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UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO

FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA

TRABALHO DE FIM DE CURSO DA LICENCIATURA EM


GEOLOGIA
Tese nº /2015

TEMA: ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS


MINERAIS INDICADORES COMO BASE NA PROSPECÇÃO DE
DEPÓSITOS PRIMÁRIOS DIAMANTÍFEROS NA ZONA DE
TCHIAFUA, LUNDA SUL.
Elaborado Por: José Manuel Quinanga António – Nº 83553

Orientado Por: Prof. Doutor Silva Pereira Ginga (Docente da UAN)


Engº Andrei Marzur (CATOCA)
Engº Klashinikov Nicolai (CATOCA)

Luanda, Abril de 2015


ÍNDICE
 INTRODUÇÃO
 METODOLOGIA DE TRABALHO
 ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO
 GEOLOGIA LOCAL
 GENERALIDADES SOBRE DIAMANTES E
PROSPECÇÃO GEOLÓGICA
 ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS
MINERAIS INDICADORES DOS DEPÓSITOS
PRIMÁRIOS DE DIAMANTES NA REGIÃO DE
TCHIAFUA
 CONCLUSÕES
 RECOMENDAÇÕES
 AGRADECIMENTOS
INTRODUÇÃO
 PROBLEMA
Necessidade de se conhecer a regularidade da distribuição
espacial dos minerais indicadores, para servir de base para
prospecção de depósitos primários de diamantes, na região
de Tchiafua.

GERAL:
 Delimitar áreas perspectivas para trabalhos mais
detalhados que permitam localizar depósitos primários
na concessão Tchiafua.

ESPECÍFICOS:
OBJECTIVOS  Estudar as principais características geológicas, geofísicos e
hidrográficos na área da Concessão.
 Definir áreas e pontos favoráveis para a amostragem de
concentrado de bateia.
 Analisar o concentrado obtido nas diferentes amostras.
 Definir as áreas promissoras para localizar as fontes
primárias de diamantes
METODOLOGIA DE TRABALHO
Consultas bibliográficas,
Trabalho de Gabinete
análise das informações,
planificação dos trabalhos
Reconhecimento da área,
para as subsequentes fases.
levantamentos geológicos
Trabalho de Campo
e amostragem de bateia.

Preparação e análise das Trabalho de Laboratório


amostras

Interpretação e Discussões Interpretação dos dados


das fases anteriores
delimitação das áreas
promissoras

Elaboração do
Relatório final
ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO

Localização no mapa de Angola


GEOLOGIA LOCAL

Quatro unidades geológicas

 Soco cristalino
 Sedimentos da formação Calonda
 Formação kalahari
 Depósitos do quaternário
Legenda
GENERALIDADES SOBRE DIAMANTES
E PROSPECÇÃO GEOLÓGICA
Janelas de estabilidade do diamante segundo Haggerty (1991) e
Mitchell (1995)
Profundidade -
150-200 km
(manto superior
Temperatura -
1200ºC – 900 ºC
Pressão - 45 - 60
kbar
Os diamantes podem ser transportadas a superfície da terra
por rochas kimberliticas, Lamproiticas, Orangeíticas,
Meliliticas, Nefelinicas e Carbonatitos.

Depósitos
Diamantíferos

Depósitos Primários
(Rochas Igneas)

Depósitos Secundário
(fruto de processos de
intemperismo sobre rochas
Kimberlíticas, Laproíticas…)
Minerais Indicadores de Diamantes Segundo
Fipke et al (1989)
Granadas peridotiticas;
Picroilmenitas ou Ilmenitas kimberlíticas;
Cromo-diopsídio;
Cromita;
diamante,
outros minerais indicadores incluem olivina, granada
eclogítica (série almandina-piropo) e priderita (comum
em lamproítos).
Fases de Prospecção

RECONHECIMENTO

Identificar a escala
regional as anomalias

PROSPECÇÃO GERAL

Identificar um jazigo

PESQUISA GERAL
características
geológicas do jazigo

PESQUISA DETALHADA

Delimitar o jazigo
mineral
Métodos de Prospecção

 Método Geológico
 Método Geofísico
 Método Geoquímico
 Método Mineralométrico
ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS
MINERAIS INDICADORES DOS DEPÓSITOS
PRIMÁRIOS DE DIAMANTES NA REGIÃO DE
TCHIAFUA
Principais Fases

 Concepção
 Amostragem
 Análise das amostras
 Delimitação da área perspectiva para a
Prospecção mais detalhada
Dados Geofísicos da Região

Levantamento aero-magnético

Zona 1

Zona 2

B
Planificação da Amostragem

 A densidade de amostragem foi definida de forma aleatoria;


 As drenagens para a recolha das amostras foram maioritariamente de 1ª e 2ª ordem
(segundo a classificação de Strahler & Christofoletti, 1980), num conjunto de cinco
microbacias hidrográficas, representando 1/10 da área total da região
(aproximadamente 300 km2).
 A profundidades para a recolha do material foi de 0,3 – 0,5 metro;
 Peneiramento da amostra na malha de 8mm, rejeitando a fracção grossa, após
inspecção visual cuidadosa;
 Concertação da amostra após peneiramento em bateia, a fim de obter o concetrado
de minerais pesados;
 Descrição das características composicionais das amostras e das áreas no entorno
das estações de amostragem;
 Registo dos dados obtidos em fichas de descrição nas cadernetas de campo;
 Acondicionamento dos concentrados em sacos de plásticos previamente numerados;
Microbacias hidrográficas
definidas para a Amostragem
Fases do processo de Amostragem
Análise das Amostras

Análise com o auxilio da Lupa binocular electrónica


Tabela nº 6: Percentagem dos minerais pesados nas amostras recolhidas, calculado a partir da predominância dos grãos no campo de observação da lupa binocular.

