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Agricultura comercial-IºAno
I-Semestre
Cadeira: Biologia
Discentes Docente
2. Metodologia ................................................................................................................................4
1.1.Objectivos
1.1.1.Objectivo geral
1.1.2.Objectivos
2. Metodologia Quanto aos objectivos o trabalho em estudo teve enfoque numa pesquisa
exploratória e descritiva visto que envolve levantamentos bibliográficos em material já elaborado
a luz de diferentes autores, análise das informações colhidas (Gil, 2007). Para delineamento dos
procedimentos técnicos da pesquisa, cingiu se em estudos bibliográficos, e electrónicos, como
livros, artigos científicos, páginas de Web sites, para busca de informações organizada e
disponibilizada por outros autores que realizaram os estudos do mesmo género com o presente
tema (Goldenberg, 1997).
3.Revisão de literatura
3.1.Reprodução
Conceitua-se com reprodução a capacidade de constituir descendência portadora dos genes dos
progenitores, assegurando a perpetuação das espécies e, consequentemente, a continuidade da
vida no nosso planeta. Todos os organismos têm a capacidade de se reproduzirem, porem não se
reproduz do mesmo jeito, dividindo-se assim em dois grupos: sexuado e assexuado. A
reprodução é uma característica fundamental dos seres vivos. É através da reprodução que o
material genético é transmitido de geração em geração, umas vezes mantendo as características,
outras produzindo algumas alterações (Reis, 2008).
3.1.1.Reprodução assexuada
Esta reprodução, se da na medida que um individuo dá origem a outros sem que ocorra a
fecundação, união de gâmetas feminino e masculino. E é mais comum nos organismos
unicelulares, e ocorre também nos pluricelulares, incluindo algumas plantas e animais. A mitose
é o mecanismo celular que permite a ocorrência de reprodução assexuada e os seres resultantes
são geneticamente idênticos ao progenitor (Reis, 2008). Esta reprodução permite a formação de
novos indivíduos a partir de um só progenitor, sem que haja a intervenção de células sexuais.
Deste modo não há fecundação e consequentemente, não ocorre formação do zigoto. Assim a
partir de um só indivíduo podem formar-se numerosos indivíduos geneticamente idênticos,
designando-se agregado por clone, e estes são designados clonagem. Todos os membros de um
clone são geneticamente iguais e provem de um só progenitor. Neste tipo de reprodução, os
descendentes desenvolvem-se a partir de uma célula ou de um conjunto de células do progenitor,
pelo que todos os indivíduos são geralmente iguais. (Campos, 2015)
Vantagens
Desvantagens
A reprodução assexuada não assegura a variabilidade genética pelo que pode ser perigosa para a
sobrevivência da espécie;
Sendo que os indivíduos são clones, a diversidade dos mesmos é praticamente nula e, assim, não
favorece a evolução das espécies, tendo como uma difícil adaptação dos novos indivíduos ao
meio como consequência. (Campos, 2015).
3.1.2.Reprodução sexuada
Vantagens
Desvantagens
É um processo lento, com um enorme dispêndio de energia, tanto na formação dos gâmetas,
como nos processos que desencadeiam a fecundação.
Numa primeira fase, o ovo de facto recebe apenas a protecção física da mãe em relação ao meio
ambiente; o ovo tem as suas próprias reservas nutritivas e o embrião desenvolve-se
independentemente do metabolismo materno – ovoviviparidade.
Numa segunda fase, o corpo materno desenvolve um sistema, não só de protecção, mas também
de alimentação do embrião (incluindo a passagem de anticorpos contra eventuais doenças),
baseado no seu próprio metabolismo – viviparidade
As plantas (incluindo as algas) têm igualmente órgãos sexuais que produzem gâmetas, tal como
acontece com os animais: o gâmeta feminino chama-se ovosfera (mas também vulgarmente
designado de óvulo) e é igualmente imóvel e o gâmeta masculino chama-se anterozoide.
