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Introdução

Todos os seres vivos têm um tempo de vida limitado, para assegurar a continuidade
da vida, todos os seres vivos têm de se reproduzir. Portanto, no presente trabalho
iremos abordar acerca dos Sistemas reprodutores, os tipos de reprodução e a
comparação dos sistemas reprodutores dos invertebrados (Hidra e Planária).

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Sistemas Reprodutores
O que se entende por reprodução?

A reprodução é a função pela qual os seres vivos garantem a continuidade da espécie.


Todos os seres vivos tem de se reproduzir, pois, sem a reprodução, haveria extinção
de espécies, ou seja, os seres vivos que morressem não deixariam descendência,
ficando assim comprometida a sobrevivência da Vida na Terra. É através da
reprodução que são gerados novos indivíduos para substituir os que morrem.

Tipos de reprodução
Na Natureza os processos de reprodução são muito variados, e nos animais ocorrem
duas formas de reprodução: reprodução assexuada e reprodução sexuada

Reprodução assexuada

Na reprodução assexuada, não há participação de gâmetas, os novos seres são


originados por um só progenitor. Os casos mais frequentes ocorrem através do
brotamento, através da gemulação, fragmentação e gereneração. Existem diferentes
formas de reprodução assexuada, sendo possível identificar essa modalidade em
organismos unicelulares e pluricelulares, incluindo-se até mesmo animais vertebrados.

Brotamento: ocorre pela formação de brotos que se separam do corpo dos indivíduos
progenitores e desenvolvem vida independente, mas também podem se desenvolver
no local onde se originaram. Esse processo faz parte de algumas bactérias, fungos,
poríferos e cnidários (Hidras). E também ocorre em algumas espécies de plantas.

Fig.1. Brotamento de uma hidra


O brotamento de uma hidra é mostrado na Figura 1. Primeiramente é formado um
broto no corpo tubular da hidra adulta. O broto desenvolve a boca e os tentáculos e
então se solta da hidra adulta, buscando um local apropriado para ficar.

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Esporulação: consiste na formação de esporos, células especializadas envoltas por
uma parede celular que garante a proteção da estrutura. O esporo, ao encontrar um
ambiente adequado para seu desenvolvimento, germina e origina outro ser. Podemos
observar a formação de esporos, por exemplo, em algas, plantas e fungos.

Figura.2. Reprodução dos fungos por esporulação.

Fragmentação: um novo organismo forma-se a partir do fragmento de outro. Esse


processo, comum em alguns invertebrados, pode ser observado, por exemplo, em
planárias.

Fig.3. A estrela-do-mar, por fragmentação, origina dois seres


semelhantes.

Propagação vegetativa: semelhante à fragmentação, entretanto, é típica das plantas.


Nesse processo, um pedaço de caule ou raiz é suficiente para dar origem a outro
indivíduo. Como exemplo de organismo que se reproduz por propagação vegetativa,
temos a bananeira e a cana-de açúcar.

Fig.4. Exemplo de propagação vegetativa de uma Planta

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A propagação vegetativa pode ocorrer de forma natural ou artificial. A propagação
vegetativa artificial é muito utilizada no comércio de plantas e as técnicas mais
utilizadas são a estaquia, mergulhia e enxertia.

Partenogênese: Nesse tipo de reprodução, o gâmeta feminino é capaz de se


desenvolver sem precisar de um gâmeta masculino. Como exemplo de organismos
que se reproduzem dessa forma, podemos citar as abelhas e algumas espécies de
peixes, anfíbios e répteis.

Fig.5. Reprodução das abelhas

Divisão binária: também conhecida como bipartição e cissiparidade, indivíduos


dividem-se ao meio, dando origem a dois indivíduos de aproximadamente o mesmo
tamanho. Esse processo pode ser observado, por exemplo, em protozoários e
bactérias.

Fig.6. A figura acima ilustra a divisão binária, um tipo de reprodução em que um


indivíduo se divide ao meio, dando origem a dois.

Reprodução Sexuada
Na reprodução sexuada, diferentemente da assexuada, existe a presença de gâmetas
e, por essa razão, ocorre a variabilidade genética. Os gâmetas são células sexuais

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especializadas, que carregam as características genéticas que os descendentes
herdarão. Essas informações estão dentro dos cromossomas, localizados no núcleo das
células. Nesse caso, observa-se a formação de um organismo diferente dos
progenitores, uma vez que é resultado da combinação dos cromossomas presentes em
cada gâmeta. Esse tipo de reprodução é observado, por exemplo, na grande maioria
dos animais, inclusive nos seres humanos.

