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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Centro de Recursos de Chimoio

Parasitologia e Fitopatologia

Estudo da Doenças das Plantas

Miguel Ebicha Simão: 708195214

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia

Disciplina: Parasitologia e fitopatologia

Ano de frequência: 4o Ano.

Turma: B

Docente: Msc António Chico Mange

Chimoio, Junho de 2021


Conteúdo Índice Paginas

Folha de Feedback...................................................................................................................................i

Folha de Melhorias.................................................................................................................................ii

I. Introdução.....................................................................................................................................1

1.2. Objectivos...............................................................................................................................2

1.2.1. Geral.................................................................................................................................2

1.3. Metodologias...........................................................................................................................2

2. Fitopatologia: Doenças nas plantas.......................................................................................................3

2.1. Doenças fúngicas nas plantas................................................................................................4

2.2. Doenças causadas por Vírus..................................................................................................9

2.3. Doenças causadas por Vírus................................................................................................15

3. Conclusão.....................................................................................................................................16

Referências bibliográficas..................................................................................................................17
Folha de Feedback

Classificação
Categorias Indicador Padrões Pontuaçã Nota do Subtotal
es o máxima Tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura organizaci Discussão 0.5
onais Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização (Indicação 1.0
clara do problema)
Introdução Descrição dos objectivos 1.0

Metodologia adequada ao 2.0


objecto do trabalho
Conteúdo Articulação e domínio do
discurso académico (expressão
Análise e escrita cuidada, 2.0
discussão coerência/coesão textual)
Revisão bibliográfica nacional
e internacionais relevantes na 2.0
área de estudo
Exploração dos dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0
Aspectos Formataçã Paginação, tipo e tamanho de
gerais o letra, parágrafo, espaçamento 1.0
entre linhas.
Normas
APA 6ª
Referências edição em Rigor e coerência das
Bibliográfic citações e citações/referências 4.0
as bibliografi bibliográficas
a

i
Folha de Melhorias

ii
I. Introdução

O trabalho que se segue, pretende abordar assuntos relacionados com as doenças das
plantas causados por diversificados agentes ou parasitas que quando não controlados podem
vir a causar sérios problemas principalmente na área agrícolas.

Portanto, para cada cultivar ou espécie vegetal existe um conjunto de condições


ambientais que favorece o seu óptimo desenvolvimento e quando um ou vários dos factores
ambientais, tornam-se desfavoráveis, o desenvolvimento da planta altera-se, manifestando
características anormais em comparação com plantas cultivadas em um ambiente habitual,
podendo aplicar a expressão de doenças de plantas que é toda alteração no seu
desenvolvimento fisiológico e/ou estrutural, suficientemente prolongada e em grau tal que as
manifestações externas sejam óbvias. Sendo assim, é essencial que saiba lidar eficazmente
com as doenças das plantas conhecendo os agentes etiológicos, através das caraterísticas das
doenças para posterior tratamento e possível prevenção, por isso far-se-á também uma
abordagem sobre esses assuntos pertinente no corpo do trabalho que se apresenta.

1
1.2. Objectivos

1.2.1. Geral
 Explicar as doenças das plantas.

1.2.2. Específicos
 Descrever as doenças virais em plantas;
 Caracterizar as doenças bacterianas em plantas;
 Identificar e explicar as doenças causadas por artrópode e anelídeos nas plantas;

1.3. Metodologias

Para a realização do presente trabalho, recorreu-se primeiramente ao módulo da disciplina da


Cadeira de Parasitologia e Fitopatologia da UCM tanto como recorreu-se também a outros
manuais de cunho biológico para a complementaridade contextual do trabalho.

2
2. Fitopatologia: Doenças nas plantas

Ao abordar assuntos relacionados com as doenças das plantas é indispensável falar um


pouco sobre o termo fitopatologia.

Portanto a fitopatologia é originária de três palavras gregas (Phyton = planta, vegetal),


(Pathos = doença) e (Logos = estudo, tratado), podendo ser definida como a ciência que
estuda a interação entre planta, doença e meio ambiente, estabelecendo deste modo os
métodos de prevenção e controle. sendo assim, a Fitopatologia é a ciência que estuda as
doenças de plantas, abrangendo todos os seus aspectos, desde a diagnose, sintomatologia,
etiologia, epidemiologia, até o seu controle (CAROLLO, & FILHO, 2016. p. 12).

De acordo com PLANK, (1963), as doenças de plantas são anormalidades provocadas


geralmente por microrganismos, como bactérias, fungos, nematóides e vírus, mas podem
ainda ser causadas por falta ou excesso de factores essenciais para o crescimento das plantas,
tais como nutrientes, água e luz. Neste caso, são também conhecidas como distúrbios
fisiológicos

Várias são as medidas que podem ser adoptadas para evitar a ocorrência de doenças
em plantas ou mesmo reduzir seu impacto no produto comercial. A observação harmoniosa de
um conjunto de medidas de controle, também conhecido como controle integrado, tem como
objetivo principal a redução da necessidade do uso de agrotóxicos (PLANK, 1963).

Para que as doenças sejam bem controladas é necessário que a cultura seja bem
conduzida, ou seja, que a planta não esteja sujeita a estresses provocados por factores
diversos, tais como época de plantio desfavorável, adubação desbalanceada, ferimentos nas
plantas, competição com plantas daninhas e o uso de cultivares não adaptadas ao clima
(PLANK, 1963). Dentre estes factores, deve ser dada atenção especial ao tipo de solo e modo
de irrigação. Certas plantas são muito sensíveis a diversificados solos e podem morrem
prematuramente por esta causa. O controle de doenças de plantas é, mais que tudo, ‘medicina
preventiva’, ou seja, a estrita observação de medidas que devem ser adotadas antes mesmo do
plantio.

Tendo feito esta pequena abordagem sobre o assunto e conceituando os termos a


fitopatologia e as doenças das plantas segundo o entender de alguns autores, seguimos falando
com a doenças propriamente ditas.

3
2.1. Doenças fúngicas nas plantas

Segundo TÖFOLI, & DOMINGUES, (2018. p. 271). As doenças fúngicas, quando


não controladas adequadamente, podem ser devastadoras, reduzindo drasticamente a
produtividade e a qualidade da produção. Essas podem afectar folhas, pecíolos, botões florais,
frutos, caules e sistema radicular, causando desfolha, queda de vigor, murchas, podridões e,
em alguns casos, a morte de plantas.

O conhecimento dos sintomas, a etiologia, a epidemiologia e as medidas de controle


são fundamentais em sistemas integrados que busquem a sustentabilidade da produção, a
redução do impacto ambiental e os melhores níveis de qualidade de vida.

4
No Características e Sintomas Agente causador
Doença Tratamento Prevenção

1 Apresenta manchas verde-castanhas a partir das


Requeima do Phytophthora Uso de pulverizador Plantio de variedade mais
margens das folhas, apresente uma cobertura
tomateiro infestans contendo fungicidas resistente, manter as plantas
branca se desenvolvendo na superfície inferior
à base de secas através de uma boa
das folhas, apresenta manchas enrugadas de
mandipropamida, drenagem e ventilação das suas
coloração cinza ou castanho nos frutos, a polpa
clorotalonil, culturas
do fruto fica endurecida e o fruto cai.
fluazinam, e
Sintomas severos da doença são caracterizados
mancozeb
por completa destruição da área foliar, quebra
de caules e queda de frutos.

