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CENTRO UNIVERCITARIO METROPOLITANO DE MANAUS - FAMETRO

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

ALIMENTOS TRANSGÊNICOS

NOME DO ALUNO:
Camila Brito
Marques Souza
Rafaely Lopes
Yasmille Mafra.

Manaus – AM
2020
NOME DOS ALUNOS
Camila Brito
Marques Souza
Rafaely Lopes
Yasmille Mafra.

ALIMENTOS TRANSGÊNICOS

Atividade do Curso de Bacharelado em Eng.


Ambientalcomo requisito para obtenção de
nota para completar a parcial.

Professor (a): Andréa Cláudia

Manaus - AM
2020
INTRODUÇÃO
Os alimentos transgênicos geram ainda muitas discussões nos tempos atuais,
dúvidas surgem tanto dos consumidores quanto dos ambientalistas se esses alimentos
são benéficos ou maléficos para a saúde humana e do meio ambiente. No Brasil há a lei
(lei11.105/05) que permite a pesquisa e produção de alimentos geneticamente
modificados e simultaneamente ao estudo de célula tronco.
Os aspectos positivos desses alimentos incluem o aumento da produção de alimentos;
Aumento do conteúdo nutricional; Maior resistência, durabilidade e tempo na
estocagem e armazenamento; e maior resistência às pragas (bactérias, fungos, vírus e
insetos).
Porém, outra questão que deve ser discutida é que o processo de transgenia modifica o
ser vivo, permitindo a fusão de material genético de espécies completamente diferentes,
sejam bactérias, fungos, plantas ou animais. Através de ferramentas de biologia
molecular, pesquisadores conseguem transferir determinadas sequências de DNA de um
organismo para o outro, visando supostamente no interesse da sociedade.
Em relação às plantas transgênicas alimentares, a saúde dos consumidores é diretamente
envolvida, afetando todas as pessoas. Portanto, ao consumirem partes de uma planta
transgênica, é o organismo geneticamente modificado em si que está sendo ingerido.
As plantas transgênicas comerciais são cultivadas no campo, ou seja, ambientes não
controlados.Esse fato não limita os riscos associados ao consumo de tais produtos
transgênicos por organismos não alvo (ONA), bem como os riscos associados à
disseminação de transgenes–material genético transferido entre dois organismos por via
natural ou por técnicas– no meio ambiente e seus impactos socioambientais.
O trabalho tem como objetivo mostrar os dois aspectos do assunto, os benefícios que
podem ser adquiridos com o consumo de alimentos geneticamente modificados e suas
consequências,diferentes perspectivas para uma segurança alimentar e ambiental.
Alimentos transgênicos

Os alimentos transgênicos são aqueles que tiveram o seu material genético (DNA)
modificado a partir da inserção de um gene de outro organismo ou, então, que
apresentam em sua composição um ingrediente ou matéria-prima que tenha passado por
esse processo. Ou seja, são itens geneticamente modificados produzidos em laboratório,
por meio de técnicas de engenharia genética.

Elas permitem aos cientistas inserir genes de uma espécie diferente em um


organismo para que ele obtenha novas características. O processo de produção de um
alimento transgênico pode envolver, por exemplo, um tipo de milho que possui um
trecho de DNA de um vírus, ou então, um óleo de cozinha feito a partir de uma soja
transgênica.

São produtos que fazem parte do dia a dia e podem ser encontrados nos mais
diversos alimentos.

Normalmente, os transgênicos são produzidos com o objetivo de trazer benefícios


para as plantações – como resistência a herbicidas e pragas e aumento na produtividade,
mas também para os consumidores – produção de substâncias medicinais e maior
qualidade nutricional. Porém, a sua utilização é cercada por discussões e
questionamentos.

Transgênicos pelo mundo

Em meio à polêmica, o Japão e alguns países europeus se opõem ao cultivo e à


comercialização desses produtos. Outras 28 nações realizam o cultivo e pesquisas na
área.

Os Estados Unidos plantam variedades transgênicas de beterraba, abóbora e


mamão, enquanto o Canadá iniciou a criação de salmão transgênico.

