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CAPITULO I –
TERRA Pesquisar
GEODINÂMICA EXTERNA
DA TERRA
CAPITULO I –
CAPITULO I – GEODINÂMICA EXTERNA DA TERRA
GEODINÂMICA EXTERNA Arquivo do blogue
DA TERRA I.1. PROCESSOS I.1. PROCESSOS DA GEODINÂMICA EXTERNA
DA GEODINÂMICA A geodinâmica, é o ramo da geologia que se dedica ao estudo out 2018 (1)
EXTERNA A geodinâmica, é do conjunto de fenómenos que ocorrem na Terra e as suas
o ramo da geologia que se consequências. Ela estuda os fenómenos endógenos (geodinâmica set 2018 (1)
dedica a... interna) e os fenómenos exógenos (geodinâmica externa).
ago 2018 (2)
A geodinâmica interna é o conjunto de processos internos
CAPÍTULO –V- ACÇÃO
(calor, fluidos de circulação, pressão, que produzem set 2016 (58)
GEOLÓGICA DOS RIOS
alterações na crosta terrestre. Os agentes da geodinâmica
CAPÍTULO –V- ACÇÃO
interna são também conhecidos como os agentes construtores de jul 2015 (43)
GEOLÓGICA DOS RIOS V.1.
ORIGEM E DISTRIBUIÇÃO relevo, pois são os responsáveis pela criação da maioria das
set 2014 (13)
DAS ÁGUAS A origem da formas de relevo terrestre - cadeias montanhosas, paisagens
água segundo alguns geológicas, etc. jul 2014 (8)
historiadores, está re... A geodinâmica externa é o conjunto de processos externos que
conduzem a alteração da superfície da crosta terrestre. Os jun 2014 (81)
tipos de clima
agentes da geodinâmica externa, constituem os agentes
ÍNDICE INTRODUÇÃO .. 1
TIPOS DE CLIMAS . 2 ZONA modeladores de relevo ou agentes erosivos, pois modelam o
DE CLIMA TROPICAL relevo que os agentes da geodinâmica interna criam através da Publicação em destaque
HÚMIDO .. 2 O CLIMA erosão.
TROPICAL SECO .. 2 ZONA Os agentes da geodinâmica externa são a água, o vento, as VIOLÊNCIA
DE CLIMA DESÉRTI... mudanças de temperatura, a gravidade, os glaciares, os seres DOMÉSTICA
vivos, etc.
CAPÍTULO –IV- ACÇÃO
GEOLÓGICA DAS ÁGUAS Os principais processos geodinâmicos são a meteorização e a
DO MAR erosão.
CAPÍTULO –IV- ACÇÃO
GEOLÓGICA DAS ÁGUAS I.1.1. METEORIZAÇÃO E EROSÃO
DO MAR IV.1. Denomina-se por meteorização a alteração provocada pelos
MOVIMENTOS E ACÇÃO agentes atmosféricos tais como a água, o ar, as mudanças de
EROSIVA DAS ÁGUAS DO temperatura e outros factores ambientais que modificam as
MAR Os oceanos, as
características químicas e físicas das rochas à superfície
montanhas, os vales sub...
(rocha mãe).
Empreendedores em Angola A erosão é o conjunto de processos de aplanação da crosta
Os empreendedores terrestre através dos agentes da geodinâmica externa
encontra-se no centro da envolvendo meteorização do material já existente, transporte
política económica e e deposição do mesmo noutro local, contribuindo para a
industrial, abrangendo, quer modificação das formas criadas pelos agentes de geodinâmica
a criação de novos negócios, interna.
quer o desenvolvi...
I.1.1.1. TIPOS DE METEORIZAÇÃO
Os processos de meteorização actuam através de mecanismos
modificadores das propriedades físicas dos minerais e rochas
(morfologia, resistência, textura, etc), e das
características químicas (composição química e estrutura
cristalina). Em função do mecanismo predominante de actuação,
a são normalmente classificados em meteorização física e
meteorização química. Quando a acção (física ou bioquímica)
de organismos vivos ou da matéria orgânica proveniente da sua
decomposição participa do processo, a meteorização é chamada
de físico-biológico ou químico-biológico.
Meteorização física: é quando não há alteração química e
mineralógica da rocha, ou seja, depois do processo de
alteração, a rocha que se obtém tem as propriedades da rocha
mãe.
Meteorização química: é quando há alteração química e
mineralógica da rocha, ou seja, depois do processo de
alteração, a rocha que se obtém tem as propriedades
completamente diferentes das propriedades da rocha mãe. Os
minerais novos formados quando a rocha é submetida a novas
condições atmosféricas ou termodinâmicas, são chamados
minerais de neoformação.

