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GEOLOGIA
Ingrid Dadassio
Uberaba
2023
1. INTRODUÇÃO
O trabalho geológico em questão foi realizado no município de Uberaba-MG,
localizado na região do triângulo mineiro, no dia 28 de janeiro de 2023. A prática teve início
às 7h e as condições climáticas foram favoráveis, com mínima de 20ºC e máxima de 28ºC,
predominando um tempo ensolarado durante a realização da mesma. Devido a posição da
cidade, se destaca a presença de rochas ígneas e sedimentares, sobretudo arenito (muito finos
a lamitos siltosos, arenitos finos subordinados, com matriz argilosa, incluindo grande
quantidade de materiais de retrabalhamento de rochas ígneas efusivas e intrusivas básicas,
ultrabásicas e intermediárias, alcalinas ou não) e basalto (com fraturas, juntas e falhas, de
coloração acinzentada, solo com cores amareladas, textura argilosa, estrutura angular e
consistência úmida). (GODOY et al., 2013).
Vale ressaltar que o estudo de rochas em determinadas localidades é de extrema
importância para a engenharia civil, visto que é necessário o conhecimento do terreno para
implantação de obras, como é o caso e principal objetivo deste relatório: calcular o volume de
rocha a ser remobilizado para construção de um duto.
Nesta atividade de campo, o trajeto demonstrado na Figura 1 foi dividido em seis
pontos, onde em cada um deles foram observados os diferentes tipos de rochas, suas origens,
características e as elevações entre essas duas localizações, a fim de um maior conhecimento
sobre onde seria instalado o túnel. Para obtenção dos dados, foi utilizado um GPS em
coordenadas UTM e o auxílio do Google Maps.
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2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
A investigação geológica é de suma importância para a realização de qualquer
construção, visto que a partir dela é possível determinar qual o tipo de fundação mais
adequada para a região, além de que ajuda a identificar riscos potenciais, como a presença de
solos instáveis, falhas geológicas ou água subterrânea elevada, que podem afetar a
estabilidade e segurança da estrutura. No caso desta atividade de campo, foi observada
características de duas rochas: arenito e basalto.
Arenito é uma rocha sedimentar clástica constituída por grãos de quartzo (mineral
resistente ao desgaste físico e processos químicos). Essa rocha geralmente origina solos
arenosos, com pouco armazenamento de água, baixa fertilidade e favorável à erosão. O
arenito encontrado nesta atividade é proveniente da Formação Uberaba (arenitos muito finos,
com matriz argilosa, incluindo grande quantidade de materiais de retrabalhamento de rochas
ígneas efusivas (HASUI, 1968)).
Basalto é uma rocha magmática extrusiva, derivada de erupções vulcânicas. Possui
uma granulação muito fina devido ao rápido resfriamento do magma quando em contato com
a temperatura da superfície terrestre. Essa rocha origina solos argilosos ricos em ferro. O
basalto da atividade em questão provém da Formação da Serra Geral (conjunto de derrames
de basaltos toleíticos de espessura individual bastante variável, sendo constituídos por rochas
de coloração cinza escura a negra (SQUISATO et al., 2009)).
A fim de caracterizar a região estudada foram escolhidos seis pontos de análise
geológica, cujas coordenadas e cotas estão apresentadas na Tabela 1.
Ponto 2:
Ponto de basalto. Na prática se encontra o Córrego Lajeado, afluente do Rio Uberaba.
Este rio tende a erodir o lado em que se encontra a rodovia, por conta dessa erosão foi
colocado um gabião, com a finalidade de evitar que tal erosão atinja a rodovia.
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Ponto 3:
Neste ponto foi encontrada uma nascente. O professor orientador da atividade de
campo dirigiu um teste rápido com a água para identificar se estava contaminada ou não,
utilizando um aparelho. O resultado apontado constatou 170 microzimas, cerca de 10 vezes
mais do que o padrão permitido. Logo, pode-se imaginar que a água está contaminada devido
a elementos químicos que infiltraram o solo.
Ponto 4:
Ocorrência de basalto com pouca sílica. Há fraturamento natural nas rochas causados
pela tectônica de placas, essas fraturas foram preenchidas por carbonato de cálcio.
Ponto 5:
A uma cota de 740 metros foi identificado o segundo ponto de encontro entre basalto
e arenito.
Ponto 6:
Por fim, encontramos o terceiro e último ponto de contato entre basalto e arenito,
também a uma cota de 740 metros.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para o cálculo da quantidade de sedimentos de rochas que serão extraídos na
construção de um duto com 2 metros de diâmetro a 3 metros de profundidade que percorre o
ponto A ao B (Figura 1), com as respectivas coordenadas 190100mE/7815333mS e
189946mE/7816907mS, nas quais foram utilizadas para obtenção do perfil de elevação pelo
Google Earth; e conforme os pontos analisados anteriormente, destacando uma zona de
contato entre Arenito e Basalto a cerca de 740 metros acima do nível do mar, foi esboçado o
croqui apresentado na Figura 2:
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Figura 3 - Esquema para o Cálculo
4. CONCLUSÃO
Por meio da análise do solo foi detectado presença de rochas ígneas e sedimentares,
sobretudo arenito e basalto. Com base nos dados coletados em cada ponto foi possível fazer
os cálculos para direcionar a investigação geológica necessária na construção do duto.
Considerando o resultado obtido na retirada de 7.952,70m3 de Arenito das etapas I e
IV e 8.135,40m3 de Basaltos das etapas II e III do estudo, seriam retirados 16.088,10 metros
cúbicos de sedimentos rochosos dessa área. Por tanto, o estudo das rochas foi de extrema
importância visto que, ao analisar o terreno e através dos resultados obteve-se o valor exato
de rocha a ser retirada.
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5. REFERÊNCIAS
Godoy LH, Sardinha D. d. S., Bertini RJ, Conceição FT d., Del Roveri, C., Moreira
CA. Potencial geoparque de Uberaba (MG): geodiversidade e geoconservação. SciELO,
2013. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/sn/a/fdkRTxd3hq3SmbhW3hVQSQB/?lang=pt#. Acesso em: 19 de
março de 2023.