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C.

elegans como modelo experimental:

Sydney Brenner – primeiro a usar C. elegans como modelo experimental para o estudo de
mecanismos moleculares
Características de C. elegans:
• multicelular com 1mm
• curto ciclo de vida
• Facilmente cultivado em laboratório
• nematode do solo, livre
• não parasitário
• pode ser usado com segurança no laboratório.
• é transparente o que facilita a manipulação e observação,
• alimenta-se de bactérias como E. coli,
• fácil e barato de alojar e cultivar em grande número no laboratório.

C elegans em adulto TEM SEMPRE 959 CELULAS. Tem desenvolvimento estereotípico (sempre
da mesma maneira).
C. elegans tem cinco pares de cromossomas autossómicos e um par de cromossomas sexuais.
Tem dois sexos, hermafroditas e machos (NÃO EXISTE FEMEAS). Os hermafroditas podem
auto-fertilizar-se ou acasalar com os machos.
Na natureza, os hermafroditas são o sexo mais comum, mas em laboratório podem-se
manipular as condições de cultura de forma a obter mais machos.
A anatomia básica de C. elegans inclui uma boca, faringe, intestino e gónadas.

O ciclo de vida é curto e compreende as seguintes fases: ovo, larva (quatro estádios: L1, L2, L3,
L4) e adulto.
Dentro do ovo, o embrião desenvolve-se rapidamente, dando origem à primeira forma larvar
(L1). Após a eclosão, que já ocorre fora do individuo, o animal vai crescendo e vai-se
desenvolvendo, passando pelos 4 estádios larvares até chegar a adulto, o que demora
aproximadamente 3 dias.
Eventualmente, sob condições ambientais adversas, pode ocorrer uma forma larval resistente
chamada Dauer (“permanente” em alemão) que pode permanecer quiescente, sem se
alimentar, até 3 meses. Ocorre entre L1 E L2.
Porém, após encontrar condições adequadas, a larva Dauer desenvolve-se dando origem
diretamente à fase L4 e continua o ciclo de vida.
A vida útil de C. elegans é de cerca de 2 a 3 semanas em condições de vida adequadas. Em
comparação com outros organismos modelo, como por exemplo os ratinhos (Mus musculus), o
ciclo de vida curto de C. elegans tem vantagens porque reduz o tempo experimental e facilita
os estudos biológicos.
Estes organismos têm ainda uma propriedade muito interessante, que é o facto da posição das
células bem como o seu número ser conservado e constante - o adulto tem sempre 959
células. Estas características constituem uma ótima ferramenta para investigação genética e
determinação de linhagens celulares.
O genoma de C. elegans tem cerca de cem milhões de pares de bases. É aproximadamente 20X
maior que o de E. coli e cerca de 1/30 do humano, tendo sido completamente sequenciado no
final de 1998, constituindo o primeiro organismo multicelular a ter o seu genoma completo
sequenciado. Além disso, como o seu genoma é surpreendentemente semelhante ao dos
humanos (40% homologia), C. elegans tornou-se um organismo atraente também para o
estudo de doenças humanas.
Existem atualmente inúmeros mutantes de C. elegans disponíveis para investigação. Alguns
traços geneticamente determinados, como os mutantes de motilidade, são fáceis de observar
o que permite realizar experiências complexas com instrumentos simples (por ser
transparente ajuda na observação).

