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Aly Gaissone Assima

Bernardino Bernardo João


Custódio de Leónidas Pedro
Pedro Hilário Alfaiate
Rosalina Adolfo
Santana Simão Tomussene
Símon Jovêncio José

(Licenciatura Em Ensino De Biologia Com Habilitações Em Química)

Universidade Rovuma
Niassa
2021
Aly Gaissone Assima

Bernardino Bernardo João

Custódio de Leónidas Pedro

Pedro Hilário Alfaiate

Rosalina Adolfo

Santana Simão Tomussene

Símon Jovêncio José

Trabalho da disciplina de Genética


Molecular e Biotecnologia a ser entregue
ao Departamento de Ciências,
Tecnologicas, Engenharias e Matemática
no curso de Biologia para fins avaliativos
sob orientação do MsC. Virgílio Cossa

Universidade Rovuma
Lichinga
2021
Índice

1.Introdução................................................................................................................................3
1.2.Objectivos..........................................................................................................................3

1.2.1.Objectivos gerais:.......................................................................................................3

1.2.2.Objectivos específicos:...............................................................................................3

1.3. Metodologia:....................................................................................................................3

2. Multideficiência......................................................................................................................4

2.1. Conceito...........................................................................................................................4

2.2. Causas da Multideficiência..............................................................................................5

2.3. Características das crianças com Multideficiência...........................................................6

2.4. Necessidades da criança com multideficiência................................................................8

2.5. Inclusão e sua Importância...............................................................................................8

1.6. Intervenção em alunos com Multideficiência..................................................................9

1.7. Estratégias, actividades e recursos na multideficiência.................................................10

3. Conclusão..............................................................................................................................12

4. Referências Bibliográficas....................................................................................................13
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1.Introdução

Durante a evolução, a espécie humana deixou seu comportamento nómada, fixando-se em


locais mais protegidos e com maior facilidade de colecta de alimentos e com o tempo e a
necessidade, o homem começou a criar animais, a colectar e a plantar espécies vegetais a
partir da identificação e da selecção de indivíduos mais saborosos, saudáveis, produtivos,
resistentes e muitos outros aspectos ou características desejáveis.

Durante esse processo, grande parte das espécies úteis com características agronómicas
reproduzíveis, maior uniformidade e produtividade foram domesticadas de forma empírica
e após a de descoberta das leis de Mendel, do desenvolvimento dos estudos básicos da
hereditariedade e do uso da estatística para seleção e cruzamento de indivíduos, esses
estudos passaram a ser realizados com base científica, originando a ciência e a arte do
melhoramento genético. O melhoramento genético visa à obtenção de animais e plantas mais
produtivas, adaptadas a diferentes ecossistemas, resistentes a doenças e a pragas e com
maior qualidade nutricional.

A transformação genética é a transferência (introdução) de um ou vários genes em um


organismo sem que haja a fecundação ou o cruzamento. Os organismos transformados
geneticamente recebem o nome de transgénicos e os genes inseridos são denominados de
transgenes. Estes organismos também são chamados de organismos geneticamente
modificados (OGMs). O presente trabalho debruça sobre alimentos, plantas transgénicas e
animais transgénicos.

1.1.Objectivos.

1.1.1.Objectivos gerais:

 Estudar os alimentos, plantas e animais geneticamente modificados

1.1.2.Objectivos específicos:

 Explicar o processo de modificação genéticas nos alimentos, plantas e animais;


 Descrever a importância da modificação genética para esses organismos
1.2. Metodologia:

Para a realização deste trabalho recorreu-se a consulta bibliográfica e o uso de internet.


