmente usa várias espécies de árvores dependendo da disponibilidade
das mesmas na área de produção.
A legislação florestal vigente em Moçambique estabelece quais as espécies a serem usadas para a
produção do carvão, contudo os produtores de carvão vegetal em Mambadine não respeitam esta
disposição legal, o que está associado a fragilidade do sistema de fiscalização florestal e ao
elevado índice de prática desta actividade no local em causa.
As principais espécies usadas para produção de carvão em Mambadine são: Chikukutsi, Nyeve,
Kwatsu, Kwakwa.

6.3.3.Idade da Árvore e o seu Impacto na Qualidade do Carvão

Um dos aspectos que mais concorrem para a fraca qualidade do carvão vegetal é a idade da
árvore. A cerca de quinze (15) anos atrás a qualidade de carvão vegetal era relativamente melhor
quando comparada com a observada actualmente, e uma das razões mais óbvias é a ignorância ao
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período de vida da árvore, sendo que verifica-se o abate de árvores que não tenham completado o
seu desenvolvimento.

Um dos requisitos que uma árvore deve possuir para produzir carvão de qualidade é de atingir a
sua maturidade, dependendo de cada espécie, sendo que algumas tem o crescimento mais rápido
em relação as outras.

O abate de árvores jovens tende a aumentar com o passar de tempo, o que levanta uma
preocupação maior sobre o que será deste produto num futuro próximo.
Sustentabilidade é um termo usado para definir acções e actividades humanas que visam suprir
as necessidades actuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações.
Ou seja, a sustentabilidade está directamente relacionada ao desenvolvimento económico e
material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que
eles se mantenham no futuro (PEREIRA, 2002).

Da analise feita nos locais de produção do carvão vegetal em Mambadine, pôde-se apurar que
uma das razoes que levam aos produtores a recorrerem por arvores jovens, é o escassez da
vegetação, factor este aliado a ignorância a pratica de reflorestamento.

7. Metodologia de estudo
Refere-se ao conjunto de técnicas e processos utilizados pela ciência para formular e resolver
problemas de aquisição objectiva do conhecimento de maneira sistemática, que usamos para o
fornecimento de suporte metodológico, representando o pensamento e permitindo o uso de
ferramentas objectivas que facilitem a superação das limitações individuais do pesquisador em
suas análises e sínteses, bem como a redução dos vários tipos de interferências pessoais
(emocionais e/ou culturais) que podem surgir na observação e experimentação dos diversos
fenómenos em estudo (JUNG, 2003).

8.Delimitação da área do estudo


Mabadine, está localizada a norte de Massinga.
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9.Natureza da pesquisa.
O tipo de pesquisa é explicativa. Esta pesquisa tem como objectivo identificar os factores que
determinam ou contribuem para a baixa qualidade do carvão produzido em Mabadine.
Para Gill (1991) a pesquisa é explicativa quando visa identificar os factores que determinam ou
contribuem para a ocorrência dos fenómenos, aprofundando o conhecimento da realidade por
explicar a razão do porquê das coisas (RODRIGUÊS, 2005).

10.Selecção da população e amostra.


Constituirão o universo da nossa população todas as pessoas praticantes da queima do carvão em
Mabadine. O tipo de amostragem predominante neste projecto é a aleatória. Daí que esta amostra
será constituída por pessoas de todas as idades e em ambos os sexos.

11.Técnica de recolha de dados.


Os dados serão colectados por meio de:

 Observação directa

 Entrevista guiada por meio de um formulário semi-estruturado, na língua portuguesa, a


pessoas envolvidas na produção de carvão vegetal de forma a facilitar a recolha de
informação.

 O inquérito será aplicado as pessoas envolvidas na produção de carvão vegetal, aos


revendedores do carvão vegetal e a população consumidora de modo a colher
sensibilidades de todos os envolvidos nesta cadeia.

12.Resultados esperados
Com a abordagem deste projecto, espera-se que:

Os produtores de carvão vegetal em Mabadine desenvolvam acções que visam a sustentabilidade


das florestas, de forma de garantir a melhoria da qualidade do carvão no futuro para a população
consumidora deste produto, e também garantir a contínua existência das florestas, sendo que
estas são ecossistemas de enorme importância ambiental por uma variedade de razões.

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13.Bibliografia

1. ALBERTO, M. M. M. A contribuição do sector florestal e faunístico para a economia do


país. Maputo, 2006.
2. CERVO, Amado L. e BERVIAN, Pedro A. (2001) Metodologia Científica : para uso dos
estudantes universitários. 3.ed. São Paulo: Brasil.
3. FAO. A contribute to the development of a Fuelwoods strategy. Maputo, Moçambique,
2005.
4. JUNG, Carlos Fernando. Metodologia Científica: Ênfase em Pesquisa Tecnológica, 3ª
Edição, 2003.
5. MOÇAMBIQUE, Instituto de Investigação Agrária de. Estudo da cadeia de valor de
carvão vegetal no sul de Moçambique, 2014.
6. PEREIRA, C.; BROUWER, R.; MONJANE, M.; FALCÃO, M.. Estratégia de
Capacitação na área de Certificação Florestal. Maputo - Moçambique, 2002.

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