2
Tombament É uma doença que afeta plantas jovens e ocorre Rhizoctonia Tratamento de Rotação de culturas com
o ou em sementeiras, em copinhos, em bandejas ou em solani, Pythium sementes com gramíneas, Nutrição equilibrada
'Damping- mudas recém transplantadas. Os patógenos spp., fungicidas. das plantas, uso de sementes de
off' podem afetar as sementes antes do estágio de Phytophthora boa qualidade e alto vigor,
plântula, causando apodrecimento mole nas spp.) descompactação do solo, evitar o
sementes. Escurecimento dos tecidos e perda de encharcamento do solo.
turgidez, manchas marrons encharcadas na
extremidade da raiz principal em pré-
emergência, que escurecem e sofrem

5
apodrecimento flácido.

3
Murcha-de- Em locais secos a infecção, normalmente, é Phytophthora Tratamentos com Cultivo de variedades tolerantes
fitóftora visível nas raízes e coroa da planta. Uma capsici produtos contendo ou resistentes, implementação
(requeima, mancha castanha ou negra aparece nos caules, mefenoxam e rotação de culturas com espécies
podridão-de- na linha do solo. Em condições de alta umidade, fungicidas a base de não hospedeiras, remoção de
fitóftora, pé- todas as partes da planta são afectadas, as raízes cobre hospedeiros alternativos,
preto) infectadas tornam-se castanhas escuras e com redução da compactação do solo,
aspectos apodrecido, causando a queda das proporção de boa drenagem e
plântulas. evitar irrigação excessiva.

6
4
Carvão de Facilmente visualizados por causa da formação Ustilago Tratamento das As principais medidas de
cana de de galhas nas espigas, podendo ocorrer em toda scitaminea mudas com prevenção são a utilização de
açúcar a espiga ou apenas parte dela, na bainha e fungicida como mudas sadias, a erradicação de
nervura foliar. Bezimidazol antes plantas e colmos doentes e o uso
do plantio poderá de variedades resistentes.
Apresenta uma estrutura presta em forma de
ajudar a reduzir a
chicote que emerge do ponto de crescimento da
incidência da doença
cana e, na maioria do caso estende-se acima da
nos campos.
parte superior da planta infectada e com
desenvolvimento atrofiado, folhas finas e
rígidas.

5
Sigatoka Os primeiros sintomas ocorrem na terceira e Mycosphaerrela Tratamento com Uso de variedade resistente é
negra quarta folhas apresenta manchas amarelas na mucicola fungicida contendo preciso deixar um espaço entre
superfície da folha, aumento das lesões mancozeb, calixina as plantas para garantir uma boa
formando manchas estreitas e acastanhadas e, ou clorotalonil ventilação, uso de boas técnicas
posteriormente, estrias vermelho-ferrugem, podendo ser aplicada de drenagem para evitar solos
apresentam estrias vermelhas com margens em pulverizações encharcados, limpeza do campo
amarelas e encharcadas, apresentam áreas foliares. a rotação de removendo as ervas daninhas,
necrosadas, castanhas e prestas, surgindo ao fungicida sistêmicos, uso da uréia como fonte de

7
longo das margens das folhas. como propiconazol, nitrogênio para comprometer o
fenbuconazol desenvolvimento do fungo no
funciona bem. solo.

6
Cárie do As primeiras evidências de contaminação Tilletia tritici Tratamento com Deve-se plantar o trigo do
trigo ocorrem pouco antes da polinização das flores, fungicidas de inverso em quanto a temperatura
onde as espigas parecem engorduradas, com contacto sistêmico está a cima de 20o C, e o mesmo
traços verde-escuros, quando espremidos os que se movem no cuidado deve se tomar com o
grãos infectados revelam esporos pretos que tem interior das mudas, trigo do verão, ou seja, plantar
cheiros de peixe podre, as plantas infectadas como o tebuconazol, quando as temperaturas estivem
podem apresentar um crescimento atrofiado e benzimidazol, altas.
espiguetas com aristas reduzidas. fenilpirrol que
protege as sementes
contra Tilletia tritici

7
Mancha de Os sintomas variam um pouco, dependendo da Cercospora Tratamento Deve-se deixar um espaço
Cercospora força do patógeno, e do tipo de planta. apresenta canescens biológico: é possível suficiente entre as plantas para
nas folhas diversas manchas anelares necróticas tratar as sementes manter uma boa ventilação,
de coloração castanho-claro, circundadas por com água quente, certificar se o solo esteja bem
margens acastanhadas-avermelhadas, as aplicação de estrato drenado, promover uma boa

8
manchas aprecem nos ramos em vagens verdes, de óleo de nem limpeza do campo removendo
un alto nível de formação de manchas nas folhas também é eficaz na todos os resíduos de plantas e os
que leva a desfolha intensa na época de redução da equipamentos, evitar trabalhar na
formação das vagens, apresenta o crescimento gravidade da doença. plantação enquanto as plantas
fúngico dentro e sobre as vagens que pode estiverem molhadas, utilizar
Tratamento químico:
acarretar em 100% da perda na produtividade. coberturas mortas nas plantas
tratamento com
para evitar a transmissão de
fungicidas contendo
fungos para as folhas mais
mancozeb, e a
baixas, e sempre recomendado
pulverização com
fazer a rotação de cultura nos
outros fungicida
hospedeiros.
reduz a
contaminação das
vagens e melhora a
qualidade das
sementes.

9
2.2. Doenças Virais nas plantas

As doenças causadas por vírus são referidas como viroses. O nome das espécies de
vírus é composto, sendo normalmente constituído do nome da hospedeira e do tipo de
sintoma, seguida da palavra vírus. Usam-se siglas para facilitar a citação, geralmente
contendo as iniciais de cada componente do nome.

Na natureza a disseminação do vírus de plantas ocorre de forma muito especializada.


A maioria é transmitida por insectos vetores:

 Pulgões;
 Moscas-brancas;
 Cigarrinhas;
 Tripes.

Os danos causados podem ser inexpressivos ou levar à perda total da produção. A


avaliação visual de sintomas não é suficiente para identificar as espécies de vírus envolvidas,
requerendo testes laboratoriais complementares.

O controle depende principalmente de medidas preventivas, que devem ser tomadas


por todos os produtores de uma região ou país. Muitas medidas são estabelecidas em
legislações fitossanitárias nacionais e internacionais.

Controlar vírus apenas com a aplicação de agrotóxicos, visando a destruição dos


insetos vetores, quase sempre leva ao insucesso, eleva o custo de produção, provoca sérios
danos ao meio ambiente e favorece o aparecimento e superpragas.

10
No Doença Características e Sintomas Agente
Tratamento Prevenção
causador

1 Todas as partes das plantas podem ser afectadas em qualquer


Mosaico do Vírus do Mergulhar as Usar sementes de plantas
estágio de desenvolvimento, os sintomas dependem das
fumo mosaico do sementes em saudáveis, plantio de
condições ambientais (luz, duração do ia, temperatura): as
tomateiro uma solução de variedade resistente, uso
folhas afectadas apresentam mosqueados de cor verde e
100g/l de de pasteurização a vapor
amarelada ou um padrão de mosaico, as plantas apresentam
Na₃PO₄enxaguá para deixar o solo livre
diferentes graus de atrofiamento e a frutificação pode ficar
-las de vírus, não consumir
severamente reduzida, os frutos maduros apresentas manchas
completamente produtos à base de
acastanhadas na polpa.
com água e as tabaco perto do
secar, tomateiro.