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Organismos Transgénicos

Espécies cuja constituição genética foi alterada artificialmente e convertida a uma forma que
não existe na natureza, os cientistas adicionam o gene de um vegetal, animal, bactéria ou vírus
e, assim, dão novas características à espécie modificada. A modificação genética é feita para
que o organismo obtenha características diferentes das suas, como melhora nutricional em
alimentos ou para tornar uma planta mais resistente a pragas. Eles surgiram na década de
1970, quando foi criada a técnica do DNA recombinante e a engenharia genética produziu um
filhote comercial: insulina humana feita por bactérias modificadas, com menor taxa de
rejeição entre os diabéticos
Os transgênicos são produzidos pela modificação genética. A modificação genética ou
transgenia, também conhecida como engenharia genética, é uma técnica de biotecnologia que
foi introduzida em 1973. Na transgenia, sequências do código genético são removidos de um
ou mais organismos e inseridos em outro organismo, de espécie diferente. A principal
implicação da transgenia é a quebra da barreira sexual entre diferentes espécies, permitindo
cruzamentos impossíveis de ocorrerem naturalmente, como entre uma planta e um animal,
uma bactéria e um vírus, um animal e um inseto. A inserção de genes exóticos em uma planta,
por exemplo, pode resultar em efeitos imprevisíveis em seus processos bioquímicos e
metabólicos.

Alimentos Transgénicos

Os alimentos transgénicos são organismos geneticamente modificados (OGMs), ou seja, em


seu processamento recebem parte de DNA do outro sofrendo alterações para favorecer a
característica desejada, como cor ou tamanho por exemplo. Esses alimentos podem ser
utilizados para o consumo directo, como insumo ou ingrediente na cadeia de produção de
outros alimentos.

Os alimentos transgênicos ou geneticamente modificados são aqueles que vêm de organismos


animais, microrganismos ou plantas – que possuem um ou mais genes modificados ou
introduzidos a partir das técnicas de engenharia genética. Esta tecnologia permite isolar e
identificar genes de uma determinada espécie para que estes sejam modificados ou inseridos
em outra, criando indivíduos capazes de expressarem características novas ou modificadas, de
uma forma difícil ou mesmo impossível de ser obtida através das técnicas convencionais de
melhoramento (SILVA, 2010).
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Vantagens Dos Alimentos Transgénicos


 O aumento na produção de alimentos;
 A alteração do valor nutricional dos alimentos;
 O desenvolvimento de espécies com características desejáveis;
 A maior resistência dos alimentos ao armazenamento por períodos maiores.

Desvantagens dos alimentos transgénicos


 O aumento dos sintomas de alergia;
 A maior resistência a agrotóxicos e antibióticos nas pessoas e nos animais;
 O aparecimento de novos vírus;
 A eliminação de populações benéficas como abelhas, minhocas e outros animais e
espécies de plantas;
 O empobrecimento da biodiversidade;
 O desenvolvimento de ervas daninhas muito resistentes que podem causar novas
doenças e o desequilíbrio da natureza;
 O desconhecimento das consequências da utilização dos alimentos geneticamente
modificados a longo prazo 6

Em se tratando do consumo de alimentos geneticamente modificados há três grupos de riscos:


alimentares, ecológicos e agrotecnológicos. O maior problema em relação à análise de risco é
que os efeitos não podem ser previstos em sua totalidade. Os riscos relacionados à saúde
humana incluem aqueles inesperados, como por exemplo: alergias, toxicidade e intolerância.
No ambiente, dentre as possíveis consequências destacam-se a transferência lateral de genes e
a poluição genética (COSTA et al, 2011).

Plantas transgénicas
Na planta transgénica, o seu genoma é modificado geneticamente, sendo adicionados um ou
mais genes de outras espécies, ou se alterando a função de um gene da própria espécie. Como
resultado desta mudança, a planta transgênica e seus descendentes apresentam um novo
recurso, uma vez que a inserção ou modificação do gene é transmitida à prole como um dos
genes da planta (FIORATI et al, 2002, p.1. apud SILVA, 2010, p.8).
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COMO SÃO OBTIDAS AS PLANTAS TRANSGÊNICAS


Para obter uma planta transgênica, são necessárias três etapas básicas. A primeira, geralmente
a mais limitante, é a identificação do gene que irá conferir a nova característica de interesse
para a planta em estudo. A variabilidade genética existente na natureza torna-se
potencialmente a fonte desses genes. Entretanto, para ser manipulado, o gene responsável pela
característica de interesse deve ser localizado e isolado dos demais genes no genoma do
organismo doador. De posse do gene, este será caracterizado, introduzido em vetores para
transformação e, só então, transferido para o genoma da planta em estudo (ARAGÃO; RECH,
1998).