Nas plantas que produzem flores, as angiospermas, a gónada feminina chama-se ovário (tal como
nos animais) e a masculina antera; Noutros grupos de plantas, os nomes variam. Por exemplo,
arquegónio nos musgos e megasporófilo nas coníferas.
3.3.1.1.Polinização
Polinizar significa transferir o grão de pólen do androceu (antera) para o gineceu (estigma) das
flores, possibilitando a fecundação da flor e, posteriormente, o desenvolvimento do fruto. Esse
transporte é realizado por factores do ambiente.
O mesmo autor, afirma que nem todas plantas Fanerógamas realizam a polinização com
facilidade, dependendo exactamente do sexo que terá a flor. Plantas bissexuadas ou monóclinas,
apresentam em sua flor, órgãos masculinos e femininos: androceu e gineceu. As monossexuadas,
unissexuadas ou díclineas , compõe-se por flores distintas, masculinas e femininas, numa mesma
planta (monóica) ou em plantas diferentes (dióica). Quando uma mesma flor contém órgãos
reprodutores de ambos os sexos (flor bissexuada) torna-se mais fácil o processo de polinização,
pois não é necessária a relação planta-ambiente, que nas monossexuadas, é um factor primordial.
Existem 2 tipos de polinização: a Autopolinização/Polinização Directa/Autogamia e a
Polinização Cruzada ou Indirecta.
Sementes
Existe uma interacção muito grande entre a vegetação e a fauna, sendo que a maioria das
espécies arbóreas tropicais é polinizada por insectos e aves e suas sementes disseminadas por
uma diversidade grande de animais. A multiplicação se dá em condições de campo, ou de casa de
vegetação, principalmente, quando se trata de espécie propagada por sementes. A propagação
das sementes pode ocorrer:
Anemofilia (vento);
Hidrofilia (Agua);
Pelo homem;
O método mais generalizado de propagação vegetativa de plantas é aquele efectuado por estacas
caulinares, sendo este o mais usado também para a propagação da oliveira (Browse, 1979;
Caballero & Del Rio, 2006). Browe (1979) explica que a grande dificuldade deste método reside
no fato de um ramo ter de sobreviver e criar raízes próprias sem o auxílio da planta-mãe, até
tornar-se uma planta individualizada. Para tal, deve-se assegurar que o ambiente onde decorre a
propagação não prejudique o desenvolvimento radicular e, ao mesmo tempo, favoreça a
sobrevivência da própria estaca. Hill (1996) destaca que a multiplicação por estaca é um método
muito utilizado para plantas que não produzem sementes ou que produzem poucas sementes.
Segundo o autor, as plantas geradas por esta técnica possuem todas as características daquela que
lhe deu origem, além de permitir a produção de uma grande quantidade de plantas a partir de
uma única matriz adulta. Nem todas as plantas enraízam facilmente, sendo que muitas delas
precisam de cuidados ou processos especiais, além do que o tipo de estaca e a variedade da
planta influenciam significativamente no método de enraizamento (Browse, 1979; Hill, 1996).
A estacaria é uma estrategia artificial que consiste em regenerar uma planta a partir de um órgão
ou fragmento de órgão vegetativo que não seja especializado para a propagação como estacas de
mandioca, ramas de batata-doce. Consoante o tipo de órgão que origina a estaca utilizada, estas
classificam-se em:
foliares,
caulinares e
radiculares.
Mergulhia
O autor (Hill, 1996), descreve a mergulhia como um processo onde as raízes são induzidas ao
crescimento em um galho ou caule de uma planta que ainda está ligada à planta-mãe. Assim que
as raízes são formadas, o galho é separado da planta-mãe, formando uma planta nova, autónoma.