2
Vira-cabeça Clorose acentuada nas folhas jovens e de cor bronzeada, Tomato É uma doença A mais eficiente forma
do tomateiro posteriormente uma interrupção no desenvolvimento da planta, Spotted Wilt irreversível na de controle é o cultivo de
avançando para a distorção das folhas com lesões necróticas no Virus (TSWV) planta, por isso variedades resistentes.
limbo e no pecíolo, tendendo a formação de anéis concêntricos, deve controlar
essas mesmas lesões podem ocorrer nas raques da inflorescência os insectos
e também no caule. Em pouco tempo o ponteiro pode necrosar transmissores da
por inteiro e curvar para um dos lados, por este sintoma dá-se o doença
nome popular da doença. combatendo

11
para não
disseminar a
doença

3
Enrolamento- Os sintomas mais óbvios desta doença são, enrolamento Grapevine Pulverização de Usar sempre as sementes
da-Folha aleatório das folhas superiores, ocorrência do espessamento e leafroll- emulsões de de variedades resistentes,
clareamento das nervuras, com a presença de protuberância, as associated óleo branco não cultivar hospedeiros
folhas se tornam rígidas e quebradiças e os pecíolos tem um virus, GLRaV (1%) para alternativos perto da
aspecto retorcido, acontece desfolha prejudicando o impedir a papaeira, evite o uso
desenvolvimento da planta, resultando em crescimento atrofiado contaminação e extensivo de inseticidas,
com poucos frutos, pequenos e deformados. transmissão do arrancar as plantas
vírus por infectadas pela raiz e
afídeos. deitar, não deixar
nenhum resíduo de
planta depois da colheita.

4
Mosaico As folhas mais jovens podem se tornar completamente O vírus do Pulverizações
Amarelo do cloróticas, curvar para baixo ou ficar branco. As folhas mais mosaico foliares com
feijão antigas exibem pintas amarelas espalhadas que mais tarde amarelo do cipermetrina,
evoluem para manchas verdes e amareladas de forma irregular. feijão deltarmetrina ou
As áreas verdes são levemente elevadas, dando à folha uma dimetoato

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aparência enrugada. As lesões aumentam, coalescem e podem reduzir
começam a se tornar necróticas, o crescimento das plantas as populações
afectadas é atrofiado. Elas produzem menos flores e vagens, das moça-
suas vagens são pequenas, finas e mosqueadas, e as vezes se branca,
curvam para cima. reduzindo as

5
Mosaico da Os sintomas variam muito dependendo da cultura em questão, Vírus do Pulverização de Uso de variedades de
melancia do tempo da contaminação e das condições ambientais. Além Mosaico da óleo mineral culturas resistentes,
disso, as contaminações geralmente ocorrem em contaminações Melancia para interferir na monitoramento regular
mistas com outros vírus, como o vírus do mosaico do pepino e o transmissão do dos campos, remoção de
vírus do mosaico amarelo da abobrinha, que podem mascarar ou vírus ajudando a restos de culturas
modificar os sintomas.Apresentam mosaico ou mosqueados combater com o anteriores, controle do
sistêmico nas folhas e modificações foliar ocasional. vetor de uso de inseticidas para
transmissão até não afectar os insectos
Apresentam manchas verdes escuras no melão.
certo ponto benéficos.

6
Vira-cabeça Os sintomas evidenciados nas folhas, pecíolos, caules e frutos Vírus do Uso de alguns Evitar plantar perto de
do tomateiro vão variar dependendo da fase em que as plantas são bronzeamento ácaros plantas contaminadas
contaminadas e das condições ambientais, apresentam manchas do tomateiro predadores para com o vírus, inspecione
castanhas-escuras nas folhas e depois se transformam em se alimentarem cuidadosamente os
manchas necróticas, apresentam necrose e crescimento atrofiado de larvas ou transplantes em busca da

13
de pontas de crescimento, anéis verdes-claros e mosqueados em pupas de tripés, presença de tripés, tirar
frutos verdes, aprese anéis castanhos e manchas cloróticas em uso de óleo de as ervas daninhas dentro
frutos maduros e deformações ocasionais de frutos. nee ou ao redor do campo, Usar
espinosad, uma cobertura UV
inseticidas como altamente reflectiva
azadiractina ou (metalizada) para afastar
piretroides, os tripes.

7
Mosaico Inicialmente, as plantas contaminadas desenvolvem áreas Vírus da raia O tratamento Uso de matéria de
tardio ou cloróticas pequenas e irregulares ou descoloradas nas folhas que do tabaco direto de plantio saudável de
murcha variam de 2 a 5 mm de diâmetro e ao longo do tempo elas se doenças virais fontes confiáveis,
vermelha tornam grandes manchas angulares cloróticas ou necróticas não é possível, mantenha condições
(amarelas ou castanho). Apresentam desnutrição das plantas, mais vetores rigorosas de higiene para
menos flor e redução de dossel, as nervuras foliares amarelas, como tripes, todas as ferramentas,
espessas e deformadas. pulgões e outros remoção das plantas e
insectos restos contaminados de
seguradores campos e destruir
podem ser enterrando ou
controlados até queimando.
certo ponto.

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15
2.3. Doenças Bactérianas nas plantas

Para efeitos de doenças de etiologia bacteriana, neste , estão relacionadas as principais


doenças nas culturas de abóbora (Cucurbita máxima, C.maxima x C.moschata), abobrinha (C.
pepo), berinjela (Solanum melongena), melão (Cucumis melo), melancia (Citrullus lunatus),
pepino (Cucumis sativus), pimenta (Capsicum spp.), pimentão (C. annuum) e tomateiro
(Solanum lycopersicon). Há pelo menos dez gêneros de fitobacterioses que potencialmente
podem ocasionar problemas nesse grupo de plantas, incluindo um grande número de espécies
bacterianas.

A diagnose de doenças de etiologia bacteriana envolve, obrigatoriamente, o


isolamento e a purificação do agente causal, os testes de inoculação artificial nos respectivos
hospedeiros homólogos, para a reprodução daqueles sintomas observados em campo. É
somente após a confirmação da patogenicidade, fechando os chamados ‘Postulados de Koch’,
que serão iniciados os trabalhos para a identificação do agente causal ao nível de gênero,
espécie e, quando for o caso, a níveis infraespecíficos – subespécie ou patovar.

A seguir, estão relacionadas as principais doenças bacterianas das culturas


anteriormente citadas, enfocando aspectos relacionados à distribuição geográfica, ao(s)
agente(s) etiológico(s) envolvido(s), aos dados de sintomatologia e, quando disponíveis, às
perdas econômicas para a cultura. Medidas de controle ou manejo também serão discutidas,
visando eliminar ou, ao menos, minimizar o problema.

16
No Doença Características e Sintomas Agente
Tratamento Prevenção
causador

Tratamento Orgânico:
1 Mancha Os sintomas nas mudas podem ser observados de Acidovorax Alto padrão de
limpar as sementes usando
aquosa cinco a oito dias após o plantio apresentando: citrulli higiene,
um tratamento térmico a
manchas encharcadas de agua na parte de baixo das monitoramento
seco para remoção do
Melancia
folhas das mudas, lesões angulares escuras ou regular em busca de
patógeno. Tratamento
castanho-avermelhadas ao longo das nervuras sintomas de qualquer
Químico: Aplicação de
foliares, lesões irregulares de cor verde-oliva nos doença, destruição
bactericida na base de cobre,
frutos, formando manchas verde-escuras, liquido de das plantas
(Hidroxido de cobre,
cor âmbar escorrendo dos tecidos. infectadas
hidroxilsufato de cobre ou
imediatamente,
oxicloreto de cobre)
retirar os restos
aplicação antes da floração.
culturais.

