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UNESP - Universidade Estadual Paulista

Campus de Rio Claro

Prospecção geofísica em ocorrência de manganês


supergênico na região de Natércia, Sul de Minas Gerais

Relatório Científico Final


Projeto Auxílio à Pesquisa Regular
Processo FAPESP nº 2013/09219-5

Período de vigência do projeto: 01/11/2013 à 31/10/2015


Período do relatório: 01/11/2014 à 31/10/2015

Prof. Dr. César Augusto Moreira (Pesquisador Responsável)


IGCE- UNESP-Campus Rio Claro

Equipe: Prof. Dr. Walter Malagutti Filho - UNESP - IGCE


Prof. Dr. Carolina Del Roveri - ICT-UNIFAL - Poços de Caldas (MG)
Técnico Francisco Manuel Garcia Barrera - UNESP -IGCE
Técnico Alan de Oliveira - UNESP-IGCE

Outubro de 2014
1 – INTRODUÇÃO

O presente relatório descreve as atividades desenvolvidas durante a vigência do


projeto de pesquisa intitulado “Prospecção geofísica em ocorrência de manganês
supergênico na região de Natércia, Sul de Minas Gerais”, processo FAPESP n°
2013/09219-5, referente ao período de 11/2014 a 10/2015, em desenvolvimento junto ao
Departamento de Geologia Aplicada – IGCE – UNESP, Campus de Rio Claro – SP.

2 – RESUMO

O setor mineral é de suma importância para o crescimento econômico brasileiro, área


dependente de pesquisas geológicas básicas para ampliação de jazidas em processo de
lavra, além da descoberta de novas ocorrências e depósitos minerais. Este conjunto de
atividades é denominado pesquisa mineral, cujo planejamento envolve conceitos de
economia, demandas de mercado e uso de métodos e técnicas de investigações
geológicas diretas e indiretas. Este projeto visa realizar levantamentos geofísicos, por
aplicação dos métodos da Eletrorresistividade e da Polarização Induzida numa
ocorrência de manganês supergênico, contida em gnaisses pertencentes ao Complexo
Silvanópolis (Arqueano), região sul de Minas Gerais. O objetivo deste projeto é avaliar
a intensidade de variação de propriedades físicas entre áreas com concentração de
óxidos de manganês e materiais estéreis, determinar a morfologia tridimensional da
mineralização e verificar a aplicabilidade dos métodos geofísicos Elétricos na
prospecção geofísica de depósitos supergênicos. A escassez de publicações científicas
por pesquisadores brasileiros em prospecção e pesquisa mineral, disponibilidade de
estudos prévios, possibilidade de acesso e inexistência de requerimentos de pesquisa
mineral junto ao DNPM para a área de estudos, justificam a realização do presente
projeto de pesquisa.