Quais os produtos transgênicos produzidos no Brasil

Segundo dados de um relatório de 2018 do Serviço Internacional para Aquisição


de Aplicações de Agrobiotecnologia (ISAAA), o Brasil está em segundo lugar quando o
assunto é plantação de transgênicos no mundo. São 50,2 milhões de hectares de culturas
transgênicas, o que representa 26% de todo o cultivo global.
Todo esse espaço é ocupado pela cultura de soja, milho, algodão e, recentemente,
a cana de açúcar.

Os três primeiros são insumos muito utilizados na produção de diversos produtos


que encontramos no mercado, como óleo de cozinha, leite de soja, margarina, massas,
biscoitos e cereais. Além disso, qualquer alimento que contenha amidos de milho,
xarope de milho ou soja, provavelmente terá transgênicos em sua composição.

Atualmente, já está liberado o cultivo de feijão e eucalipto transgênicos em solo


brasileiro, mas eles ainda não estão sendo plantados com objetivos comerciais.

Legislação de transgênicos no Brasil

A chamada Lei de Biossegurança 11.105/05 foi criada seguindo discussões e


protocolos internacionais com o objetivo de garantir a segurança dos transgênicos no
Brasil. Ela define as normas de segurança e os mecanismos de fiscalização dos
organismos geneticamente modificados (OGM).

Além disso, existe o Decreto 4.680/03, que determina como deve ser a rotulagem
de alimentos que possuam mais de 1% de sua matéria-prima composta por transgênico.
Ele diz que esses produtos devem ser identificados por um T preto, sobre um triângulo
amarelo e informações sobre o insumo transgênico.

Como são produzidos os alimentos transgênicos

O processo de criação de um alimento transgênico é realizado por meio da


tecnologia do DNA recombinante, que foi desenvolvida em 1992, abrindo a
possibilidade de isolar, manipular e identificar genes em organismos vivos, Ou seja,
identificou-se como possível cortar um pequeno fragmento de DNA de um genoma para
inserir em outro organismo. Assim, a produção de um alimento transgênico começa com
a seleção de um gene.

Nesta etapa, é identificado um gene de interesse, que possua uma função


importante para o organismo em que ele será inserido. Em seguida, esse gene é isolado
e introduzido no organismo receptor.

Nesse momento, o pesquisador precisa inserir o gene selecionado no genoma do


receptor, sem que haja danos e em células que estejam aptas a regenerar um organismo
completo.
Para que isso seja possível, ele pode utilizar cinco técnicas diferentes, são elas:
Eletroporação, Polietilenoglicol (PEG), Biobalística, Agrobacteriumtumefaciens e
Microinjeção.

No caso dos alimentos transgênicos, são inseridos nos embriões das plantas
fragmentos de DNA de vírus, fungos ou bactérias que possuam genes capazes de
codificar a produção de herbicidas.

Essas plantas poderão, então, produzir toxinas que fazem com que elas sejam
automaticamente protegidas contra certas pragas da lavoura.

Vantagens

Como vimos, os alimentos transgênicos são aqueles produzidos por meio de um


processo de modificação genética, que visa melhorar a qualidade da safra e aumentar a
produção e a resistência às pragas. Mas, como em todas as técnicas e procedimentos,
existem vantagens e desvantagens.

Dentre as vantagens estão inclusas:

• Capacidade de produzir sementes com maior qualidade nutritiva;

• Aumento e melhoria da produtividade;

• Maior resistência aos agrotóxicos, inseticidas, herbicidas e pragas, como


insetos, vírus, bactérias e fungos;

• Redução de custos de produção;

• Expansão do conhecimento científico;

• Diminuição na quantidade de agrotóxicos utilizados na plantação;

• Maior tolerância das plantas quando submetidas a condições adversas de solo e


clima;

• Ajudam no desenvolvimento de terapias, tratamentos, métodos para


diagnosticar doenças, terapias e vacinas.

Os órgãos ambientais se opõem aos transgênicos

Afinal, por que existe tanta polêmica em torno dos alimentos transgênicos?São
por duas razões principais: os riscos para o meio ambiente e para a saúde. Por mais que
já tenham sido feitos milhares de pesquisas sobre o tema, ainda existem muitas dúvidas
sobre os problemas que alimentos geneticamente modificados podem trazer.

