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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Reprodução e Desenvolvimento de Animais

Elcidia Marlen Reginaldo Manjate, Código: 708283305

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia


Disciplina: Zoologia Geral
Ano de Frequência: 1º

Maputo, setembro de 2023


Índice

1 Introdução.....................................................................................................................................2

1.1 Objectivos..............................................................................................................................2

1.1.1 Objectivo Geral..........................................................................................................2

1.1.2Objectivos Específicos.....................................................................................................2

1.2Metodologia............................................................................................................................2

2. Reprodução e Desenvolvimento de Animais...............................................................................3

2.1. Reprodução...........................................................................................................................3

2.1.1. Reprodução Assexuada..................................................................................................3

2.1.1.1. Tipos de Reprodução Assexuada................................................................................3

2.1.2. Reprodução Sexuada..........................................................................................................4

2.1.2.1 Tipos de Reprodução Sexuada.....................................................................................5

2.2 Desenvolvimento.......................................................................................................................5

2.2.1 Tipos de Desenvolvimento Animal.....................................................................................6

Conclusão........................................................................................................................................8

Referência........................................................................................................................................9
1 Introdução

A reprodução é uma característica básica de todos os organismos vivos, sendo eles capazes de
originar novos indivíduos vivos (descendentes), os quais são portadores dos seus genes. Como o
ciclo de vida de um animal pode eventualmente se encerar, a reprodução é um processo
indispensável à vida, pois permite a conservação da espécie e a transformação das informações
genéticas de uma geração à outra.

Existem dois modelos básicos de reprodução: a reprodução assexuada e reprodução sexuada. Os


animais podem se reproduzir de forma exclusivamente assexuada ou sexuada, ou ainda, pode
alterar entre os modelos.

1.1 Objectivos

1.1.1 Objectivo Geral

 Conhecer como os animais se reproduzem e se desenvolvem.

1.1.2Objectivos Específicos

 Identificar os tipos de reprodução;


 Descrever os tipos de reprodução;
 Apresentar as características do desenvolvimento dos animais.

1.2Metodologia

Para o presente trabalho, foram usados elementos constituintes do processo metodológico que de
certa maneira contribuíram para a realização do mesmo, tais como consulta bibliográfica que
envolve a leitura e análise de informação adquirida na internet.

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2. Reprodução e Desenvolvimento de Animais

2.1. Reprodução

A reprodução é uma característica própria dos seres vivos. Ela pode ser assexuada ou sexuada.
Na maioria dos animais, a reprodução é feita sexuadamente.

De acordo com Hildebrand (1995), pode se dizer que a reprodução é a função que permite aos
progenitores (pais) originaremos os seus descendentes (filhos) semelhantes a eles, contribuindo
para a perpetuação da espécie.

Não obstante, os animais, assim como todos os seres vivos são capazes de se reproduzir. Isso
significa que eles podem dar origem a novos indivíduos da sua espécie, permitindo que elas
continuem a existir. A reprodução dos animais pode ser:

2.1.1. Reprodução Assexuada

Na reprodução, apenas um único indivíduo parental é capaz de produzir novos indivíduos por
meio de divisões celulares mitóticas.

Assim, na perspectiva de (Hib, 2008), este modelo de reprodução na envolve a troca de material
genético, sendo que a prole é geneticamente idêntica entre si e o indivíduo parental. A produção
de um único indivíduo é um processo reprodutivo simples e geralmente rápido. O indivíduo
parental não apresentam órgãos ou células reprodutivas.

2.1.1.1. Tipos de Reprodução Assexuada

De acordo com Wolper (2000), existem vários tipos de reprodução assexuada, sendo os mais
comuns: a fissão ou divisão binária, brotamento/gemulação e fragmentação:

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 Fragmentação ou regeneração: um novo indivíduo é formado por fragmentação a partir
de um pedaço que se despendeu acidentalmente do corpo de um indivíduo adulto. Ela
ocorre em esponjas; em alguns platelmintos, como as planárias; e em alguns
equinodermes, como a estrela-do-mar.
 Brotamento: forma-se no corpo de indivíduos adultos, brotos que depois se despendem e
dão origem novos indivíduos. Ocorre em esponjas.
 Gemulação: ocorre a formação de estruturas chamadas gémulas, quando o ambiente esta
muito alterado. Dessa forma, quando o ambiente volta ao normal, elas se desenvolvem
novos seres vivos. Ocorre em esponjas e celenterados.