3 – ETAPAS DE TRABALHO

1 - Levantamento bibliográfico - constitui essencialmente no levantamento de


trabalhos referentes á geologia da região de estudos e estudos prévios realizados em
âmbito regional na área de projeto. Nesta oportunidade devem ser averiguados também
trabalhos que descrevam a evolução do perfil de alteração regional e processos
responsáveis por concentrações supergênicas de manganês.
2 - Aquisição de dados em campo – primeira etapa - serão utilizados os métodos
da Eletrorresistividade e da Polarização Induzida, para leituras dos parâmetros físicos de
resistividade elétrica e cargabilidade, por meio da técnica de caminhamento elétrico.
3 - Processamento dos dados – primeira etapa - esta etapa envolve o
processamento dos dados geofísicos por meio de programas específicos de inversão e
modelagem, como o Res2dinv, Surfer, Plataforma Oasys Montag – Geosoft. A análise
dos dados bidimensionais deverá subsidiar a seleção de pontos para amostragem de solo
sobre as ocorrências minerais e em áreas estéreis.
4 - Aquisição de dados em campo – segunda etapa - o produto geofísico deverá
servir de guia para locação de pontos de amostragem de solo para realização dos ensaios
de analise granulométrica e separação magnética. Serão priorizadas áreas contrastantes,
ou seja, em áreas com resistividade elétrica baixa e elevada cargabilidade
(possivelmente associada a zonas mineralizadas) bem como áreas com alta resistividade
e baixa cargabilidade (possivelmente áreas ausentes de mineralizações), além de faixas
transicionais associadas.
5 - Ensaios de laboratório - peneiramento e análise granulométrica segundo a
proposta de Stancani et al. (1981) e aplicada em Moreira (2009). Os trabalhos de Rose
et al. (1979) e Licht (1998) apontam variações na distribuição de elementos químicos
para solos em função da granulometria.
6 - Processamento dos dados – segunda etapa - esta fase consiste no refinamento
do processamento dos dados geofísicos, com elaboração de modelos tridimensionais
resultantes da interpolação de dados bidimensionais, adquiridos em malha adequada
para este objetivo, que permite a elaboração de blocos 3D para visualização espacial em
diversas posições de corpos de minério, formato e continuidade.
7 - Análise e interpretação dos dados - tratamento estatístico entre dados
geofísicos, de análise granulométrica e de separação magnética, na tentativa de
estabelecimento de correlação entre variáveis diretas e indiretas. O cruzamento entre
modelos tridimensionais e teores de minerais metálicos pode ainda proporcionar uma
estimativa de volume de minério para o domínio de solo/saprolito, condicionado ao grau
de correlação do produto gráfico estatístico.
O presente relatório descreve as atividades propostas nas etapas 4, 5, 6 e 7,
previstas no projeto e descritas acima.
5 – ATIVIDADES DESENVOLVIDAS – REALIZAÇÕES NO PERÍODO

5.1 – Áreas selecionadas

Na etapa de reconhecimento geológico preliminar foram descritas diversas áreas


com mineralizações aparente em cortes de estradas e potencialmente relevantes ao
escopo do projeto (Figura 1).

Figura 1 – Localização e aspecto das ocorrências minerais reconhecidas em campo.


Deste conjunto foram selecionadas as áreas 9 e 10 na região de
Heliodora/Natércia (MG), por serem as ocorrências de maior extensão lateral (Figura 1),
além de uma terceira área mineralizada em manganês na região de Itapira (SP) (Figura
2). Esta última área foi objeto de estudo do aluno de mestrado Leandro Balarin Vieira
em projeto inicialmente independente, mas que foi incorporado ao presente projeto
diante dos resultados satisfatórios e possibilidade de analise comparativa dos resultados,
frente á presença de grafita no minério.

Figura 2 – Ocorrência de manganês na região de Itapira (SP).

A ocorrência de Itapira (SP) esta inserida numa faixa alongada desde o nordeste
do Estado de São Paulo até o sudoeste de Minas Gerais, com algumas interrupções
(Pires et al, 1970). Faixas de gonditos e queluzitos ocorrem no distrito manganesífero de
São João Del Rei (MG), desaparecem por cerca de 130 km e reaparecem na região de
Pouso Alegre (MG), com prolongamentos para a região de Socorro e Itapira (SP).
As ocorrências estão orientadas segundo direções N-S e NNE, em concordância
com orientação regional das rochas encaixantes, e com mergulhos da ordem dos 40◦
para SE. Os corpos são lenticulares, encaixados em biotita e hornblenda gnaisses, com
certa regularidade e continuidade lateral. De um modo geral, as lentes mineralizadas
transicionam lateralmente para as rochas encaixantes, seja pelo incremento de feldspato
e biotita no caso dos gnaisses, seja pelo incremento de quartzo e granada no caso dos
quartzitos (Wernick et al. 1976).
As concentrações superficiais de manganês no manto de alteração estão
associadas essencialmente com rochas quartzíticas com pseudomorfos de granada. Em
porções menos alteradas é possível o reconhecimento de gnaisses aluminosos, quartzitos
micáceos e caciossilicáticas, associados aos quartzitos granatíferos. Veríssimo (1991)
caracterizou o protominério de Itapira como essencialmente silicático, constituído por
quantidades semelhantes de quartzo e granada espessartita, além de grafita disseminada
na matriz em teores de mais de 5%.