Pectobacterium
2 Podridão Os sintomas iniciais geralmente ficaram visíveis Tratamento químico: o Rotação de cultura
subs.
mole como tecidos de nervuras escurecidos e áreas tratamento químico das com milho, feijão
carotovorum
necrosadas nas folhas. Apresenta: Nas folhas, os sementes e dos frutos soja, evitar plantar
Pimenta
tecidos das nervuras ficam escurecidas, tornam-se colhidos com uma solução pimenta apos a batata
cloróticas e, posteriormente, necróticas. lesões de hipoclorito de sódio pode ou repolho, evitar o
encharcadas em frutos e hastes. descoloração de ser utilizado para prevenir inoculo no solo,

17
frutos e pedúnculos. surgimento de um odor mais contaminações. forneça uma boa
desagradável. drenagem.

Tratamento orgânico: Uso


3 Murcha As folhas mais novas começam a murchar durante a Ralstonia Plantação de
de adubo vegetal da família
bacteriana hora mais quente do dia, e se recuperam quando a solanacearum variedade resistentes,
da crucífera no solo poderá
Tomateiro temperatura se tornam mais frescas. inicialmente uso do espaçamento
ajudar a controlar o
ocorre a murcha das folhas mais novas e em seguida sugerido para a
patógeno.
da planto toda. as folhas permanecem verdes e cultura, boa
Tratamento químico:
presas às hastes. as raízes e partes baixas do caule drenagem do campo,
devido a natureza do
ficam acastanhadas. as raízes liberam uma secreção rotação de cultura
patógeno, que vive no solo,
amarelada, quando cortadas. por 5 anos ou mais,
o tratamento químico da
garanta um Ph
doença pode ser inviável,
ligeiramente de 6.0-
pouco eficaz ou ineficaz.
6.5.

Tratamento orgânico:
4 O cancro Mudas infectadas produzem plantas fracas e Clavibacter Transplantes ou
Mergulhar as sementes em
bacteriano atrofiadas, com pequenas manchas esbranquiçadas michiganensis sementes sem
acido a 8% ou acido
do sobre as nervuras das folhas e pecíolos. Apresenta: subsp doenças e de
hidroclorídrico a 5%.
tomateiro clorose internerval, enrolamento e murcha de folhas variedades
Tratamento químico: uso
mais velhas, as folhas castanhas enquanto o pecíolo resistentes, no
de pulverização com
permanecem verdes, folhas presas ao caule, transplante usar
bactericidas em tempos de

18
chuvas frequentes, uso de
manchas castanhas com uma areola em folhas e bandejas plásticas ao
produtos na base de cobre.
frutos, o pedúnculo apodrece e apresenta faixas invés de as produzir
verticais que mais tarde se partem, formando no campo.
cancros.

5 Crestamento A contaminação pode correr em qualquer fase do Xanthomonas Sempre considere uma Uso de sementes de
Bacteriano crescimento. os sintomas diferem ligeiramente axonopodis pv. abordagem integrada com plantas certificadas
dependendo da idade da planta. Apresenta: manchas phaseoli medida preventiva junto livres de patógenos,
pequenas, encharcadas de agua, com margens de cor com tratamento biológico, plantar variedades
amarelo-limão nas folhas, as manchas evoluem para uso de bactericida, produtos tolerantes ou
lesões secas, castanhas e necróticas, em fases contendo cobre e um resistentes, garantir
posteriores de contaminação, as plantas desfolham, antibiótico autorizado deve um tempo de plantio
listras avermelhadas e amarelas exsudam no caule. ser aplicado na forma de adequado na área,
tratamento de semente e evitar a irrigação por
folhas. aspersão,

Tratamento Orgânico:
6 Mancha Os sintomas variam, dependendo da variedade da Xanthomonas Uso de sementes
Pulverizar com compostos
angular do planta, das condições climáticas e da época do ano. fragariae saudáveis de
de cobre certificados podem
Morango os sintomas aparecem inicialmente como manchas fornecedores
ajudar a reduzir a doença,
angulares, translucidas e encharcadas na superfície certificados para o
aplicação de soluções
inferior das folhas. as manchas mais tarde se plantio, plantio de
contendo acido cítrico e

19
láticos
fundem, formando áreas castanhas avermelhadas nas variedades
Tratamento químico:
folhas, uma secreção bacteriana escorre destas resistentes, mantenha
Aplicação de produtos na
lesões, ela causa o escurecimento dos pedúnculos e um espaço suficiente
base de cobre em
frutos murchos. entre as plantas,
temperaturas baixas.
cobrir o solo com
palha.

7 Estria Os sintomas da estria bacteriana incluem estrias Xanthomonas Tratamento orgânico: Rotação de cultura
Bacteriana foliares interserais que são castanhas, bronzeadas ou vasícola pv. ainda não há opções de com culturas não
do Milho amarelas e podem ser curtas ou mais longas. as vasculorum controle biológico hospedeiras, como a
lesões ficam bem amareladas quando iluminadas disponíveis, manejo soja ou o trigo.
contra sol. as margens das listras bacterianas são preventivos são essenciais
Realizar a aragem
frequentemente onduladas, irregulares e tem uma para não correr a doença.
profunda.
tonalidade amarelada. a contaminação pode ocorrer
em campos dos estágios iniciais de crescimento em
Realizar limpeza
diante em estufas, ate mesmo nas mudas. o sintoma
adequada, isso ajuda
se desenvolve principalmente a partir das folhas
a retardar a
baixas para cima, mas também pode aparecer
propagação do
primeiro no dossel medio ou superior em forma de
patógeno de campo
manchas concentradas ao redor da nervura central. a
para campo.
doença afecta principalmente as folhas. a perda de

20
rendimento varia bastante entre os diferentes Remover os dentritos
campos e híbridos, desde a pouca gravidade da vegetais não
doença até 50% ou mais da área foliar coberta, o que lavrados.
pode afectar no preenchimento de grãos

21
2.4. Doenças das plantas causadas por artrópodes

No Doença Características e Sintomas Agente


Tratamento Prevenção
causador

1 Lagarta da Danos alimentares em flores, Helicoverpa Tratamento orgânico: vespas


Uso de variedades resistentes ou
Helicoverp frutos, vagens, capulhos e armígera trichograma podem ser
tolerantes; plantar com antecedência
a folhas. utilizados para atacar os ovos.
para evitar picos de populacionais de
Buracos de entrada e saída e uso de bioinsecticidas à base de
praga; fornecer áreas marginais não
marcas de excrementos são espinosad para controlar as
cultivadas para quebrar o ciclo de vida;
observados larvas. tratamento químico:
uso de poleiros para atrair pássaros que
O crescimento de patógeno tratamento com inseticidas
se alimentam das lagartas; uso de
secundário leva ao selectiva é a melhor opção para
culturas como armadilhas como
apodrecimento de tecidos e livrar o campo da praga sem
calêndula (Tagitus erecta); evitar o
frutos. afetar os insectos benéficos.
estresse hídrico, use boa drenagem.

