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NOME

GEODINÂMICA EXETERNA: ACÇÃO DA ÁGUA DE CHUVA


E TEMPERATURA NA TRANSFORMAÇÃO DO RELEVO

QUELIMANE

2023
GEODINÂMICA EXETERNA: ACÇÃO DA ÁGUA DE CHUVA
E TEMPERATURA NA TRANSFORMAÇÃO DO RELEVO

Trabalho de Pesquisa do curso de


Licenciatura em XXXXX na Faculdade de
XXXXX, com a finalidade de avaliação na
cadeira de Geologia Geral.

Docente:

Dr.

QUELIMANE

2023

Índice

1 Introdução.....................................................................................................................3

1.1 Objectivos.......................................................................................................................4

1.1.1 Geral…............................................................................................................................4

1.1.2 Específicos......................................................................................................................4

1.2 Metodologia....................................................................................................................4

2 Fundamentação teórica.................................................................................................5

2.1 Geodinâmica...................................................................................................................5
2.1.1 Geodinâmica externa.......................................................................................................5

2.1.1.1 Acção da água de chuva.......................................................................5

2.1.1.1.1 Acção da água por Crioclastia.......................................................6

2.1.1.1.2 Acção Física da água como simples Dissolvente..........................7

2.1.1.1.3 Erosão............................................................................................7

2.1.1.2 Temperatura na transformação do relevo.............................................8

3 Conclusão.....................................................................................................................9

4 Referências bibliográficas..........................................................................................10
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1 Introdução

A geodinâmica é o ramo da geologia que se dedica ao estudo do conjunto de


fenómenos que ocorrem na Terra e as suas consequências. O dinamismo da Terra provém das
interações entre os agentes de geodinâmica interna e os agentes de geodinâmica externa. A
reciclagem dos materiais rochosos (ciclo litológico), por exemplo, deve-se à acção dos
agentes de geodinâmica interna e externa. Os fenómenos que ocorrem na superfície terrestre
são estudados pela geodinâmica externa ou geografia física.

O presente trabalho tem como tema de abordagem: Geodinâmica externa: acção da


água de chuva e temperatura na transformação do relevo. A geodinâmica está na origem
das mudanças geológicas da Terra quer por ação de fenómenos destrutivos, como a
meteorização e a erosão, que alteram o relevo terrestre, quer através de fenómenos
construtivos, como o vulcanismo, com a edificação de novas montanhas.

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1.1 Objectivos

1.1.1 Geral

Estudar a geodinâmica externa: acção da água de chuva e temperatura na transformação do


relevo.

1.1.2 Específicos

 Definir a geodinâmica;
 Descrever a acção da água de chuva
 Explicar a influência da temperatura na transformação do relevo.

1.2 Metodologia

Segundo Marconi e Lakatos (1992, p. 44), “método é o caminho pelo qual se chega a
determinado resultado, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de antemão de modo
reflectido e deliberado”.

Desta forma, para a elaboração desta pesquisa foi aplicada a pesquisa bibliográfica de
modo a garantir o suporte científico mediante o comentário ou estudos que anteriormente
forma desenvolvidos por diversos autores em torno do tema em estudo. Igualmente, a
pesquisa bibliográfica será aplicada de modo a ajudar na triangulação dos dados que são
colhidos durante a pesquisa e, observados pelo autor do trabalho no decurso desta.
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2 Fundamentação teórica

2.1 Geodinâmica

A geodinâmica, é o ramo da geologia que se dedica ao estudo do conjunto de


fenómenos que ocorrem na Terra e as suas consequências. Ela estuda os fenómenos
endógenos (geodinâmica interna) e os fenómenos exógenos (geodinâmica externa).

2.1.1 Geodinâmica externa

A geodinâmica externa é o conjunto de processos externos que conduzem a alteração


da superfície da crosta terrestre. Os agentes da geodinâmica externa, constituem os agentes
modeladores de relevo ou agentes erosivos, pois modelam o relevo que os agentes da
geodinâmica interna criam através da erosão (Strahler, 1984).

