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Informação sobre rochas sedimentares

Os principais agentes geológicos externos são:

A água- o movimento constante da água de um rio vai desgastando e aprofundando a sua base, podendo originar
vales. A água tem também a capacidade de transportar grandes quantidades de materiais rochosos resultantes da
erosão, que se acabam por acumular nos locais onde a água perde a energia e velocidade. A água pode reagir com
os minerais das rochas provocando a sua alteração ou completa dissolução. Pode facilitar, a precipitação de novos
minerais nas fissuras das rochas, quando ocorre a evaporação da água.

O vento- pode arrastar imensas partículas rochosas, que, ao colidirem com as outras, erodem a superfície e dão
origem a outras. Essas partículas podem acumular-se em certos locais e dar origem a grandes depósitos, como as
dunas.

E os seres vivos- os animais pesados, nas suas deslocações fragilizam as estruturas rochosas e os animais mais
pequenos constroem tocas e túneis, movimentando as partículas do solo originando até grandes alterações no
relevo. As plantas conseguem abrir fendas e fraturar grandes rochas

Rochas sedimentares: As rochas sedimentares têm origem na acumulação e compactação de detritos rochosos ou
orgânicos – os sedimentos, ou seja, numa rocha que passou por várias fases que incluem a meteorização, a
erosão, o transporte, a sedimentação e a diagénese.
Rochas sedimentares detríticas: As rochas detríticas são formadas a partir de fragmentos de outras rochas ou
minerais. Resultam da diagénese de sedimentos como as argilas, as areias e os balastros. As rochas presentes à
superfície são, na meteorização, modificadas pela exposição às condições superficiais e aos agentes de
meteorização como a água, o vento e os seres vivos, desagregando a rocha em detritos. De seguida, os
materiais resultantes da meteorização são removidos através dos agentes erosivos (a água, o gelo, o vento,
os seres vivos e a força da gravidade), num processo chamado de erosão. Posteriormente, dá-se a fase do
transporte, onde os detritos são deslocados pelos agentes de transporte como a água, o ar ou a gravidade.
Ato contínuo, ocorre a sedimentação, que consiste na deposição na deposição dos sedimentos
transportados, geralmente em estratos, quando o agente de transporte deixa de ter energia suficiente
para continuar o transporte. Os compostos químicos transportados pela água podem precipitar se as
condições ambientais mudarem. Estes sedimentos, normalmente depositados em fundos de lagos e de
oceanos ou vales, vão sendo cobertos por mais sedimentos. Por último, dá-se a diagénese, que inclui a
compactação e a cimentação, processo onde se verifica uma aproximação entre os detritos, devido ao
desaparecimento e substituição da água por materiais rochosos. A pressão torna os sedimentos mais
compactos, acabando por ficar ligados por um cimento e por dar origem a rochas sedimentares detríticas
ou por se ligarem entre si devido ao mesmo fenómeno, sem chegar sequer a ocorrer a cimentação.
As rochas detríticas consolidadas são aquelas que sofreram diagénese e as rochas detríticas não
consolidadas resultam da acumulação de sedimentos, cujo tamanho e forma varia ao longo do transporte.
Rochas sedimentares biogénicas: As rochas biogénicas resultam da acumulação e consolidação de
sedimentos de origem orgânica como restos de seres vivos ou produtos da sua atividade. A sedimentação
ocorre por gravidade, depois da morte dos seres vivos normalmente em recifes ou pântanos. Os
sedimentos passam depois pela diagénese, sendo compactados e cimentados. Os calcários conquíferos
formam-se por acumulação e transformação de conchas de animais marinhos. Os calcários recifais
resultam de estruturas produzidas pelos corais. Os calcários conquíferos formam-se por acumulação e
transformação de conchas de animais marinhos. Como exemplos de rochas biogénicas, podem-se referir os
calcários conquíferos, os calcários recifais e os carvões. Os carvões formam-se por acumulação e
transformação (diagénese), sob determinadas condições, de restos vegetais.
Rochas sedimentares quimiogénicas: são originadas a partir da deposição de sedimentos originados por
reações químicas de precipitação contínua ou de evaporação. Na precipitação, há duas espécies dissolvidas
na água formam uma nova substância pouco solúvel se deposita no fundo de um reservatório. De seguida,
ocorre a sedimentação e inicia-se a diagénese. Por exemplo, na formação do calcário, o carbonato de
cálcio funciona como um sedimento químico que precipita, isto é, separa-se da solução aquosa onde
estava dissolvido e forma o mineral calcite, que vai formar a rocha calcária. As estalactites, por exemplo,
são formadas por calcário quimiogénico que precipita no teto de grutas. O sal-gema é uma rocha
quimiogénica. A precipitação de cloreto de sódio por evaporação da água do mar forma o mineral halite,
constituinte do sal-gema.

Rochas Metamórficas
Formam-se em profundidade a partir de rochas preexistentes. Quando as rochas são sujeitas a um
aumento de pressão e de temperatura elevados podem sofrer metamorfismo, isto é, a sua estrutura e
composição são modificadas, sem ocorrer fusão, originando rochas metamórficas, com composições
mineralógicas e textura diferentes. Isto acontece porque os minerais da rocha inicial se tornam instáveis
nas novas condições de pressão e temperatura, transformando-se em minerais mais estáveis.
Metamorfismo Regional e rochas foliadas: É frequente nos limites convergentes das placas tectónicas onde
fenómenos tectónicos como a colisão de placas litosféricas. Os materiais são sujeitos a temperaturas e
pressões elevadas que deformam e alteram a composição mineralógica das rochas, podendo originar o
alinhamento de alguns minerais e formar planos de fragilidade designados por foliação (xistosidade). O
facto de uma rocha se partir em lâminas finas, mais ou menos lisas, como acontece com a ardósia ou com
o xisto, indica que as rochas sofreram alterações estruturais devido às elevadas pressões. Quando o
metamorfismo atinge maior intensidade, a rocha já não parte em lâminas, mas apresenta uma alternância
de bandas de minerais de cor clara e de minerais de cor escura. A ardósia e o micaxisto (formados a partir
do argilito), o xisto e o gnaisse (a partir do granito) são rochas metamórficas que foram sujeitas às elevadas
pressões características do metamorfismo regional e possuem uma orientação em lâminas.
Metamorfismo de Contacto e rochas não foliadas: Ocorre em redor de intrusões magmáticas e afeta
localmente os materiais rochosos quando o magma se instala no seio de rochas que são depois
metamorfizadas devido às altas temperaturas e à libertação de fluidos. Estas rochas têm uma textura
granoblástica e não existem alinhamentos preferenciais dos minerais

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