2 Traça do as larvas formam minas Tatu Absoluta Tratamento orgânico: uso de


Usar: mudas livres de pragas;
tomateiro irregulares de cor cinza a branca predadores: vespa parasitoide
armadilhas com feromônios para
nas folhas, que necrosam; Trichogramma pretisum e os
monitorar sal plantação e capturar os
apresentam galerias e grandes besouros Nesidiocoris tenuis e
adultos em massa; seleccionar e
buracos nos frutos causando Macrolophus pygmaeus, uso de
destruir as plantas ou partes da planta
podridão do fruto; incseticidas contendo Bacillus

22
thuringensis.
danificada, remover e destruir plantas
infectadas apos a colheita

3 Traça As lagartas de coloração Ophiusa Tratamento Orgânico: a Monitorar a planta e coletar mais
Ophiusa castanho-acinzentado causam melicerta aplicação de uma mistura de partes infectadas das plantas; controle
melicerta danos as culturas, que podem extrato de semente de neen a 5% o uso de inseticidas para não
variar desde a esqueletização e de óleo de nem a 2% reduz as influenciar as populações de insetos
das folhas (restando apenas as populações, quando benéficos; construa espaços abertos
nervuras principais) ate a sincronizadas com o estagio para pássaros que se alimentam de
desfolha completa da planta ou larval inicial. uso de vespas da larvas; uso de armadilhas para
devastacau do pomar. espécie Trichogramma monitorar e capturar as traças.
evanescentes para parasitar os
ovos. Tratamento Orgânico:
pode-se fazer 3 pulverizações a
partir da floração, em intervalos
de 3 semanas, com malatião,

4 Cochonilha A planta afectada apresenta: Unaspis citri Uso da vespa parasita Aphytis Limpar o equipamento agrícolas antes
escama- massas brabcas de cochonilhas lingnanensis no controlo da de movê-los para novos pares; escovar
farinha machos em frutos; mancha Cochonilha escama-farinha; as roupas antes de entrar em uma nova
amarela na superfície inferior pulverização da superfície área de um pomar;
da folha; queda prematura da inferior das folhas. uso d

23
folha; morte de galhos; morte inseticidas pirotróides
eventual de ramos. sintéticos também são eficazes
contra as nifas ativas

5 Percevejo Morte de perfilho, caule Tibraca Uso de produtos à base de Destruir os residios das culturas e as
grande do danificados (coração morto) e limbativentris Metarhizium anisopliae, ervas daninhas durante a preparação do
arroz/perce panículas brancas durante o Beauveria bassiana, solo; maneja bem o campo ao redor,
vejo-do- estagio de floração (espiguetas Paecilimyces sp., Cordyceps pois os insectos preferem campos
colmo-do- brancas) nutans também podem ser abandonados; diminuir o espaçamento
arroz aplicados sob a forma de entre as 150 plantas/ m2, pois altas
suspensão em plantas de arroz. densidades as protegem contra seus
uso de soluções de óleo inimigos naturais; controloe o uso de
essenciais de todas as espécie do inseticidas para não afetar os
género Piper (0,25 a 4,0%) predadores desta espécie; monitores a
afectam a sobrevivência dos qualidade da agua de irrigação.
ovos

6 Mariposa- Apresenta: furos em frutos, Cydia Pulverização com inseticidas


da-Maça muitas vezes cercados por um pomonella com armadilhas de feromônios.
anel vermelhado e excremento; Uso de argila de caulim pode
tuneis dentro do fruto e melhorável pode ser usado para
podridão; quando o fruto é deter esta praga e pode reduzir o

24
cortado, a lagarta pode ser dano em 50-60%
encontrada perto do núcleo, os
frutos danificados tendem a
amadurecer e a cair mais cedo.

7 Cochonilha Apresenta presenta de escama Parlatoria Algumas vespas parasitas, Monitorar as arvores regularmente à
Escama minúsculas e prestas que ziziphi incluindo a Scutellista caerulea, procura de infestações da cochonilha,
Preta cobrem folhas, frutos e brotos. Diversinervus elegans e em caso de infestação leve, a remoção

Estreias e manchas amarelas Mataphycus helvolus, bem manual das partes da planta ou o

nas folhas e frutos. como algumas espécies do esmagamento dos insectos podem ser
género Aspidiotiphagus e eficazes, remoção das partes de
Queda prematura de folhas em
Aphytis podem ajudar no arvores infestadas e as queimas ou
casos graves.
controle de Parlatoria ziziphi. enterre profundamente longe do
predadores como joaninhas pomar, faca uma poda adequada para
Chilocorus bipustulatus ou C. evitar pontes entre as plantas e
Nigrita, Lindorus laphanthae melhorar a circulação do ar no dossel,
também podem dizimar evite o transporte de material
populações de cachonilha preta potencialmente infestado, para
nas condições certas. óleo de proteger os inimigos naturais
canola ou bio pesticidas de residentes, evite usar inseticidas
origens fúngica também pode persistentes de amplo espectro em
ser aplicado para controlar a

25
cochonilha preta. as soluções de regiões planas.
óleo branco pode ser
efectivamente usadas contra a
cochonilha preta.

26
2.5. Doenças nas plantas causada por nematodes

O filo Nematoda é muito diverso quanto à riqueza de espécies, sendo um dos grupos de
metazoários mais abundantes na Terra. Estima-se que os nematoides correspondam a 90% de todos os
organismos multicelulares (JAIRAJPURI & AHMAD, 1992).

Além disso, LAMBSHEAD (1993) estimou que o número de espécies de nematoides em


habitats marinhos pode atingir um milhão, embora apenas cerca de vinte e sete mil já tenham sido
descritas em todos os habitats. Os nematoides são essencialmente organismos aquáticos, a maioria dos
quais de tamanho microscópico (0,3-3,0 mm), vivendo nos mais diversos ambientes, dos oceanos ao
microscópico filme de água que recobre partículas de solo. Com base nos diferentes hábitos alimentares,
os nematoides podem ser divididos em diferentes grupos (tróficos) funcionais (parasitos de plantas,
parasitos de animais, fungívoros, bacteriófagos, carnívoros, onívoros e outros que se alimentam de
eucariotos unicelulares). Entretanto Moens, Yeates e De Ley (2004) defenderam o uso de uma
classificação universal visando englobar tanto os nematoides marinhos quanto os terrestres.

27
No Doença Características e Sintomas Agente
Tratamento Prevenção
causador

Executar adubação verde nas


1 Nematoides Na parte aérea das plantas infectadas incluem Meloidogyne Uso de mudas isentas de
entrelinhas, utilizando plantas
das galhas redução no crescimento, amarelecimento e spp nematoides, evitar a
que inibem a reprodução, e
radiculares murcha temporária das folhas, culminando entrada de enxurrada
retirar do campo as plantas
com baixa produção. oriunda de áreas
daninhas hospedeiras dos
infestadas, evitar a
nematoides.
Em ataques severos, as plantas infectadas não
desinfestação da área por
respondem à adubação pela falta de raízes
máquinas,
sadias para a absorção dos nutrientes,
formação de engrossamentos nas raízes
(galhas).