Os galhos a serem utilizados por este método devem estar localizados suficientemente perto do
chão, para que possam ser enterrados, e ser flexíveis, para que possam ser curvados. A ausência
de luz é um factor fundamental para a formação das raízes. A mergulhia pode ser feita em
qualquer época do ano, sendo o 52 verão a estação menos indicada. Possui como vantagem o fato
de dispensar um controle ambiental rigoroso para se assegurar a sobrevivência da haste enquanto
esta desenvolve o seu sistema radicular (Browse, 1979).
Enxertia e borbulhia
A enxertia consiste na arte de conectar dois ou mais pedaços de tecidos vivos de tal maneira que
eles sejam unidos e, subsequentemente, após o crescimento, originam uma planta única. A
borbulhia é uma técnica similar à enxertia, excepto no tamanho do enxerto, que apresenta
dimensão reduzida contendo, geralmente, apenas uma gema (Peixoto, 2017). Para outros autores
a enxertia consiste na obtenção de uma planta introduzindo uma parte dela (enxerto) em outra
planta na qual irá se desenvolver, constituindo-se num enxerto. Há vários tipos de enxerto e
todos eles exigem a existência prévia de uma planta com afinidade com aquela que se deseja, e
que se chamará porta-enxerto. Os tipos podem ser, entre outros, de borbulhia, de fenda, encosto,
em T (tê), T-invertido, entre outros (Harri & Souza, 1995). A enxertia é uma técnica bastante
utilizada na multiplicação da oliveira. Para seu sucesso, é necessário que os câmbios (tecido
meristemático) de ambos (porta-enxerto e enxerto) estejam em contacto. O método apresenta
vantagens como a combinação ou modificação de certas características da árvore como sistema
radicular resistente a certas doenças, tamanho e formação da copa, produtividade e tamanho
médio da fruta obtida (Oliveira, Antunes, & Schuch, 2006).
Também, pode ser vista como uma técnica artificial que consiste na junção das superfícies
cortadas de duas partes de plantas diferentes. As plantas utilizadas são da mesma espécie, ou
muito semelhantes. A parte que recebe o enxerto chama-se cavalo e parte da dobra chama-se
garfo. Existem vários tipos de enxertia:
Na enxertia por encosto vão juntar-se os ramos de duas plantas, que foram previamente
descascados na zona de contacto, e amarram-se para facilitar a união. Após a cicatrização,
cortase a parte do cavalo que se encontra acima da zona de união e a parte da planta dadora que
se encontra abaixo da mesma zona.
Estolhos;
Folhas;
Tubérculos;
Rizomas; e
Bolbos
Chegado ao fim da pesquisa, percebe-se que a reprodução das plantas e animais são de extrema
importância na biodiversidade, na continuidade do ciclo da vida. Percebeu-se também que todos
os organismos têm a capacidade de se reproduzirem, de formas diferentes que podem ser
sexuado e assexuado. A reprodução assexuada nas plantas assim como nos animais não assegura
a variabilidade genética, o que pode ser perigosa para a sobrevivência da espécie, porem permite
que haja uma reprodução sem cruzamento e seleccionados as características desejadas enquanto
a reprodução sexuada assegura a variabilidade genética, apesar de ser um processo lento. Na
reprodução sexuada nos animais ocorre através de fecundação do óvulo com o espermatozóide,
enquanto na planta com a polinização que com ajuda dos factores do ambiente transfere o grão
de pólen do androceu para o gineceu das flores, possibilitando a fecundação da flor e,
posteriormente, o desenvolvimento do fruto. No contexto actual, percebe-se que a reprodução
animal tem uma grande precursão na produção pecuária, cenário este que faz com que o estudo
da reprodução e melhoramento das espécies seja mais abrangente com vista a maximizar a
produção nos níveis desejados. Na reprodução vegetal percebe-se uso frequentes de técnicas
como enxertia, borbulhia, estacas, mergulhia, reprodução in vitro e outros com vista a alargar os
níveis de vegetação em tempo reduzido.
5.Referências bibliográficas