A) Meteorização física
A meteorização física, provoca nas rochas uma desintegração
(desagregação) em fragmentos cada vez menores, mas que retém
as características do material original. Há vários agentes
externos que podem actuar sobre as rochas e acelerar a sua
fragmentação tais como, o efeito do gelo, a actividade
biológica, a acção mecânica da água e do vento, a
descompressão à superfície, as dilatações e contrações
térmicas e o clima.
Efeito do gelo: A água que penetra nos interstícios porosos
da rocha pode congelar por abaixamento da temperatura,
aumentando assim o seu volume. Exerce consequentemente uma
pressão que provoca o alargamento das fissuras e a
desagregação.
Actividades biológicas: As sementes, germinando em fendas das
rochas, originam plantas cujas raízes se instalam nessas
fendas abrindo-as cada vez mais e contribuindo para a
separação dos blocos. Alguns animais cavam galerias nas
rochas favorecendo a desagregação.
Acção mecânica da água e do vento: As águas correntes e o
vento transportam detritos que metralham as rochas,
acelerando o desgaste e a fragmentação.
Descompressão à superfície: Quando as rochas formadas em
profundidade são aliviadas da carga suprajacente, a parte
exposta expande-se, enquanto que a parte profunda continua
sob pressão. Podem produzir-se diáclases paralelas à
superfície, que favorecem a separação do maciço rochoso em
placas.
Dilatações e contrações térmicas: As variações de temperatura
provocam dilatações e contrações alternadas dos minerais, que
reagem de diferentes modos por terem diferentes coeficientes
de dilatação. Este processo ocorre nos desertos e em zonas de
incêndios, devido a grandes variações de temperatura.
Clima: O clima é o factor que mais influencia a meteorização.
Este facto, é evidenciado pela observação da meteorização em
zonas temperadas, tropicais, polares desérticas.
De uma forma geral, a meteorização é mais acentuada em zonas
tropicais, onde a precipitação, a temperatura e a vegetação
atingem valores mais elevados. O mínimo de meteorização é
observado nos desertos e regiões polares, onde estes factores
têm valores reduzidos.
A extensão e o tipo de meteorização são devidos a acção
principalmente da água. Nesse sentido, a pluviosidade, tendo
em atenção a intensidade de precipitação, a infiltração, a
taxa de evaporação e as variações sazonais, influencia a taxa
de meteorização numa determinada região.
As grandes amplitudes térmicas são também um importante
agente de meteorização física, provocando a fracturação das
rochas devido à instabilidade gerada pela dilatação e
contração e, por outro lado provocam fenómenos de gelo e
degelo na água que se infiltra nas rochas.
A água e o vento, transportam materiais que, ao baterem nas
rochas, lhes provocam desgaste e fragmentação. A maior
susceptibilidade ao desgaste das rochas encaixantes é muitas
vezes provocada pela existência de fissuras ou diáclases. Uma
das formações resultantes destes desgastes é a Ayers Rock.

B) Meteorização Química
O processo de meteorização química transforma os minerais das
rochas em novos produtos químicos e a sua acção é tanto mais
intensa e facilitada quanto maior for o estado de
desagregação física das rochas. Este tipo de meteorização é
mais frequente em regiões quentes e húmidas, nas quais a
temperatura tem um papel importante na velocidade e dinâmica
das reacções químicas que se efectuam.
Esta meteorização pode ocorrer de duas maneiras distintas:
Ø Os minerais são dissolvidos completamente, a exemplo da
calcite ou halite, e, posteriormente, podem precipitar
formando os mesmos minerais;

Ø Os minerais são alterados, a exemplo dos feldspatos e micas,


e, posteriormente, formam novos minerais, especialmente,
minerais de argila.
A presença da água é fundamental na meteorização química, uma
vez que, a água actua como um meio de transporte dos
elementos atmosféricos para os minerais das rochas,
facilitando as reacções químicas. A taxa e o grau de
meteorização química são grandemente influenciados pelo
aumento da precipitação.
A meteorização química das rochas inclui diversas reacções
químicas, tais como a dissolução, a hidratação, a hidrólise e
a oxidação. Estas reacções ocorrem mais facilmente na
presença da água e do ar atmosférico.
Dissolução
A dissolução é o processo através do qual, o material
constituinte das rochas passa imediatamente ao estado de
dissolução. A água é o mais eficaz e universal solvente
conhecido. A molécula da água é polar e funciona como um
pequeno magnete que atrai os iões situados à superfície dos
minerais. Devido a polaridade da molécula da água,
praticamente todos os minerais, em maior ou menor grau são
solúveis nela.
Algumas rochas e minerais são solúveis na água, tais como, as
rochas salinas (halite), rochas calcárias (calcite e
dolomites). A capacidade de dissolução da água aumenta quanto
menor for o valor do PH.
Na natureza, a acidificação da água é um fenómeno
frequente, por exemplo, o dióxido de carbono pode
reagir com a água formando ácido carbónico.
A halite é solúvel na água salgada com iões de
sódio e cloro dissolvidos.
Carbonatação
A carbonatação é a reacção entre as águas
acidificadas e a calcite (CaCO3), mineral que faz
parte dos calcários, formando produtos solúveis.
Assim, os calcários são alterados e distribuídos
por um processo químico.
O cálcio e o carbonato de hidrogénio são
removidos em solução, deixando somente as
impurezas insolúveis. Estas reacções provocam
alargamento das fissuras nas quais a água se
infiltra e circula, podendo conduzir a formação
de uma rede de galerias e de grutas subterrâneas.