2 Nematoides Apresenta a diminuição do número de raízes Pratylenchus Realização de rotação de Ter o cuidado com a
das lesões finas em olerícolas, as galhas são spp cultura com espécies não limpeza de maquinários
radiculares protuberâncias que ocorrem nas raízes hospedeiras é recomendada. para evitar possíveis restos
infestadas pelos nematoides do gênero Pulverização com produtos culturais ou partículas de
Meloidogyne, as galhas se formam no local específicos registrados para as solo contendo o
de alimentação das fêmeas. Abrindo-se culturas. nematoide. Semeadoras,
cuidadosamente uma galha e observando-se fazer a disseminação de
atentamente, é possível visualizar uma ou uma área infectada para

28
mais dessas minúsculas fêmeas outras áreas

Tratamento biológico:
3 Apresenta: estresse e deficiências Heterodera É preciso fazer: Plano de
Paecilomyces lilacinus: fungo
nutricionais. Desta maneira, a soja sofre com glycines cultivares tolerantes,
que compromete a reprodução
Nematoide
crescimento atrofiado, as folhas são rotação de cultura,
dos nematoides, Trichoderma
de Cisto da
impactadas pela “doença do nanismo tratamento de sementes,
harzianum: fungo que controla
Soja
amarelo”, ou seja, ficam anêmicas e usar plantas antagonistas,
as lesões radiculares causadas
descoradas, os pontos descorados, ou medidas fitossanitária,
pelos nematoides, Pochonia
brancos, aparecem, normalmente, cinco
chlamydosporia: fungo que
semanas após a semeadura,raízes anêmicas,
parasita e mata ovos e fêmeas
descoradas, brancas ou marrons.
de nematóides;

4 Reniforme Apresentam problemas de cunho nutricional, Rotylenchulus A realização de rotação de A realização de rotação de
com extensas áreas de plantas reniformis cultura com o plantio de milho cultura com o plantio de
subdesenvolvidas. Devido a ocorrência em ou outras espécies não milho ou outras espécies
diversos tipos de terrenos, inclusive em áreas hospedeiras é recomendada não hospedeiras é
de solos com boa fertilidade e textura para reduzir a densidade recomendada para reduzir
argilosa, a detecção pode ser mais difícil, já populacional no local. a densidade populacional
que não há sintomas aparentes nas raízes da no local. A aplicação de
A aplicação de nematicidas
soja. A identificação pode ser feita pela nematicidas reduz a
reduz a população de
presença de massa de ovos nas raízes mais população de nematóides

29
finas, já enfraquecidas. nematóides no local, porém no local, porém não
não erradica. Usar produtos erradica.
registrados para as culturas.

5 Declínio do Geralmente as plantas atacadas apresentam Tylenchulus De maneira geral, uma vez Uso de mudas livres de
citros redução do vigor e pouca resistência à seca. semipenetran detectada a presença nematóides, a limpeza dos
As raízes infectadas apresentam-se s deTylenchulus semipenetrans equipamentos quando se
ligeiramente engrossadas e com aspecto sujo. em pomares, as opções de passa de um pomar para
A apresentação de sintomas na parte aérea manejo são muito limitadas. outro, e uso na irrigação de
geralmente só ocorre muito tardiamente e Tylenchulus semipenetrans água não contaminada.
está relacionada com a população de pode sobreviver no solo na Antes da instalação do
nematóides presentes nas raízes. ausência de hospedeiro por um pomar, deve-se considerar
período de nove anos, e pode o histórico da área,
Dependendo das condições locais, plantas
sobreviver a condições de qualidade da água de
infectadas podem suportar mais que 1500
temperatura elevada, como irrigação, tipo de solo e até
fêmeas por grama de raízes frescas, sem
45ºC durante algumas horas. mesmo a altura do lençol
exibir sintoma severo de declínio.
freático. Deve-se evitar
Geralmente, as plantas infectadas apresentam
áreas onde foi constatada a
redução no tamanho das folhas, 10% menores
presença desses
que folhas normais, massa radicular reduzida
nematóides, a menos que
em 30% e redução de 20% na produção.
se possa efetuar o plantio

30
de uma variedade
resistente

31
3. Importância dos artrópodes
3.1. Na sociedade

Os artrópodes formam o grupo mais diverso de animais, apresentando cerca de um milhão de


espécies habitando os mais diversos ambientes. Tendo isso em vista, esses animais possuem uma enorme
importância na sociedade, tanto econômica quanto ecológica. Nesse grupo podemos destacar a presença
de animais que são utilizados na alimentação, como Síris e Camarões, e animais essenciais para o
equilíbrio dos ecossistemas, actuando na polinização de diversas espécies, como alguns insetos.

Além disso, é importante destacar que muitos animais desse grupo podem causar prejuízos para o
homem, como os cupins, além dos que são causadores de doenças, como os piolhos e os ácaros, e dos que
atuam como vetores de doenças, como um mosquito do gênero Anopheles que transmite a malária e os
mosquitos da espécie Aedes aegypti, transmissores da dengue, febre amarela, chikungunya e zika.

3.2. Na agricultura

Os artrópodes, principalmente os insetos, são diversificados e abundantes nas áreas


agrícolas, onde exercem funções benéficas aos cultivos ou ate podem causar prejuízos, porem
nos focaremos nas importâncias desses pequenos invertebrados trazem sobre a agricultura.

Os ácaros e insectos auxiliares constituem, assim, um recurso natural gratuito e


renovável, presente em todos os ecossistemas agrários. A sua acção benéfica na limitação de
variadas pragas é um importante factor na protecção das culturas. A presença dos auxiliares
deve, por isso, ser tida em conta, ao planear e decidir cada tratamento fitossanitário. A
protecção e incremento das populações de auxiliares e dos seus habitats é essencial no
desenvolvimento de todas as práticas da Protecção e da Produção Integrada. Os artrópodes
auxiliares da agricultura podem dividir-se em dois grandes grupos, conforme o modo como
actuam:

 Os parasitoides

São insectos de tamanho muito reduzido, inferior ao dos hospedeiros e reproduzem-se


normalmente à custa de um só insecto parasitado, ao qual provocam a morte. A maioria dos
parasitoides são muito especializados, parasitando apenas uma espécie ou grupo de espécies
bem definidos.

32
 Os predadores

Possuem vida livre em todos os estádios do seu desenvolvimento. Atingem dimensões


relactivamente elevadas, por vezes maiores que os insectos e ácaros que lhes servem de
alimento e têm necessidade de consumir um grande número de presas para completarem o seu
desenvolvimento. A maioria dos predadores são insectos e ácaros polífagos, eventualmente
com determinadas preferências alimentares.

Portanto dentre varias importância dos artrópodes na agricultura, passamos a citar


algumas:

 Os insetos como abelhas, vespas, besouros podem ser importantes agentes polinizadores que
aumentam em muito a produção de frutos, ajudando tanto na manutenção de ecossistemas
naturais, como auxiliando a produção agrícola.;
 Uso de insectos no controle biológico de certas pragas da lavoura, como por exemplo, a joaninha
que controla as populações de pulgões ou determinadas espécies de vespas que devoram larvas
de vários insectos.
 Fragmentação da matéria orgânica, permitindo melhor trabalho para os microrganismos;
 Certos Artrópodes alimentam-se de restos de plantas;
 Alguns Artrópodes saprófagos, alimentam-se de matéria orgânica em decomposição húmus;
 Formigas fazem aberturas permitindo arejamento e penetração da água das chuvas;
 Artrópodes como gafanhoto podem migrar e fixar-se nas culturas, (Exa: mandioca provocando
prejuízos);
 Joaninhas podem combater pulgões e insectos utilizando-os na sua alimentação;
 Maria café alimenta-se de matéria orgânica morta permitindo a reciclagem da mesma.

3.3. Na industria
 Bichos-da-seda também contribuem com sua actividade na fabricação da seda que é
utilizada a milênios na coinfecção de tecidos;
 Abelhas também podem produzir mel que pode constituir em óptima fonte de
nutrientes para os seres humanos, mel para fabrico de xaropes;
 O veneno das abelhas pode ser utilizado para o fabrico de medicamentos;
 Abelhas produzem a cera utilizada na industria;
 De certas espécies de cochonilhas podem-se extrair um óptimo corante de cor carmim,
muito utilizado em tintas, cosméticos e como aditivo alimentar.

