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a) Ouriço-do-mar
Os óvulos são liberados para o meio externo envoltos por uma camada gelatinosa que tende a se
dissolver em contato com a água do mar. Ao serem expelidos os óvulos, eles já encontram-se com
a meiose concluída. Portanto, os dois corpúsculos polares são emitidos para o ovário antes da
postura, podendo a fertilização ocorrer imediatamente (fecundação externa). O ovo do ouriço-
do-mar é pobre em vitelo (oligolécito), porém já existe uma distribuição polarizada de vitelo,
encontrando-se, desde a fecundação, uma região com pigmento alaranjado concentrado num anel
subequatorial, deixando apenas uma calota despigmentada no polo vegetativo (Vanderley, 2015).
b) Anfioxo
Segmentação
O ovo do anfioxo é oligolécito e por ocasião da ovulação é radialmente simétrico. Quando ocorre
a fecundação, o espermatozoide estabelece a simetria bilateral do ovo. Observa-se que o vitelo
não é distribuído uniformemente no ovo, havendo maior concentração do mesmo no polo
vegetativo, enquanto no polo animal predomina o citoplasma activo (Vanderley, 2015).
Gastrulação e neurulação
Segundo (Junqueira & Carneiro, 2004) percebe-se que o anfioxo entrou na fase de gastrulação
quando a blástula, que é arredondada, sofre um achatamento do seu polo vegetativo, e as células
deste polo começam a invaginar para o interior da blastocele, resultando no aparecimento de uma
cavidade externa, a gastrocele (arquêntero ou intestino primitivo). A gástrula inicial assume um
formato parabólico. À medida que o arquêntero cresce, a blastocele é obliterada. A cavidade
arquentérica se comunicará com o exterior por um orifício, o blastóporo. Nesta fase, a gástrula é
organismo bidérmico, pois a sua parede é constituída por dois folhetos, o externo, denominado
ectoderma, e o interno, denominado endoderme.
Desenvolvimento de peixes
Segmentação
Apesar das suas pequenas dimensões, os ovos de peixes teleósteos são do tipo telolécito e
apresentam uma polaridade bem marcada, na qual a maior parte do citoplasma claro forma uma
calota sobre a grande massa compacta de vitelo. O padrão de desenvolvimento segue o mesmo
daquele das anamniotas cujos ovos têm dimensões maiores, como os dos elasmobrânquios, e são
também telolécitos. A segmentação é meroblástica discoidal, pois só atinge a calota de citoplasma
ativo localizada no ápice do polo animal (Junqueira & Carneiro, 2004).
Após a fecundação, o blastodisco se divide em planos verticais, perpendiculares uns aos outros
(como descrito no capítulo anterior). As contínuas clivagens até o aparecimento de 32 células são
características de ovos telolécitos e formam uma blastoderme com uma camada celular única. A
partir deste ponto, as segmentações passam a ter orientação horizontal, dividindo a blastoderme
em duas camadas, a blastoderme superior e o periblasto inferior.
As células do periblasto inferior migram para o interior (parte central) da blastoderme. Enquanto
esta migração ocorre, surge uma cavidade (blastocele) entre a blastoderme superior e o periblasto
inferior. As células do periblasto são contínuas com o vitelo e formam sincícios com grandes
núcleos. Essas células sinciciais recobrem o vitelo, formando o saco vitelínico e tornando-o
metabolizável para o embrião.
Gastrulação e neurulação
Desenvolvimento de anfíbios
Segundo (Stevens & Lowe, 2004) O ovo típico de anfíbios é o heterolécito. A fecundação, em
muitas espécies, é externa com liberação de um grande número de ovos para o meio externo. O
gameta feminino é ovulado ainda em primeira divisão meiótica, e a progressão desta divisão se
dá no trajeto do oviduto. Quando chega ao ovissaco (útero), ele atinge a metáfase II e fica
bloqueado neste estágio até a fecundação.
Junqueira, L. C. & Carneiro, J. (2004). Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan. 524 p
Stevens, A. & Lowe, J. S. (2004). Histologia Humana. 2. ed. São Paulo: Manole. 655 p.