5.2 – Aquisição de campo e Processamento dos dados

A aquisição de dados geofísicos contou com o resistivímetro Terrameter LS,


desenvolvido pela ABEM (Suécia), que consiste num módulo integrado de transmissão
de recepção de sinais e possibilita a realização de ensaios de Eletrorresistividade,
Polarização Induzida e Potencial Espontâneo, por meio de aquisição automática
contínua em sistema multi-cabo a partir de programação inicial do equipamento. As
atividades de campo foram desenvolvidas por meio de linhas paralelas de
caminhamento elétrico, com leituras conjuntas de resistividade elétrica e cargabilidade e
uso de eletrodos não polarizáveis a base de Cu-CuSO4 (Quadro 1).
Na área 9 foram realizadas 6 linhas de caminhamento elétrico com espaçamento
de 5m entre eletrodos, comprimento individual de 95m, 10m de separação entre linhas,
por meio do arranjo Wenner-Schlumberger (Figura 3). A programação do equipamento
contou com as seguintes configurações: corrente máxima de 200mA, corrente mínima
de 100mA, tempo de transmissão de corrente de 1s, tempo de leitura após o corte de
corrente de 0,2s e leitura em duas janelas fixas de 0,1s cada.
Na área 10 foram realizadas 5 linhas de caminhamento elétrico com
espaçamento de 5m entre eletrodos, comprimento individual de 95m, 10m de separação
entre linhas, por meio do arranjo Wenner-Schlumberger (Figura 4), com deslocamento
da linha 1 em relação as demais devido a condições de topografia e uso da terra,
ocupada por plantação de café. A programação do equipamento contou com as
seguintes configurações: corrente máxima de 200mA, corrente mínima de 100mA,
tempo de transmissão de corrente de 1s, tempo de leitura após o corte de corrente de
0,2s e leitura em duas janelas fixas de 0,1s cada.
Na ocorrência de Itapira (SP) foram realizadas 10 linhas de caminhamento
elétrico com espaçamento de 10m entre eletrodos, comprimento individual de 210m,
50m de separação entre linhas, por meio do arranjo Wenner-Schlumberger (Figura 5). A
programação do equipamento contou com as seguintes configurações: corrente máxima
de 500mA, corrente mínima de 200mA, tempo de transmissão de corrente de 1s, tempo
de leitura após o corte de corrente de 0,2s e leitura em duas janelas fixas de 0,1s cada.

A B

C D

E F

Quadro 1 – Sequencia de etapas para montagem da linha de aquisição de dados. 3A – Limpeza do ponto.
3B – Posicionamento do eletrodo. 3C – Preenchimento do eletrodo. 3D – Fixação de cabo de conexão. 3E
– Conexão como sistema multicabo. 3F – Equipamento em operação.
Figura 3 – Disposição das linhas de caminhamento elétrico na área 9.

Figura 4 – Disposição das linhas de caminhamento elétrico na área 10.

As medidas adquiridas em campo foram processadas no programa Res2dinv e


resultaram em modelos de inversão em termos de distância x profundidade, com escala
gráfica logarítmica e intervalos de interpolação de valores em cores. Este é um
programa que determina automaticamente um modelo bidimensional de subsuperfície, a
partir de dados de resistividade ou cargabilidade obtidos em ensaios de caminhamento
elétrico (Griffiths & Barker, 1993).
O modelo 2D utilizado no programa divide a pseudo-seção em blocos
retangulares, que representarão a pseudo-seção pelo ajuste das medidas de campo. Esta
otimização procura reduzir a diferença entre os valores de resistividade aparente,
calculados e medidos em campo, pelo ajuste da resistividade do modelo de blocos, cuja
diferença é expressa pelo erro RMS (Root Mean Squared) (Loke & Barker, 1996).

Figura 5 – Disposição das linhas de caminhamento elétrico na área de Itapira (SP).