A segunda etapa consiste no desenvolvimento de uma metodologia eficiente de transformação


da espécie vegetal de interesse. Atualmente, diferentes estratégias para a transferência de
genes em plantas estão disponíveis, sendo as mais utilizadas as de transformações via
Agrobacterium, biobalística e eletroporação.
A terceira e última etapa para a transformação de uma planta é o estabelecimento de um
sistema eficiente, simples e, principalmente, reproduzível de regeneração in vitro da espécie
vegetal.
Durante o processo de regeneração, a célula inicialmente transformada multiplica-se e dá
origem a uma planta inteira, na qual todas as células vão conter a nova informação
introduzida. A regeneração dessa planta baseia-se no princípio da totipotência, isto é, a
potencialidade que as células vegetais têm de diferenciar-se, originando um novo indivíduo .
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Os genes são introduzidos diretamente na célula vegetal sem intervenção da agrobactéria (bactéria
existente no solo). Existem dois métodos para transferência em plantas monocotiledôneas, como
milho, trigo etc que são:
 Eletroporação de protoplastos e células vegetais: os protoplastos são células de vegetaisdesprovidas de
parede celular. Para a transformação, são incubados em soluções que contêm os genes a ser transferidos e, em
seguida, um choque elétrico de alta voltagem é aplicado, por curtíssimo tempo. O choque altera a membrana
celular, o que permite a penetração e eventual reintegração dos genes no genoma. Esse processo apresenta uma
baixa taxa de transformação quando aplicado em células vegetais;

 Biobalística: é baseado no princípio daarma de fogo. A diferença é que, na engenharia genética, os


microprojéteis são de ouro ou tungstênio acelerados a alta velocidade com pólvora ou gás (superior a 1.500km/h)
para carrear e introduzir genes de interesse em células de tecidos in vivo. Em seguida, o DNA é dissociado das
micropartículas pela ação do líquido celular, ocorrendo o processo de integração do gene exógeno no genoma do
organismo a ser modificado. Por esse processo, pode-se introduzir a expressão gênica em qualquer tipo celular
(MARIANO. C. O, 2003, p. 121 apud ARAGÃO et al. 2000).

Animais transgénicos
Animais transgénicos são seres geneticamente modificados usados para pesquisa, descoberta e
o desenvolvimento de novos tratamentos para várias doenças humanas. Além disso, a
transgenia em animais de grande porte representa uma importante aplicação biotecnológica no
sentido de se produzir em grande escala proteínas de interesse comercial.
Uma definição de animal transgênico é aquele com moléculas de DNA recombinante
exógenas introduzidas em seu genoma por intervenção humana. A técnica foi desenvolvida no
final da década de 1970 em camundongos, o mamífero cujo genoma é, até hoje, o mais
facilmente manipulável. Atualmente, a transgenia permite tanto a transferência de DNA
exógeno para o animal, através da técnica de microinjeção pronuclear, quanto a alteração de
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DNA já existente no animal, através da recombinação homóloga em células-tronco


embrionárias (células ES – do inglês embryonic stem).

Como o nome sugere, a microinjeção pronuclear consiste na injeção de uma solução de DNA,
contendo o transgene de interesse, no pronúcleo de um óvulo recém-fertilizado. Esta
metodologia faz com que várias cópias do transgene injetado se integrem em tandem em um
sítio aleatório no genoma e sejam transmitidas de forma mendeliana. O transgene deve conter
todos os elementos de um gene (promotor, região codificante, sítio de adição de cauda poli-
A), porém, deve ser construído por técnicas de DNA recombinante de forma a responder
alguma pergunta biológica. Assim, o transgene pode ser utilizado para super-expressar um
gene de interesse em tecidos específicos do camundongo – ao avaliarmos as consequências
desta super-expressão, poderemos inferir a função daquele gene.
Por outro lado, o transgene pode ser utilizado para estudar regiões promotoras, através da
construção de um transgene com a região em questão dirigindo a expressão de um gene
repórter (lacZ ou GFP, por exemplo). Além disso, a microinjeção pronuclear tem sido
utilizada para a geração de modelos animais para várias doenças genéticas dominantes,
incluindo osteogenesis imperfecta, através da inserção de um alelo mutado, o transgene, no
genoma do camundongo. Apesar de ser uma importante ferramenta de pesquisa, esse método
apresenta algumas limitações.
Por causa do sítio aleatório de integração do transgene, este poderá não estar sob o controle de
todos os elementos em cis (no mesmo cromossomo) que controlam a expressão do gene
endógeno. Assim, a expressão temporal e espacial do transgene não seguirá o padrão de
expressão do gene endógeno. Além disso, no que diz respeito a modelos de doenças genéticas,
a introdu ção de um terceiro alelo, o transgene mutante, cria uma situação artificial no que diz
respeito à proporção entre os transcritos normais e mutantes. Enquanto uma pessoa com uma
doença genética dominante possui um alelo normal e um mutado, o camundongo transgénico
possuirá os dois alelos endógenos normais e diversas cópias do alelo mutante (transgene).
Esta proporção pode ser crítica em doenças suscetíveis a efeitos de dosagem gênica.