33

3.4. Cuidados a ter com os parasitas nos planetas

Muitos agricultores de pouca experienciam com a pratica agrícola tem desistido de


suas hortas ou machambas quando precisam enfrentar e/ou combater as pragas, doenças ou
ervas daninhas que aparecem em suas culturas. Porém, existem muitas maneiras de evitá-las e
de combatê-las, e o melhor, é de maneira natural, saudável, sem precisar abrir mão do cultivo
ou usar agroquímicos.

Segundo R. Van de Oever, (1994), algumas das opções para evitar e combater pragas e
doenças são:

 Manutenção e vistoria

Fazendo a manutenção e vistoria regular no campo da produção, é possível identificar


doenças e pragas, antes que se alastrem. É importante ter muita atenção e notar se o as plantas
estão infectadas. Caso estejam, deve-se isolar para que as doenças ou pragas não tomem o
resto do plantio.

 Cuidados a ter com o solo

Um solo ruim evita que as plantas retirem dele os nutrientes necessários para seu
crescimento saudável e também ajuda a proliferar pragas e doenças. É importante, além de
regar, adubar a terra para mantê-la fértil, sempre coberta com vegetação (folhas secas, capim)
para manter a umidade.

 Diversificação das plantações

Manter a diversidade é essencial em uma horta caseira. Como algumas pragas


preferem determinados vegetais, se o cultivo for diversificado, é possível evitar que elas se
alastrem por toda a plantação. Além disso, algumas plantas são inimigas para pragas que
atacam outras espécies e vice-versa.

 Não matar alguns animais da horta

Alguns animais, como abelhas, minhocas e joaninhas têm papéis extremamente


benéficos em uma horta caseira e orgânica. É importante não os remover do canteiro.

34
 Eliminar ervas daninhas

Remova as ervas daninhas assim que identificá-las. Elas são oportunas para o desenvolvimento
de doenças parasitárias que podem arruinar toda a plantação caseira.

 Deixar as plantas espontâneas

É importante reconhecer o que nasce espontaneamente, mas que não é erva daninha. Algumas
plantas espontâneas não-prejudicais podem atrair pragas para si, evitando que elas ataquem o cultivo.
Algumas plantas são também comestíveis e podem se tornar parte da horta.

 Uso de pesticidas naturais

Pesticidas naturais são ótimas opções para controlar e eliminar parasitas, evitando que
se alastrem para toda horta. Manjericão, alecrim, alho e cebola são boas opções, por
produzirem odores repulsivos.

 Uso de cobertura morta

Uma boa maneira de melhorar a qualidade do solo, evitar pragas e ainda impedir o
crescimento de ervas daninhas é a distribuição de palha pela superfície. Isso mantém a
temperatura do solo e retém a umidade, ou de folhas secas, que durante a sua decomposição,
formam uma camada de matéria orgânica farta que se incorpora à terra

Uso de desvios

Os adesivo podem ajudar, proporcionando armadilhas adesivas são boas opções em lugares onde
as pragas circulam com frequência e facilidade. Por terem diversos tipos e finalidades, um profissional
deve ser consultado antes que elas sejam instaladas na horta.

 Último recurso: Inseticida caseiro

Se a planta está infectada e todos os outros métodos preventivos ou combativos


fracassaram, um inseticida caseiro pode ajudar. Antes de aplicá-lo, é importante testar em
algumas folhas, para certificar que as plantas não serão queimadas ou danificadas. Existem
vários tipos de inseticidas caseiros, com diversas finalidades. É recomendável procurar um
profissional que recomende o melhor a ser aplicado.

35
3.5. Efeito do patógeno

Os patógenos causam danos às plantas através da interferência em diversos processos


fisiológicos essenciais. Existem patógenos que destroem os órgãos de reserva ou tecidos
jovens; outros que danificam o sistema radicular ou o sistema vascular, afetando,
respectivamente, a absorção e o transporte de água e nutrientes; outros patógenos interferem
na fotossíntese, enquanto um grupo especializado afecta a distribuição da seiva elaborada
(MENTEN, 1995). Esses danos ocorrem pela ação de enzimas, toxinas e reguladores de
crescimento produzidos por esses microrganismos. Patógenos ligados a todos esses grupos de
doenças podem estar associados às sementes (FRIGERI, 2007.p. 6)

3.5.1. Efeitos do patógeno na fotossíntese

A fotossíntese é função básica das plantas, que lhes permite transformar a energia
solar em energia química, que depois é utilizada na actividade celular. Qualquer fenômeno ou
evento que interfira com a fotossíntese irá afectar a saúde da planta. A clorose que é o
amarelecimento e a necrose que é o acastanhado ou morte são os sintomas que evidenciam
que o processo fotossintético está comprometido.

De acordo com UACHISSO, (2011). As diferentes formas em que o patógeno ou


doenças pode afectar a fotossíntese são as seguintes:

 Manchas foliares, queimaduras;


 Outros tipos de doenças que destroem ou causam a desfoliação reduzindo a área
fotossintética;
 Outras doenças reduzem a fotossíntese especialmente nos últimos estágios doença,
afectando os cloroplastos e causando a sua degradação;
 As toxinas, como a tentoxina e tabtoxina, produzidas pelos patógenos inibem algumas
enzimas que estão directa ou indirectamente envolvidos na fotossíntese;
 Plantas infectadas por patógenos o estoma mantém-se parcialmente fechados
reduzindo deste modo à fotossíntese.

Salientar que a fotossíntese pode parar mesmo antes da planta murchar, muitos vírus
ou nematodes ou molicutes induzem cloroses em plantas reduzindo drasticamente a
fotossíntese.

36
3.6. Efeito dos patógenos na translocação da água e Nutrientes

Todas as células de plantas vivas precisam de água e uma quantidade adequada de


nutrientes inorgânicos de forma a poderem viver e desempenhar as suas funções fisiológicas.

As plantas absorvem a água e os nutrientes através das raízes. Geralmente, estas


substâncias são translocadas para cima através do xilema do caule para a parte de acima do
nível do solo da planta UACHISSO, (2011).

Por outro lado, a maior parte dos nutrientes são produzidos na planta, após a
fotossíntese, e são translocadas para baixo e distribuídos por todas as células da planta através
do floema UACHISSO, (2011).

Muitos patógenos interferem na translocação de água e nutrientes inorgânicos,


podendo afetar e se o patógeno interferir em qualquer um destes movimentos, partes da planta
serão privadas de material, que é transportado por essas vias. podendo afectar
especificamente:

 A integridade ou as funções da raiz;


 Os vasos do xilema, devido ao seu crescimento;
 Os vasos de floema;
 As folhas e os estômatos

As partes doentes, por sua vez, não serão capazes de desempenhar as suas funções e
irão privar o resto da planta com os seus serviços ou os seus produtos, causada doença em
toda a planta.

Por exemplo, se o movimento da água para as folhas for inibido, as folhas não podem
funcionar normalmente, e a fotossíntese é inibida ou cessada UACHISSO, (2011).

Portanto, esta mudança no transporte de água é o resultado de uma gama de efeitos


sobre o funcionamento normal da planta hospedeira, causadas pela combinação de:

 Bloqueio do sistema vascular;


 Destruição dos vasos de xilema, levando ao stress hídrico e murcha;
 Alterações nas taxas de transpiração;
 Mudanças nos gradientes do potencial hídrico.

37
3.7. Efeitos dos patógenos na respiração do hospedeiro

Quando as plantas são atacadas por patógenos, a taxa de respiração aumenta. A


respiração aumenta rapidamente em variedades resistentes (porque é necessária muita energia
para poder reproduzir e mobilizar rapidamente os mecanismos de defesa) e depois a
respiração volta a abaixar rapidamente. UACHISSO, (2011).