A maior parte dos indivíduos são hermafroditas (o outro género que existe é o macho mas são
muito raros não existem férias só existem mais ou hermafroditas) e portanto na maior parte
dos indivíduos, o mesmo indivíduo produz ovos e espermatozoides e a fertilização ocorre num
só organismo, os ovos fertilizados ficam rolando a através da espermateca onde se localizam
os espermatozoides e estes por seu turno são células não flageladas ao contrário dos
espermatozóides típicos os ovos fertilizados sofrem algumas divisões e são libertados pela
vulva ainda sem eclodirem pois a eclosão já ocorre no exterior
A clivagem do zigoto do c. elegans é holoblástica (completa e rotacional). As divisões iniciais
são assimétricas e produzem diferentes células fundadores designadas por AB, E, MS, C e D e
uma célula estaminal designada célula P. o eixo anterior posterior é definido logo na primeira
divisão porque a célula AB é anterior e a célula P um é posterior.
o eixo dorsal ventral é definido na segunda divisão a célula AB divide-se equatorialmente e a
célula P1 divide-se transversalmente dando origem à célula fundadora EMS e posterior célula
estaminal posterior que se vai designar agora P2 e que permanece sempre como células
posterior (P2, P3, etc...)
Célula EMS marca também a região ventral. O eixo direito esquerdo, portanto, a formação dos
3 eixos fundamentais durante o desenvolvimento embrionário agora o direito esquerdo forma-
se entre os estadios de 4 a 8 células.
relativamente aos mecanismos da especificação autónoma e condicionada existem ambos os
meus estes mecanismos existem durante o desenvolvimento embrionário do c. elegans a
decisão anterior posterior reside na posição do pró núcleo do espermatozóides ISTO é
extremamente importante é um mecanismo autónomo de especificação celular onde se
localiza o pro núcleo do espermatozoide e onde vai ser é marcada a região posterior do
embrião que juntamente com proteínas partem do oócito vão fazer com que aquela seja a
célula P1 é a primeira decisão é essa das células AB da célula P1 e a esta P1 é aquela que
retém o pró núcleo que vem do espermatozoide.
O eixo dorsal ventral é definido pela segunda divisão, a célula AB que se divide
equatorialmente e a célula P que se divide transversalmente. É importante notar em que o
eixo dorsal ventral é estabelecido pela divisão da célula AB e o que acontece quando a célula
AB fica mais longa do que o ovo e portanto como tem uma casca fina não conseguindo
comportar essa célula e portanto faz com que durante a divisão as células filhas da célula AB
deslize e uma fica anterior e outra posterior da isso se chamar célula ABA (‘’ á’’ de anterior) e
ABP (´´p´´ posterior) a célula AB posterior também fica por cima da célula EMS assim define a
posição dorsal enquanto que é MS passa a definir a posição ventral. ISTO acontece sempre da
mesma maneira, portanto de forma absolutamente conservada em todo e qualquer indivíduo
de c. Elegans.

Portanto um exemplo, a célula P1 mesmo isolada tem um desenvolvimento autónomo ou seja


a célula P1 em qualquer local e mesmo na ausência da célula AB vai ser sempre uma célula P1
e divide-se sempre da mesma maneira e vai dar sempre origem ao mesmos tipos de células
enquanto que a célula AB tem uma especificação condicionada que na ausência da célula P1 só
dá origem a uma parte das células que normalmente formaria.
na linhagem P os fatores que parecem ser responsáveis por esta autonomia são os fatores de
transcrição SKN-1, PAL-1 e PTE-1 e portanto são os que determinam e que estão presentes no
citoplasma das células e determinam esta especificação autónomas estão presentes desde o
início e portanto como estão lá as células são autónomas em termos de diferenciação.
a linhagem P tem uma especificação autónoma determinada por estes fatores de transcrição já
a célula AB sem a célula P1 não dá origem a todas as linhagens que poderia dar e que poderia
dar se estivesse na presença da célula P1, portanto perde algum potencial de diferenciação. o
mesmo acontece com o célula EMS precisa da presença da célula P2 para dar origem a estas 2
linhagens EMS e E se não tiver lá célula P2 dá origem a 2 células MS, ou seja 2 células iguais e
não 2 células diferentes. e portanto não vai dar origem a endoderme, porque a célula E é
precursora da endoderme e portanto sabe-se que ela P2 que contacta com a célula MS quando
esta se divide emite alguns sinais para a célula filha da célula MS que vai contactar com a P2
que é a célula E e esses sinais que são transmitidos pela via WINT são fundamentais para que
a célula filha em contato com a P2 se transforma em célula E enquanto que a outra se
transforme em célula EMS na ausência de P 2 e esses sinais não existem e estas 2 células serão
MS.

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