O produto numérico de inversão bidimensional dos dados de cada seção foi


reunido em planilha única, que reuni a posição das leituras ao longo das linhas (variável
“x”), espaçamento entre linhas (variável “y”), profundidade modelada pela inversão
(variável “z”) e o valor de resistividade elétrica (variável “R”).
Esta planilha foi utilizada para geração de modelos de visualização 3D, numa
rotina de etapa básicas adotadas em pesquisa mineral. Neste caso, o plano de
amostragem é frequentemente definido a partir de critérios estatísticos, estruturais,
disposição espacial de uma acumulação mineral, dentre outros (Moon et al, 2006). Um
procedimento simples consiste em amostragens por um conjunto de furos perpendicular
ao eixo principal da estrutura, sucedidos por um conjunto paralelo de linhas de furo.
A resolução da malha de amostragem é condicionada ao espaçamento entre
furos, entre linhas de furos e entre quantidade de amostras coletadas por furo. De
qualquer forma, o resultado analítico das amostras é tabelado e modelado em termos
bidimensionais e posteriormente interpolado em termos tridimensionais. Cada ponto do
modelo 3D final é transformado num bloco, com dimensões condicionadas a critérios
estatísticos e de malha amostral, ao qual é atribuído um teor baseado em análises
químicas e um valor médio de densidade relativo a rocha que hospeda o minério. A
relação entre teor em volume possibilita o cálculo de reservas e a viabilidade econômica
do empreendimento (Moon et al, 2006). Os modelos de visualização foram gerados por
aplicação do algoritmo de Mínima Curvatura.
Modelos geofísicos de visualização 3D derivados de seções 2D proporcionam
uma compreensão bastante ampla da complexidade de estruturas geológicas,
modelamento de litotipos ou depósitos minerais (Kemp 2000, Zanchi et al. 2009, Chen
2011, Aizebeokhai et al, 2011; Wang et al. 2011, Houlding 2012, Akiska et al, 2012).
Quanto ao procedimento de definição de teores, foram seguidas as seguintes
etapas: processamento dos dados geofísicos, análise comparativa dos resultados,
definição dos pontos de amostragem em perfis de solo mineralizados para as áreas 9 e
10, coleta de amostra, medida do teor de umidade, peneiramento e separação magnética
(por meio de imã de neodímio) das frações peneiradas abaixo de 2mm (Foto 1).

Foto 1 – Minerais não magnéticos (a esquerda) e magnéticos (direita).

Os dados obtidos nesta etapa são apresentados juntamente com os dados


geofísicos das respectivas ocorrências minerais investigadas, e discutidos de forma
conjunta no capítulo a seguir.

5.3 – Apresentação dos resultados

A seguir são apresentados os resultados de modelamento geofísico 3D


para as três ocorrências estudadas (Figuras 6, 7 e 8).
Nos dados relativos à Eletrorresistividade foi possível o reconhecimento apenas
da porção central e mais enriquecida da zona mineralizada, caracterizada por valores de
resistividade entre 73Ω.m e 380Ω.m (Figura 6). Áreas reconhecidas em campo e
descritas como disseminações mais esparsas e periféricas ao centro da ocorrência, não
são identificáveis nas seções de resistividade elétrica.

Figura 6 – Modelamento geofísico 3D para a área 9, com foto da ocorrência mineral,


posição dos pontos de amostragem de solo e resultados analíticos.
Em contrapartida, os dados de Polarização Induzida apresentam um amplo
predomínio de valores de até 5mV/V na metade inicial das seções. A ampla área de
baixos valores de cargabilidade corresponde basicamente a toda a área de abrangência
da ocorrência mineral, que compreende uma zona central mais enriquecida (entre 25m e
40m a partir do inicio das seções) e seus extremos com disseminações esparsas (desde
0m até 50m do inicio das seções).
A integração dos parâmetros físicos medidos permite definir uma assinatura de
baixa resistividade e baixa cargabilidade para a zona central e de baixa cargabilidade
para áreas periféricas mais disseminadas, relativas á área 9.
Em termos comparativos, a área 10 é relativamente mais rica em óxidos de
manganês, com disseminações esparsas entre as posições 55m e 100m e maiores
concentrações limitadas entre 70m e 90m.
Por meio das medidas de resistividade elétrica não foi possível um claro
reconhecimento das disseminações de manganês visíveis em campo. Os dados foram
caracterizados pelo aumento da resistividade em profundidade, com horizonte entre 0m
e 1,5m com valores entre 120Ω.m e 270Ω.m, e o predomínio de valores superiores a
1000Ω.m no horizonte inferior. O intervalo de valores entre 270Ω.m e 600Ω.m
realçados na posição dos modelos 3D, coincidem com o centro mineralizado mais
enriquecido (Figura 7).
Os dados de cargabilidade permitem a clara distinção de uma central com
valores entre 15mV/V e 20mV/V, coincidente com a faia mineralizada reconhecida em
campo, com destaque para o intervalo entre 70m e 90m com valores superiores a
20mV/V coincidente com a área de maior enriquecimento de manganês.
A análise dos dados em termos de continuidade para dentro do perfil de solo
revela que a mineralização deve estar limitada a
A integração dos parâmetros físicos medidos permite definir uma assinatura de
baixa resistividade e baixa cargabilidade para a zona central e de baixa cargabilidade
para áreas periféricas mais disseminadas, relativas á ocorrência denominada área 9.
Figura 7 – Modelamento geofísico 3D para a área 10, com foto da ocorrência mineral,
posição dos pontos de amostragem de solo e resultados analíticos.
Figura 8 - Modelamento geofísico 3D para a área de Itapira (SP).