Hidrólise
É uma reação química específica em que os
elementos dos minerais reagem com os iões
hidrogénio e hidróxidos da água para formar um
mineral diferente.
Um exemplo de hidrólise é a meteorização dos
feldspatos que abundam, em vários tipos de rochas
quer sob a forma de feldspatos potássicos, quer
de plagióclases. A meteorização desses minerais
que conduz a formação de minerais de argilas e
denomina-se caulinização.
Quando um feldspato potássico entra em contacto
com o ácido carbónico, ocorre a seguinte reação:
Oxidação
Consiste na combinação do oxigénio atmosférico com um
elemento do mineral para constituir um óxido. O processo é
especialmente importante na meteorização de minerais que
possuem o ião ferro, tais como as olivinas, piroxenas e
anfíbolas.
O iao ferro dos silicatos reage com o oxigénio para formar
hematite (Fe2O3) ou limonite [Fe2O3(OH)]. A hematite, quando
dispersa nos sedimentos, é a responsável pela sua cor
avermelhada.
A taxa de oxidação aumenta com a temperatura, pelo que a
alteração química por este processo é mais intensa nos climas
quentes e húmidos.

C) Acção dos seres vivos


As plantas e as bactérias são também importantes agentes de
meteorização química devido a produção de alguns ácidos e
compostos orgânicos. A água libertada pelos seres vivos é
normalmente mais ácida (pH menos elevado) que a água
corrente, aumentando a capacidade de meteorização das rochas.

I.1.1.2. EROSÃO
A erosão é um fenómeno natural provocado pela desagregação de
materiais da crosta terrestre pela ação dos agentes exógenos,
tais como as chuvas, os ventos, as águas dos rios, entre
outros. Essas partículas que compõem o solo são deslocadas de
seu local de origem, sendo transportadas para as áreas mais
baixas do terreno.
De acordo com sua origem, o processo erosivo pode ser
classificado em erosão pluvial (ação das chuvas), erosão
fluvial (ação das águas dos rios), erosão por gravidade
(movimentação de rochas pela força da gravidade), erosão
eólica (ação dos ventos), erosão glacial (ação das geleiras),
erosão química (alterações químicas no solo) e erosão
antrópica (ação do homem).
A erosão tem se intensificado em virtude das ações
antrópicas, pois o homem tem modificado o meio natural de
forma desastrosa, e uma das consequências é essa erosão
acelerada. Os fatores que contribuem para esse cenário são:
desmatamentos, queimadas, urbanização, impermeabilização do
solo, drenagem de estradas, linhas de plantio, etc.
O avanço da erosão desencadeia uma série de problemas
socioambientais: deslizamentos (provocados pela força de
gravidade), enchentes (através do preenchimento de lagos e
rios), assoreamento dos rios, morte de espécies da fauna e da
flora, redução da biodiversidade, perda de nutrientes do
solo, redução da área de plantio, danos econômicos, entre
tantos outros.
Dentre as possíveis formas de proteger o solo contra a
erosão estão: preservar a cobertura vegetal do solo, técnicas
agrícolas menos agressivas ao solo, curvas de nível no
terreno, planeamento de construções, sistemas de drenagem e
reflorestamento.

I.1.1.3. TRANSPORTE DE MATERIAIS


Geralmente o transporte de materiais é feito pela acção da
gravidade e os produtos acumulam-se na base da rocha que os
originou, formando depósitos de vertentes constituídos por
detritos de taludes. Nos terrenos inclinados constituídos por
rochas permeáveis, assentes numa camada argilosa, as aguas
infiltradas nos terrenos permeáveis amolecem-os provocando o
seu deslizamento sobre terrenos argilosos. O mesmo pode
acontecer nos terrenos inclinados das zonas frias por acção
de degelo.

I.2. OS SOLOS
O Solo é um complexo mineral e orgânico resultante da
desagregação física e da decomposição química das rochas
expostas à meteorização.
O solo, contudo, pode ser visto sobre diferentes ópticas.
Para um engenheiro agrônomo, através da edafo/pedologia, solo
é a camada na qual pode-se desenvolver vida (vegetal e
animal). Para um engenheiro civil, sob o ponto de vista da
mecânica dos solos, solo é um corpo passível de ser escavado,
sendo utilizado dessa forma como suporte para construções ou
material de construção. Para um biólogo, através da ecologia
e da pedologia, o solo infere sobre a ciclagem biogeoquímica
dos nutrientes minerais e determina os diferentes
ecossistemas e habitats dos seres vivos.
A pedologia estuda a origem, a morfologia, a classificação e
a distribuição espacial dos solos e, de uma forma geral,
ocupa-se do estudo de todos os fenómenos que ocorrem nos
solos. A edafologia, por seu lado, estuda o solo como suporte
natural das plantas, a sua evolução e degradação, isto é, a
sua destruição.
O solo é constituído por três (3) partes: a parte sólida
(elementos minerais e orgânicos), a parte líquida (água) e a
parte gasosa (ar).

