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Governo do Estado do Amazonas

Escola Estadual Coronel Pedro Câmara

TRABALHO
DE
BIOLOGIA

Manaus - AM
2023
Franciely Nogueira Oliveira 2°03

Alimentos
Transgênicos

Trabalho solicitado pelo Professor


Paulo, da disciplina de Biologia, para
a obtenção de nota para o 4°
Bimestre.

Manaus - AM
2023
Alimentos Transgênicos
A transgenia nada mais é do que uma evolução do
melhoramento genético convencional, já que permite
transferir características de interesse agronômico entre
espécies diferentes. Isso quer dizer que essa tecnologia
permite aos cientistas isolarem genes de
microrganismos, por exemplo, e transferi-los para
plantas, com o objetivo de torná-las resistentes a
doenças ou mais nutritivas, entre outras inúmeras
aplicações.

Transgênico é sinônimo para a expressão "Organismo


Geneticamente Modificado" (OGM). É um organismo que
recebeu um gene de outro organismo doador. Essa
alteração no seu DNA permite que mostre uma
característica que não tinha antes. Na natureza, sempre
ocorreram (e ainda ocorrem) alterações ou mutações
naturais. Os genes contêm as informações que definem
as características naturais dos organismos, como a cor
dos olhos de uma pessoa ou o perfume de uma flor. Ao
receber um ou mais genes de outro organismo, um
vegetal pode se tornar resistente a pragas ou mais
nutritivo, por exemplo.

Em 2014, se completam duas décadas do


desenvolvimento do primeiro produto alimentar
geneticamente modificado no mundo – um tomate com
maior durabilidade criado na Califórnia, Estados Unidos.
Vinte anos depois, o mercado de transgênicos na
agricultura é cada vez mais expressivo. A cada 100
hectares plantados com soja hoje no Planeta, 80 são de
sementes com genes alterados. No caso do milho, são
30 para cada 100.
Nessas duas décadas, a área com culturas transgênicas
subiu 100 vezes, de 1,7 milhões de hectares para 175,2
milhões. Os Estados Unidos lideram o plantio, seguidos
pelo Brasil e Argentina.

No Brasil, foram plantados 40,3 milhões hectares com


sementes de soja, milho e algodão transgênicos em
2013, com um crescimento de 10% em relação ao ano
anterior. Hoje, das culturas cultivadas em nosso país
com biotecnologia, 92% da soja é transgênica, 90% do
milho e 47% do algodão também é geneticamente
modificado.

.Benefícios ambientais

O uso de técnicas de engenharia genética apresenta


como principal benefício a diminuição dos impactos do
homem sobre a natureza. As lavouras transgênicas,
além de seguras para o meio ambiente, oferecem
benefícios em relação às convencionais no que diz
respeito à preservação do planeta.

Isso acontece porque as plantas transgênicas


disponíveis no mercado diminuem a necessidade de
aplicação de defensivos agrícolas para combater as
pragas. Assim, também se gasta menos água na
preparação dos agrodefensivos e menos combustíveis
nos tratores e máquinas usados para aplicar esses
produtos na lavoura. A engenharia genética torna
algumas lavouras mais produtivas e, desta forma,
contribui para reduzir a necessidade de plantio em novas
áreas.
Transgenia: aliada da agricultura para enfrentar os
desafios alimentares

As opções de aplicação dos organismos transgênicos


são infinitas e podem cobrir as mais diversas áreas. Na
agricultura sustentável, por exemplo, a biotecnologia
permite produzir mais comida, com qualidade, a um
custo menor e sem necessidade de aumentar a área de
cultivo. Atualmente, os OGMs já estão contribuindo
significativamente para sustentar o aumento da demanda
de produtividade por hectare, que é a área de plantio
utilizada pelo produtor. Como não restam muitas
fronteiras agrícolas (terras novas para plantar), é
necessário produzir mais em cada hectare plantado.
Mas, além do aumento da produtividade, a biotecnologia
pode trazer outros benefícios como plantas mais
nutritivas ou com composição mais saudável.

Biotecnologia e biossegurança: unidas para garantir a


segurança do consumidor brasileiro
Uma das questões que mais preocupa o consumidor no
Brasil é em relação à segurança dos produtos
geneticamente modificados.

