Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Cerca de 75% da área dos continentes é recoberto por rochas. As rochas são unidades
estruturais da crusta e do manto que possuem características próprias, sendo formadas, em
regra, por um ou vários minerais associados.
Os minerais são corpos naturais, sólidos, inorgânicos, de textura cristalina e com composição
definida ou variável dentro de certos limites.
Os minerais apresentam propriedades físicas particulares:
Óticas
o Cor – Muitos minerais apresentam uma cor característica própria
(idiocromáticos), porem, alguns não apresentam cor constante (alocromático)
o Risca ou traço – A cor do mineral reduzido a pó corresponde a risco ou traço.
Esta costuma ser constante, podendo, em certos casos, ser diferente da própria
cor do mineral
o Brilho ou lustre – O brilho corresponde a intensidade de luz refletida numa
superfície recente do mineral
Mecânica
o Dureza – A dureza consiste na resistência que o mineral oferece à abrasão, ou
seja, a ser riscado por outro mineral ou por determinados objetos
o Clivagem – A clivagem é a tendência de um mineral partir segundo direções
preferenciais, desenvolvendo superfícies de rutura planas e brilhantes
o Fratura – A fratura é quando um mineral é percutido e que se desagrega em
fragmentos
Densidade
Além das propriedades físicas, os minerais apresentam também propriedades químicas, tal
como a efervescência com HCl (acido clorídrico), o cheiro, etc..
Formação das rochas sedimentares
A génese das rochas sedimentares implica duas etapas: a sedimentogénese e a diagénese.
1) Sedimentogénese – Formação de sedimentos
Existem três tipos de sedimentos:
Sedimentos detríticos ou clastos
Fragmentos de dimensões variadas desde partículas de pequeníssimas dimensões ate
grandes blocos, resultantes de rochas que afloram
Sedimentos de origem química
Resultam da precipitação de substâncias que são transportadas dissolvidas na agua
Sedimentos de origem biogénica
Compostos, em regra; por restos de seres vivos, mais ou menos transformados,
nomeadamente conchas e outras peças esqueléticas, fragmentos de plantas, pólenes, etc.
Meteorização química
o Os agentes da meteorização química são principalmente a agua com
substancias dissolvidas, o oxigénio e o dióxido de carbono atmosférico e as
diferentes substancias produzidas pelos seres vivos.
Hidratação/Desidratação – Aumento/diminuição do volume dos minerais, facilitando a
desintegração da rocha
Hidrolise – E necessário a presença de agua ligeiramente acida devido a dissolução de
CO2. Forma-se acido carbónico que se ioniza para formar o protão H+ e ião bicarbonato
−¿ ¿
+¿+ HC O ¿
H 2 O+C O 2≤¿ H 2 C O 3 ≤¿ H 3
Petróleo e gás natural: O petróleo acumula-se entre duas rochas, rocha-mãe (onde o
petróleo teve origem) e a rocha-cobertura (rocha impermeável que impede a migração
do gás e do petróleo a superfície), numa rocha-armazém (rocha permeável)
6) Rochas sedimentares, arquivos históricos da Terra
Através da análise de sequência estratigráficas e pelo estudo dos fosseis que se encontram em
muitos desses estratos, é possível conhecer não só seres que existiam no passado nessa região,
mas também as condições geológicos e ambientais que a caracterizavam.
Existem diferentes processos de focilização:
Moldagem: As partes moles do ser vivo desaparecem, ficando apenas nos sedimentos,
um molde interno ou externo das suas partes duras.
Marcas: Impressões deixadas pelo ser vivo resultantes da sua atividade ficam
conservadas nos sedimentos.
Mineralização: A matéria que constitui os seres vivos pode ser substituída por certos
minerais durante a diagénese quando os fluidos que circulam pelos sedimentos acabam
por cimentá-los e formar uma rocha consolidade
Mumificação: Todo ou quase todo o organismo é conservado.