I.2.1. FORMAÇÃO DOS SOLOS


Os processos de meteorização, que alteram a composição
química e física das rochas, constituem o primeiro passo para
a formação do solo. Mas o solo, além dos produtos minerais
resultantes da meteorização, possui também matéria orgânica,
que é essencial para a sua definição.
De um modo geral, os solos são formados por uma fracção
sólida, uma fracção líquida e uma fracção gasosa.
Ø A parte sólida é formada por elementos minerais de diversos
tamanhos (cascalho, areias, argilas, colóides), por elementos
orgânicos (vermes, insectos, bactérias, fungos) e por
substâncias orgânicas em decomposição. Entre os constituintes
sólidos do solo, podemos destacar os silicatos, os óxidos e
hidróxidos de ferro, os fragmentos da rocha mãe, a matéria
orgânica, etc.

Ø A parte líquida é composta por água com diferentes substâncias


em solução;

Ø A parte gasosa é constituída por gases que preenchem os


espaços ou cavidades porosas.

I.2.1.1. Características físicas do solo


Dentre as várias características físicas dos solos, podemos
destacar as seguintes:
Ø Textura de um solo: Depende do tamanho ou granulométria das
partículas que compõem o solo. A textura de um solo
desempenha um papel importante a nível da capacidade de
retenção de água e é definida em função da percentagem de
areia, limo ou silte e argila. Atendendo à fracção
predominante, os solos denominam-se argilosos, limosos ou
arenosos;

Ø Estrutura de um solo: Depende da forma como as partículas se


agrupam, em fragmentos cada vez maiores. Pode ser formada por
blocos, grânulos, prismas, etc. Tem influência directa no
arejamento do solo e na sua impermeabilidade, bem como na sua
maior ou menor facilidade de trabalhar o solo;

Ø Permeabilidade de um solo: Capacidade que o solo tem em se


deixar atravessar pela água ou pelo ar;

Ø Porosidade de um solo: Existência de espaços entre as


partículas sólidas, permitindo a passagem infiltração da água
ou ar.

I.2.1.2. Características químicas do solo


A análise química do solo tem por objectivo principal
determinar o seu teor em elementos nutritivos susceptíveis de
serem utilizados pelas plantas e o seu grau de acidez.
A análise química de um bom solo, evidencia a presença de
dois grupos de elementos minerais: os elementos maiores
(entram na composição das substancias fundamentais dos
vegetais – azoto, potássio, cálcio, magnésio, enxofre e
ferro) e os oligoelementos (encontram-se em muito pouca
escala nas plantas e são indispensáveis à vida celular -
manganês, cobre, zinco e alumínio).
O conjunto de elementos nutritivos disponíveis para a planta,
representa a fertilidade mineral do solo.
A acidez de um solo está ligada à concentração dos iões H+ em
solução e, depende dos iões livres, dos colóides argilo-
húmicos e do teor do cálcio. Segundo o valor do pH da
solução, existente no solo, distinguem-se os seguintes solos:
solos alcalinos (pH 7), solos neutros (pH 7) e solos ácidos
(pH 7).

I.2.1.2. Perfil de um solo


Na sua evolução, um solo apresenta várias fases. No início,
apenas encontramos uma rocha nua, exposta à erosão, não
existindo solo. Assim, chamamos litosolo à rocha dura e
regosolo à rocha móvel. Com o tempo, forma-se um solo jovem,
ainda muito aproximado da rocha mãe mas, lentamente, esse
solo transformar-se-á num solo maduro e corresponderá ao
final dessa evolução se atingir o equilíbrio. Se, por acaso,
a evolução for diferente do normal, devido a uma modificação
da vegetação por intervenção humana, ficaremos na presença de
um solo degradado.
Ao analisarmos um solo bem evoluído, distinguiremos 3 zonas
sucessivas (horizontes), constituindo o seu conjunto aquilo a
que se chama perfil.
Horizonte A – corresponde à zona superior, mais ou menos
escura, consoante a concentração de matérias orgânicas. Por
via da infiltração, os elementos solúveis são arrastados para
baixo (ferro, alumínio, etc.). Este é um horizonte de
eluviação;
Horizonte B – camada intermédia, mais ou menos escura, onde a
infiltração provoca a acumulação de elementos minerais vindos
de cima (óxidos de ferro e alumínio). Ao se concentrarem
nesta camada, dão-lhe uma coloração amarelada ou avermelhada,
podendo-se formar uma carapaça, por sedimentação,
completamente estéril. É uma zona de iluviação.
Horizonte C - é a zona inferior onde se regista ou se
verifica a presença de fragmentos da rocha mãe, mais ou menos
alterados ou decompostos.