Nas variedades susceptíveis, a respiração aumenta gradualmente e continua por muito


tempo, pois este não possui mecanismos de defesa aos patógenos. (MENTEN, 1995). O
aumento da respiração pós a infecção, induz muitas mudanças no metabólico da planta tais
como:

 Actividade e/ou concentração de enzimas que fazem parte da via respiratória.


 Acumulação e oxidação de compostos fenólicos ente outros.

O aumento da respiração observada no processo da infecção está associado ao


incremento da actividade metabólica.

3.8. Formas de sobrevivência dos nematodes

O nematoide é capaz de viver em qualquer ambiente que tenha disponibilidade de


água, sendo extremamente sensível à falta dela e às temperaturas extremas. Entretanto há
outras espécies de nematoides que conseguem resistir ao estresse hídrico durante meses ou
anos (MENTEN, 1995).

Portanto elas podem sobreviver das seguintes formas.

 Anabiose: as larvas de um estádio podem enquistar ficando encerradas dentro da


cutícula anterior (por exemplo, na falta de hospedeiro, ou em períodos de secas
prolongadas).
 Enquistamento das fêmeas: por exemplo, Heterodera spp. Endurecimento do corpo
da fêmea e, torna-se num invólucro protector dos ovos que permanecem no interior da
fêmea.
 Nematodes do gênero Meloidogyne depositam os ovos num saco gelatinoso de
natureza glicoproteica que os protege da dissecação.

38
3.9. Métodos de controlo usados no combate de nematodes

de acordo com (MENTEN, 1995), o controle de nematoides parasitos de plantas é uma


tarefa difícil, principalmente pelas limitações que a maioria dos métodos apresenta, devido a
grande habilidade deste parasito de se alimentar de um vasto número de plantas. Os métodos
de controle têm como objetivo reduzir ou manter a população de nematoides em níveis
baixos. Pensando nisso, podemos considerar alguns métodos, como:

 Controle preventivo
 Utilização de mudas e sementes sadias;
 Manter o terreno limpo, sem a presença de restos de culturas ou plantas daninhas;
 Realizar periodicamente a limpeza das ferramentas e maquinários agrícolas;

 Controle biológico

Vários organismos são considerados inimigos naturais de fitonematoides, como os


nematoides predadores, vírus, ácaros, fungos e bactérias. Em todas as práticas citadas
podemos ainda adicionar:

 Eliminação de camadas compactadas de solo;


 Melhoria do equilíbrio do pH;
 Manutenção de bons níveis de potássio.

A adoção dessas práticas deverá ser realizada de acordo com a necessidade de cada
área, da espécie de fitonematoide presente e do seu nível populacional. Um engenheiro
agrônomo deve ser consultado para mais informações ou para criar de um programa de
controle de nematoides MENTEN, (1995).

 Plantas antagonistas

São plantas capazes de impedir o desenvolvimento de algumas espécies de nematoides


por meio de repelência ou liberação de substâncias tóxicas. Algumas delas:

 Plantas armadilhas – o organismo consegue penetrar o sistema radicular, porém, não é


capaz de completar seu ciclo de desenvolvimento;

39
 Hospedeiras desfavoráveis – o nematoide penetra no sistema radicular, porém, poucos
se desenvolvem;
3.10. A diferença entre a murchidão causada por fungos e bactérias reside no
seguinte

Os fungos se mantêm exclusivamente nos vasos condutores. As bactérias desintegram


a parede celular dos vasos do xilema e invadem os tecidos parenquimáticos adjacentes.

3.11. Principais meios de transmissão de viros nas plantas

Transmissão de vírus das plantas geralmente os vírus entram através de feridas e não
através de aberturas naturais. Os insectos vectores são o meio de maior importância na
disseminação do vírus. O tipo de transmissão ou relação vector-vírus determina a
epidemiologia da doença. A transmissão através da semente é relativamente comum, mas
especifico ao vírus e planta. portanto, os meios são:

 Transmissão mecânica:
 Natural: atrito entre folhas; contato raízes; água drenagem (pouca importância);
 Experimental: teste infectividade; círculo hospedeiros. Importante em plantas que
exigem tratos culturais.
 Transmissão através de alguns vectores:
 Ácaros: Brevipalpus phoenecis transmite o vírus da leprose dos citros, o vírus da
mancha anelar do café e o vírus da pinta verde maracujá;
 Nematóides: Xiphinema, Longidorus, Trichodorus;
 Fungos: Polymixa, Spongospora
 Insectos
 Sementes
 Apenas 20% dos vírus (os que penetram tecidos embrionários);
 Eficiência é baixa (falta de conexão dos feixes vasculares da planta-mãe com as
células embrionárias da semente; inibidores virais nas sementes).

Os métodos de controle são: uso de material propagativo livre de vírus, utilização de plantas
resistentes (ao vírus e/ou vetor), não plantar próximo a pomares/lavouras velhos, evitar
plantio próximo a hospedeiros do vetor, remoção fonte inóculo (plantas infectadas, daninhas);

40
Controle ao vetor: inseticidas (só para vírus c/ relação persistente), óleo mineral (dificulta a
aderência do vírus no estilete), armadilhas de cor amarelas, barreira verdes (gramíneas para
vira-cabeça e geminivirus do tomateiro).

3.12. Como classificar as causas resistência das plantas a certos patógenos

As causas de resistência das plantas a certos patógenos têm varias origens, tais como:

 Hospedeiro sem resistência;


 Resistência gene-por-gene
 Resistência aparente.

A resistência às doenças pode ser classificada em:

 Resistência verdadeira
 Resistência aparente.

41
4. Conclusão

Tendo feito o trabalho, percebeu-se que para cada cultivar ou espécie vegetal existe
um conjunto de condições ambientais que favorece o seu óptimo desenvolvimento. Quando
um ou vários dos factores ambientais, tornam-se desfavoráveis, o desenvolvimento da planta
altera-se, manifestando características anormais em comparação com plantas cultivadas em
um ambiente habitual causando as doenças nas próprias plantas.

Percebeu-se ainda que a maioria dos organismos causais das doenças em plantas são
os parasitas que são termos aplicados aos seres vivos que se alimentam de tecidos vivos,
embora no presente trabalho abordou-se doenças variáveis causados por diferentes
microorganismos.

E por fim, diante de muitas informações más sobre as doenças nas plantas, para a
nossa alegria e dos agricultores percebeu-se que existe diversificadas formas ou maneiras de
curar, controlar e evitar as doenças nas plantas que são os vários métodos de tratamento.

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Referências bibliográficas

1) FRIGERI. T (2007). Interferência de patógenos nos resultados dos testes de vigor em


sementes de feijoeiro. Jabotical-São Paulo-Brasil.
2) PLANK, J. E. (1963). Doenças de plantas: epidemias e controle. Academic Press:
Nova York.
3) CAROLLO, E. M. & FILHO, H. P. S. (2016). Manual Básico de Técnicas de
Fitopatologia: Laboratório de Fitopatologia Embrapa Mandioca e Fruticultura.
Brasília.
4) TÖFOLI, J. G. & DOMINGUES, R. J. (2018). Doenças fúngicas. Maringá.
5) UACHISSO, A. F. (2011). Texto de Apoio Fitopatologia & Parasitologia. Beira,
Moçambique.
6) MENTEN, J. O. M. (1995). Patógenos em sementes: detecção, danos e controle
químico. São Paulo.

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