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Introdução

Este trabalho vai abordar fundamentalmente, sobre o tema relacionado com a Importância da
Estatística nas Organizações, pesquisando os relatórios de vários pontos de sistema
organizacional e /ou entidades máximas em Moçambique. Em suma: o preço da corrupção,
conforme foi observado durante os últimos dez anos num caso de amostra, é de até 4,9 biliões
de Dólares Norte-Americanos, o equivalente a cerca de 30% do PIB de 2014 e 60% do
orçamento geral do estado para 2015. Este peso causado pela corrupção seguramente que é
nefasto para o orçamento, para a economia, para os negócios e para o desenvolvimento e
bemestar socioeconómico.

Estamos travar, nas mais altas esferas do nosso Governo, uma luta contra a má gestão da coisa
pública e a corrupção .

Desta feita este trabalho surge com grande objectivo de descrever a importância da estatística
nas organizações. Falar da estatística dentro das organizações é algo indispensável, pois a
estatística é o maior factor preponderante na tomada de decisões, no estudo de uma
determinada causa , na pesquisa, ainda falar da estatística é trazer de forma clara a vantagem
que por si leva na media que se necessita o apuramento de alguns resultados obtido dentro de
um determinado estudo ou pesquisa, ainda no mesmo trabalho farci-á uma analise crítica de
alguns relatórios organizacionais apresentados em Moçambique. Segundo Vieira (2013, p.1),
a estatística é a ciência que fornece os princípios e a metodologia para coleta, organização,
apresentação, resumo, análise e interpretação de dados. Seguindo este raciocínio é recorrente
que tal conhecimento torna-se parte fundamental de diversas áreas, principalmente da área de
pesquisas científicas. Através desta área é possível aumentar o lucro das empresas, aumentar a
qualidade dos processos ou produtos, minimizar custos, tomar decisões de valor político ou
econômico, aumentar a análise crítica.

Segundo RAO (1999) afirma que existem muitos métodos que são utilizados que definem o
método estatístico de resolução de problemas, estes serão mais detalhados no decorrer do
presente trabalho.

1.1Objectivos do trabalho
O trabalho tem como os seguintes objectivos:
a) Objectivo Geral

 Descrever a importância da estatística nas organizações em Moçambique.


b) Objectivos Específicos:
 Analisar os relatórios das organizações máximas de Mocambique
 Extrair informação sobre os relatórios feitos e Mocambique
2. Metodologias do trabalho

Para elaboração deste trabalho baseou-se na leitura de obras e analise critica dos relatórios de
governação em Mocambique nos últimos anos relacionadas com o tema em foque. Tendo
como base uma revisão compreensiva da literatura, tem-se em estudo uma abordagem que
distingue os actores nas transacções corruptas, os tipos de corrupção e os sectores relevantes
nos quais a corrupção se manifesta. A metodologia permite gerar e verificar evidências de
práticas corruptas por tipo e sector. Esta «evidência» não é uma evidência no sentido restrito,
com base em factos e dados, mas sim, de forma razoável, em presunções plausíveis de valores
monetários envolvidos em transacções corruptas. As estimativas quantitativas do “custo” de
cada caso ou prática foram introduzidas num quadro de cálculo. Este quadro permitiu a
agregação do valor monetário e «custo» de cada caso para ilustrar o dano total causado pela
corrupção ao OGE e aos activos, com uma justificação razoável do seu impacto sobre os
agregados macroeconómicos, tais como o PIB ou o Valor Acrescido (VA) produzidos pela
economia Moçambicana.

3. CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA

3.1 Definição geral da estatística

Para RAO (1999), a estatística é uma ciência que estuda e pesquisa sobre: o levantamento de
dados com a máxima quantidade de informação possível para um dado custo; o
processamento de dados para a quantificação da quantidade de incerteza existente na resposta
para um determinado problema; a tomada de decisões sob condições de incerteza, sob o
menor risco possível.

A Estatística é uma ciência que se dedica ao desenvolvimento e ao uso de métodos para a


colecta, resumo, organização, apresentação e análise de dados.