I.2.2. TIPOS DE SOLOS


As características de cada solo são consequência, em primeiro
lugar, das condições climáticas existentes. No entanto, a
rocha-mãe, os organismos do solo e o declive do terreno
também influenciam fortemente o tipo de solo.
Como consequência da multiplicidade de combinações possíveis
entre estes factores, o solo pode apresentar características
e propriedades extremamente variadas. Daí existirem
diferentes tipos de classificação de solos.
O primeiro cientista a publicar uma monografia que
classificava os solos foi o russo V. V. Dukuchaev, em 1883.
Baseou-se nas propriedades observáveis, a maioria das quais
resultantes dos processos climáticos e biológicos da
respectiva formação.
Hoje existem várias taxionomias dos solos, das quais a
americana é bastante específica, mas ultrapassa os limites
impostos pelo programa.
Em função do clima e da vegetação, os solos podem ser assim
classificados:
Ø Pedalfer;
Ø Pedocal;
Ø Laterites.

PEDALFER
São solos caracterizados pelo transporte de substâncias da
superfície para o interior. Existem em climas temperados que
apresentam uma precipitação média anual superior a 630
milímetros de chuva. Proporcionam uma vegetação abundante,
muitas vezes com predominância de coníferas.
A actividade dos decompositores, em função do clima
desfavorável, é pouco intensa e o horizonte O é constituído
fundamentalmente por agulhas de coníferas e folhas de
bétulas, que se acumulam em espessura razoável (cerca de um
decímetro) e experimentam uma humificação muito lenta. O
processo pode demorar anos.
Formam-se compostos húmicos solúveis que participam na
alteração das argilas e favorecem a formação de complexos
alumino-ferruginosos.
A maior parte dos materiais solúveis são lixiviados e
arrastados pelas águas subterrâneas, razão por que não se
encontra, nestes solos, carbonato de cálcio. Os óxidos de
ferro e as argilas menos solúveis deslocados do horizonte A
acumulam-se no horizonte B, dando-lhe uma coloração castanho-
avermelhada ou castanha.
O termo pedalfer é formado pelas primeiras letras de pédon
(solo) e dos símbolos químicos do alumínio (AI) e do ferro
(Fe).

PEDOCAL
São solos caracterizados pela precipitação de substâncias
devido à evaporação da água que ascende por capilaridade.
Existem em climas temperados secos que apresentam uma
precipitação média anual inferior a 630 milímetros de chuva.
São solos ricos em cálcio resultante do carbonato de cálcio e
outros minerais solúveis. Estes solos são característicos de
zonas quentes e secas, tais como as estepes que rodeiam os
desertos. Em tais climas, muita água do solo é arrastada por
capilaridade para a superfície, onde se evapora, depositando
as substâncias que transportava em solução, principalmente
carbonato de cálcio.
Originam-se "crustas calcárias" nos horizontes E e C. Quando
cementados ou endurecidos, estes depósitos são denominados
caliche ou Kunkur. Encontram-se na Austrália e no deserto de
Kalari e dos Estados Unidos.
A meteorização química é menos intensa nas regiões secas,
pelo que se encontra uma percentagem pequena de minerais de
argila. O pedocal (pédon + cálcio) não é tão fértil como o
pedalfer, porque a composição mineralógica e a carência de
água são menos favoráveis ao desenvolvimento de organismos.

LATERITES
Nos climas tropicais quentes e húmidos, com chuvas
abundantes, formam-se solos denominados laterites. Nestas
condições a meteorização é intensa.
Os solos lateríticos são frequentemente vermelhos e são
compostos quase inteiramente por óxidos de ferro e de
alumínio, geralmente as últimas substâncias da rocha
meteorizada a solubilizarem-se. Se o solo é rico em hematite,
pode ser utilizado como minério de ferro. Mas o clima
tropical geralmente permite a hidratação da hematite em
limonite, o que tira valor económico ao depósito.
Contudo, encontram-se muitas vezes neste tipo de solo camadas
de bauxite, o principal minério de alumíniom. Sob o ponto de
vista agrícola, as laterites são solos muito pobres, pois o
húmus é praticamente inexistente devido à intensa actividade
bacteriana.
Quanto a formação, os solos podem ser classificados em quatro
grupos principais: solos residuais, solos transportados,
solos coluviais e solos orgânicos.
Solos residuais: são solos que têm origem na decomposição das
rochas por meteorização química, permanecendo in situ,
constituindo o manto do intemperismo.
Solos transportados: são sedimentos inconsolidados recentes
que poem ter origem fluvial, eólica, marinha, etc.
Solos coluviais: são solos formados pela movimentação lenta
da parte mais superficial do mato de intemperismo em encostas
mais ou menos inclinados sob acção de diversos agentes,
principalmente a gravidade.
Solos orgânicos: são solos formados pela fracção mineral
argilosa adicionada de uma proporção variada de matéria
orgânica predominantemente vegetal.
Com base nas características de drenagem, os solos podem ser:
solos ácidos, aluviais, arenosos, argilosos, áridos,
calcários, mineral ou salinos.
A classificação pelo sistema americano baseia-se na génese
inferida a partir do clima, drenagem, relevo e material
original e podemos ter solos azonais, zonais e intrazonais.