2.1.2. Reprodução Sexuada

A reprodução sexuada envolve a participação de dois tipos parentais, sendo que cada um
contribui com duas células sexuais especializadas, denominadas gametas. Estas células haploides
são formadas por meio da meiose e posteriormente sofrem fusão durante o processo da
fecundação, formando um zigoto diploide.

Para Romer e Parson (1985), esses dois processos viabilizam o processo da variabilidade
genética da espécie, por meio da combinação de uma prole por meios únicos de genes herdados
de dois indivíduos parentais que difere geneticamente entre si e também em relação aos
progenitores.

Assim, pode se dizer que na reprodução sexuada há união de duas células, uma masculina e outra
feminina, chamadas gametas, entretanto, ela ocorre em todos grupos de animais, até mesmo entre
aqueles que se reproduzem de forma assexuada, como as esponjas, celenterados e equinodermes.

Neste contexto (para Hib, 2008), na reprodução sexuada, cada espécie requer um conjunto de
táticas, denominadas estratégias reprodutivas, as quais contribuem para o aumento do número
médio de indivíduos nas novas gerações, pois objectivam essencialmente a sobrevivência dos
embriões e a manutenção das espécies.

Como exemplos de estratégias reprodutivas adoptads pelos diferentes grupos animais têm-se: o
número de ovos, a fecundação interna ou externa, o desenvolvimento externo e interno, o

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desenvolvimento directo e indirecto, o cuidado parental, o comportamento do corte e cópula, o
dimorfismo sexual, e se serão ovíparos, vivíparos ou ovivíparos.

2.1.2.1 Tipos de Reprodução Sexuada

A reprodução sexuada podem acontecer em indivíduos de sexos diferentes, ou seja: macho e


fêmea, que é o caso da maioria dos animais que conhecemos (Langman & Sadler, 2005). Ela
também podem ocorrer em indivíduos que possuem os dois sexos, chamados hermafroditos. A
minhoca é um exemplo de um animal hermafrodito.

A fecundação, ou seja, o encontro entre as gametas, pode ocorrer no ambiente (fecundação


externa), ou a partir do contacto corporal entre dois indivíduos, geralmente dentro do corpo do
corpo da fêmea (fecundação interna)

Além disso, na reprodução sexuada, os novos animais podem se desenvolver e nascer a partir de
ovos (animais ovíparos), ou dentro dos corpos de um dois pais, geralmente da fêmea (animais
vivíparos)

2.2 Desenvolvimento

As células dos animais foram tecidos e órgãos, com funções específicas, especializadas,
interdependentes, com coordenação nas suas funções e desenvolvimento através da formação de
camadas durante a embriogénese. Estas características se encontram ausentes nos protistas.

De acordo com Carlson (1998), as funções celulares que atuam durante o desenvolvimento
embrionário de um indivíduo são coordenadas por mecanismos biológicos importantes, tais
como: a diferenciação, a indução, a prolifelação, a motilidade, e a morte celular.

Os bilhões de tipos celulares diferentes que se distribuem em variadas combinações nos tecidos
são produto de uma única célula- o zigoto. Essa formação de muitas classes celulares se deve a

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um processo chamado diferenciação celular. Assim, se define a obtenção de características
próprias que as distinguem das outras que são imprescindíveis para a sobrevivência celular.

A despeito disto Garcia e Fernandes (2000) esmiúçam que no organismo, todas células possuem
os mesmos genes, sendo que a peculiaridade das suas proteínas estruturais e ezimáticas,
conforme sua distribuição, qualidade e proporções, determinam as características morfológicas e
funcionais que diferem cada célula, e que sua produção não depende unicamente de genes, mas
também de diversos componentes citoplasmáticos.

Assim, conforme avança o desenvolvimento, as células produzem suas proteínas particulares,


entrando em suas linhas evoluitivas, uma vez que são ativados genes que as codificam e não os
genes de proteínas de células alheias.

Para (Gilbert, 2006) a diferenciação celular a partir do zigoto começa quando da desigualdade na
distribuição molecular de componentes citoplasmáticos decorrentes da clivagem, promovendo
uma assimetria na distribuição desses componentes, sendo que alguns dessas moléculas regulam
actividades genéticas evolvidas nas primeiras diferenciações. Essas moléculas são determinados
de determinantes citoplasmáticos de desenvolvimento, os quais agiriam como factores de
transição.

Convém ressaltar que todas moléculas presentes no citoplasma do ovócito foram sintetizadas
durante a ovogénese, ou seja, se encontravam presentes antes da fertilização, e não codificads
por genes do embrião, e sim, por genes da mãe.