De acordo com Levin (1987) é quando o pesquisador usa números, quando ele quantifica seus
dados que ele muito provavelmente emprega a estatística como instrumento de descrição e/ou
decisão. A Estatística divide-se em duas partes: descritiva e inferencial: A área descritiva lida
com números para descrever fatos, tornando questões complexas mais fáceis de Entender e a
área inferencial utiliza métodos de estimativas de uma população com base nos estudos sobre
amostras.

Para compreender os métodos é preciso conhecer certos conceitos utilizados na área que são
necessários para a interpretação dos resultados. Dentro das análises encontram-se os seguintes
conceitos conforme:

População: conjuntos de todos os itens ou elementos;


Amostra: uma parte da população que será analisada;

Censo: se todos elementos da população são observados;

Sondagem: um estudo feito apartir de uma amostra.

Através dos conceitos pode-se notar que os mesmos se inter-relacionam, porém é preciso
entender suas diferenças. Por exemplo, ao analisar quantas pessoas estudam em escola
privada e quantas pessoas estudam em escola pública numa cidade, têm-se como população as
pessoas, como amostra homens e mulheres. A amostra nesta situação anterior seria uma
parcela do total da população para analisar. É importante lembrar que geralmente nas grandes
empresas ou na economia, enfim em áreas que englobam muitos dados, usa-se a amostra
como forma de execução da pesquisa. Como se torna muito trabalhoso e com um custo muito
alto pesquisar a população toda, faz-se um estudo preliminar da mesma a fim de encontrar os
parâmetros e então buscar a amostra que tem confiabilidade no seu resultado, sendo menos
trabalhoso e com menor custo.

Analise Crítica Dos Relatórios

Relatório publicado em Julho de 2019. Este relatório surge numa vertente que se enquadra
mediante os actos de governação e corrupção em Moçambique, onde este autor afirma que a
economia de Moçambique encontra-se num ponto de viragem, e os esforços para abordar as
vulnerabilidades em matéria de governação e corrupção podem ter um impacto positivo
duradouro. Os níveis actuais da dívida pública, fez-nos reexaminar a fundo o nosso quadro de
governação e anti-corrupção, e motivou uma série de reformas para abordar as
vulnerabilidades expostas desse mesmo quadro.

De um modo geral, os males que enfermam a nossa sociedade e, particularmente, da


corrupção, têm sido recentemente objecto de análises pormenorizadas e, sem dúvida,
revestem-se de importância macroeconómica crítica. Um estudo estima que os custos da
corrupção para Moçambique no período de 2002 a 2014 ascendem a USD 4,9 mil milhões
(aproximadamente 30% do PIB de 2014). O impacto desses custos é difuso, e afecta os
contribuintes, fornecedores de serviços públicos, o sector financeiro e o sector privado,
incluindo a reputação internacional de Moçambique.

Esses custos são especialmente nocivos num momento em que o país é abalado por uma série
de choques, designadamente a queda dos preços das matérias-primas, as secas, a suspensão do
apoio orçamental dos doadores e, mais recentemente, os Ciclones Tropicais Idai e Kenneth.
Ao mesmo tempo, Moçambique está prestes a beneficiar de um aumento significativo das
receitas graças às reservas de recursos naturais, e como Governo temos o dever de garantir a
gestão responsável desses recursos para as gerações presentes e futuras.Ao tomar medidas
decisivas hoje para implementar o quadro de governação e anti-corrupção de maneira
imparcial, coerente e eficaz, e para apoiar os esforços no sentido da transparência e da
responsabilização ao nível individual e institucional, pretendemos, como Governo, alcançar
resultados permanentes. Contudo, reconhecemos que subsistem falhas em diversas áreas
relevantes da economia. O quadro de governação e anti-corrupção não é aplicado de forma
consistente e completa.