5.3 - Discussão e Conclusões

Vide artigos científicos submetidos aos periódicos “Geofísica Internacional” e


“Central European Journal of Geosciences” (ANEXO 1).

7 – DESCRIÇÃO E AVALIAÇÃO DO APOIO INSTITUCIONAL RECEBIDO

Todas as questões relativas ao apoio institucional considerado no projeto e


necessárias ao bom andamento dos trabalhos foram atendidas por parte da instituição,
representado pelo Departamento de Geologia Aplicada (DGA) e pelo Instituto de
Geociência e Ciências Exatas (IGCE).
O espaço físico disponibilizado para acondicionamento dos equipamentos e
elaboração de dispositivos acessórios (eletrodos porosos), junto ao Laboratório de
Geofísico (DGA) também foi satisfatório. O apoio logístico em termos de
disponibilização de apoio técnico em campo e laboratório também foi adequado e
satisfatório até a presente fase do projeto.

9 - LISTA DE TRABALHOS ELABORADOS

Vide artigos científicos, submetidos ao periódico “Geofísica Internacional” e


“Central European Journal of Geosciences” (ANEXO 1).

10 - ORIENTAÇÕES EM ANDAMENTO

Vinculada ao escopo do projeto estão em andamento duas orientações, uma


monografia de trabalho de conclusão e uma dissertação de mestrado:
Samuel Siqueira Reis – graduação em Geologia. Título do trabalho:
“Levantamento estrutural e geofísico em ocorrência de manganês supergênico na
região de Heliodora – MG”. Término previsto: janeiro de 2016. Orientador: Prof. Dr.
César Augusto Moreira.
Leandro Balarin Vieira – mestrado em Geociências e Meio Ambiente. Título do
trabalho: “Caracterização morfológica de ocorrência de manganês por meio de dados
geofísicos”. Término previsto: outubro de 2015. Orientador: Prof. Dr. César Augusto
Moreira.

11 – DESCRIÇÃO DOS ITENS ADQUIRIDOS VIA RESERVA TÉCNICA

Abaixo são apresentados e justificados os itens (material permanente) adquiridos


com recursos de reserva técnica:
- NF 28 – 11/03/2014 – Notebook Lenovo X230, ND 500Gb, RAM 4Gb,
R$4000,00. Item solicitado e adquirido para processamento de dados geofísicos,
elaboração de relatórios técnicos e artigos científicos, além do arquivamento de dados.
- NF 6866 – 29/05/2014 – Bússola geológica Geo Pocket Transit 5010,
R$1967,30. Item solicitado e adquirido para aquisição de dados estruturais (medidas de
direção e sentido de camadas, fraturas e falhas) além de auxiliar na orientação das linhas
de aquisição de dados geofísicos.
- NF 8695 – 29/05/3014 – GPS Garmim MAP 78S, R$ 1482,80. Item solicitado
e adquirido para georreferenciamento dos pontos de aquisição de dados geofísicos,
pontos de coleta de solo e ocorrências minerais durante a fase de reconhecimento
geológico regional.
NF 5028 – 11/06/2014 – Roçadeira Honda UMR 435, R$1780,00. Item
solicitado e adquirido para limpeza de terreno para realização de linhas de aquisição de
dados geofísicos em campo.

8 - REFERENCIAS

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