I.2.2.2. Factores de que dependem o tipo de solo. Processos


para tornar os solos mais produtivos.
Os factores que contribuem para a formação de um solo são
fundamentalmente a rocha mãe e os seres vivos (vegetação,
microfauna e microflora do solo). O clima, o tempo e a
topografia do solo também contribuem para a sua formação.
Para tornar os solos mais produtivos, tem-se em conta os
seguintes processos:
Ø Controlo da disponibilidade de água (rega e irrigação);
Ø Excesso de água (drenagem);
Ø Aumentar a fertilidade (correcção dos solos -
adubação/fertilizantes naturais ou químicos);
Ø Evitar o empobrecimento (eliminação das ervas daninhas);
Ø Facilitar a circulação de ar e água (lavrar os solos)

I.2.2.1. Principais tipos de solos em Angola.


A tabela abaixo, mostra os solos mais frequentes no nosso
país.
Tipo de solo Área (Km2) Localização

Dunas do deserto 3 732 Luanda, Bengo, Kuanza Sul, Benguela e


Namibe
Solos aluvionais 9 635 Luanda, Bengo, Benguela e Namibe
Litossolos e terreno 64 474 Malange e Namibe
rochoso
Cabinda, Luanda, Uíge, Kuando Kubango,
Solos psamiticos 716 248 Bié, Huambo, Zaire, Huíla, Moxico e
Cunene
Solos calcários 9 008 Luanda, Bengo, Kuanza Sul e Benguela
Barros 11 176 Luanda e Bengo
Solos arídicos tropicais 60 095 Cunene e Namibe
Solos calsialíticos 5 916 Malange e Kuanza Norte
Solos oxissialíticos 7 060 Huíla, Huambo, Moxico
Solos fersialíticos 40 283 Huíla, Benguela e Malange
tropicais
Solos paraferralíticos 46 875 Huíla e Benguela
Solos ferralíticos 268 897 Cabinda, Uíge, Huambo, Zaire e Huíla
Cabinda, Luanda, Uíge, Kuando Kubango,
Solos hidromórficos 3 084 Bié, Huambo, Zaire, Huíla, Moxico,
Lunda Norte, Lunda Sul, Malange
Areias de praia 215 Luanda, Bengo, Benguela, Kuanza Sul e
Namibe

CAPÍTULO –II- GEODINÂMICA EXTERNA DA TERRA


II.1. ACÇÃO GEOLÓGICA DO VENTO
Os ventos são causados por massas de ar que se movimentam
devido as diferenças de temperaturas e pressões na superfície
terrestre. Os deslocamentos laterais de massas de ar mais
frias tendem a anular a diferença de pressão causada, e assim
os ventos sopram de pontos de pressão mais alta para lugares
de pressão mais baixa.
O vento ocorre em todos os climas, porém com intensidades
diferentes. A actividade geológica do vento é preponderante,
particularmente em regiões áridas como os desertos, onde a
evaporação é superior às precipitações
Para que a acção do vento seja eficaz, tem importância não
apenas o facto de não haver vegetação, mas também a
constituição superficial do terreno, que nos desertos pode
ser muito variável. Para caracterizar a intensidade do vento,
emprega-se a escala de Beaufort, a qual divide a intensidade
em 12 categorias, dentre as quais destacam-se as seguintes:
ESCALA DE VENTOS DE BEAUFORT (Adaptada de Reader's Digest)
Escala Descrição Velocidade Efeitos observados
(km/h)
0 Calma 0 O fumo sobe na vertical.
A direcção do vento é indicada pelo
1 Aragem 0 - 5 fumo mas não pelo cata-vento; a
superfície do mar é como um espelho.
Sente-se o vento no rosto; as folhas
2 Vento fraco 6 - 11 agitam-se; o cata-vento move-se.
Folhas e pequenos ramos agitam-se;
3 Vento bonançoso 12 - 19 bandeiras ondulam.
4 Vento moderado 20 - 29 Levanta poeira; os troncos pequenos
agitam-se.
As árvores pequenas abanam; pequenas
5 Vento fresco 30 - 39 cristas de ondulação nos lagos.
Os troncos grossos abanam; o vento
6 Vento muito 40 - 50 assobia nos fios de telefone; ondas
fresco moderadas a grandes no oceano, com
carneirinhos.
7 Vento forte 51 - 61 As árvores inteiras abanam.
8 Vento muito 62 - 74 Arranca ramos pequenos das árvores.
forte
Ligeiros danos na estrutura das casas;
9 Vento 75 - 87 ondas altas no oceano, com espuma e
tempestuoso neblina abundantes.
Árvores arrancadas; danos consideráveis
10 Temporal 88 - 100 nas estruturas das casas.
11 Temporal 101 - 116 Danos generalizados.
desfeito
Devastações; ondas muito altas no
12 Furacão > 116 oceano; mar encapelado, completamente
branco e coberto com neblina e espuma e
visibilidade baixa.