Críticos como o Greenpeace e o Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC)


destacam que as conseqüências do uso desses alimentos a médio e longo prazos ainda
são desconhecidas. E que, no caso do meio ambiente, eles podem trazer a perda da
biodiversidade, causar o empobrecimento do solo e estimular o desenvolvimento de
superpragas.

Além disso, o Ministério do Meio Ambiente destaca que o cultivo de plantas


transgênicas já tem causado contaminação genética em alimentos, rações, sementes e
espécies nativas e selvagens. Ele também aponta que essa contaminação pode provocar,
ainda, o cruzamento entre variedades transgênicas e convencionais que são cultivadas
em locais próximos.

Os riscos ambientais da utilização de plantas transgênicas

O primeiro deles é uma maior utilização de agrotóxicos. Como as plantas mais


resistentes a esses químicos, os agricultores acabam aumentando o seu uso. E isso afeta
principalmente os cultivos tradicionais, que são mais prejudicados e podem até mesmo
desaparecer, o que impacta diretamente na biodiversidade. Além disso, o aumento na
quantidade de agrotóxicos permite que ervas-daninhas e pragas desenvolvam a mesma
resistência que os transgênicos, tornando-se superpragas. O que acarreta em um maior
uso de venenos nas plantações, aumentando a contaminação dos solos, poluição de rios
e, consequentemente, um desequilíbrio nos ecossistemas.

Outro risco é o de escape gênico por meio da polinização cruzada entre espécies
transgênicas e tradicionais.É quando plantas tradicionais acabam sendo contaminadas
pelas modificadas geneticamente, seja por terem cultivos próximos ou por polinização
tradicional, por exemplo.Isso pode levar à eliminação das variedades naturais, que são
menos resistentes às pragas e aos herbicidas, o que resulta numa perda de
biodiversidade e variedade genética de vegetais.Já foi comprovado que eles podem
trazer riscos para o meio ambiente, mas, como toda evolução científica, os alimentos
transgênicos ainda têm um longo caminho a percorrer, principalmente no que diz
respeito à desconfiança do consumidor e dos órgãos ambientais.
Rotulagem e equivalência substancial produto transgênico

A rotulagem dos alimentos está prevista no Código de Defesa do Consumidor (Lei


nº 8.078, de 11/09/90 _ art. 6º, III e art. 8º). Trata-se de uma norma para garantir ao
cidadão a informação sobre um produto, permitindo-lhe o direito de escolha. Além
disso, ela possibilita a rastreabilidade, pois, em casos de efeitos na saúde humana, os
produtos rotulados seriam facilmente identificados e recolhidos.

Fiscalização no Brasil

No Brasil, a fiscalização sobre a rotulagem está a cargo da Vigilância Sanitária.


Contudo, a decisão e mesmo o conteúdo e outras características do rótulo estão no
âmbito do Ministério da Justiça. O IDEC está representando os consumidores nesta
rodada de negociações e fez sugestões para aparecer no rótulo não só a expressão
"produto transgênico", mas também a característica e o nome do organismo doador do
gene. É esperado ainda que o país normatize em breve a rotulagem dos produtos
transgênicos ou que contenham ingredientes derivados de OGM.Internacionalmente,
existe um Grupo de Trabalho de Rotulagem que foi encarregado de preparar uma versão
preliminar a ser discutida na reunião do CodexAlimentarius.

Levando-se em consideração o ocorrido na Conferência de Partes da CDB, pode


ser que, as normas internacionais de rotulagem dos alimentos transgênicos ou com
ingredientes de OGM, sejam aprovadas em uma das próximas reuniões do Codex.As
plantas transgênicas, aprovadas para o cultivo comercial nos EUA, tiveram sua
liberação baseada no princípio da equivalência substancial. Assim, a soja RR foi
considerada "equivalente" à sua antecedente natural, a soja convencional, porque não
difere desta nos aspectos cor, textura, teor de óleo, composição e teor de aminoácidos
essenciais e em nenhuma outra qualidade bioquímica. Desta forma, não foram
submetidas à rotulagem pela agência americana FoodandDrugAdministration (FDA)
encarregada de sua liberação.