Os agentes da geodinâmica externa são a água, o vento, as mudanças de temperatura, a


gravidade, os glaciares, os seres vivos, etc. Os principais processos geodinâmicos são a
meteorização e a erosão.

Segundo (Carvalho, 2003) na geodinâmica externa há que considerar em primeiro


lugar os fenómenos de alteração superficial das rochas. As várias rochas que afloram à
superfície da Terra estão sujeitas a várias acções físicas e químicas, que levam à sua alteração,
à sua fracturação ao seu transporte e à sua deposição. É a partir da decomposição e do
transporte destes materiais, que se formam à superfície, os solos. Os principais factores que
condicionam a formação dos solos são: Erosão, Transporte e Sedimentação.

Estes fenómenos são muito importantes, porque é a partir da erosão, transporte e


sedimentação que a superfície da Terra sofre modificações importantes, que nunca são
estáveis, sempre em evolução. Na desagregação das rochas há dois tipos de acções:

 Acções físicas e mecânicas, do que resulta a desagregação ou alteração física.


 Acções químicas que conduzem à decomposição ou alteração química.

2.1.1.1 Acção da água de chuva

A alternância de períodos secos com períodos de forte humidade origina o aumento de


volume e retracções, gerando tensões que conduzem à fracturação e desagregação do material
rochoso. A acção da água da chuva sobre as rochas também contribui para a sua
meteorização.
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2.1.1.1.1 Acção da água por Crioclastia

De acordo com Dias et al (1998) a crioclastia consiste no facto da água que preenche
as fendas ou os poros das rochas, ao gelar, aumentar de volume, funcionando como uma
cunha e leva à partição da rocha, (figura 1). Estes fenómenos de crioclastia dão-se com mais
frequência e têm maior importância nas rochas mais porosas ou nas rochas cortadas por
densas redes de diaclases, do que em rochas compactas e não diaclasadas, (figura 2).

Figura 1: Acção da água no estado sólido. Quando a água passa do estado líquido
para o estado sólido, o seu volume aumenta em média 9%. A acção da crioclastia é ideal para
temperaturas entre os -5ºC e os -15ºC.

Figura 2: – As rochas podem apresentar diaclases. Trata-se de fissura ou junta


presente nos maciços rochosos que se pode gerar por fenómenos de contracção durante o
arrefecimento de magmas ou por acções de compressão ou de tensão.

Um tipo particular de juntas ocorre em determinados corpos tabulares de origem


magmática, tais como diques, escoadas de lava e soleiras, por exemplo. Este aspecto
particular associado às rochas magmáticas diz respeito à existência e ao modelo de
distribuição de certas direcções de fragilidade, responsáveis pela susceptibilidade destas
rochas aos agentes de alteração e de erosão (Dias et al, 1998).
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2.1.1.1.2 Acção Física da água como simples Dissolvente

Há rochas como o sal-gema que são facilmente postas em solução pela água.

 Crescimento de minerais ou haloclastia


A água que existe nas fracturas e poros das rochas contém sais dissolvidos, que podem
precipitar e iniciar o seu crescimento exercendo assim, uma força expansiva, que contribui
para uma maior desagregação das rochas, (figura 3). Um exemplo que ocorre nas áreas
costeiras é o crescimento de cristais do mineral de halite. Este processo ocorre ainda em zonas
desérticas e em vales gelados da Antárctica.

Figura 3: Esquema de haloclastia. A ruptura dos materiais verifica-se pela


cristalização de sais a partir de soluções, por evaporação.

2.1.1.1.3 Erosão

A erosão é um fenómeno natural provocado pela desagregação de materiais da crosta


terrestre pela ação dos agentes exógenos, tais como as chuvas, os ventos, as águas dos rios,
entre outros. Essas partículas que compõem o solo são deslocadas de seu local de origem,
sendo transportadas para as áreas mais baixas do terreno.