Os animais transgênicos se caracterizam por possuir um gene de interesse que não está
normalmente presente em seu genoma. Eles são utilizados principalmente para produzir um
determinado fator de interesse comercial e/ou científico. Uma das mais importantes
aplicações da tecnologia dos transgênicos é a criação de modelos animais de doenças
humanas, este potencial tem sido realizado pela caracterização de genes promotores e/ou
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facilitadores, que permitem direcionar a expressão direta de genes estranhos para um tipo
específico de célula. Uma vez estabelecido, o modelo transgênico, por exemplo, pode ser
usado para o estudo de mecanismos moleculares que contribuem na patogênese de uma
doença, para identificar agentes que possam eliminá-la, retardar sua progressão ou melhorar
seus sintomas. Três principais metodologias são utilizadas para transferir um gene de interesse
no genoma de um outro animal hospedeiro: A tecnologia transgênica em animais, ainda se
encontra em fase experimental. Com o tempo e experiência, poderá vir a ser extensamente
utilizada. Nessa fase, é possível ver as potenciais vantagens e predizer os possíveis riscos que
essa nova técnica possa acarretar.
Vantagens
 Especificidade: A característica requerida pode ser escolhida com muito mais
precisão, assim os riscos indesejáveis reduzem bastante.
 Velocidade: Se pode estabelecer uma característica desejada em uma geração,
enquanto que, na reprodução seletiva, são necessárias muitas gerações.
 Economia: Se pode introduzir novas características nos animais, para reduzir suas
necessidades alimentícias e tratamento veterinário.
Desvantagens
 Saúde do animal: A inserção de um transgene pode alterar a expressão do genoma (e,
portanto as “funções” do animal),
 Os animais transgênicos também podem ser utilizados para a produção de proteínas e
outras substâncias, tais como hormônios. Dados recentes, publicados na imprensa
leiga, sobre a ovelha Polly, demonstram que existe uma relação direta entre as
pesquisas com animais trangênicos e de clonagem. Os dados divulgados apresentam
inúmeras incorreções, desde o ponto de vista das técnicas utilizadas. O Instituto Roslin
e a empresa PPL estão realizando experimentos utilizando camundongos, coelhos,
ovelhas e vacas. O objetivo é produzir, no leite destes animais, proteínas de interesse
para tratamentos de saúde. A ovelha Polly teve introduzido um gene para produzir
uma proteína visando o tratamento da fibrose cística, doença também conhecida como
mucoviscidose. Esta doença ocorre pela falta de uma enzima produzida pelo pâncreas.

 Transmissão de vírus: Este é um tema particularmente preocupante no caso da


reprodução de animais como doadores de tecidos, para os xenotransplantes.
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 Disseminação: Os transgenes poderiam ser transmitidos a populações silvestres


através da reprodução normal. Quanto às aplicações da transgenia, podemos citar dois
principais
 Segmentos: Modelos de enfermidade: É possível introduzir genes mutantes de
humanos em ratos, induzindo determinada doença, com a finalidade de se buscar a
cura, sem que os humanos passem por testes experimentais.
 Melhora de ganho: Com alterações genéticas é possível que animais criados para fins
comerciais tenham um crescimento acelerado em um menor espaço de tempo, carne
com índice de gordura reduzido ou ainda redução da sensibilidade a infecções.
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3. Conclusão

4. Referências Bibliográficas

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