II.1.1. ACÇÃO EROSIVA DO VENTO


Dos agentes geológicos que atuam na litosfera, o vento é o
que apresenta menor poder erosivo. Esta capacidade reduzida
deve-se ao facto de o vento só poder deslocar partículas
pequenas, e em geral, a poucos centímetros do solo.
A ação erosiva do vento é máxima nas zonas desérticas, secas
e de escassa vegetação. A acção modeladora do vento, resulta
da sua tríplice acção geológica: erosão, transporte e
sedimentação.
A velocidade do vento pode variar de uma simples brisa, com
velocidade muito baixa, até à velocidade dos ventos
ciclónicos, que podem atingir entre 180 a 200 km/h.
A acção do vento difere da acção modeladora da água em dois
aspectos fundamentais:
Ø O vento é muito menos denso e duro que a água e somente pode
erodir sedimentos finos;
Ø Geralmente não se encontra confinado em canais como a água,
podendo assim actuar em áreas muito alargadas.
A acção erosiva do vento é facilitada pelo efeito abrasivo
das partículas que transporta. Esta acção faz-se sentir em
regiões onde existem materiais detríticos soltos que se
incorporam em correntes de ar, aumentando a sua capacidade
erosiva e, manifesta-se fundamentalmente em dois processos:
Deflação e Corrasão.
Deflação
A deflação é a acção directa do vento sobre as rochas,
retirando delas as partículas soltas.
A deflação tem como efeito, a formação de grandes depressões
que, ao atingirem o nível do lençol subterrâneo, formam-se
lagos desérticos, podendo desenvolver-se vegetação,
constituindo um Oásis. A deflação verifica-se
fundamentalmente em regiões onde ocorre a desnudação
(remoção) da camada protectora das ervas e plantas pela acção
do homem e dos animais.
Porém na maior parte das vezes, os fragmentos maiores não
transportáveis, acumulam-se como resíduo de deflação,
formando frequentemente uma espécie de pavimento de
fragmentos maiores – pavimentos desérticos (desertos
pedregosos) ou o nome árabe de reg.

Corrasão
A corrasão é o ataque do vento carregado de partículas em
suspensão, desgastando não só as rochas como as próprias
partículas. É um fenómeno produzido pelo impacto das
partículas de areia transportadas pelos ventos contra a
superfície das rochas, polindo-as.
Os detritos maiores são sujeitos a esta acção abrasiva pelos
elementos mais finos arrastados pelo vento, acabando por
ficar facetados – ventifactos. O impacto dos grãos entre si,
bem como contra as rochas, produz o desgaste, resultando em
um alto grau de arredondamento e uma superfície fosca dos
grãos que caracteriza o arenito de ambiente eólico.
Pode ocorrer forte corrasão associada à deflação, esculpindo
nas rochas formas ruiniformes e outras feições típicas de
regiões desérticas e outras assoladas por fortes ventos.
Transporte eólico
O material transportado depende da velocidade e do tamanho
das partículas. Pode ser efectuado por suspensão, rolamento
ou saltação.
Sob o efeito do vento, os grãos menores (com cerca de 0,125
mm de diâmetro) sobem e são transportados a distâncias
razoáveis, dependendo da velocidade do vento. Alguns grãos
médios sobem um pouco e logo descem, sendo transportados aos
saltos, de acordo com as rajadas de vento. Os grãos maiores
não chegam a sair do solo, deslocando-se apenas por rolamento
por curtas distâncias. Dessa forma o material sofre uma
selecção em seu transporte, o que ocasiona depósitos segundo
o tamanho das partículas
Acumulação/deposição eólica
Quando a velocidade do vento (carregado de partículas)
diminui, seu poder de transporte se reduz, tendo início a
deposição a partir dos grãos mais grosseiros para os mais
finos. Enquanto a areia deposita-se após um transporte
pequeno, a poeira fina pode sofre um transporte superior a
2000 km.
Abrasão
Processo erosivo ou de desgaste de rochas pelo impacto e/ou
atrito/fricção de partículas ou fragmentos carregados por
correntes eólicas, glaciais, fluviais, marinhas, de turbidez,
pelo vai e vem de ondas.

II.1.1.1. TIPOS DE VENTOS


Os ventos são os fluxos de correntes de ar numa direção
principal. Os ventos se formam pela movimentação de correntes
de ar numa direção predominante. Os ventos classificam-se de
acordo com a pressão, temperatura e a velocidade da corrente
de ar:
1. Brisa: Vento muito fraco com menos de 20 km por hora. Para
as embarcações à vela a brisa é sinal de calmaria.
2. Ventos fracos, moderados e fortes: A partir de 20km/h, as
correntes de ar em movimento passam a se chamar vento. Esses
ventos favorecem o deslocamento das embarcações à vela.
3. Tempestades: Ventos com velocidade acima de 45 km/h estão
associados à chuvas fortes, raios, relâmpagos. Em geral,
tempestades duram menos de 2 horas.
4. Furacões: Chamados também de tufões ou ciclones são ventos
giratórios fortes com velocidade de mais de 90 km/h que se
formam nos oceanos tropicais. O poder de destruição dos
furacões é enorme porque suas dimensões são grandes e eles
duram vários dias.
5. Tornados: São o fenômeno mais destrutivo da atmosfera,
chegam a atingir 500 km/h, também são ventos giratórios com
forma de funil e têm curta duração. Quando ocorrem no mar
chamam-se tromba d’água.