Para determinar a idade dos estratos e dos fosseis, é possível atribuir duas idades: a idade
absoluta e a idade relativa. A idade absoluta é determinada através da utilização de isótopos
radioativos. A idade relativa permite determinar se uma rocha é mais recente ou mais antiga
em relação a outra. A idade relativa é feita com base nos princípios da estratigrafia:
Princípio da sobreposição: um estrato diz-se mais recente em relação ao estrato sobre
o qual esta posicionado (muro) e mais antigo em relação ao estrato sob o qual está
posicionado (teto).
Princípio da identidade paleontológica: As colunas estratigráficas que apresentam os
mesmos fosseis têm a mesma idade relativa, já que os fósseis têm a mesma idade que
o estrato que os contém.
Princípio da continuidade lateral: Quando se encontra uma sequência de deposição dos
sedimentos semelhante em duas colunas estratigráficas localizadas em locais
diferentes é possível relacioná-las.
Princípio da interseção: Qualquer estrutura geológica que intersete estratos é mais
recente do que eles.
Princípio da inclusão: Fragmentos de rocha incluídos num estrato são mais antigos do
que ele.
7) Reconstituição de paleoambientes
O estudo de fósseis de seres que, no passado, viveram em condições muito específicas,
designados por fósseis fácies, permite-nos conhecer tanto os ambientes em que eles viveram –
paleoambientes – como os ambientes de formação das rochas sedimentares em que se
incluem.
Magmatismo e rochas magmáticas
As dobras resultam das tensões atuam sobre as rochas quando o limite e elasticidade é
ultrapassado, deformando-se permanentemente.
As dobras podem ser classificadas como sendo:
Antiforma – A concavidade está voltada para baixo
Sinforma – A concavidade está voltada para cima
Neutra – A concavidade está disposta horizontalmente
Anticlinal – As rochas mais antigas encontram-se no núcleo da dobra
Sinclinal – As rochas mais recentes encontram-se no núcleo da dobra
A atitude de uma dobra ou de uma falha corresponde a direção e a inclinação das mesmas. A
direção é o ângulo entre a linha N-S e a linha de interseção com o plano horizontal. A
inclinação diz respeito ai ângulo definido entre a linha de maior declive da superfície planar
considerada com um plano horizontal. O valor deste ângulo varia ente 0º e 90º.
Quando as rochas são sujeitas a um ambiente diferente daquele em que se formaram, estas
sofrem alteração de modo a restabelecer um equilíbrio com o meio.
As principais alterações que as rochas podem sofrer no interior da Terra são a nível a
composição mineralógica e da textura. Os agentes de metamorfismo são:
Temperatura
A temperatura em profundidade depende do gradiente geotérmico
Intrusões magmáticas podem gerar temperaturas elevadas a baixas
profundidades
Certos minerais tornam-se instáveis e reagem com outros, formando
combinações estáveis nas novas condições, que originam novas estruturas
cristalinas
Tensão
Tensão litostática – resulta do peso das rochas suprajacentes, aplicada
igualmente em todas as direções, e provoca o aumento da densidade das
rochas, devido à redução do espaço entre as partículas que constituem os
minerais
Tensão não litostática – associada aos movimentos tectónicos. Este tipo de
tensão provoca a deformação das rochas e o alinhamento dos minerais,
originando textura foliada
Fluidos
Os fluidos podem ser libertados pelo magma ou ter origem na desidratação de
outras rochas
Os fluidos circulam entre os grãos de minerais, dissolvendo as substâncias e
transportando os iões resultantes para outros locais.
Os iões formados podem reagir com outros minerais
Tempo geológico
Recristalização
Reorganização dos elementos de um mineral original numa combinação mais
estável, nas novas condições de tensão, temperatura e fluidos de circulação
Reajustamento químico e físicos que afetam a textura e a mineralogia da rocha
original, gerando novos arranjos cristalinos
Durante o processo de metamorfismo, os minerais podem permanecer, reaparecer ou
recristalizarem:
Permanecer: não se alteram com as novas condições de pressão e temperatura (ex.:
quartzo, calcite)
Reaparecem: durante e recristalização como recristalização resultado das reações entre
diferentes minerais da rocha inicial (ex.: feldspato, biotite)
Recristalizar: formação de minerais característicos das rochas metamórficas (ex.:
distena, andaluzite, silimanite, granada)