Legenda da tabela:

Lim – Limonite Crom – Cromite Zirc – Zircão


Est – Estaurolite Magnet – Magnetite Turm – Turmalinas
Anf – Anfíbolas Gran – Granadas Picro ilm – Picro ilmenita
Px – Piroxenas Ilm – Ilmenitas Hem - Hematite
Minerais indicadores identificados nas amostras

• Ilmenitas – de grãos grossos e médios. Formas


sub – angulosos, sub - arredondados, arredondados
e muito arredondados;
• Granadas – de grãos grossos e médios. Formas
sub – angulosos, sub – arredondados;
• Cromita – Com grão granulometria fina. Formas
arredondadas e muito arredondadas.
Análise geoestatísticas dos minerais indicadores
Percentagens

Amostras

Percentagem dos Minerais Indicadores nas Relação de percentagens dos minerais


amostras recolhidas indicadores de diamantes na área de estudo.
Mapas com a distribuição e anomalias mineralógicas dos MI,
identificadas através do método de Kriging do Software Surfer
Definição da área promissora
para a localização de kimberlitos
Concessão de
Tchiafua

Legenda
Apesar da área perspectiva delimitada, para localização de corpos kimberliticos,
de salientar que poderá ser condicionada por algumas razões, como:

 A ocorrência dos minerais da granada e a ilmenita podem ser


consequência de outras rochas crustais e mantelicas como grano-
dioritos, granitos e gnaisses, que estão muito distribuídas na
região, conforme referido na geologia local. Sendo assim, este
parâmetro só é possível concluir através da realização das análises
químicas nos minerais das amostras.
 A abundancia dos minerais indicadores nas microbacias
estudadas é muito irregular, este factor pode ser resultado ao tipo
de planificação e recolha das amostras. Uma vez que foram
principalmente amostrados drenagens de 1ª e 2ª ordem (com base
a classificação de Strahler & Christofoletti, 1980)
 Através dos resultados petrográficos, a presença dos minerais
arredondados e muito arredondados nas drenagens de 1ª e 2ª
ordem, presume-se que deve ter ocorrido um rejuvenescimento
das bacias, sendo assim estes sedimentos devem ser resultado de
paleocanais.
Conclusões
 Nos estudos realizados nas microbacias da Concessão do Tchiafua, os
resultados revelam que a distribuição dos minerais pesados na área é
muito irregular.

 Os minerais indicadores identificados na área estudada são as ilmenitas,


granadas e cromitas.

 As prováveis áreas fontes estão localizadas nas zonas Sudoeste e


Noroeste da região. E, os minerais indicadores foram preferencialmente
transportados nos sentidos Sudeste e Nordeste da área.

 Na região de estudo foi delimitada a área, situado no intervalo de


coordenadas de 9020000 – 9010000 e 505000 – 510000, abarcando as
primeiras duas microbacias hidrográficas estudadas, como sendo
perspectivas para trabalhos de Prospecção mais detalhada, para
localização de depósitos primários de diamantes.
Recomendações
• Que se faça uma reavaliação da planificação dos trabalhos realizados
na Concessão de Tchiafua;

• Nos trabalhos futuros, que se façam amostragem nas drenagens de


ordens maiores para melhor qualificar a dispersão dos minerais
indicadores;

• Que se faça a análise química nos minerais identificados nas amostras


recolhidas, a fim de fornecer maiores detalhes nas conclusões;
Agradecimentos
• A Deus todo-Poderoso pelo seu grande amor, eis que esta
constantemente a me proteger.

• Aos professores do Departamento de Geologia da Faculdade de


Ciências pela partilha dos seus conhecimentos e as criticas fornecidas
durante a minha formação.

• Muito agradeço ao Professor Doutor Silva Ginga pela boa dedicação e


o empenhamento na orientação da presente monografia, e ajudou-me
a desenvolver como geólogo e ser na sociedade.

• A Sociedade Mineira do CATOCA, na pessoa do Dr. José Augusto


Ganga Júnior, por ter autorizado a realização do estágio curricular. E
aos orientadores de campo Engenheiros Andrei Mazur e Klashinikov
Nicolai .
• Aos meus pais Sebastião António e Teresa Quinanga, que souberam
apoiar-me apesar das dificuldades. Bem como os meus irmãos António
Coxe, Elisa António, Sebastião Lucau, Cristina Kengue, André
António e Isabel António. A minha avó Maziambo Onde pelos bons
conselhos. E a minha prima Formosa Vida.

• A minha companheira Carmen Tuti pelos variados apoios, sobretudo


moral e afectivo para que tudo acontecesse da melhor maneira
possível.

• Aos meus amigos, em especial o Lubanzadio de Oliveira, pelos


entusiasmos partilhados e ser um camarada de longa data.

• Aos colegas do curso de Geologia da Universidade Agostinho Neto, em


particular o 5º ano de 2014. E a todos que direita e indirectamente
contribuíram para que este projecto fosse uma realidade.
MUITO
OBRIGADO…!!!

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