Nesse sentido, é importante ressaltar que em 20 anos de


uso em todo o mundo, pessoas de cerca de 50 países
consumiram alimentos transgênicos em larga escala,
sem nenhum registro de impacto negativo no meio
ambiente ou na saúde humana e animal. Antes de
chegar ao consumidor, todo transgênico é
exaustivamente analisado por meio de rígidos testes
laboratoriais e de campo.
Além disso, é fundamental que a sociedade brasileira
saiba que o Brasil possui uma das leis de biossegurança
mais rigorosas do mundo. A biossegurança engloba um
conjunto de ações voltadas para a prevenção e
minimização de riscos inerentes às atividades de
pesquisa, produção e desenvolvimento tecnológico,
visando à saúde do homem e dos animais, à
preservação do meio ambiente e à qualidade dos
resultados.

A Lei Brasileira 11.105/05, que regula as atividades com


transgênicos e de Biotecnologia em geral, está entre as
leis mais rigorosas do mundo. Essa legislação determina
que, desde a sua descoberta até chegar a ser um
produto comercial, um transgênico é obrigado a passar
por muitos estudos, que levam aproximadamente 10
anos de pesquisa. Esses estudos buscam garantir a
segurança alimentar e ambiental do produto final.

Somente depois de analisado e aprovado pela Comissão


Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) é que o
produto vai para o mercado. Ou seja, a produção de
transgênicos é uma atividade legal e legítima, regida por
legislação específica e pautada por rígidos critérios de
biossegurança.

A CTNBio, vinculada ao Ministério da Ciência e


Tecnologia, envolve especialistas em várias áreas do
conheci¬mento cientifico, que se reúnem mensalmente
para analisar todas as propostas de pesquisas com o
OGMs, em todas as áreas, não só na agricultura.
Esse grupo avalia cada produto geneticamente
modificado, considerando possíveis impactos ao meio
ambiente, à saúde humana e animal, e à agricultura. Ao
final de todas as análises, a CTNBio emite um parecer
conclusivo, liberando ou não o referido produto para a
comercialização.

Mais de 120 instituições públicas e privadas já foram


cre¬denciadas junto ao órgão para desenvolver
pesquisas com or¬ganismos geneticamente modificados.
A Embrapa é uma dessas entidades.

Embrapa: há mais de 30 anos na vanguarda das


pesquisas biotecnológicas
A Embrapa desenvolve estudos para transformação
genética de plantas desde a década de 80, com o
objetivo de contribuir para uma agricultura mais produtiva
e saudável, a partir do desenvolvimento de variedades
tolerantes ou resistentes a doenças, visando reduzir as
aplicações de defensivos químicos nas culturas
agrícolas. Pesquisas nessa área estão sendo
desenvolvidas com várias espécies agrícolas, como:
soja, feijão, arroz, milho, algodão, alface, batata, café,
cana de açúcar e mamão, entre outras.

O melhoramento genético das culturas agrícolas no


Brasil é um dos resultados mais contundentes das
pesquisas desenvolvidas pela Embrapa e os seus
impactos levaram a um novo desenho da agricultura do
país.

Com o passar dos anos, as pesquisas foram se


aprimorando e hoje, além de ter que atender às
necessidades agrícolas, tem que responder às
às demandas da sociedade atual, que é cada vez mais
exigente em termos de padrões nutricionais, ambientais
e de saúde.

A biotecnologia despontou na década de 80 na Embrapa


como uma ferramenta capaz de acelerar o melhoramento
genético das culturas agrícolas.

A engenharia genética, ou a capacidade de desenvolver


a transformação genética de plantas pela transferência
de genes, nada mais é do que uma evolução das
técnicas de melhoramento genético em prol de uma
agricultura mais produtiva e saudável.

As pesquisas de engenharia genética na Embrapa,


especialmente na Embrapa Recursos Genéticos e
Biotecnologia, que é uma das 46 unidades de pesquisa
da Embrapa, têm como principal foco o desenvolvimento
de plantas resistentes e tolerantes a estresse bióticos
(pragas) e abióticos. O objetivo é reduzir a aplicação de
defensivos agrícolas, tornando a sua alimentação e o seu
dia-a-dia mais saudáveis!

Essas pesquisas resultaram na aprovação pela CTNBio


para cultivo comercial de dois produtos geneticamente
modificados: soja tolerante a herbicidas e feijão
transgênico resistente ao vírus do mosaico dourado.

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