Por exemplo, os gâmetas presentes nos animais são chamados de espermatozoides


(masculino) e óvulos (feminino). Nas plantas, essas células recebem o nome de
anterozóides (masculino) e oosferas (plantas). A reprodução sexuada é dividida em
duas etapas: produção dos gâmetas e fecundação.

Produção de gâmetas

A gametogênese é o processo de formação dos gâmetas, que nos animais machos é


chamada de espermatogênese e nas fêmeas de ovogênese (ou ovulogênese).

A divisão celular é que dá origem às células sexuais, por meio da mitose, que produz
células idênticas à célula-mãe ou meiose, com metade dos cromossomas da célula-
mãe. Nos seres humanos, o sistema reprodutor masculino produz os gâmetas nos
testículos, enquanto que o sistema reprodutor feminino produz as células nos ovários.

Fecundação

A fecundação ou fertilização é o processo de união dos gâmetas masculino e


feminino. Nessa etapa forma-se o zigoto, também chamado de célula-ovo, que dará
origem a um novo ser. Nos humanos, o zigoto apresenta 46 cromossomas, 23
herdados da sua mãe e 23 do seu pai.

Com isso, os descendentes apresentam semelhanças aos seus progenitores, mas não
são idênticos. A fecundação pode ser interna, quando os gâmetas masculinos são
depositados no interior do organismo feminino, ou externa, que consiste na
fecundação fora do corpo.

Nos animais, a fecundação interna pode ser observada nos seres humanos e a
fecundação externa em peixes e sapos, pois são espécies que liberam seus gâmetas no
ambiente.

Comparação dos Sistemas Reprodutores dos Invertebrados


Os sistemas reprodutores dos invertebrados apresentam constituição variada.
Seguidamente, descreve-se os sistemas reprodutores dos celenterados platelmites,
anelídeos e artrópodes. As hidras (celenterados) podem ser espécie di6ica ou
monóicas. Tamb6m se podem reproduzir

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assexuadamente. Os gâmetas são formados a partir de células intersticiais. Os
espermatozóides são libertados na água e nadam ao encontro dos óvulos que se
encontram junto ao corpo da progenitora ou são também libertos na água. Os gâmetas
unem-se originando o ovo ou zigoto, que se desenvolve e origina um novo ser. No
caso da hidra, o desenvolvimento é directo. O embrião libertar-se do corpo da hidra-
mãe. A planária (platelminte) é uma espécie monóica. No mesmo animal encontram-
se testículos, gónadas masculinas, e os ovários, gónadas femininas.

O sistema reprodutor masculino é constituído por um órgão copulador, o pénis,


gónadas masculinas (testículos), e ductos esperm6ticos. O sistema reprodutor
feminino é formado por gónadas femininas (ovários), oviductos, glândulas vitelinas e
poro genital.

A fecundação é interna. Os ovos são colocados dentro de casulos.

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Conclusão
Ao fim deste trabalho, concluímos que a reprodução é uma característica fundamental
dos seres vivos através da qual estes asseguram a perpetuação das espécies
garantindo assim a continuidade da vida na terra. Percebemos que na natureza, os
processos de reprodução são muito variados e geralmente se agrupam em dois
processos básicos: reprodução assexuada e reprodução sexuada, e nesta última, existe
a presença de gâmetas e, por conseguinte, ocorre a variabilidade genética.

Relativamente aos animais invertebrados, ficou patente que a planária e a minhoca


são denominados hermafroditas, porque num mesmo indivíduo existem órgãos
sexuais masculinos e femininos.

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Referências Bibliográficas

 B12, Biologia, 12ªClasse, Susann Müller, Texto Editores, Lda-Moçambique,


Setembro de 2020, 2ª Edição, 4ª Tiragem.

 Módulo 7 de Biologia, Fisiologia animal - evolução dos sistemas nervoso,


hormonal e reprodutor, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO HUMANO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO ABERTA E
À DISTÂNCIA - IEDA

 Pré-Universitário Biologia, Maria Amália Manjate, Maria Clara Rombe,


Longman Moçambique, Lda, Maputo, Moçambique, 1ª Edição, 2010

 Site: https://www.biologianet.co

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