II.2. DEPÓSITOS EÓLICOS


Nas zonas do litoral e em desertos onde a areia é abundante,
a acção modeladora do vento manifesta-se de várias maneiras,
incluindo o transporte e a deposição dos sedimentos. O
transporte dos sedimentos pelo vento é realizado por
arrastamento (deslizamento, saltação e suspensão), dependendo
da sua granulométria.
As areias eólicas adquirem formas arredondadas bastante
perfeitas mas, apresentam-se despolidas, devido aos
sucessivos choques entre si com os obstáculos, durante o
processo de transporte, características estas que as permite
distingui-las das areias do tipo fluvial, que são polidas e
de tamanho variável. As principais formas de deposição das
areias eólicas são as dunas, marés de areias e os depósitos
loess.

Dunas
Quando a energia do vento não é suficiente para realizar
transporte, as areias depositam-se constituindo as dunas.
Existem duas grandes classificações das dunas: uma
considerando seu aspecto como parte do relevo (morfologia) e
a outra considerando a forma pela qual os grãos de areia se
dispõem em seu interior (estrutura interna).
Existem três factores que determinam a morfologia de uma
duna: a velocidade e a variação do rumo do vento
predominante, as características da superfície percorrida
pelas areias transportadas pelo vento e a quantidade de areia
disponível para a formação das dunas. Quanto a morfologia
(local de acumulação), as dunas podem ser litorais ou
desérticas.
As dunas litorais formam-se a partir de grandes superfícies
arenosas, onde os ventos dominantes sopram do lado do mar,
desde que a areia possa ficar a seco e não haja obstáculos
importantes no relevo. Estas dunas podem ocupar grandes
extensões paralelas à costa, constituindo cordões que se
deslocam para o interior a velocidades variáveis, podendo
atingir em média 25 metros por ano, e fixarem-se pela acção
da vegetação.
Nas dunas desérticas as formas mais comuns são: dunas
transversais, longitudinais, barcanas, parabólicas e
estrelas.
A formação das dunas transversais é condicionada por ventos
muito frequentes e de direcção constante, bem como pelo
suprimento contínuo e abundante de areia para a sua
construção. A denominação transversal, provém da sua
orientação perpendicular ao sentido preferencial do vento. O
conjunto destas dunas em desertos costuma formar os chamados
marés de areias.
As dunas longitudinais ou dunas seif em árabe, formam-se em
regiões com abundante fornecimento de areia e ventos fortes e
de sentido constante no ambiente desértico ou em campos de
dunas litorâneas. Podem atingir dezenas de quilómetros de
comprimento e cerca de 200 metros de altura.
As dunas barcanas desenvolvem-se em ambientes de ventos
moderados e fornecimento de areia limitado. Como resultado,
este tipo de duna assume a forma de meia-lua ou lua crescente
com suas extremidades voltadas no mesmo sentido do vento.
As dunas parabólicas formam-se em regiões de ventos fortes e
constantes com suprimento de areia superior ao das áreas de
barcanas. São praticamente semelhantes as dunas barcanas
embora tenham uma diferença sua curvatura que é mais fechada,
assemelhando-se ao U.
A formação das dunas estrela esta directamente relacionada à
existência de areia abundante e a ventos de intensidade e
velocidade constantes mas, com frequentes variações na sua
direcção, assemelhando-se a uma estrela.
A classificação baseada na estrutura interna das dunas leva
em consideração a sua dinâmica de formação, sendo
reconhecidos dois tipos: dunas estacionárias e dunas
migratórias.
Na construção das dunas estacionárias, os grãos de areia vão
se agrupando de acordo com o sentido preferencial do vento,
formando acumulações geralmente assimétricas, que podem
atingir varias centenas de metros de altura e muitos
quilómetros de comprimento. A parte da duna que recebe o
vento (barlavento) possui inclinação baixa de 5º a 15º
normalmente, enquanto a outra face (sotavento), protegida do
vento é bem mais íngreme, com inclinação de 20º a 35º.
Nas dunas migratórias, a semelhança das dunas estacionárias,
o transporte dos grãos de areia segue inicialmente o ângulo
do barlavento, depositando-se em seguida, no sotavento onde
há forte turbulência. Desta forma, os grãos na base do
barlavento migram pelo perfil da duna até ao sotavento.
De salientar que a formação dos desertos tem como factor
preponderante, a falta de chuva. O Sara e o Kalahari em
África, e o grande deserto australiano, são os lugares mais
secos da terra e onde as temperaturas e pressões são bastante
elevadas. A desertificação pode ocorrer devido a mudanças
climáticas ou mesmo pela acção do homem.

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