Este conceito de equivalência substancial tem sido alvo de críticas mais uma vez ,
porque, entre outras razões a falta de critérios mais rigorosos pode ser útil à indústria,
mas é inaceitável do ponto de vista do consumidor e da saúde pública (Millstone et al.,
1999). Equivalência significa dispor de igual valor ou outro atributo, normalmente
expresso em unidades ou parâmetros: um grama do produto Y equivale a X energia. Ela
se refere sempre à quantidade ou algo mensurável a que corresponde um sentido
tecnicamente comparável (Momma, 1999).

Há, portanto, dificuldades práticas no conceito de equivalência entre plantas


engenheiradas e naturais ou obtidas por técnicas convencionais de melhoramento
genético, pois a rigor, genomicamente, elas não são equivalentes nem iguais. Só seriam
iguais se uma fosse originária da outra por multiplicação vegetativa ou
micropropagação. A construção genética inserida na planta contém elementos bastante
distintos daqueles naturais encontrados nela, proporcionando novos produtos gênicos e
podendo desencadear efeitos pleiotrópicos substanciais, e não podem, por isso, ser
considerados desprezíveis.

Esta estratégia (equivalência substancial) foi introduzida na década passada para


evitar que as indústrias tivessem custos maiores com testes de longa duração, como
ocorreu na área farmacológica. Quando se utiliza a equivalência substancial, nenhum
teste é requerido para excluir a presença de toxinas prejudiciais, carcinogênicas e
mutagênicas. Este princípio é equivocado e deveria ser abandonado em favor de testes
biológicos, toxicológicos e imunológicos mais aprofundados e eficazes (Guerra et al.,
2001). O procedimento em si não tem base científica.

Cientistas e ambientalistas alertam que os transgênicos são um risco e não uma


contribuição para a produção de alimentos. Por tanto as desvantagens de alimentos
transgênicos são muitas que são elas:

Desvantagens

 Possibilidade do desenvolvimento de problemas de saúde, como reações


alérgicas.
 Podem causar doenças como câncer ou serem venenosos para humanos.
 Perda de biodiversidade.
 Desaparecimento de espécies e contaminação de sementes.
 Incentivar o aparecimento de pragas mais resistentes.
 Ocorrência de poluição do solo, da água e do ar.
 Prejudica o produtor rural pequeno, pois espécies transgênicas são
protegidas por patentes.
 Aumenta a resistência dos seres humanos aos antibióticos.
CONCLUSÃO

Portanto, os alimentos transgênicos são utilizados em todo mundo e com avanço


da tecnologia tem feito os alimentos transgênico cada vez mais benéfico a saúde
humana, mas mesmo assim existe uma vasta desvantagem, pois mesmo com toda a
tecnologia disponível, esses alimentos ainda tem seu risco a saúde humana e ao meio
ambiente e foram desenvolvidos leis para a identificação dos alimentos transgênicos e
para sua rotulagem e assim toda população saberá o que esta ingerindo.
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA

Ferment , G.etal. Lavouras transgênicas – riscos e incertezas : mais de 750


estudosdesprezados pelos órgãos reguladores de OGMs. Brasília : Ministério do
Desenvolvimento Agrário, 2015. 450p. _ ( Nead debate ; 26 ).

https://getulioruas.jusbrasil.com.br/artigos/461550658/os-beneficios-e-maleficios-dos-
alimentos-transgenicos. Acesso em: 25/10/2020.

Millstone, Brunner, E. & Mayer, S. Beyond 'substancial equivalence'. Nature, p.


525-526, 1999.

Momma, A.N. Rotulagem de Plantas Transgênicas e o Agronegócio. Revista de


Direito Ambiental, v.16, n.4, p.153-162, 1999.
Nodari, R.O., guerra, M.P. Avaliação de riscos ambientais de plantas
transgênicas. Cadernos de Ciência e Tecnologia, Brasília, v.18, n.1, p.81-116, 2001.

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