A distribuição heterogênea de moléculas no citoplasma do zigoto continua diversificando-se


mais e mais conforme as sucessivas gerações de células avançam até a formação bilaminar.
Todas as moléculas que passam de um embrião passam de um blastómero para outro através de
junções comunicantes que se formam entre os contactos celulares (Carlson, 1998)

De acordo com o nível ou gradiente de concentração das moléculas que passam para as células,
as respostas para o processo de diferenciação são mais diversas, essas moléculas são
denominados de morfógenos. Assim, o tipo de respostas ou diferenciação, seria o resultado da
ativação nas células de genes distintos de acordo com o gradiente de concentração, acima ou
abaixo do morfógeno.

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2.2.1 Tipos de Desenvolvimento Animal

 O desenvolvimento externo: ocorre quando os embriões se desenvolvem no ambiente


externo, protegidos no interior de ovos que podem suportar ambientes severos, sujeitos, a
desidratação, como em muitos animais terrestes (ex: aves e reptis), ou ainda, os embriões
se desenvolvem no interior de envoltórios como em alguns animais aquáticos.
 Desenvolvimento interno: ao invés de uma casca ou envoltório em torno do embrião, o
embrião se desenvolvem no interior do corpo da fêmea (Ex: maioria dos mamíferos)
 Desenvolvimento directo: ocorre quando os indivíduos eclodem (nascem) morfológica e
fisiologicamente semelhantes aos seus progenitores, sendo apenas crescer e completar a
maturação de seus sistemas (Ex: Aves e Reptis)
 Desenvolvimento indirecto: é necessário, após a eclosão um processo complementar do
desenvolvimento (que envolve normalmente a metamorfose) para que os indivíduos
chegem a ser morfológicas e fisiologicamente semelhantes aos progenitores:
(Ex:Anfibios)

Desta feita, vale argumentar que depois de nascidos, se os filhotes são bem parecidos com os
adultos de sua espécie, só que de tamanho pequeno, dizemos que eles têm desenvolvimento
directo.

Bom, falamos que uma espécie animal tem desenvolvimento indirecto quando os filhotes não se
parecem nem um pouco com os adultos da sua espécie, e passam por mudanças corporais
grandes até se tornarem adultos. Esse é o caso de alguns anfíbios, e também das borboletas e
maraposas que, de lagartas passam por algumas etapas até se tornarem animais com asas.

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Conclusão

A reprodução é uma característica básica de todos os organismos vivos, sendo que através delas
os animais originam descendentes portadores de seus genes. A reprodução permite a conservação
da espécie e a transmissão de informações genéticas de uma geração à outra.

Existem dois modelos básicos de reprodução: assexuada e sexuada

Na reprodução assexuada um único indivíduo parental é capaz de produzir novos indivíduos por
meio da mitose; não envolve a troca de material genético formando uma prole geneticamente
idêntica entre si com o indivíduo parental; a produção de um único é simples e geralmente
rápida; e o indivíduo parental não apresenta células ou órgãos ou células reprodutivas.

A reprodução sexuada envolve a participação de dois tipos parentais que contribui na produção
de gametas. Estas células haploides se formam através da meiose e, posteriormente, sofrem fusão
no processo da fecundação, dando origem a um zigoto diploide. Isso leva ao aumento da da
variabilidade genética da espécie, formando uma prole geneticamente diferente entre si e
também em relação aos progenitores.

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Referência

Carlson,B. (1998). Embriologia humana e biologia do desenvolvimento. Rio de Janeiro,


Brasil: Ed. Guanabara Koogan
Garcia, S, & Fernandes, C (2000). Embriologia. São Paulo, Brasil: Artimed Editora
Gilbert, S (2006). Developmental Biology. Massachusetts, EUA: Sunderland
Hib, J. (2008). Embriologia médica. Rio de Janeiro, Brasil: Guanabara Koogan
Hildebrand, M. (1995). Análise da estrutura dos vertebrados. São Paulo, Brasil: Atheneu
Editora
Langman, I & Sadler, T. (2005). Embriologia médica. Rio de Janeiro, Brasil: Guanabara
Koogan
ROMER, A & Parson, T. (1985). Anatomia comparada dos vertebrados. São Paulo,
Brasil: Ed. Atheneu
Wolper, L (2000). Princípios de biologia do desenvolvimento. São Paulo, Brasil: Artined
editora. S.A

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