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Nos dias atuais, pesquisadores estão fazendo com que arroz e trigo expressem
anticorpos anticâncer que podem ser utilizados como terapia e no diagnóstico
de câncer de mama, pulmão e cólon. Apesar de muitos destes produtos
estarem em fase de desenvolvimento, existe uma enorme expectativa quanto à
sua utilização e eficácia. Em outras palavras, estamos criando biofábricas com
as células vegetais para produção de diversos antígenos para vacinas,
anticorpos e enzimas.
PRODUÇÃO ANIMAL:
Quando a produção animal começou a ser uma atividade comercial, os animais
passaram a ser selecionados de acordo com suas características desejáveis ao
produtor, como, por exemplo, pelo melhor rendimento, melhor adaptação ao
ambiente, ganho de peso, maior produção, entre outras. Esses animais eram
cruzados entre si e, assim como na Biotecnologia Vegetal, usa-se uma seleção
artificial, chamada de melhoramento genético.
O melhoramento genético e a Biotecnologia Animal podem ser aplicados a
todos os animais, e os de maiores interesses econômicos incluem os bovinos,
suínos, as aves, os ovinos e caprinos. Esse melhoramento depende de três
fatores: fenótipo, genótipo e o ambiente. Assim, no caso dos animais, não
basta apenas ter a informação genética (DNA) para determinada característica;
são necessárias condições ambientais distintas de alimento e manejo. Com o
uso da biotecnologia, é possível reconhecer os genes de interesses e as
alterações gênicas (chamadas de mutações), acelerando sua expressão e/ou
adicionando um gene novo. Além do melhoramento genético das
características alimentares e de criação do animal, também é possível
desenvolver animais-modelo para o estudo de diversas doenças, produção de
vacinas, biofármacos, animais como biorreatores para produção de proteínas e
enzimas e até em transplantes.
Animais transgênicos:
Os conhecimentos sobre o DNA e a informação genética levaram a grandes
avanços em diversas áreas, inclusive na Biotecnologia Animal. Os animais são
organismos pertencentes ao reino Animalia, pluricelulares formados por células
eucariontes e com capacidade de locomoção.
O material genético na forma de cromossomos está organizado aos pares, o
que significa que cada animal possui dois genes, um vindo do macho e outro
da fêmea, e, portanto, chamados de diploides. De acordo com a lei de Mendel,
uma característica irá se sobressair sobre a outra, chamada de gene
dominante (o gene que é expresso) e gene recessivo (o gene que não é
expresso). Com isso, surge o conceito de alelo gênico, onde o mesmo gene
para a mesma característica é herdado do macho e outro da fêmea, mas não
são idênticos, são formas alternativas daquele gene, onde as características de
um dos alelos ou ambos podem ser expressas no animal.
O descobrimento dos alelos gênicos levou a grandes avanços no
melhoramento genético de animais. Além da tecnologia do DNA recombinante
para aumentar ou adicionar uma característica de interesse nova no animal,
existem muitos testes moleculares que visam identificar o alelo gênico que
apresente as características desejadas e, assim, estimular o cruzamento entre
esses animais. Assim, conhecendo o alelo gênico, é possível realizar
cruzamentos para que o alelo seja propagado por toda a população daquela
espécie.
Animais transgênicos tem 3 objetivos principais :
A criação de animais como biofabricas para a produção de alguma
molécula de interesse terapêutico.
Criação de animais como modelo de doença genética.
A criação de animais para a produção pelo ganho de características
nutritivas como a diminuição de quantidade de gordura , ganho de
massa muscular ou ainda pela resistência a determinadas infecções .
O DNA recombinante precisa ser inserido e estar presente em todas as células
do animal, e isso só é possível pela sua inserção do vetor ainda no embrião ou
nas células germinativas, os espermatozoides ou óvulos. Assim, além do
preparo do DNA recombinante, é preciso remover as células-alvo (nesse caso,
as células germinativas), inserir o DNA recombinante e, depois, colocá-lo em
um animal que sirva de barriga de aluguel para desenvolvimento do feto.
A microinjeção de DNA Acontece no pronúcleo do animal a ser gerado, ou seja,
o gene de interesse vai ser injetado por uma microagulha antes da fusão do
núcleo do espermatozoide e do óvulo. Dá para imaginar quão difícil deve ser
conseguir inserir um gene e fazer com que ele seja adicionado ao genoma da
célula germinativa e, depois, realizar a fusão dos núcleos do espermatozoide e
do óvulo. Por isso, o rendimento da técnica é baixo: cerca de 0 a 3% dos
embriões se desenvolvem e geram descendentes com o gene inserido, ou seja,
o animal transgênico. Apesar disso, a técnica permite que todas as células do
animal possuam o gene inserido. A transgenia é confirmada após o nascimento
do animal com técnicas moleculares para identificar a presença do gene de
interesse.
Produção de biocombustível
A Biotecnologia Industrial também se preocupa com o uso de fontes de
energias renováveis. Atualmente, a fonte de energia mundial são os recursos
não renováveis derivados do carbono fóssil, como petróleo, carvão e gás
natural. Essas fontes são limitadas; estima-se que, ainda neste século, ocorra
uma possível escassez destes recursos, que são altamente poluentes,
agravando o efeito estufa pela produção de CO2, NO x, SO2, entre outros.
Uma solução para esse problema está no uso e desenvolvimento dos
biocombustíveis, que são fontes de energia alternativas e renováveis, geradas
a partir da biomassa, ou seja, de material orgânico de origem vegetal ou
animal.
Os principais biocombustíveis inclui :
Etanol
Biodiesel
Biogás
O biogás é obtido a partir da decomposição anaeróbica da matéria orgânica
vegetal ou animal, do esgoto doméstico ou industrial ou de efluentes industriais
diversos, por meio de um processo de fermentação. Durante esse processo, há
a formação do metano e do dióxido de carbono, principalmente e em menor
quantidade, de hidrogênio, nitrogênio, amônia, ácido sulfídrico, monóxido de
carbono, aminas voláteis e oxigênio. Entretanto, a produção desses gases
varia de acordo com a origem da biomassa.
A produção de etanol, também conhecido como álcool, faz parte dos
biocombustíveis por utilizar fontes renováveis para sua geração e poluir menos
o ambiente. O etanol é um líquido, transparente, volátil e combustível, cuja
fórmula química é CH 3CH2OH. Dependendo do teor de água no etanol,
podemos ter o etanol anidro, teor de 0,5%, e o etanol hidratado, teor de 5%.
Além de ser utilizado para produção de bebidas, produtos farmacêuticos,
perfumaria e como antisséptico para eliminação de microrganismos, também
pode ser empregado como combustível ou aditivo, onde cerca de 25% da
gasolina é composta por álcool anidro . As principais fontes do etanol inclui :
milho , cevada , cana de açúcar, arroz, aveia, trigo , Outras fontes têm sido
pesquisadas. O Brasil é o maior produtor de etanol usando cana-de-açúcar, que até o
momento tem se mostrado a fonte de melhor rendimento. Por ser derivado de
vegetais, é uma fonte renovável e menos poluente que o petróleo; seu processo de
produção envolve a fermentação alcoólica.