De acordo com sua origem, o processo erosivo pode ser classificado em erosão pluvial
(acção das chuvas), erosão fluvial (acção das águas dos rios), erosão por gravidade
(movimentação de rochas pela força da gravidade), erosão eólica (acção dos ventos), erosão
glacial (acção das geleiras), erosão química (alterações químicas no solo) e erosão antrópica
(acção do homem).
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2.1.1.2 Temperatura na transformação do relevo

O relevo é um aspecto da natureza e constituinte do espaço físico que exerce grande


fascínio sobre os olhares atentos à paisagem. Seu significado ultrapassa a beleza, a
imponência ou a monotonia de suas formas e diz muito sobre as influências que o espaço
físico exerce nas relações dos homens com a natureza.

O clima é o factor que mais influencia a meteorização. Este facto, é evidenciado pela
observação da meteorização em zonas temperadas, tropicais, polares desérticas. De uma
forma geral, a meteorização é mais acentuada em zonas tropicais, onde a precipitação, a
temperatura e a vegetação atingem valores mais elevados. O mínimo de meteorização é
observado nos desertos e regiões polares, onde estes factores têm valores reduzidos.1

As grandes amplitudes térmicas são também um importante agente de meteorização


física, provocando a fracturação das rochas devido à instabilidade gerada pela dilatação e
contração e, por outro lado provocam fenómenos de gelo e degelo na água que se infiltra nas
rochas.

A água e o vento, transportam materiais que, ao baterem nas rochas, lhes provocam
desgaste e fragmentação. A maior susceptibilidade ao desgaste das rochas encaixantes é
muitas vezes provocada pela existência de fissuras ou diáclases. Uma das formações
resultantes destes desgastes é a Ayers Rock.

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https://ajfern.blogspot.com/2014/07/capitulo-i-geodinamica-externa-da-terra.html. Acesso: 25 de abril
de 2023.
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3 Conclusão

A geodinâmica externa é alimentada, essencialmente, pelo sol: o calor fornece energia


suficiente para que, na superfície da Terra, ocorra evaporação, e favoreça o ciclo da água. À
medida que se vai dando a meteorização de uma rocha, os produtos resultantes vão formando
uma capa que é o chamado rególito, o qual pode ter uma espessura de alguns milímetros até
centenas de metros, dependendo principalmente do tipo de clima.

A meteorização consiste no desgaste ou desagregação dos corpos geológicos pela


acção dos agentes atmosféricos ou por acções mecânicas. Existem diferentes tipos de
meteorização conforme os fenómenos são de natureza física, química ou biológica. Estes
podem actuar separada ou conjuntamente, estando relacionados com as condições climáticas,
e dependem da própria natureza da rocha.

Os principais agentes da Geodinâmica externa envolvidos na evolução dos sedimentos


são a gravidade, a água (escorrência, cursos de água, mares e glaciares) e o vento. A
sedimentação pode ser continental, como no caso dos depósitos glaciários, eólicos, fluviais e
lacustres, ou então marinha.

Se não ocorrer nenhuma perturbação, a sedimentação realiza-se regularmente


formando camadas, geralmente paralelas, que se distinguem pela diferente espessura, pelas
dimensões e coloração dos materiais. Essas camadas constituem os estratos. Por vezes os
estratos são, posteriormente, deslocados da sua posição inicial.
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4 Referências bibliográficas

Carvalho, G. (2003). Geologia Sedimentar – Sedimentogénese. Lisboa, Âncora Editora

Dias, G, et al. (1998). Geologia 12º. Porto. Areal Editores.

Strahler, A. (1984). Geografia Física. Barcelona. Ediciones Omega.

Website:

https://ajfern.blogspot.com/2014/07/capitulo-i-geodinamica-externa-da-terra.html.
Acesso: 25 de abril de 2023.

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