O Estado de Direito é enfraquecido pela fraca aplicação das leis e regulamentos existentes e,
nalguns casos, pela ausência de regulamentação e de orientações explicativas necessárias. A
regulamentação dos mercados é marcada pelo excesso de complexidade e opacidade. As
ferramentas ABC/CFT ainda não foram mobilizadas de forma eficaz para apoiar cabalmente
os esforços anti-corrupção, sobretudo no que respeita à garantia de que as transacções
relativas a pessoas politicamente expostas sejam adequadamente monitoradas, como por
exemplo as transacções imobiliárias. Na área de governação orçamental, a supervisão das
instituições públicas ainda é fragmentada e incompleta, a gestão do investimento público
carece de disciplina processual, a gestão da dívida é fraca e pouco transparente e a gestão de
tesouraria é marcada por ineficiências e controlos frágeis.

Detectamos falhas na governação do banco central, ligadas a insuficiência autonomia e à


ausência de um órgão de supervisão que sirva como mecanismo de pesos e contrapesos às
funções executivas do banco.

Ainda este autor diz que Já foram tomadas medidas para abordar as vulnerabilidades em
matéria de governação e corrupção. Nos últimos 15 anos, adoptamos um quadro legislativo e
institucional completo para tratar das questões de governação e corrupção, que abrange áreas
como a administração da justiça, a regulação dos negócios, as medidas anti-branqueamento de
capitais e de combate ao financiamento do terrorismo (ABC/CFT), o sector empresarial do
Estado (SEE) e o sector financeiro.

3.2. Dívida Pública

Em primeiro lugar, há um aumento recente do endividamento, em termos absolutos e


relativos, com base em dados do Banco de Moçambique (BM), mostrando o volume da dívida
externa, podemos verificar o aumento na figura abaixo:
120

100

80

Investimento Directo Externo


(entrada e
60 estoque, % do PIB
Receita Fiscal (% of PIB)
Dívida Externa ( % of PIB)
40

20

0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

O total da dívida (externa e interna) medido em percentagem do PIB aumentou entre 2012 e
2015 de cerca de 40% em média (entre 2008 e 2014) para bastante acima dos 50% em 2014 e
deverá atingir quase 60% em 2016 (FMI, 2015). Em termos nominais, a dívida pública
aumentou de US$ 4,8 bilhões em 2012 para US$ 7 bilhões em 2014. Destes, US$ 1,5 bilhão é
dívida contraída por três “projectos” financiados pelos empréstimos em condições não
preferenciais (NCB), ou seja, a EMATUM, a ponte Maputo-KaTembe e a Estrada Circular de
Maputo, os dois últimos financiados pela China.

Resultados esperados

O retrato que emerge da análise é o de uma economia Moçambicana e, por implicação, uma
sociedade à solta, severamente assolada pela corrupção. os custos da corrupção para a
economia Moçambicana, no período em análise, as práticas de corrupção nas alfândegas
podem ser identificadas como sendo a principal causa de danos à economia envolvendo
elevadas somas em transacções ilícitas. O suborno relacionado com as alfândegas e o não-
pagamento das taxas devidas em processos de importação tem custado muito dinheiro aos
cofres do estado. A única e importante perda de recursos públicos registada na amostra está
relacionada com o sistema instalado nas Alfândegas visando contornar o sistema oficial de
MCNET. Este processo já custou ao país cerca de 2,5 biliões de Dólares Norte Americanos, 1
bilião acima da despesa total orçamentada para os sectores da educação e saúde (1,4 biliões de
Dólares Norte-Americanos) em 2015. As fontes orais também indicam uma crescente
importância das Empresas Tuteladas pelo Estado (SOEs) e em particular as empresas privadas
detidas por instituições do estado bem como as parcerias público-privadas (PPP) como sendo
os centros de corrupção. Os danos causados por determinados tipos de corrupção associados a
estes factos, incluindo os choques e manifestas situações de conflito de interesses, estão em
segundo lugar para o que é causado pelas práticas ilícitas e corruptas nas Alfândegas.

Conclusão

Bibliografia

Weimer, Bernhard, José Jaime Mucuane and Lars Buur(2012)

ADE/ITAD/COWI (2014).

Auriol, Emmanuelle, & Aymeric Blanc (2009).

Barry, Michael (2009)

Battaglia, Michael (2008).

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